EXPRESSO online

01-10-2003
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PS ainda não comentou declarações de Guilherme Silva

«Número de vítimas foi restrito»

O líder parlamentar do PSD disse ontem que «apesar da extensão» dos incêndios que têm lavrado em Portugal nos últimos dias ser grande, «o número de vítimas foi relativemente restrito». Para Guilherme Silva «não há dúvida nenhuma que houve uma acção muito eficaz na protecção de vítimas e bens». Até agora - apesar da insistência do Expresso On-line - não foi possível obter qualquer reacção do gabinete de imprensa do Partido Socialista. Só Francisco Louçã reagiu de imediato a estas declarações, questionando como é que 12 pessoas falecidas «são poucas mortes? Mas que falta de respeito humano, que falta de sensibilidade, que falta de compaixão é que pode levar um político a dizer que não estamos mal de mortes»? Só Francisco Louçã reagiu de imediato a estas declarações, questionando como é que 12 pessoas falecidas «são poucas mortes? Mas que falta de respeito humano, que falta de sensibilidade, que falta de compaixão é que pode levar um político a dizer que não estamos mal de mortes»? Em declarações à TSF, ontem, o líder parlamentar social democrata disse que os incêndios são uma «situação de calamidade pública e sublinhou que «é impossível que não haja uma falha aqui e acolá». «O país ideal, a estrutura ideal, o Estado ideal não há, isso é utópico». Em declarações à TSF, ontem, o líder parlamentar social democrata disse que os incêndios são uma «situação de calamidade pública e sublinhou que «é impossível que não haja uma falha aqui e acolá». «O país ideal, a estrutura ideal, o Estado ideal não há, isso é utópico». Numa carta que enviou também ontem para autarcas e Governos Civis, Guilherme Silva alertou porém para a necessidade de repensar os meios e medidas de prevenção. Numa carta que enviou também ontem para autarcas e Governos Civis, Guilherme Silva alertou porém para a necessidade de repensar os meios e medidas de prevenção. «É hora de repensarmos a prevenção e as medidas de repressão aos fogos, de reflectirmos adequadamente sobre a reflorestação do país, não numa perspectiva de lucros ou benefícios imediatos, mas numa perspectiva de longo prazo e de futuras gerações», defendeu o social-democrata no documento dirigido a cerca de uma dúzia de governos civis e a mais de 80 Câmaras Municipais que estão a ser atingidas pelos incêndios. «É hora de repensarmos a prevenção e as medidas de repressão aos fogos, de reflectirmos adequadamente sobre a reflorestação do país, não numa perspectiva de lucros ou benefícios imediatos, mas numa perspectiva de longo prazo e de futuras gerações», defendeu o social-democrata no documento dirigido a cerca de uma dúzia de governos civis e a mais de 80 Câmaras Municipais que estão a ser atingidas pelos incêndios. Destacando que o período actual é de «convergência nacional», o líder parlamentar do PSD diz ainda ter chegado a hora de «repensarmos a articulação de meios, o reequipamento, a coordenação e a sensibilização das populações», de modo a evitar que situações idênticas se repitam no futuro. Destacando que o período actual é de «convergência nacional», o líder parlamentar do PSD diz ainda ter chegado a hora de «repensarmos a articulação de meios, o reequipamento, a coordenação e a sensibilização das populações», de modo a evitar que situações idênticas se repitam no futuro. O líder do Bloco de Esquerda, que se deslocou ontem ao distrito de Castelo Branco - uma das zonas mais atingidas pelos incêndios, salientou que o que viu «foram 60 mil hectares - o equivalente a 60 mil campos de futebol - devastados pelas chamas. Quando me dizem que isto é pouco e que correu razoavelmente bem, eu acho que estamos a ouvir uma anedota». O líder do Bloco de Esquerda, que se deslocou ontem ao distrito de Castelo Branco - uma das zonas mais atingidas pelos incêndios, salientou que o que viu «foram 60 mil hectares - o equivalente a 60 mil campos de futebol - devastados pelas chamas. Quando me dizem que isto é pouco e que correu razoavelmente bem, eu acho que estamos a ouvir uma anedota». «Sessenta mil hectares ardidos, pessoas que ficaram sem nada, algumas que morreram, tantos bombeiros feridos, tanta falta de recursos, tanto drama, tanta dificuldade... que falta de compaixão é que pode levar um político do PSD a dizer que são poucas as mortes que ocorreram», acrescentou Francisco Louçã, em declarações à TSF. «Sessenta mil hectares ardidos, pessoas que ficaram sem nada, algumas que morreram, tantos bombeiros feridos, tanta falta de recursos, tanto drama, tanta dificuldade... que falta de compaixão é que pode levar um político do PSD a dizer que são poucas as mortes que ocorreram», acrescentou Francisco Louçã, em declarações à TSF. 15:44 6 Agosto 2003

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Comentários

1 a 20 de 106 Anarca 17:09 13 Agosto 2003 Mais um que me faz lembrar o Assoa o Ranho...

O tio do Manuel era Carteiro e gostava de Espanholas - nomeadamente das Sevilhanas.

Para ser feliz só precisava de ter o dinheiro que os vizinhos diziam que ele tinha, ter as amantes de que a mulher o acusava, e a potência sexual que ele dizia ter.

Mas era um grande brincalhão...

Toda a rua gostava de ver passar a Matilde - empregada a dias - quando ela ia aos Correios do Aeroporto de Lisboa meter as cartas para o namorado que estava na tropa em Angola.

O tio do Manuel tinha-a convencido que as cartas por avião tinham de ser obrigatoriamente metidas no Aeroporto.

E quem sabia mais de cartas do que um Carteiro?...

O Assoa o Ranho - um velhote que passava a vida a tentar acertar com a bengala na miudagem - adorava o tio do Manuel.

O cartão de funcionário dos Correios, com uma faixa verde e vermelha na diagonal, era o grande sonho do Assoa o Ranho.

O tio do Manuel gostava de lho mostrar, chamando-lhe à atenção, que, de acordo com o que estava escrito no verso, o portador podia entrar em edifícios públicos, e mesmo usar arma de defesa pessoal...

O Assoa o Ranho não pensava em mais nada.

Num dia de inspiração, o tio do Manuel disse-lhe para tirar uma fotografia tipo passe, porque ia arranjar-lhe um cartão.

Nessa mesma noite, o Assoa o Ranho levou uma fotografia.

O tio do Manuel tinha muitas ideias, mas não era grande coisa em trabalhos manuais, pelo que teve de pedir ajuda ao filho e ao Manuel.

Cortada uma cartolina à medida, pintaram com guache verde e vermelho as faixas diagonais. Ficou lindo...

Mas faltava ainda o toque de mestre. Meteram a cartolina numa velha máquina de escrever Remington, e, no verso, registaram o que o tio ia ditando:

- O portador está autorizado a entrar onde muito bem desejar... Já está?... perguntava impaciente.

- Mais se declara que pode usar arma de fogo, inclusivamente um canhão.

- Um quê?... - perguntava o Manuel.

- Um canhão... Põe lá! - ordenava o tio

Depois de colada a fotografia, só faltava o selo branco. Uma moeda de dez escudos levou uma martelada de tal maneira que deixou uma marca que enganava mesmo os funcionários do Registo Civil.

- Está perfeito... - disse o tio.

