Semanário Económico

01-07-2004
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Foram Investidos 16,5 milhões

Os desafios da nova era de insegurança

15-06-2004, Lígia Simões, lsimoes@economica.iol.pt

Entre 12 de Junho e 4 de Julho o lema será segurança máxima para o Euro 2004. A dimensão do evento reacende a preocupação quanto à violência nos estádios e a eventuais ataques terroristas.

O sucesso da realização do Euro 2004 passa necessariamente pela salvaguarda da segurança dos participantes e dos espectadores. Para prevenir a imigração ilegal e a entrada em Portugal de cidadãos ou grupos referenciados como habituais causadores de conflitos ou graves desordens públicas, o Governo repôs o controlo de fronteiras, entre 26 de Maio e 4 de Julho, ao abrigo do nº2 do artigo 2º da Convenção do Acordo de Schengen. Um quadro legal considerado indispensável para os objectivos do Euro 2004, mas que não afasta os receios de ataques terroristas. «É uma situação nova. Existe sempre esta preocupação, mas foram tomadas as medidas essenciais para prever esses eventuais casos», afirmou ao SE Hugo Velosa deputado social democrata da Comissão Parlamentar de Acompanhamento do Euro 2004.

O desafio da realização do Europeu de Futebol em Portugal levou a um investimento em Segurança da ordem dos 16,5 milhões de euros, em material tão diverso como material de ordem pública, material técnico e viaturas. Para o Euro 2004 foram adquiridas 400 viaturas, material de ordem pública, nomeadamente bastões e escudos de protecção, equipamento de inactivação de engenhos e explosivos e segurança em subsolo, num investimento orçado em 12,4 milhões de euros.

Para além dos meios materiais, o MAI procedeu também ao reforço dos meios humanos da PSP, em mais 900 elementos, e do SEF com mais 180 inspectores (o que representa um aumento de cerca de 30%). Para garantir a segurança dos eventos, da circulação rodoviária e das próprias cidades, o MAI prevê ainda presença de elementos do Corpo de Intervenção, elementos das Brigadas de Minas e Armadilhas e das Unidades Especiais que estarão de reserva para eventual intervenção excepcional. Está ainda previsto o apoio logístico das Forças Armadas que se irá concretizar no empréstimo de meios de transporte, bem como de instalações e alimentação, nomeadamente no Algarve e em Braga para alojamento de forças da GNR. Para além do Plano de Segurança Global, foram desenvolvidos planos específicos para cada estádio. Com vista a cumprir as normas europeias para a troca de informações sobre a violência no desporto. Foi também estabelecido um Centro Coordenador de Informações Policiais em Lisboa, com ligações aos Centros Locais de Informações Policiais instalados nas cidades onde se realizam os jogos, e que irão assegurar as trocas de informações sobre manifestações violentas no desporto e permitir que essa troca se estenda às Forças de Segurança dos países participantes. A vertente segurança passiva, que visa assegurar as condições adequadas à prevenção e minimização da ocorrência de acidentes, é da responsabilidade Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) e do INEM. Nesta vertente, cada estádio conta com o seu plano de emergência interno.

Foram Investidos 16,5 milhões

Os desafios da nova era de insegurança

15-06-2004, Lígia Simões, lsimoes@economica.iol.pt

Entre 12 de Junho e 4 de Julho o lema será segurança máxima para o Euro 2004. A dimensão do evento reacende a preocupação quanto à violência nos estádios e a eventuais ataques terroristas.

O sucesso da realização do Euro 2004 passa necessariamente pela salvaguarda da segurança dos participantes e dos espectadores. Para prevenir a imigração ilegal e a entrada em Portugal de cidadãos ou grupos referenciados como habituais causadores de conflitos ou graves desordens públicas, o Governo repôs o controlo de fronteiras, entre 26 de Maio e 4 de Julho, ao abrigo do nº2 do artigo 2º da Convenção do Acordo de Schengen. Um quadro legal considerado indispensável para os objectivos do Euro 2004, mas que não afasta os receios de ataques terroristas. «É uma situação nova. Existe sempre esta preocupação, mas foram tomadas as medidas essenciais para prever esses eventuais casos», afirmou ao SE Hugo Velosa deputado social democrata da Comissão Parlamentar de Acompanhamento do Euro 2004.

O desafio da realização do Europeu de Futebol em Portugal levou a um investimento em Segurança da ordem dos 16,5 milhões de euros, em material tão diverso como material de ordem pública, material técnico e viaturas. Para o Euro 2004 foram adquiridas 400 viaturas, material de ordem pública, nomeadamente bastões e escudos de protecção, equipamento de inactivação de engenhos e explosivos e segurança em subsolo, num investimento orçado em 12,4 milhões de euros.

Para além dos meios materiais, o MAI procedeu também ao reforço dos meios humanos da PSP, em mais 900 elementos, e do SEF com mais 180 inspectores (o que representa um aumento de cerca de 30%). Para garantir a segurança dos eventos, da circulação rodoviária e das próprias cidades, o MAI prevê ainda presença de elementos do Corpo de Intervenção, elementos das Brigadas de Minas e Armadilhas e das Unidades Especiais que estarão de reserva para eventual intervenção excepcional. Está ainda previsto o apoio logístico das Forças Armadas que se irá concretizar no empréstimo de meios de transporte, bem como de instalações e alimentação, nomeadamente no Algarve e em Braga para alojamento de forças da GNR. Para além do Plano de Segurança Global, foram desenvolvidos planos específicos para cada estádio. Com vista a cumprir as normas europeias para a troca de informações sobre a violência no desporto. Foi também estabelecido um Centro Coordenador de Informações Policiais em Lisboa, com ligações aos Centros Locais de Informações Policiais instalados nas cidades onde se realizam os jogos, e que irão assegurar as trocas de informações sobre manifestações violentas no desporto e permitir que essa troca se estenda às Forças de Segurança dos países participantes. A vertente segurança passiva, que visa assegurar as condições adequadas à prevenção e minimização da ocorrência de acidentes, é da responsabilidade Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) e do INEM. Nesta vertente, cada estádio conta com o seu plano de emergência interno.

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