Impossível de aturar: Adeus e até ao meu regresso

22-06-2020
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Vítor Constâncio vai deixar de prestar contas aos portugueses para começar a prestar contas aos europeus. Até aqui, apenas tinha que suportar as insuportáveis comissões parlamentares  convocadas pelos insuportáveis deputados da oposição portuguesa, para discutirem o já insuportável caso do BPN e avaliarem a função fiscalizadora do Banco de Portugal, na pessoa do seu governador. A partir de Junho vai ter que se preocupar, não com um banco, mas com todo o sistema bancário da zona euro. Segundo o próprio é "um cargo de grande exigência técnica, o que me cria um sentimento de grande responsabilidade". Diz quem sabe, que Vítor Constâncio é um excelente profissional, que tem um enorme carácter e que reúne um conjunto de qualidades que o colocam  numa situação preferencial na "corrida" à vice-presidência do BCE. O que se passou em Portugal, e com Vítor Constâncio, foi o espelho daquilo que se passou como Guterres ou com Barroso. Questionada a eficácia da sua actuação no mercado português, eis que a sua competência é reconhecida além fronteiras. Não servindo para nós, vai concerteza servir para os responsáveis pelo Banco Central Europeu. Será que eles avaliam de forma diferente as pessoas com quem pretendem colaborar?  Um coisa é certa, ser político em Portugal constitui um grande desafio, diria até que Portugal é a forja dos grandes políticos. Aqui, passam, num ápice, de bestiais a bestas. São vilipendiados, desconsiderados e a sua reputação constantemente posta em causa. Lá fora, são escolhidos para ocuparem cargos de destaque, não porque haja falta de candidatos, mas tão só porque lá são apreciados, respeitados e considerados. Pergunto eu. Será que Portugal tem todas as condições para formar políticos com fibra, que se destaquem nas instâncias europeias, ou não apenas não consegue vislumbrar a qualidade dos seus governantes e está sempre desejoso de os ver pelas costas?
Uma coisa é certa, quando saem daqui, têm logo ocupação garantida noutro lugar qualquer e com muito melhores condições. Do passado, apenas recordarão Portugal como um acidente de percurso que muito lhes custou a digerir mas cuja governação lhes deu traquejo suficiente para enfrentar os desafios europeus. Poderão voltar um dia mas apenas na qualidade de candidatos à mais alta magistratura da nação porque política activa em Portugal, nunca mais.
Só espero que Sócrates encontre, também ele, um futuro político longe de Portugal, porque aqui já ultrapassou o prazo de validade e não tem mais condições para governar.

Vítor Constâncio vai deixar de prestar contas aos portugueses para começar a prestar contas aos europeus. Até aqui, apenas tinha que suportar as insuportáveis comissões parlamentares  convocadas pelos insuportáveis deputados da oposição portuguesa, para discutirem o já insuportável caso do BPN e avaliarem a função fiscalizadora do Banco de Portugal, na pessoa do seu governador. A partir de Junho vai ter que se preocupar, não com um banco, mas com todo o sistema bancário da zona euro. Segundo o próprio é "um cargo de grande exigência técnica, o que me cria um sentimento de grande responsabilidade". Diz quem sabe, que Vítor Constâncio é um excelente profissional, que tem um enorme carácter e que reúne um conjunto de qualidades que o colocam  numa situação preferencial na "corrida" à vice-presidência do BCE. O que se passou em Portugal, e com Vítor Constâncio, foi o espelho daquilo que se passou como Guterres ou com Barroso. Questionada a eficácia da sua actuação no mercado português, eis que a sua competência é reconhecida além fronteiras. Não servindo para nós, vai concerteza servir para os responsáveis pelo Banco Central Europeu. Será que eles avaliam de forma diferente as pessoas com quem pretendem colaborar?  Um coisa é certa, ser político em Portugal constitui um grande desafio, diria até que Portugal é a forja dos grandes políticos. Aqui, passam, num ápice, de bestiais a bestas. São vilipendiados, desconsiderados e a sua reputação constantemente posta em causa. Lá fora, são escolhidos para ocuparem cargos de destaque, não porque haja falta de candidatos, mas tão só porque lá são apreciados, respeitados e considerados. Pergunto eu. Será que Portugal tem todas as condições para formar políticos com fibra, que se destaquem nas instâncias europeias, ou não apenas não consegue vislumbrar a qualidade dos seus governantes e está sempre desejoso de os ver pelas costas?
Uma coisa é certa, quando saem daqui, têm logo ocupação garantida noutro lugar qualquer e com muito melhores condições. Do passado, apenas recordarão Portugal como um acidente de percurso que muito lhes custou a digerir mas cuja governação lhes deu traquejo suficiente para enfrentar os desafios europeus. Poderão voltar um dia mas apenas na qualidade de candidatos à mais alta magistratura da nação porque política activa em Portugal, nunca mais.
Só espero que Sócrates encontre, também ele, um futuro político longe de Portugal, porque aqui já ultrapassou o prazo de validade e não tem mais condições para governar.

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