Conforme o combinado, dois dias depois, o Assoa o Ranho estava à porta do tio do Manuel à espera que ele chegasse do trabalho com o cartão.

- Cuidado... Este cartão dá acesso a todo o lado. - avisava o tio.

- Obrigado! O País pode contar comigo. - repetia o Assoa o Ranho sem poder conter as lágrimas.

O Ardina 23:16 11 Agosto 2003 Carta Aberta ao Ministro Paulo Portas

Carta Aberta ao Ministro Paulo Portas

Segunda-feira, 11 de Agosto de 2003

É já público que foram ultrapassados os limiares razoáveis do comportamento que se pode tolerar a um Ministro da Defesa. Perante a situação extraordinária em que nos encontramos, na ausência de sensatez dos responsáveis, impõem-se medidas extraordinárias como a desobediência à lei do silêncio e o delito de oposição.

Carta Aberta ao ministro Paulo Portas

Sou oficial superior (major) do Exército Português, no activo.

Os militares conhecem as ideias estereotipadas e pouco abonatórias sobre o nível de inteligência e o perfil psicológico que a maioria dos cidadãos dedica a quem escolheu esta forma de vida.

Resignados, aguardamos pacientemente que estes preconceitos imerecidos caiam em desuso, como muitos outros que foram sendo destruídos pela força do tempo e do exemplo. Basta-nos saber que não reflectem a realidade e que os exemplares a quem se possam aplicar com propriedade, que os há, reflectem a qualidade do povo a que pertencemos e podem ser encontrados com a mesma facilidade em qualquer outro grupo profissional, incluindo governantes.

Também é verdade que a instituição militar está esclerosada mas não mais que as restantes instituições públicas ou outras instituições centenárias.

Por estas e por outras, muitos cidadãos, incluindo alguns com responsabilidades governativas, abusando do dever de obediência e de silêncio a que os militares se obrigam e sabendo que estes nunca se insurgirão, rebaixam-nos, pensando que os submetem.

Os militares aceitam e cumprem voluntariamente as regras do jogo e as imposições disciplinares a que estão sujeitos por entenderem que estas são essenciais ao funcionamento do tipo especial de organização a que pertencem. Por isso, perante a hierarquia, salvo situações excepcionais, calam sem esforço o que sentem e pensam, levando terceiros a interpretar a submissão a estes valores como aceitação acrítica, genética e patética, do princípio da autoridade.

Não é assim. Os militares pensam e, quando se torna necessário, agem. O exemplo do último Chefe do Estado Maior do Exército prova-o. Mas ele não está só e a sua atitude não pode ficar isolada. O espírito do seu gesto terá de multiplicar-se se os militares quiserem manter o respeito por si próprios e ganhar o dos outros.

É já público que foram ultrapassados os limiares razoáveis do comportamento que se pode tolerar a um Ministro da Defesa. Perante a situação extraordinária em que nos encontramos, na ausência de sensatez dos responsáveis, impõem-se medidas extraordinárias como a desobediência à lei do silêncio e o delito de oposição.

Tem sido dito por jornalistas e analistas que os militares sentem um desprezo visceral pelo ministro da tutela, que não lhe reconhecem carácter ou qualidades para os liderar e que vêem com preocupação o instável rumo da sua governação. Na qualidade de militar no activo venho confirmar o que tem sido calado: é mesmo verdade.

E, a propósito, desmontar as manobras de diversão e de desinformação que pretendem escamotear o real motivo do nosso descontentamento:

1. Não é verdade que nos movam razões de ordem material. Sentimos diariamente a asfixia financeira das Forças Armadas mas percebemos a nossa realidade e já estamos habituados a sobreviver numa instituição tão descapitalizada como tantas outras. De facto, o que nos move são motivos de ordem ética e que se prendem essencialmente com a forma como temos vindo a ser liderados pelo poder político. A maior parte de nós tem uma cultura democrática sólida e aceita sem hesitações a subordinação ao poder político mas não pode ver com bons olhos que esta se vá transformando em humilhação pelo poder político.

2. Também não é verdade que a contestação actual resulte do facto de o ministro pretender diminuir o número de generais. Infelizmente, o descontentamento é mais generalizado, não se restringe aos generais nem a essa questão verdadeiramente irrelevante quando comparada com as causas do nosso desconforto.

3. Também não é honesto desculpabilizar o Ministro da Defesa dizendo que o Chefe de Estado Maior do Exército foi vítima de si próprio ao ter aceite o lugar nas condições em que o aceitou. A ter feito mal, o erro foi cometido pelo militar que desempenhava o cargo mas foi corrigido ao ter deixado de pactuar com situações menos dignas. Acontece que as desconsiderações do senhor ministro foram feitas ao Chefe de Estado Maior do Exército, independentemente de se chamar A ou B e, desse modo, a todo o Exército.

4. Não é senão meia verdade e demagógico o argumento do sentido unidireccional de um sentimento que tem dois sentidos, como o da confiança. Tal como o entende o comum dos mortais e os militares por força da sua missão é tão importante ter confiança nos subordinados como a confiança destes nos seus superiores. Não ter confiança no actual Ministro da Defesa não nos desmoraliza porque um dia deixará de o ser mas deixa-nos apreensivos enquanto lá permanecer. Porque já perdemos quase tudo o que poderia compensar essa ausência de confiança, porque a nossa auto-estima já não é grande e porque receamos os estragos que possa vir a causar pela amostra dos que já causou.

Em resumo, o senhor ministro, apesar do seu apregoado patriotismo, não reúne as condições mínimas necessárias para liderar uma instituição que se obriga a respeitar princípios que o próprio desrespeita. Actualmente, a autoridade de que goza é simplesmente de natureza formal, a que corresponde um respeito de etiqueta, também meramente formal, dirigido à figura do Ministro da Defesa mas não de quem desempenha o cargo. O que não é de menor importância.

Desdramatizando, sabe-se que ele, o país, a instituição e nós sobreviveremos ao ministro. Mas a culpa não deve morrer solteira nas mãos do actual ministro. A outra e não menos importante questão que se coloca é que regime é este que permite que um homem transforme um ministério na sua coutada pessoal e que não preste contas públicas de erros grosseiros que foram tornados públicos. O actual Ministro da Defesa não é o poder político. É apenas uma extensão dele. Algo está mal quando o poder político permite que continue a agir ao sabor do seu estilo muito pessoal sem qualquer tipo de consequências. Mesmo em política, mesmo no sentido estrito do termo, nem todos os fins justificam todos os meios.

Impõe-se que se diga que esta atitude não traduz nenhum posicionamento de natureza político-partidária. De facto, veríamos com bons olhos a deslocação do actual Ministro da Defesa para outro ministério e/ou a sua substituição por alguém do seu próprio partido. Sabemos de antemão que, tão cedo, qualquer outro pouco mais poderá fazer por nós, para além de nos respeitar com a dignidade que qualquer grupo profissional merece. Para esse efeito, qualquer delegado partidário bem intencionado poderá ocupar o lugar. Somos homens e mulheres vulgares que padecem das fraquezas da natureza humana como quaisquer outros. O Ministro não tem de ser perfeito. Nos tempos que correm já nem precisa de ser um homem sério a tempo inteiro. Basta-nos que o seja no exercício das suas funções e que nos considere. Para continuar a dispor da nossa interminável paciência e "incondicional" subordinação.

