Santana divide-se entre candidato e primeiro-ministro no período oficial de campanha

05-02-2005
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Santana Divide-se Entre Candidato e Primeiro-ministro no Período Oficial de Campanha

Por H.P.

Sexta-feira, 04 de Fevereiro de 2005

Pedro Santana Lopes vai dividir-se entre as qualidades de candidato do PSD e de primeiro-ministro durante o período oficial de campanha. O PSD divulgou ontem a volta do líder para os 15 dias de campanha, sublinhando que Santana irá também aparecer durante esses dias em iniciativas como primeiro-ministro.

"Por muito que desagrade aos socialistas, a verdade é que somos Governo de Portugal e o dr. Pedro Santana Lopes é primeiro-ministro", afirmou aos jornalistas o director-executivo da campanha do PSD, Carlos coelho, acrescentando que há "uma tensão quase diária" entre o gabinete do primeiro-ministro e a direcção de campanha do PSD para a marcação da agenda da campanha eleitoral.

Um dos assessores do primeiro-ministro recusou ontem divulgar quaisquer pormenores da agenda do chefe do Executivo para esse período, alegando que a agenda só é tornada pública quando "é para convocar jornalistas" e nunca com grande antecedência.

Na qualidade de primeiro-ministro, Santana Lopes poderá encontrar-se com o seu antecessor e actualmente presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso. Segundo Carlos Coelho, o encontro deverá ser num almoço ou num pequeno-almoço, uma vez que será "impensável" que o presidente da Comissão Europeia participe num evento partidário como, por exemplo, um comício.

"Conquistar o nosso quintal"

Pedro Santana Lopes teve anteontem uma reunião com os vários cabeças de lista do PSD para tratar da campanha. Nessa reunião, o líder e alguns candidatos queixaram-se que o que está a marcar a campanha são "fait-divers", nas palavras de um dos candidatos, e que a culpa é da comunicação social. Santana explicou que, nas suas intervenções, fala cerca de 40 minutos sobre o programa de campanha e cinco sobre os adversários ou a forma como a campanha está a decorrer e que é isto que é destacado nos media.

O PSD apontou também como meta a conquista dos votos das pessoas que, em 2002, optaram por este partido. Segundo os estudos encomendados pelo PSD, a esmagadora maioria dos indecisos são pessoas que votaram PSD nas últimas eleições. Segundo Santana, o partido tem que se concentrar em levar estas pessoas a repetir o seu voto. "Não vale a pena perder muito tempo com outro tipo de eleitores. Temos que conquistar o que é o nosso quintal. É esse o nosso objectivo", afirmou ao PÚBLICO um dos cabeças de lista presentes na reunião.

Acerca da troca de acusações nos últimos dias sobre "insinuações" e boatos, Santana justificou mais uma vez que houve um mal-entendido nas declarações que fez sobre os "colos" dos outros candidatos. Voltou a afirmar que o tema do casamento dos homossexuais está em cima da mesa por causa de uma proposta da JS e que não se sente condicionado sobre nenhum assunto. Recorde-se que, nos últimos dias, candidatos e dirigentes do PSD têm manifestado a sua indignação pela campanha que o líder do partido tem estado a fazer.

Santana Divide-se Entre Candidato e Primeiro-ministro no Período Oficial de Campanha

Por H.P.

Sexta-feira, 04 de Fevereiro de 2005

Pedro Santana Lopes vai dividir-se entre as qualidades de candidato do PSD e de primeiro-ministro durante o período oficial de campanha. O PSD divulgou ontem a volta do líder para os 15 dias de campanha, sublinhando que Santana irá também aparecer durante esses dias em iniciativas como primeiro-ministro.

"Por muito que desagrade aos socialistas, a verdade é que somos Governo de Portugal e o dr. Pedro Santana Lopes é primeiro-ministro", afirmou aos jornalistas o director-executivo da campanha do PSD, Carlos coelho, acrescentando que há "uma tensão quase diária" entre o gabinete do primeiro-ministro e a direcção de campanha do PSD para a marcação da agenda da campanha eleitoral.

Um dos assessores do primeiro-ministro recusou ontem divulgar quaisquer pormenores da agenda do chefe do Executivo para esse período, alegando que a agenda só é tornada pública quando "é para convocar jornalistas" e nunca com grande antecedência.

Na qualidade de primeiro-ministro, Santana Lopes poderá encontrar-se com o seu antecessor e actualmente presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso. Segundo Carlos Coelho, o encontro deverá ser num almoço ou num pequeno-almoço, uma vez que será "impensável" que o presidente da Comissão Europeia participe num evento partidário como, por exemplo, um comício.

"Conquistar o nosso quintal"

Pedro Santana Lopes teve anteontem uma reunião com os vários cabeças de lista do PSD para tratar da campanha. Nessa reunião, o líder e alguns candidatos queixaram-se que o que está a marcar a campanha são "fait-divers", nas palavras de um dos candidatos, e que a culpa é da comunicação social. Santana explicou que, nas suas intervenções, fala cerca de 40 minutos sobre o programa de campanha e cinco sobre os adversários ou a forma como a campanha está a decorrer e que é isto que é destacado nos media.

O PSD apontou também como meta a conquista dos votos das pessoas que, em 2002, optaram por este partido. Segundo os estudos encomendados pelo PSD, a esmagadora maioria dos indecisos são pessoas que votaram PSD nas últimas eleições. Segundo Santana, o partido tem que se concentrar em levar estas pessoas a repetir o seu voto. "Não vale a pena perder muito tempo com outro tipo de eleitores. Temos que conquistar o que é o nosso quintal. É esse o nosso objectivo", afirmou ao PÚBLICO um dos cabeças de lista presentes na reunião.

Acerca da troca de acusações nos últimos dias sobre "insinuações" e boatos, Santana justificou mais uma vez que houve um mal-entendido nas declarações que fez sobre os "colos" dos outros candidatos. Voltou a afirmar que o tema do casamento dos homossexuais está em cima da mesa por causa de uma proposta da JS e que não se sente condicionado sobre nenhum assunto. Recorde-se que, nos últimos dias, candidatos e dirigentes do PSD têm manifestado a sua indignação pela campanha que o líder do partido tem estado a fazer.

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