Portugal Diário

25-05-2003
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Ponte Europa custa mais 50 por cento

PD 07-02-2003 12:48 Limite de sobrecusto excedido, após ter sido adjudicada por 6,5 milhões de contos O secretário de Estado das Obras Públicas, Vieira de Castro, afirmou hoje que a Ponte Europa, em Coimbra, vai exceder o limite de 50 por cento de sobrecusto, após ter sido adjudicada por 6,5 milhões de contos. A questão da Ponte Europa foi levantada na sessão de hoje do Parlamento pelo deputado do CDS-PP Manuel Cambra, mas deu origem a um debate entre o secretário de Estado e os deputados socialistas Jorge Coelho, João Rui de Almeida e Vítor Baptista. Segundo Vieira de Castro, quando a empreitada da Ponte Europa foi lançada, em 1999, havia apenas um ante-projecto para a obra e os terrenos da margem esquerda do rio Mondego «ainda nem sequer tinham sido expropriados». «Ninguém tomou uma única precaução face aos problemas derivados da complexidade da obra», comentou o secretário de Estado das Obras Públicas, depois de se ter mostrado agastado com o tipo de actuação política seguido pelo PS. «Parecem que querem dar a ideia que correu tudo bem até agora na construção da Ponte da Europa», comentou. Na sua intervenção, Jorge Coelho procurou sobretudo afastar responsabilidades pessoais nos processos de lançamento da obra, alegando que a 30 Abril de 1999, data em que foi adjudicada, desempenhava as funções de ministro da Administração Interna. Depois, Jorge Coelho contra-atacou, dizendo que dois dos administradores responsáveis pela adjudicação foram recentemente nomeados pelo actual Governo para cargos «de elevada responsabilidade» no Estado. «Estou cansado de ouvir em silêncio certas acusações, mas a paciência tem limites», reagiu o «ex-número dois» de António Guterres. O deputado socialista João Rui de Almeida, eleito por Coimbra e ex-secretário de Estado das Comunidades, acusou o Governo de «fazer oposição ao PS, explorando a questão da Ponte Europa», e procurou sublinhar as dificuldades técnicas existentes numa obra situada no aluvião do Mondego. «A ponte de Santa Clara, construída há 40 anos, também teve imensos problemas», lembrou o deputado do PS, antes de desafiar o executivo as resolver os problemas de ordem técnica da Ponte da Europa. O deputado do PCP António Filipe alertou para a necessidade de se pensar no futuro e alertou o Governo para a importância dos acessos à ponte serem construídos. «Sem a construção da Avenida da Boavista, haverá congestionamento de trânsito logo que a ponte estiver concluída», apontou.

Ponte Europa custa mais 50 por cento

PD 07-02-2003 12:48 Limite de sobrecusto excedido, após ter sido adjudicada por 6,5 milhões de contos O secretário de Estado das Obras Públicas, Vieira de Castro, afirmou hoje que a Ponte Europa, em Coimbra, vai exceder o limite de 50 por cento de sobrecusto, após ter sido adjudicada por 6,5 milhões de contos. A questão da Ponte Europa foi levantada na sessão de hoje do Parlamento pelo deputado do CDS-PP Manuel Cambra, mas deu origem a um debate entre o secretário de Estado e os deputados socialistas Jorge Coelho, João Rui de Almeida e Vítor Baptista. Segundo Vieira de Castro, quando a empreitada da Ponte Europa foi lançada, em 1999, havia apenas um ante-projecto para a obra e os terrenos da margem esquerda do rio Mondego «ainda nem sequer tinham sido expropriados». «Ninguém tomou uma única precaução face aos problemas derivados da complexidade da obra», comentou o secretário de Estado das Obras Públicas, depois de se ter mostrado agastado com o tipo de actuação política seguido pelo PS. «Parecem que querem dar a ideia que correu tudo bem até agora na construção da Ponte da Europa», comentou. Na sua intervenção, Jorge Coelho procurou sobretudo afastar responsabilidades pessoais nos processos de lançamento da obra, alegando que a 30 Abril de 1999, data em que foi adjudicada, desempenhava as funções de ministro da Administração Interna. Depois, Jorge Coelho contra-atacou, dizendo que dois dos administradores responsáveis pela adjudicação foram recentemente nomeados pelo actual Governo para cargos «de elevada responsabilidade» no Estado. «Estou cansado de ouvir em silêncio certas acusações, mas a paciência tem limites», reagiu o «ex-número dois» de António Guterres. O deputado socialista João Rui de Almeida, eleito por Coimbra e ex-secretário de Estado das Comunidades, acusou o Governo de «fazer oposição ao PS, explorando a questão da Ponte Europa», e procurou sublinhar as dificuldades técnicas existentes numa obra situada no aluvião do Mondego. «A ponte de Santa Clara, construída há 40 anos, também teve imensos problemas», lembrou o deputado do PS, antes de desafiar o executivo as resolver os problemas de ordem técnica da Ponte da Europa. O deputado do PCP António Filipe alertou para a necessidade de se pensar no futuro e alertou o Governo para a importância dos acessos à ponte serem construídos. «Sem a construção da Avenida da Boavista, haverá congestionamento de trânsito logo que a ponte estiver concluída», apontou.

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