Leitor Identificado

Porto

Tokarev 14:34 11 Agosto 2003 caro A. Vaz

Muito me congratulo pela opção que assume em nome de toda a Orquestra Vermelha, a de manter-se afastado do poder.

Admirativamente me prontifico a ajudar a implementação dessa sua benemérita intenção. Anarca 10:42 11 Agosto 2003 Se fosse só este ministro...

Só vamos correr com esta medriocridade quando for implementado um Sistema que evite que um padre, um cacique ou um controleiro de qualquer partido controle os votos de vários eleitores.

Não está em causa o direito de cada qual votar em quem quizer...

Assim como é preciso carta de condução para conduzir, ou licença de caçador para andar à caça, deveria ser necessário Carta de Habilitação para Votar.

Esta Carta seria obrigatória para todos os Portugueses, sendo responsabilidade do Estado certificar-se que o futuro eleitor tinha os conhecimentos básicos para saber o que era Direita e Esquerda, e o que devia exigir aos seus representantes.

Parece complicado?...

Na idade média nem se votava...

A. Vaz 08:52 10 Agosto 2003 Caro cN,

Vejo que aos poucos, V. e o Escaravelho estão a encontrar pontos comuns: ele, por entre tiradas anti-democracia ("se não existissem partidos políticos") e anti-líderes paralamentares (09:04 7 Agosto 2003), até já defende "o seu equilíbrio e sensatez" quando V. descobre que afinal o sr. Louçã não só não é nem "comuna", nem "vermelho", como dizer tal coisa (quem o disse?) é um insulto aos ditos.

Em contrapartida, V. brinda-o com um artigo do Avante... que até parece que o indignou (citando-o: "verdadeiros condicionadores de pensamento.")!

Quanto à "orquestra vermelha"... pelo menos, "de vez em quando, contam umas anedotas giras". Os "direitinhas", esses pelos vistos, já só se conseguem alegrar com ministros que acham 12 portugueses mortos pelo desenvolvimento desleixado de uma catástrofe, é um número aceitável.

Eu sei, eu sei, se fosse no tempo do sr. Guterres, V. era o primeiro a saltar a terreiro, indignado, com o desleixo do governo.

O que diferencia a "orquestra vermelha" dos "direitinhas" é o podermos acusar-vos de hipocrisia política: V. vão mudando de opinião conforme a cor do poder - nós mantemo-nos longe dele!

A. Vaz 08:19 10 Agosto 2003 carvalho Negro 22:32 6 Agosto 2003

Caro carvalho Negro,

Imensas desculpas por só agora ter conseguido prestar atenção ao acima referido comentário.

Se ler com atenção o meu anterior comentário dirigido a si, vai ver que o seu comentário está deslocado: eu não disse que o Louçã era "comuna" (e muito menos comuna!)...

PS.Vejo que agora, perante o Louçã, deu-lhe para respeitar os comunas.

Fica-lhe bem!!! Tokarev 15:46 8 Agosto 2003 a orquestra vermelha

A Orquestra Vermelha, reconstruida depois da sua destruição pela SD durante a II GM, é o conjunto de espiões comunistas que actuam na Europa. Tanto quadros dos serviços secretos comunistas como os operativos propriamente ditos, os que têm consciência do seu papel e os que não.

Em 1942 os músicos desta orquestra foram exterminados pelo serviço secreto alemão, com requintes de malvadez. Actualmente são predados principalmente pela Mossad e pelos RG. Os suiços também fazem uma perninha. mcms1 23:44 7 Agosto 2003 E já são 15 mortos infelizmente!!! Já chega Sr. Deputado? Ou serão precisos mais? Quando é que o Governo põe mão nesta desgraça? Ainda à pouco se viu na SIC os Bombeiros de Torres Vedras com viaturas próprias para os fogos florestais no quartel, dizia o comandante que ninguém os solicitou para combater os fogos. Será que também não tem formação para o combate aos fogos florestais? Mas estes até são Voluntários!!!! Que bela descoordenação vai no Serviço de Bombeiros e Protecção Civil. Cicuta 21:48 7 Agosto 2003 Uma Mata Hari no Parlamento

A Joana Amaral Dias vai fazer-me falta. É verdade que só a via no "canal parlamento", mas ficava tão enamorado que nunca prestei atenção aos seus discursos. A beleza tem destes "impostos"... BWV 1004 14:44 7 Agosto 2003 Roda e bota fora

«Em Setembro, o Bloco de Esquerda volta a fazer rotatividade de deputados, sendo que Francisco Louçã regressa ao Parlamento e sai Joana Amaral Dias. A bancada parlamentar será de novo dominada pelo sexo masculino, depois de passarem pela Assembleia da República duas jovens bloquistas, Joana Amaral Dias e Ana Drago, que iluminaram os corredores do Parlamento e a quem os restantes deputados chamavam de "as meninas bonitas do Bloco".» Escaravelho 14:19 7 Agosto 2003 Amigo carvalho Negro

Julgo que referência biblíca a que alude será a do "paraíso rosa".

Muito me espanta que o meu amigo leia o Avante!. No que me toca, não consigo ler jornais desses (Avante, Povo Livre, Acção Socialista, etc). São verdadeiros condicionadores de pensamento. Olhe que, em termos demagogia e formatação de pensamento, não diferem nada uns dos outros. E olhe que falo sem conhecimento de causa, porque não os leio. BOB ESCARRO 14:17 7 Agosto 2003 carvalho Negro - a cassete ainda roda - sessão das 14:00

Aidna não se referiu à "fuga" de Gugu.

Portas e Durão, durante a campanha e perante as primeiras projecções da noite eleitotal, repetiram exaustivamente que o Governo deveria assumir as consequências políticas da votação. O que julga estarem a referir-se? Não consegue imaginar? Será do Sol?! LOPES CARLOS 13:56 7 Agosto 2003 PONTE, FOGOS E EVENTOS...

A queda da Ponte foi o começo do fim da governação socialista(viabilizada por Deputados da Direita) mas foi também um "epifenómeno" do País real,da nossa realidade estrutural.

Os fogos em curso (FOC) são o começo do fim da governação PSD/CDS mas são também um espelho do País concreto,um reflexo das nossas estruturas e dos nossos comprtamentos.

Antes,durante e após as quedas de pontes e milhares de hectares de floresta em chamas, temos MAGNOS EVENTOS , que aumentam (???) a nossa AUTO-ESTIMA , o nosso prestígio no estrangeiro( em Marrocos ???)e alimentam a GASTADEIRA na orla marítima do País.Depois, os homens dos sucessos e dos oásis,que inspiraram a gastadeira e marcam presença em todos os tais eventos,veem, com um ar muito firme, pedir redução das despesas e apertar do cinto dos outros. ocean 13:37 7 Agosto 2003 Mas este palhaço tem estado fora do País, ou quê? Que tamanha ignorancia de factos por todos conhecidos é esta? Este palhaço continua a querer atirar areia aos olhos de quem? Mas que conversa é esta? Demite-te parvo!!! Metes nojo!!!!!!!! carvalho Negro 13:26 7 Agosto 2003 Correcção

A "Orquestra Vermelha" é um conjunto de "tipos" que, de vez em quando, contam umas anedotas giras. carvalho Negro 13:25 7 Agosto 2003 Mais Jorge Coelho

"Dignidade

A TALHE DE FOICE • Anabela Fino

Assumindo «por completo a responsabilidade política» do acidente de Entre-os-Rios, o ministro Jorge Coelho demitiu-se das suas funções às três e meia da manhã de segunda-feira porque, segundo disse em conferência de imprensa, o conceito que tem «do exercício do poder político faz com que a culpa não pode morrer solteira».

