Reacções da oposição

13-04-2002
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Reacções da Oposição

Quarta-feira, 3 de Abril de 2002

Os partidos com assento parlamentar encontraram-se ontem com o Presidente da República, Jorge Sampaio, que, como manda a lei, é obrigado a ouvir as forças políticas com deputados eleitos à Assembleia da República antes de dar posse ao novo Governo. Uma oportunidade para os partidos da oposição manifestarem publicamente as suas opiniões sobre o novo Executivo.

PS: "Aquém das expectativas criadas"

O secretário-geral do PS afirmou que o Governo ontem apresentado por Durão Barroso fica "aquém das expectativas criadas durante a campanha eleitoral". Para Ferro Rodrigues, essas expectativas apontavam para uma renovação "com independentes e jovens" que diz não se ter verificado agora. Sobre o facto de no novo Executivo figurarem vários ministros que já tinham estado no Executivo de Cavaco Silva, Ferro Rodrigues considerou esse facto "normal" face "às dificuldades em formar um Governo de coligação". Porém, para o líder socialista, "o mais importante" é agora conhecer o programa de Governo para se ficar a "conhecer as suas verdadeiras intenções". Ferro Rodrigues desejou "as maiores felicidades" aos novos governantes e prometeu por parte do PS "uma oposição construtiva e responsável". "Não deixaremos de apoiar o novo Governo naquilo que acharmos que é fundamental para o país, mas, como maior partido da oposição, teremos uma atitude fiscalizadora", disse Ferro Rodrigues no final do encontro com Jorge Sampaio.

PCP: "Não augura nada de bom"

O secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, considerou que o próximo Governo "não augura nada de bom" para o país, apontando os "representantes dos 'lobbies' da saúde e das seguradoras privadas" na composição do Executivo. "Este Governo não augura nada de bom, quer em relação aos direitos dos trabalhadores, à segurança social, ao emprego e, indirectamente, aos pequenos e médios empresários", afirmou Carlos Carvalhas. "Dissemos ao Presidente da República que daremos combate a esta política na Assembleia da República e nos outros planos de intervenção do PCP", concluiu Carvalhas.

BE: "Uma espécie de cavaquismo sem Cavaco"

O dirigente do Bloco de Esquerda Luís Fazenda manifestou receio que o próximo Governo, que classificou como "uma espécie de cavaquismo sem Cavaco", prossiga uma "política de forte agressividade social". "Queremos contas certas e rigor nas contas públicas, mas não queremos que sejam os mais fracos, as áreas sociais e os serviços públicos, a pagá-las", disse Luís Fazenda em Belém. O dirigente do BE disse ainda temer "uma política de forte agressividade social" e avisou que o BE "está atento aos indícios de bloqueio a direitos cívicos como a interrupção voluntária da gravidez". Luís Fazenda afirmou que o BE irá fazer na Assembleia da República "oposição forte e construtiva" e bater-se pela liberdade de consciência dos parlamentares em relação à despenalização do aborto.

"Os Verdes": "Cavaquismo reciclado"

A deputada Isabel Castro de "Os Verdes" considerou que o novo Governo apresentado por Durão Barroso representa "o cavaquismo reciclado". "Este Governo é o retorno ao passado" e "um cavaquismo reciclado", disse a deputada no final de uma audiência com o Presidente da República. Isabel Castro manifestou "grandes preocupações" pelo conteúdo do que já é conhecido do projecto do Governo, criticando "o anúncio de drásticas reduções em áreas como a saúde e a educação". Quanto à escolha de Isaltino Morais para ministro das Cidades, Ambiente e Ordenamento, o partido Ecologista "Os Verdes" vai esperar para ver: "Não são conhecidas as suas preocupações ambientais, apenas a sua intervenção como autarca. Vamos esperar para ver."

Reacções da Oposição

Quarta-feira, 3 de Abril de 2002

Os partidos com assento parlamentar encontraram-se ontem com o Presidente da República, Jorge Sampaio, que, como manda a lei, é obrigado a ouvir as forças políticas com deputados eleitos à Assembleia da República antes de dar posse ao novo Governo. Uma oportunidade para os partidos da oposição manifestarem publicamente as suas opiniões sobre o novo Executivo.

PS: "Aquém das expectativas criadas"

O secretário-geral do PS afirmou que o Governo ontem apresentado por Durão Barroso fica "aquém das expectativas criadas durante a campanha eleitoral". Para Ferro Rodrigues, essas expectativas apontavam para uma renovação "com independentes e jovens" que diz não se ter verificado agora. Sobre o facto de no novo Executivo figurarem vários ministros que já tinham estado no Executivo de Cavaco Silva, Ferro Rodrigues considerou esse facto "normal" face "às dificuldades em formar um Governo de coligação". Porém, para o líder socialista, "o mais importante" é agora conhecer o programa de Governo para se ficar a "conhecer as suas verdadeiras intenções". Ferro Rodrigues desejou "as maiores felicidades" aos novos governantes e prometeu por parte do PS "uma oposição construtiva e responsável". "Não deixaremos de apoiar o novo Governo naquilo que acharmos que é fundamental para o país, mas, como maior partido da oposição, teremos uma atitude fiscalizadora", disse Ferro Rodrigues no final do encontro com Jorge Sampaio.

PCP: "Não augura nada de bom"

O secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, considerou que o próximo Governo "não augura nada de bom" para o país, apontando os "representantes dos 'lobbies' da saúde e das seguradoras privadas" na composição do Executivo. "Este Governo não augura nada de bom, quer em relação aos direitos dos trabalhadores, à segurança social, ao emprego e, indirectamente, aos pequenos e médios empresários", afirmou Carlos Carvalhas. "Dissemos ao Presidente da República que daremos combate a esta política na Assembleia da República e nos outros planos de intervenção do PCP", concluiu Carvalhas.

BE: "Uma espécie de cavaquismo sem Cavaco"

O dirigente do Bloco de Esquerda Luís Fazenda manifestou receio que o próximo Governo, que classificou como "uma espécie de cavaquismo sem Cavaco", prossiga uma "política de forte agressividade social". "Queremos contas certas e rigor nas contas públicas, mas não queremos que sejam os mais fracos, as áreas sociais e os serviços públicos, a pagá-las", disse Luís Fazenda em Belém. O dirigente do BE disse ainda temer "uma política de forte agressividade social" e avisou que o BE "está atento aos indícios de bloqueio a direitos cívicos como a interrupção voluntária da gravidez". Luís Fazenda afirmou que o BE irá fazer na Assembleia da República "oposição forte e construtiva" e bater-se pela liberdade de consciência dos parlamentares em relação à despenalização do aborto.

"Os Verdes": "Cavaquismo reciclado"

A deputada Isabel Castro de "Os Verdes" considerou que o novo Governo apresentado por Durão Barroso representa "o cavaquismo reciclado". "Este Governo é o retorno ao passado" e "um cavaquismo reciclado", disse a deputada no final de uma audiência com o Presidente da República. Isabel Castro manifestou "grandes preocupações" pelo conteúdo do que já é conhecido do projecto do Governo, criticando "o anúncio de drásticas reduções em áreas como a saúde e a educação". Quanto à escolha de Isaltino Morais para ministro das Cidades, Ambiente e Ordenamento, o partido Ecologista "Os Verdes" vai esperar para ver: "Não são conhecidas as suas preocupações ambientais, apenas a sua intervenção como autarca. Vamos esperar para ver."

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