A POLÉMICA
Duarte Lima Defende Scut de João Cravinho
Sábado, 10 de Agosto de 2002 O social-democrata Duarte Lima considera que o anúncio feito pelo Governo de que pretende cobrar portagens nas auto-estradas que foram inicialmente projectadas para ser gratuitas "é, do ponto de vista político, o sinal mais negativo que podia ser dado". Trata-se, aliás, de um sinal que "vai no sentido contrário das expectativas criadas pelo próprio primeiro-ministro", anota. Depois de o anterior Governo ter feito "o mais difícil, que era conceber um sistema contratual muito complexo, e deve ser feito o elogio devido ao ministro João Cravinho", vir agora colocar em causa o programa, "sem ter um estudo seguro sobre o impacte económico" desta medida, "pressupõe um mero acto de voluntarismo político", diz Duarte Lima. O ex-vice-presidente do PSD - que fez estas declarações numa entrevista ao PÚBLICO que vai ser publicada depois de amanhã no caderno Local - está convencido de que o benefício económico que o Estado retira da cobrança de portagens nas auto-estradas do Interior "é marginal e nem de longe nem de perto vai ser suficiente para pagar o custo destas infra-estruturas". "A vantagem que resulta da proximidade com os centros de decisão políticos e administrativos é, desde logo, uma vantagem económica comparativa que não tem tradução real nos benefícios do Orçamento de Estado mas que tem uma tradução concreta na vida das pessoas", sustenta. Nem mesmo a intenção de isentar do pagamento de portagem os residentes e aqueles que trabalham nas regiões abrangidas pelas novas estradas é suficiente para Duarte Lima. "O problema do desenvolvimento do Interior não é apenas o da circulação interna das pessoas que aí residem ou trabalham. Se nós queremos estabelecer uma melhor relação entre as diversas partes do todo nacional devemos fomentar a circulação de quem está no Litoral para o Interior", defende. Pedro Garcias OUTROS TÍTULOS EM NACIONAL Não fico aborrecido se sair da direcção nacional do PS
Bloco Central no Porto
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Duarte Lima Defende Scut de João Cravinho
Sábado, 10 de Agosto de 2002 O social-democrata Duarte Lima considera que o anúncio feito pelo Governo de que pretende cobrar portagens nas auto-estradas que foram inicialmente projectadas para ser gratuitas "é, do ponto de vista político, o sinal mais negativo que podia ser dado". Trata-se, aliás, de um sinal que "vai no sentido contrário das expectativas criadas pelo próprio primeiro-ministro", anota. Depois de o anterior Governo ter feito "o mais difícil, que era conceber um sistema contratual muito complexo, e deve ser feito o elogio devido ao ministro João Cravinho", vir agora colocar em causa o programa, "sem ter um estudo seguro sobre o impacte económico" desta medida, "pressupõe um mero acto de voluntarismo político", diz Duarte Lima. O ex-vice-presidente do PSD - que fez estas declarações numa entrevista ao PÚBLICO que vai ser publicada depois de amanhã no caderno Local - está convencido de que o benefício económico que o Estado retira da cobrança de portagens nas auto-estradas do Interior "é marginal e nem de longe nem de perto vai ser suficiente para pagar o custo destas infra-estruturas". "A vantagem que resulta da proximidade com os centros de decisão políticos e administrativos é, desde logo, uma vantagem económica comparativa que não tem tradução real nos benefícios do Orçamento de Estado mas que tem uma tradução concreta na vida das pessoas", sustenta. Nem mesmo a intenção de isentar do pagamento de portagem os residentes e aqueles que trabalham nas regiões abrangidas pelas novas estradas é suficiente para Duarte Lima. "O problema do desenvolvimento do Interior não é apenas o da circulação interna das pessoas que aí residem ou trabalham. Se nós queremos estabelecer uma melhor relação entre as diversas partes do todo nacional devemos fomentar a circulação de quem está no Litoral para o Interior", defende. Pedro Garcias OUTROS TÍTULOS EM NACIONAL Não fico aborrecido se sair da direcção nacional do PS
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