A atitude de JC foi de imediato alvo de uma série de elogios, indo o primeiro-ministro, António Guterres, ao ponto de classificá-la de «invulgar dignidade».

Se não restam dúvidas de que a atitude é «invulgar» - em Portugal os ministros só se demitem por questiúnculas no seio da própria família política -, quanto à «dignidade» já tem mais que se lhe diga. Na verdade, é no mínimo curioso que se considere «digno» o único procedimento possível de quem, no exercício das suas funções, não fez o que devia. E não é menos curioso constatar que a demissão, inevitável face à dimensão da tragédia, tenha demorado mais de seis horas.

Sabendo-se que a tragédia ocorreu pouco depois das 21 horas de domingo e que as autoridades foram de imediato avisadas, cabe perguntar se a «dignidade» de JC vacilou, ou se a inevitável decisão foi adiada até se ter tornado evidente que, neste caso, não havia alternativa possível. Porque afinal a tragédia estava há muito anunciada. Porque em anos sucessivos o Governo foi alertado para o estado de degradação da ponte. Porque houve pedidos de audiência sempre recusados. Porque houve manifestações e cortes de estrada para tentar resolver o problema e que apenas tiveram como resposta acções em tribunal movidas pelo governador civil de Aveiro. Porque as constantes extracções de areia no local se faziam há muito sem o mínimo de fiscalização. Porque as vistorias às pontes são feitas, quando o são, de forma pouco séria. Porque, enfim, o ano é de eleições, e o Governo dispensa mais contestação do que a que já tem.

Como responsável do Equipamento Social, Jorge Coelho falhou. Os responsáveis dos serviços que deveriam responder pelas várias frentes, a começar pela conservação das pontes, não cumpriram o seu dever, e não só em Entre-os-Rios, como já se tornou público e notório. O ministro não soube, ou não quis, tomar em devido tempo as medidas necessárias para fazer face à situação, como era sua obrigação enquanto titular da pasta e máximo responsável. Foi preciso cair uma ponte e morrerem cerca de 70 pessoas para que as populações tivessem voz na comunicação social e pudessem dizer que o rei vai nu.

O paraíso rosa não passa de uma ficção, como JC sabe muito bem. Mas é ainda ele quem, fazendo jus ao título de bombeiro do Governo, na hora em que não é mais possível tapar o sol com a peneira, lança a derradeira bóia de salvação a Guterres, assumindo as culpas que são de um executivo incompetente. Porque é preciso que alguma coisa mude para que tudo fique na mesma, Jorge Coelho não hesita em sacrificar-se. Há quem chame a isso «dignidade».

Os boys que tomaram conta dos três institutos em que se dividiu a antiga Junta Autónoma das Estradas, e que desde a noite de domingo se remeteram ao mais profundo silêncio, agradecem. Guterres, que não achou necessário demitir ninguém, agradece ainda mais.

«Avante!» Nº 1423 - 8.Março.2001 "

"A demissão de Jorge Coelho, neste processo, tem algo de desproporcionado. É "um gesto de dignidade", como disse o primeiro-ministro, e as obras públicas eram do seu pelouro. Mas daí à demissão vai um pulo.

O desmoronamento da Praça do Comércio, os descarrilamentos do TGV, o fracasso da venda da TAP e os pequenos e médios "afundões" nas obras públicas nunca pareceram incomodar Jorge Coelho. Por isso, a sua saída deixa um sabor a vazio. Foi como se o todo-poderoso n.º 2 de Guterres quisesse largar um governo que sabe condenado ou se quisesse resguardar-se depois de ver a sua imagem marcada por tantos problemas e, sobretudo, pelo caso da TAP, onde exercitou uma aflitiva falta de subtileza económica.

Regressando à Assembleia da República e aos meandros de um PS em perda acentuada, Jorge Coelho vai estar onde mais lhe convém. As maçadas e os incómodos da governação ficam para trás e pode ir tentar preparar o PS para uma terrível prova de fogo: as eleições autárquicas. "

P.S. Amigo Escaravelho. Gostou da referência à sua Bíblia?

A "Orquestra Vermelha" é um conjuto de "tipo" que, de vez em quando, contam umas anedotas giras. Escaravelho 12:57 7 Agosto 2003 A orquestra vermelha

Clarinetes rubros

Fagotes vermelhos

Trompetes encarnados

Uma vocalista com o período.

Amigo carvalho Negro, isso da orquestra vermelha é algum conjunto musical que actua em espectáculos tauromáquicos ?

Já imaginou o que seria ela actuar perto da arena e ser desfeita à cornada ? carvalho Negro 12:52 7 Agosto 2003 "Orquestra vermelha" definha. Para variar.

"Uma questão de Honra

Por razões infinitamente menos responsáveis o Ministro Jorge Coelho pediu de imediato a sua demissão."

Foi????

"E os personagens principais, quem são? No primeiro dia, havia mais políticos que câmaras de TV, sentidos pêsames por entre dois telemóveis e declarações políticas mascaradas de apolíticas. O palco cheio. Os familiares para lá das cercas. Um espectador da TVI escreveu que o local da tragédia era um «espectáculo onde os personagens principais» eram os políticos e os «personagens secundários» eram os mortos. O escândalo na assistência nacional e mundial foi grande demais e os políticos passaram a um moderado recato, entrando em cena a horas certas. Antecipando-se, Jorge Coelho saiu de frente das câmaras antes de ter de ir ao local. Afastou-se do local da tragédia, deixando a outros os apupos em directo, e todos falaram em dignidade." jmrm 11:32 7 Agosto 2003 Aos oportunistas...

...Para além do Sr. Louça, claro!

Alguém dizer que apesar da extensão, da dimensão e proporção o número de vítima é restrito é razão para tanto urubu vir a terreiro?

Se um jornalista disse-se que um comboio caiu de uma ponte de 100 metros para a água com 100 passageiros e SÓ morreu 1, alguem se lembraria de fazer tanto chinfrim?

A dimensão dos incendios em Portugal foi, e é, enorme e o facto de ter morrido 14 (que eu tenha conhecimento) não espelha a gravidade da situação. Rui_Jam 10:58 7 Agosto 2003 Que crânio !...

Não há dúvida que o homem é um crânio!...

Já imaginaram a cena seguinte:

Uma data de "coodenadores" e "comandantes" de bombeiros à volta de uma mesa com uma carta topográfica (que eles não sabem "ler" nem interpretar...), a discutirem sobre deslocações de efectivos e viaturas, para combater fogos que não sabem bem onde são (na carta...), nem para onde se dirigem?

Se conseguirmos abstrair da tragédia que se está a viver, deve fazer lembrar um filme dos bons tempos do Woody Allen ou do Groucho Marx...

