Alargamento da União Europeia
Sábado, 6 de Abril de 2002
Na frente externa, a Europa será a questão central. O novo Governo apanha o comboio europeu numa fase em que estão já em curso reformas complexas, impostas pela perspectiva do alargamento a 10 ou mais países de leste e do sul, que podem alterar a própria natureza do processo de integração. Portugal terá de definir que modelo de integração convém mais aos seus interesses e terá que fazê-lo lutando por preservar o amplo consenso nacional que tem prevalecido sobre a Europa. Dito isto, o governo tem pouco tempo para estabelecer uma estratégia para os debates da Convenção que está a preparar a nova reforma dos tratados, e para a CIG que se lhe seguirá a partir de meados de 2003. Durão Barroso terá ainda de reafirmar a credibilidade do país no quadro da UEM, dando sinais claros de que os compromissos assumidos no âmbito do pacto de estabilidade serão cumpridos. E terá de preparar a negociação do próximo pacote financeiro, seguramente muito menos generoso para Portugal do que foram os três anteriores.
T.de S.
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Alargamento da União Europeia
Sábado, 6 de Abril de 2002
Na frente externa, a Europa será a questão central. O novo Governo apanha o comboio europeu numa fase em que estão já em curso reformas complexas, impostas pela perspectiva do alargamento a 10 ou mais países de leste e do sul, que podem alterar a própria natureza do processo de integração. Portugal terá de definir que modelo de integração convém mais aos seus interesses e terá que fazê-lo lutando por preservar o amplo consenso nacional que tem prevalecido sobre a Europa. Dito isto, o governo tem pouco tempo para estabelecer uma estratégia para os debates da Convenção que está a preparar a nova reforma dos tratados, e para a CIG que se lhe seguirá a partir de meados de 2003. Durão Barroso terá ainda de reafirmar a credibilidade do país no quadro da UEM, dando sinais claros de que os compromissos assumidos no âmbito do pacto de estabilidade serão cumpridos. E terá de preparar a negociação do próximo pacote financeiro, seguramente muito menos generoso para Portugal do que foram os três anteriores.
T.de S.