Paulo Portas acusa Louçã de mentir sobre cartas a ex-combatentes

05-02-2005
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Paulo Portas Acusa Louçã de Mentir Sobre Cartas a Ex-combatentes

Sexta-feira, 04 de Fevereiro de 2005

Ministério da Defesa garante que iniciativa foi calendarizada em Setembro

O ministro da Defesa e líder do CDS, Paulo Portas, acusou ontem o dirigente do Bloco de Esquerda Francisco Louçã de "mentir" e de se ter "estampado" a propósito do envio de cartas aos ex-combatentes, assinadas pelos ministros das Finanças e da Defesa.

A reacção de Portas às críticas de Francisco Louçã e do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, foi proferida no final de um debate temático sobre agricultura, realizado em Évora, no âmbito da pré-campanha para as legislativas de 20 de Fevereiro.

"O dr. Francisco Louçã fez ontem [quarta-feira[, bem ao seu estilo, uma alegada denúncia, que prova que ele nem sabe o que diz e quando fala sem saber o que diz estampa-se e mente, para além de ofender, mas isso eu já dou de barato", afirmou Portas.

Empunhando duas das cartas em causa, referentes a meses distintos, o líder do CDS/PP e ministro da Defesa garantiu que "não há nenhuma carta partidária para os antigos combatentes".

"A única coisa que existe é, em Outubro, Novembro e Dezembro de 2004 e em Janeiro de 2005, cartas do departamento dos antigos combatentes para aqueles antigos soldados do Exército português, que fizeram a guerra de África, para receberem o complemento de pensão ou a contagem do tempo, à medida que se vão reformando ou aposentando", explicou. Segundo Paulo Portas, mais de 100 mil ex-combatentes já receberam as cartas.

"Isto é uma boa prova (...) da diferença entre quem luta por causas, que é o meu caso em relação aos antigos combatentes (...), e o dr. Louçã, que vai atrás do primeiro pirilampo", reforçou.

Dirigindo sempre as críticas ao dirigente bloquista, o líder dos populares disse que Francisco Louçã "não sabe do que é que fala, nunca fez nada pelos antigos combatentes e, como se viu, estampou-se".

O Ministério da Defesa Nacional (MDN) esclareceu também que o envio das cartas aos ex-combatentes, assinadas pelos ministros das Finanças e da Defesa, estava planeado desde Setembro, quando ainda se desconhecia que ia haver eleições.

Em declarações à Agência Lusa, o director-geral do departamento de pessoal e recrutamento militar do MDN, Alberto Coelho, afirmou que foi ele, enquanto responsável pelo departamento, que propôs a calendarização de contacto com os ex-combatentes, ao ministro Paulo Portas, em Setembro, "que concordou". As cartas, disse, "são informativas" e "fundamentais" para que os ex-combatentes possam "confirmar os seus dados" e "a contagem de tempo" (de serviço no ultramar), para que no momento em que se reformarem, os seus processos no MDN estejam concluídos para receberem o complemento.

Quanto ao facto de estarem datadas de Dezembro, apesar de terem sido recebidas nos últimos dias, Alberto Coelho esclareceu que "estavam prontas no final de Dezembro" e que "foram enviadas para os CTT no início de Janeiro".

O envio desta carta suscitou quarta-feira críticas por parte do dirigente do Bloco de Esquerda Francisco Louçã e do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, que acusaram o ministro Paulo Portas de utilizar meios do Estado para fazer campanha eleitoral.

Lusa

Paulo Portas Acusa Louçã de Mentir Sobre Cartas a Ex-combatentes

Sexta-feira, 04 de Fevereiro de 2005

Ministério da Defesa garante que iniciativa foi calendarizada em Setembro

O ministro da Defesa e líder do CDS, Paulo Portas, acusou ontem o dirigente do Bloco de Esquerda Francisco Louçã de "mentir" e de se ter "estampado" a propósito do envio de cartas aos ex-combatentes, assinadas pelos ministros das Finanças e da Defesa.

A reacção de Portas às críticas de Francisco Louçã e do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, foi proferida no final de um debate temático sobre agricultura, realizado em Évora, no âmbito da pré-campanha para as legislativas de 20 de Fevereiro.

"O dr. Francisco Louçã fez ontem [quarta-feira[, bem ao seu estilo, uma alegada denúncia, que prova que ele nem sabe o que diz e quando fala sem saber o que diz estampa-se e mente, para além de ofender, mas isso eu já dou de barato", afirmou Portas.

Empunhando duas das cartas em causa, referentes a meses distintos, o líder do CDS/PP e ministro da Defesa garantiu que "não há nenhuma carta partidária para os antigos combatentes".

"A única coisa que existe é, em Outubro, Novembro e Dezembro de 2004 e em Janeiro de 2005, cartas do departamento dos antigos combatentes para aqueles antigos soldados do Exército português, que fizeram a guerra de África, para receberem o complemento de pensão ou a contagem do tempo, à medida que se vão reformando ou aposentando", explicou. Segundo Paulo Portas, mais de 100 mil ex-combatentes já receberam as cartas.

"Isto é uma boa prova (...) da diferença entre quem luta por causas, que é o meu caso em relação aos antigos combatentes (...), e o dr. Louçã, que vai atrás do primeiro pirilampo", reforçou.

Dirigindo sempre as críticas ao dirigente bloquista, o líder dos populares disse que Francisco Louçã "não sabe do que é que fala, nunca fez nada pelos antigos combatentes e, como se viu, estampou-se".

O Ministério da Defesa Nacional (MDN) esclareceu também que o envio das cartas aos ex-combatentes, assinadas pelos ministros das Finanças e da Defesa, estava planeado desde Setembro, quando ainda se desconhecia que ia haver eleições.

Em declarações à Agência Lusa, o director-geral do departamento de pessoal e recrutamento militar do MDN, Alberto Coelho, afirmou que foi ele, enquanto responsável pelo departamento, que propôs a calendarização de contacto com os ex-combatentes, ao ministro Paulo Portas, em Setembro, "que concordou". As cartas, disse, "são informativas" e "fundamentais" para que os ex-combatentes possam "confirmar os seus dados" e "a contagem de tempo" (de serviço no ultramar), para que no momento em que se reformarem, os seus processos no MDN estejam concluídos para receberem o complemento.

Quanto ao facto de estarem datadas de Dezembro, apesar de terem sido recebidas nos últimos dias, Alberto Coelho esclareceu que "estavam prontas no final de Dezembro" e que "foram enviadas para os CTT no início de Janeiro".

O envio desta carta suscitou quarta-feira críticas por parte do dirigente do Bloco de Esquerda Francisco Louçã e do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, que acusaram o ministro Paulo Portas de utilizar meios do Estado para fazer campanha eleitoral.

Lusa

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