A cena só fica completa com o deputado Guilherme Silva e o ex- ministro da Informação do Iraque a comentarem para as Tv's a inexistência do incêndios, género:

"Que fogos?, nem chegaram a começar... já está tudo reflorestado, o que há mais é água..." seguintes >

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PS ainda não comentou declarações de Guilherme Silva

«Número de vítimas foi restrito»

O líder parlamentar do PSD disse ontem que «apesar da extensão» dos incêndios que têm lavrado em Portugal nos últimos dias ser grande, «o número de vítimas foi relativemente restrito». Para Guilherme Silva «não há dúvida nenhuma que houve uma acção muito eficaz na protecção de vítimas e bens». Até agora - apesar da insistência do Expresso On-line - não foi possível obter qualquer reacção do gabinete de imprensa do Partido Socialista. Só Francisco Louçã reagiu de imediato a estas declarações, questionando como é que 12 pessoas falecidas «são poucas mortes? Mas que falta de respeito humano, que falta de sensibilidade, que falta de compaixão é que pode levar um político a dizer que não estamos mal de mortes»? Só Francisco Louçã reagiu de imediato a estas declarações, questionando como é que 12 pessoas falecidas «são poucas mortes? Mas que falta de respeito humano, que falta de sensibilidade, que falta de compaixão é que pode levar um político a dizer que não estamos mal de mortes»? Em declarações à TSF, ontem, o líder parlamentar social democrata disse que os incêndios são uma «situação de calamidade pública e sublinhou que «é impossível que não haja uma falha aqui e acolá». «O país ideal, a estrutura ideal, o Estado ideal não há, isso é utópico». Em declarações à TSF, ontem, o líder parlamentar social democrata disse que os incêndios são uma «situação de calamidade pública e sublinhou que «é impossível que não haja uma falha aqui e acolá». «O país ideal, a estrutura ideal, o Estado ideal não há, isso é utópico». Numa carta que enviou também ontem para autarcas e Governos Civis, Guilherme Silva alertou porém para a necessidade de repensar os meios e medidas de prevenção. Numa carta que enviou também ontem para autarcas e Governos Civis, Guilherme Silva alertou porém para a necessidade de repensar os meios e medidas de prevenção. «É hora de repensarmos a prevenção e as medidas de repressão aos fogos, de reflectirmos adequadamente sobre a reflorestação do país, não numa perspectiva de lucros ou benefícios imediatos, mas numa perspectiva de longo prazo e de futuras gerações», defendeu o social-democrata no documento dirigido a cerca de uma dúzia de governos civis e a mais de 80 Câmaras Municipais que estão a ser atingidas pelos incêndios. «É hora de repensarmos a prevenção e as medidas de repressão aos fogos, de reflectirmos adequadamente sobre a reflorestação do país, não numa perspectiva de lucros ou benefícios imediatos, mas numa perspectiva de longo prazo e de futuras gerações», defendeu o social-democrata no documento dirigido a cerca de uma dúzia de governos civis e a mais de 80 Câmaras Municipais que estão a ser atingidas pelos incêndios. Destacando que o período actual é de «convergência nacional», o líder parlamentar do PSD diz ainda ter chegado a hora de «repensarmos a articulação de meios, o reequipamento, a coordenação e a sensibilização das populações», de modo a evitar que situações idênticas se repitam no futuro. Destacando que o período actual é de «convergência nacional», o líder parlamentar do PSD diz ainda ter chegado a hora de «repensarmos a articulação de meios, o reequipamento, a coordenação e a sensibilização das populações», de modo a evitar que situações idênticas se repitam no futuro. O líder do Bloco de Esquerda, que se deslocou ontem ao distrito de Castelo Branco - uma das zonas mais atingidas pelos incêndios, salientou que o que viu «foram 60 mil hectares - o equivalente a 60 mil campos de futebol - devastados pelas chamas. Quando me dizem que isto é pouco e que correu razoavelmente bem, eu acho que estamos a ouvir uma anedota». O líder do Bloco de Esquerda, que se deslocou ontem ao distrito de Castelo Branco - uma das zonas mais atingidas pelos incêndios, salientou que o que viu «foram 60 mil hectares - o equivalente a 60 mil campos de futebol - devastados pelas chamas. Quando me dizem que isto é pouco e que correu razoavelmente bem, eu acho que estamos a ouvir uma anedota». «Sessenta mil hectares ardidos, pessoas que ficaram sem nada, algumas que morreram, tantos bombeiros feridos, tanta falta de recursos, tanto drama, tanta dificuldade... que falta de compaixão é que pode levar um político do PSD a dizer que são poucas as mortes que ocorreram», acrescentou Francisco Louçã, em declarações à TSF. «Sessenta mil hectares ardidos, pessoas que ficaram sem nada, algumas que morreram, tantos bombeiros feridos, tanta falta de recursos, tanto drama, tanta dificuldade... que falta de compaixão é que pode levar um político do PSD a dizer que são poucas as mortes que ocorreram», acrescentou Francisco Louçã, em declarações à TSF. 15:44 6 Agosto 2003

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Comentários

1 a 20 de 106 Anarca 17:09 13 Agosto 2003 Mais um que me faz lembrar o Assoa o Ranho...

O tio do Manuel era Carteiro e gostava de Espanholas - nomeadamente das Sevilhanas.

Para ser feliz só precisava de ter o dinheiro que os vizinhos diziam que ele tinha, ter as amantes de que a mulher o acusava, e a potência sexual que ele dizia ter.

Mas era um grande brincalhão...

Toda a rua gostava de ver passar a Matilde - empregada a dias - quando ela ia aos Correios do Aeroporto de Lisboa meter as cartas para o namorado que estava na tropa em Angola.

O tio do Manuel tinha-a convencido que as cartas por avião tinham de ser obrigatoriamente metidas no Aeroporto.

E quem sabia mais de cartas do que um Carteiro?...

O Assoa o Ranho - um velhote que passava a vida a tentar acertar com a bengala na miudagem - adorava o tio do Manuel.

O cartão de funcionário dos Correios, com uma faixa verde e vermelha na diagonal, era o grande sonho do Assoa o Ranho.

O tio do Manuel gostava de lho mostrar, chamando-lhe à atenção, que, de acordo com o que estava escrito no verso, o portador podia entrar em edifícios públicos, e mesmo usar arma de defesa pessoal...

O Assoa o Ranho não pensava em mais nada.

Num dia de inspiração, o tio do Manuel disse-lhe para tirar uma fotografia tipo passe, porque ia arranjar-lhe um cartão.

Nessa mesma noite, o Assoa o Ranho levou uma fotografia.

O tio do Manuel tinha muitas ideias, mas não era grande coisa em trabalhos manuais, pelo que teve de pedir ajuda ao filho e ao Manuel.

Cortada uma cartolina à medida, pintaram com guache verde e vermelho as faixas diagonais. Ficou lindo...

Mas faltava ainda o toque de mestre. Meteram a cartolina numa velha máquina de escrever Remington, e, no verso, registaram o que o tio ia ditando:

- O portador está autorizado a entrar onde muito bem desejar... Já está?... perguntava impaciente.

- Mais se declara que pode usar arma de fogo, inclusivamente um canhão.

- Um quê?... - perguntava o Manuel.

- Um canhão... Põe lá! - ordenava o tio

Depois de colada a fotografia, só faltava o selo branco. Uma moeda de dez escudos levou uma martelada de tal maneira que deixou uma marca que enganava mesmo os funcionários do Registo Civil.

- Está perfeito... - disse o tio.

