Impossível de aturar

22-06-2020
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Um dos males que minam a nossa sociedade, prende-se com o facto de todos pretenderem atingir um nível de excelência que lhes permita serem reconhecidos como extraordinários em tudo o que fazem, independentemente do esforço e das privações necessários para concretizar esse desejo. Não é por acaso que temos índices elevados de utilização de antidepressivos, tudo por causa da constante insatisfação com que vivemos o nosso dia-a-dia. Desde cedo que nos é incutido, por exemplo, a necessidade de, a todo o custo, adquirirmos um "canudo" para ter sucesso na vida profissional. Mais cedo ainda se veio a constatar, que essa vontade intrínseca com que grande parte dos pais encaram a obtenção de uma formação superior para os filhos, se encontra minada de incertezas e carregada de puro simbolismo, só explicáveis à luz de um conceito excessivamente servil de uma sociedade extremamente marcada pelas relações quase feudais entre os que querem ser chamados de “doutores” e os que, não querendo, se vêm constrangidos a fazê-lo. O resultado dessa quase obsessão pela excelência, promove uma competição desenfreada, até mesmo junto dos mais jovens, os quais, desde muito cedo, são confrontados com a necessidade de atingirem as metas delineadas nas secretárias daqueles a que cabe provar a eficácia do seu método. O resultado, esperado diga-se, traduz-se num sem número de traumas físicos e psicológicos, com que, prematuramente, se vêm confrontados os que não conseguiram atingir os objectivos a que se propuseram.


Um dos males que minam a nossa sociedade, prende-se com o facto de todos pretenderem atingir um nível de excelência que lhes permita serem reconhecidos como extraordinários em tudo o que fazem, independentemente do esforço e das privações necessários para concretizar esse desejo. Não é por acaso que temos índices elevados de utilização de antidepressivos, tudo por causa da constante insatisfação com que vivemos o nosso dia-a-dia. Desde cedo que nos é incutido, por exemplo, a necessidade de, a todo o custo, adquirirmos um "canudo" para ter sucesso na vida profissional. Mais cedo ainda se veio a constatar, que essa vontade intrínseca com que grande parte dos pais encaram a obtenção de uma formação superior para os filhos, se encontra minada de incertezas e carregada de puro simbolismo, só explicáveis à luz de um conceito excessivamente servil de uma sociedade extremamente marcada pelas relações quase feudais entre os que querem ser chamados de “doutores” e os que, não querendo, se vêm constrangidos a fazê-lo. O resultado dessa quase obsessão pela excelência, promove uma competição desenfreada, até mesmo junto dos mais jovens, os quais, desde muito cedo, são confrontados com a necessidade de atingirem as metas delineadas nas secretárias daqueles a que cabe provar a eficácia do seu método. O resultado, esperado diga-se, traduz-se num sem número de traumas físicos e psicológicos, com que, prematuramente, se vêm confrontados os que não conseguiram atingir os objectivos a que se propuseram.

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