Conforme o combinado, dois dias depois, o Assoa o Ranho estava à porta do tio do Manuel à espera que ele chegasse do trabalho com o cartão.

- Cuidado... Este cartão dá acesso a todo o lado. - avisava o tio.

- Obrigado! O País pode contar comigo. - repetia o Assoa o Ranho sem poder conter as lágrimas.

O Ardina 23:16 11 Agosto 2003 Carta Aberta ao Ministro Paulo Portas

Carta Aberta ao Ministro Paulo Portas

Segunda-feira, 11 de Agosto de 2003

É já público que foram ultrapassados os limiares razoáveis do comportamento que se pode tolerar a um Ministro da Defesa. Perante a situação extraordinária em que nos encontramos, na ausência de sensatez dos responsáveis, impõem-se medidas extraordinárias como a desobediência à lei do silêncio e o delito de oposição.

Carta Aberta ao ministro Paulo Portas

Sou oficial superior (major) do Exército Português, no activo.

Os militares conhecem as ideias estereotipadas e pouco abonatórias sobre o nível de inteligência e o perfil psicológico que a maioria dos cidadãos dedica a quem escolheu esta forma de vida.

Resignados, aguardamos pacientemente que estes preconceitos imerecidos caiam em desuso, como muitos outros que foram sendo destruídos pela força do tempo e do exemplo. Basta-nos saber que não reflectem a realidade e que os exemplares a quem se possam aplicar com propriedade, que os há, reflectem a qualidade do povo a que pertencemos e podem ser encontrados com a mesma facilidade em qualquer outro grupo profissional, incluindo governantes.

Também é verdade que a instituição militar está esclerosada mas não mais que as restantes instituições públicas ou outras instituições centenárias.

Por estas e por outras, muitos cidadãos, incluindo alguns com responsabilidades governativas, abusando do dever de obediência e de silêncio a que os militares se obrigam e sabendo que estes nunca se insurgirão, rebaixam-nos, pensando que os submetem.

Os militares aceitam e cumprem voluntariamente as regras do jogo e as imposições disciplinares a que estão sujeitos por entenderem que estas são essenciais ao funcionamento do tipo especial de organização a que pertencem. Por isso, perante a hierarquia, salvo situações excepcionais, calam sem esforço o que sentem e pensam, levando terceiros a interpretar a submissão a estes valores como aceitação acrítica, genética e patética, do princípio da autoridade.

Não é assim. Os militares pensam e, quando se torna necessário, agem. O exemplo do último Chefe do Estado Maior do Exército prova-o. Mas ele não está só e a sua atitude não pode ficar isolada. O espírito do seu gesto terá de multiplicar-se se os militares quiserem manter o respeito por si próprios e ganhar o dos outros.

É já público que foram ultrapassados os limiares razoáveis do comportamento que se pode tolerar a um Ministro da Defesa. Perante a situação extraordinária em que nos encontramos, na ausência de sensatez dos responsáveis, impõem-se medidas extraordinárias como a desobediência à lei do silêncio e o delito de oposição.

Tem sido dito por jornalistas e analistas que os militares sentem um desprezo visceral pelo ministro da tutela, que não lhe reconhecem carácter ou qualidades para os liderar e que vêem com preocupação o instável rumo da sua governação. Na qualidade de militar no activo venho confirmar o que tem sido calado: é mesmo verdade.

E, a propósito, desmontar as manobras de diversão e de desinformação que pretendem escamotear o real motivo do nosso descontentamento:

1. Não é verdade que nos movam razões de ordem material. Sentimos diariamente a asfixia financeira das Forças Armadas mas percebemos a nossa realidade e já estamos habituados a sobreviver numa instituição tão descapitalizada como tantas outras. De facto, o que nos move são motivos de ordem ética e que se prendem essencialmente com a forma como temos vindo a ser liderados pelo poder político. A maior parte de nós tem uma cultura democrática sólida e aceita sem hesitações a subordinação ao poder político mas não pode ver com bons olhos que esta se vá transformando em humilhação pelo poder político.

2. Também não é verdade que a contestação actual resulte do facto de o ministro pretender diminuir o número de generais. Infelizmente, o descontentamento é mais generalizado, não se restringe aos generais nem a essa questão verdadeiramente irrelevante quando comparada com as causas do nosso desconforto.

3. Também não é honesto desculpabilizar o Ministro da Defesa dizendo que o Chefe de Estado Maior do Exército foi vítima de si próprio ao ter aceite o lugar nas condições em que o aceitou. A ter feito mal, o erro foi cometido pelo militar que desempenhava o cargo mas foi corrigido ao ter deixado de pactuar com situações menos dignas. Acontece que as desconsiderações do senhor ministro foram feitas ao Chefe de Estado Maior do Exército, independentemente de se chamar A ou B e, desse modo, a todo o Exército.

4. Não é senão meia verdade e demagógico o argumento do sentido unidireccional de um sentimento que tem dois sentidos, como o da confiança. Tal como o entende o comum dos mortais e os militares por força da sua missão é tão importante ter confiança nos subordinados como a confiança destes nos seus superiores. Não ter confiança no actual Ministro da Defesa não nos desmoraliza porque um dia deixará de o ser mas deixa-nos apreensivos enquanto lá permanecer. Porque já perdemos quase tudo o que poderia compensar essa ausência de confiança, porque a nossa auto-estima já não é grande e porque receamos os estragos que possa vir a causar pela amostra dos que já causou.

Em resumo, o senhor ministro, apesar do seu apregoado patriotismo, não reúne as condições mínimas necessárias para liderar uma instituição que se obriga a respeitar princípios que o próprio desrespeita. Actualmente, a autoridade de que goza é simplesmente de natureza formal, a que corresponde um respeito de etiqueta, também meramente formal, dirigido à figura do Ministro da Defesa mas não de quem desempenha o cargo. O que não é de menor importância.

Desdramatizando, sabe-se que ele, o país, a instituição e nós sobreviveremos ao ministro. Mas a culpa não deve morrer solteira nas mãos do actual ministro. A outra e não menos importante questão que se coloca é que regime é este que permite que um homem transforme um ministério na sua coutada pessoal e que não preste contas públicas de erros grosseiros que foram tornados públicos. O actual Ministro da Defesa não é o poder político. É apenas uma extensão dele. Algo está mal quando o poder político permite que continue a agir ao sabor do seu estilo muito pessoal sem qualquer tipo de consequências. Mesmo em política, mesmo no sentido estrito do termo, nem todos os fins justificam todos os meios.

Impõe-se que se diga que esta atitude não traduz nenhum posicionamento de natureza político-partidária. De facto, veríamos com bons olhos a deslocação do actual Ministro da Defesa para outro ministério e/ou a sua substituição por alguém do seu próprio partido. Sabemos de antemão que, tão cedo, qualquer outro pouco mais poderá fazer por nós, para além de nos respeitar com a dignidade que qualquer grupo profissional merece. Para esse efeito, qualquer delegado partidário bem intencionado poderá ocupar o lugar. Somos homens e mulheres vulgares que padecem das fraquezas da natureza humana como quaisquer outros. O Ministro não tem de ser perfeito. Nos tempos que correm já nem precisa de ser um homem sério a tempo inteiro. Basta-nos que o seja no exercício das suas funções e que nos considere. Para continuar a dispor da nossa interminável paciência e "incondicional" subordinação.

Leitor Identificado

Porto

Tokarev 14:34 11 Agosto 2003 caro A. Vaz

Muito me congratulo pela opção que assume em nome de toda a Orquestra Vermelha, a de manter-se afastado do poder.

Admirativamente me prontifico a ajudar a implementação dessa sua benemérita intenção. Anarca 10:42 11 Agosto 2003 Se fosse só este ministro...

Só vamos correr com esta medriocridade quando for implementado um Sistema que evite que um padre, um cacique ou um controleiro de qualquer partido controle os votos de vários eleitores.

Não está em causa o direito de cada qual votar em quem quizer...

Assim como é preciso carta de condução para conduzir, ou licença de caçador para andar à caça, deveria ser necessário Carta de Habilitação para Votar.

Esta Carta seria obrigatória para todos os Portugueses, sendo responsabilidade do Estado certificar-se que o futuro eleitor tinha os conhecimentos básicos para saber o que era Direita e Esquerda, e o que devia exigir aos seus representantes.

Parece complicado?...

Na idade média nem se votava...

A. Vaz 08:52 10 Agosto 2003 Caro cN,

Vejo que aos poucos, V. e o Escaravelho estão a encontrar pontos comuns: ele, por entre tiradas anti-democracia ("se não existissem partidos políticos") e anti-líderes paralamentares (09:04 7 Agosto 2003), até já defende "o seu equilíbrio e sensatez" quando V. descobre que afinal o sr. Louçã não só não é nem "comuna", nem "vermelho", como dizer tal coisa (quem o disse?) é um insulto aos ditos.

Em contrapartida, V. brinda-o com um artigo do Avante... que até parece que o indignou (citando-o: "verdadeiros condicionadores de pensamento.")!

Quanto à "orquestra vermelha"... pelo menos, "de vez em quando, contam umas anedotas giras". Os "direitinhas", esses pelos vistos, já só se conseguem alegrar com ministros que acham 12 portugueses mortos pelo desenvolvimento desleixado de uma catástrofe, é um número aceitável.

Eu sei, eu sei, se fosse no tempo do sr. Guterres, V. era o primeiro a saltar a terreiro, indignado, com o desleixo do governo.

O que diferencia a "orquestra vermelha" dos "direitinhas" é o podermos acusar-vos de hipocrisia política: V. vão mudando de opinião conforme a cor do poder - nós mantemo-nos longe dele!

A. Vaz 08:19 10 Agosto 2003 carvalho Negro 22:32 6 Agosto 2003

Caro carvalho Negro,

Imensas desculpas por só agora ter conseguido prestar atenção ao acima referido comentário.

Se ler com atenção o meu anterior comentário dirigido a si, vai ver que o seu comentário está deslocado: eu não disse que o Louçã era "comuna" (e muito menos comuna!)...

PS.Vejo que agora, perante o Louçã, deu-lhe para respeitar os comunas.

Fica-lhe bem!!! Tokarev 15:46 8 Agosto 2003 a orquestra vermelha

A Orquestra Vermelha, reconstruida depois da sua destruição pela SD durante a II GM, é o conjunto de espiões comunistas que actuam na Europa. Tanto quadros dos serviços secretos comunistas como os operativos propriamente ditos, os que têm consciência do seu papel e os que não.

Em 1942 os músicos desta orquestra foram exterminados pelo serviço secreto alemão, com requintes de malvadez. Actualmente são predados principalmente pela Mossad e pelos RG. Os suiços também fazem uma perninha. mcms1 23:44 7 Agosto 2003 E já são 15 mortos infelizmente!!! Já chega Sr. Deputado? Ou serão precisos mais? Quando é que o Governo põe mão nesta desgraça? Ainda à pouco se viu na SIC os Bombeiros de Torres Vedras com viaturas próprias para os fogos florestais no quartel, dizia o comandante que ninguém os solicitou para combater os fogos. Será que também não tem formação para o combate aos fogos florestais? Mas estes até são Voluntários!!!! Que bela descoordenação vai no Serviço de Bombeiros e Protecção Civil. Cicuta 21:48 7 Agosto 2003 Uma Mata Hari no Parlamento

A Joana Amaral Dias vai fazer-me falta. É verdade que só a via no "canal parlamento", mas ficava tão enamorado que nunca prestei atenção aos seus discursos. A beleza tem destes "impostos"... BWV 1004 14:44 7 Agosto 2003 Roda e bota fora

«Em Setembro, o Bloco de Esquerda volta a fazer rotatividade de deputados, sendo que Francisco Louçã regressa ao Parlamento e sai Joana Amaral Dias. A bancada parlamentar será de novo dominada pelo sexo masculino, depois de passarem pela Assembleia da República duas jovens bloquistas, Joana Amaral Dias e Ana Drago, que iluminaram os corredores do Parlamento e a quem os restantes deputados chamavam de "as meninas bonitas do Bloco".» Escaravelho 14:19 7 Agosto 2003 Amigo carvalho Negro

Julgo que referência biblíca a que alude será a do "paraíso rosa".

Muito me espanta que o meu amigo leia o Avante!. No que me toca, não consigo ler jornais desses (Avante, Povo Livre, Acção Socialista, etc). São verdadeiros condicionadores de pensamento. Olhe que, em termos demagogia e formatação de pensamento, não diferem nada uns dos outros. E olhe que falo sem conhecimento de causa, porque não os leio. BOB ESCARRO 14:17 7 Agosto 2003 carvalho Negro - a cassete ainda roda - sessão das 14:00

Aidna não se referiu à "fuga" de Gugu.

Portas e Durão, durante a campanha e perante as primeiras projecções da noite eleitotal, repetiram exaustivamente que o Governo deveria assumir as consequências políticas da votação. O que julga estarem a referir-se? Não consegue imaginar? Será do Sol?! LOPES CARLOS 13:56 7 Agosto 2003 PONTE, FOGOS E EVENTOS...

A queda da Ponte foi o começo do fim da governação socialista(viabilizada por Deputados da Direita) mas foi também um "epifenómeno" do País real,da nossa realidade estrutural.

Os fogos em curso (FOC) são o começo do fim da governação PSD/CDS mas são também um espelho do País concreto,um reflexo das nossas estruturas e dos nossos comprtamentos.

Antes,durante e após as quedas de pontes e milhares de hectares de floresta em chamas, temos MAGNOS EVENTOS , que aumentam (???) a nossa AUTO-ESTIMA , o nosso prestígio no estrangeiro( em Marrocos ???)e alimentam a GASTADEIRA na orla marítima do País.Depois, os homens dos sucessos e dos oásis,que inspiraram a gastadeira e marcam presença em todos os tais eventos,veem, com um ar muito firme, pedir redução das despesas e apertar do cinto dos outros. ocean 13:37 7 Agosto 2003 Mas este palhaço tem estado fora do País, ou quê? Que tamanha ignorancia de factos por todos conhecidos é esta? Este palhaço continua a querer atirar areia aos olhos de quem? Mas que conversa é esta? Demite-te parvo!!! Metes nojo!!!!!!!! carvalho Negro 13:26 7 Agosto 2003 Correcção

A "Orquestra Vermelha" é um conjunto de "tipos" que, de vez em quando, contam umas anedotas giras. carvalho Negro 13:25 7 Agosto 2003 Mais Jorge Coelho

"Dignidade

A TALHE DE FOICE • Anabela Fino

Assumindo «por completo a responsabilidade política» do acidente de Entre-os-Rios, o ministro Jorge Coelho demitiu-se das suas funções às três e meia da manhã de segunda-feira porque, segundo disse em conferência de imprensa, o conceito que tem «do exercício do poder político faz com que a culpa não pode morrer solteira».

A atitude de JC foi de imediato alvo de uma série de elogios, indo o primeiro-ministro, António Guterres, ao ponto de classificá-la de «invulgar dignidade».

Se não restam dúvidas de que a atitude é «invulgar» - em Portugal os ministros só se demitem por questiúnculas no seio da própria família política -, quanto à «dignidade» já tem mais que se lhe diga. Na verdade, é no mínimo curioso que se considere «digno» o único procedimento possível de quem, no exercício das suas funções, não fez o que devia. E não é menos curioso constatar que a demissão, inevitável face à dimensão da tragédia, tenha demorado mais de seis horas.

Sabendo-se que a tragédia ocorreu pouco depois das 21 horas de domingo e que as autoridades foram de imediato avisadas, cabe perguntar se a «dignidade» de JC vacilou, ou se a inevitável decisão foi adiada até se ter tornado evidente que, neste caso, não havia alternativa possível. Porque afinal a tragédia estava há muito anunciada. Porque em anos sucessivos o Governo foi alertado para o estado de degradação da ponte. Porque houve pedidos de audiência sempre recusados. Porque houve manifestações e cortes de estrada para tentar resolver o problema e que apenas tiveram como resposta acções em tribunal movidas pelo governador civil de Aveiro. Porque as constantes extracções de areia no local se faziam há muito sem o mínimo de fiscalização. Porque as vistorias às pontes são feitas, quando o são, de forma pouco séria. Porque, enfim, o ano é de eleições, e o Governo dispensa mais contestação do que a que já tem.

Como responsável do Equipamento Social, Jorge Coelho falhou. Os responsáveis dos serviços que deveriam responder pelas várias frentes, a começar pela conservação das pontes, não cumpriram o seu dever, e não só em Entre-os-Rios, como já se tornou público e notório. O ministro não soube, ou não quis, tomar em devido tempo as medidas necessárias para fazer face à situação, como era sua obrigação enquanto titular da pasta e máximo responsável. Foi preciso cair uma ponte e morrerem cerca de 70 pessoas para que as populações tivessem voz na comunicação social e pudessem dizer que o rei vai nu.

O paraíso rosa não passa de uma ficção, como JC sabe muito bem. Mas é ainda ele quem, fazendo jus ao título de bombeiro do Governo, na hora em que não é mais possível tapar o sol com a peneira, lança a derradeira bóia de salvação a Guterres, assumindo as culpas que são de um executivo incompetente. Porque é preciso que alguma coisa mude para que tudo fique na mesma, Jorge Coelho não hesita em sacrificar-se. Há quem chame a isso «dignidade».

Os boys que tomaram conta dos três institutos em que se dividiu a antiga Junta Autónoma das Estradas, e que desde a noite de domingo se remeteram ao mais profundo silêncio, agradecem. Guterres, que não achou necessário demitir ninguém, agradece ainda mais.

«Avante!» Nº 1423 - 8.Março.2001 "

"A demissão de Jorge Coelho, neste processo, tem algo de desproporcionado. É "um gesto de dignidade", como disse o primeiro-ministro, e as obras públicas eram do seu pelouro. Mas daí à demissão vai um pulo.

O desmoronamento da Praça do Comércio, os descarrilamentos do TGV, o fracasso da venda da TAP e os pequenos e médios "afundões" nas obras públicas nunca pareceram incomodar Jorge Coelho. Por isso, a sua saída deixa um sabor a vazio. Foi como se o todo-poderoso n.º 2 de Guterres quisesse largar um governo que sabe condenado ou se quisesse resguardar-se depois de ver a sua imagem marcada por tantos problemas e, sobretudo, pelo caso da TAP, onde exercitou uma aflitiva falta de subtileza económica.

Regressando à Assembleia da República e aos meandros de um PS em perda acentuada, Jorge Coelho vai estar onde mais lhe convém. As maçadas e os incómodos da governação ficam para trás e pode ir tentar preparar o PS para uma terrível prova de fogo: as eleições autárquicas. "

P.S. Amigo Escaravelho. Gostou da referência à sua Bíblia?

A "Orquestra Vermelha" é um conjuto de "tipo" que, de vez em quando, contam umas anedotas giras. Escaravelho 12:57 7 Agosto 2003 A orquestra vermelha

Clarinetes rubros

Fagotes vermelhos

Trompetes encarnados

Uma vocalista com o período.

Amigo carvalho Negro, isso da orquestra vermelha é algum conjunto musical que actua em espectáculos tauromáquicos ?

Já imaginou o que seria ela actuar perto da arena e ser desfeita à cornada ? carvalho Negro 12:52 7 Agosto 2003 "Orquestra vermelha" definha. Para variar.

"Uma questão de Honra

Por razões infinitamente menos responsáveis o Ministro Jorge Coelho pediu de imediato a sua demissão."

Foi????

"E os personagens principais, quem são? No primeiro dia, havia mais políticos que câmaras de TV, sentidos pêsames por entre dois telemóveis e declarações políticas mascaradas de apolíticas. O palco cheio. Os familiares para lá das cercas. Um espectador da TVI escreveu que o local da tragédia era um «espectáculo onde os personagens principais» eram os políticos e os «personagens secundários» eram os mortos. O escândalo na assistência nacional e mundial foi grande demais e os políticos passaram a um moderado recato, entrando em cena a horas certas. Antecipando-se, Jorge Coelho saiu de frente das câmaras antes de ter de ir ao local. Afastou-se do local da tragédia, deixando a outros os apupos em directo, e todos falaram em dignidade." jmrm 11:32 7 Agosto 2003 Aos oportunistas...

...Para além do Sr. Louça, claro!

Alguém dizer que apesar da extensão, da dimensão e proporção o número de vítima é restrito é razão para tanto urubu vir a terreiro?

Se um jornalista disse-se que um comboio caiu de uma ponte de 100 metros para a água com 100 passageiros e SÓ morreu 1, alguem se lembraria de fazer tanto chinfrim?

A dimensão dos incendios em Portugal foi, e é, enorme e o facto de ter morrido 14 (que eu tenha conhecimento) não espelha a gravidade da situação. Rui_Jam 10:58 7 Agosto 2003 Que crânio !...

Não há dúvida que o homem é um crânio!...

Já imaginaram a cena seguinte:

Uma data de "coodenadores" e "comandantes" de bombeiros à volta de uma mesa com uma carta topográfica (que eles não sabem "ler" nem interpretar...), a discutirem sobre deslocações de efectivos e viaturas, para combater fogos que não sabem bem onde são (na carta...), nem para onde se dirigem?

Se conseguirmos abstrair da tragédia que se está a viver, deve fazer lembrar um filme dos bons tempos do Woody Allen ou do Groucho Marx...

A cena só fica completa com o deputado Guilherme Silva e o ex- ministro da Informação do Iraque a comentarem para as Tv's a inexistência do incêndios, género:

"Que fogos?, nem chegaram a começar... já está tudo reflorestado, o que há mais é água..." seguintes >

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