Reacções políticas à decisão judicial

15-04-2004
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Reacções Políticas à Decisão Judicial

Sexta-feira, 26 de Março de 2004 Durão assume responsabilidades do Estado O primeiro-ministro escusou-se a comentar a decisão judicial de não levar a julgamento qualquer dos arguidos no caso da queda da ponte de Entre-os-Rios, mas assegurou que o Estado irá assumir as suas responsabilidades. "O Estado será solidário e assumirá todas as suas responsabilidades para com os familiares das vítimas da tragédia de Entre-os-Rios", garantiu Durão Barroso, à saída do debate mensal na Assembleia da República. Jorge Coelho apoia recurso das famílias Jorge Coelho, ministro das Obras Públicas que se demitiu no mesmo dia do acidente, manifestou-se ontem convicto que se fará justiça no caso da derrocada da ponte em Entre-os-Rios, referindo que as famílias das vítimas irão recorrer da decisão judicial de arquivar o processo. "Quero uma vez mais manifestar a minha total solidariedade em relação aos familiares das vítimas daquela tragédia. Sei que os familiares das vítimas vão recorrer e, por isso, estou confiante que se fará justiça", reagiu o ex-ministro de António Guterres. Os "ex-número dois" do PS fez ainda questão de salientar que, "no processo sobre a tragédia de Entre-os-Rios, a culpa não vai morrer solteira". O ex-ministro recusou-se também a dizer se acredita ou não que o acidente se tenha devido a causas naturais, como concluiu o juiz de instrução do processo. CDS-PP "surpreendido" O deputado do CDS-PP Anacoreta Correia afirmou-se hoje "surpreendido" com a decisão do juiz de instrução de arquivar o processo da queda da ponte de Entre-os-Rios, em 2001, sem levar a julgamento os 29 arguidos. "Ainda que o juiz do processo diga que ouviu todas as pessoas e que analisou cuidadosamente toda a documentação, é minha convicção que um acidente daquela magnitude não pode apenas ser justificado com causas naturais e que merecia uma análise mais aprofundada", declarou o deputado do CDS-PP. Anacoreta Correia mostrou-se convicto que "os familiares das vítimas" na queda da ponte de Entre-os-Rios "vão recorrer da decisão do juiz de instrução do processo". "Tenho receio que, na sequência da decisão do juiz de instrução, se instale a ideia que, uma vez mais, a culpa vai morrer solteira em Portugal", acrescentou. PCP lembra resultados da comissão de inquérito O deputado Honório Novo reagiu à notícia afirmando que se estivesse entre as vítimas um familiar seu não se conformaria com a decisão judicial. "Não é aceitável imputar a queda a causas naturais quando os inquéritos técnicos imputam responsabilidades técnicas", afirmou o parlamentar antes de frisar que a Assembleia da República conseguira produzir os "resultados" que o juiz não conseguira. "A comissão de inquérito responsabilizou técnicos de departamentos do Estado e daí tirou as ilações políticas", sublinhou Honório Novo. BE critica impressão que "tudo é irresponsável em Portugal" Francisco Louçã, deputado do Bloco de Esquerda, começou por frisar não querer comentar o despacho do juiz, mas confessou-se preocupado com a impressão que a decisão transmite. "Surprende-me que agora, depois de tanta evidência recolhida, só se apure que ninguém é responsável. Isto parece reforçar aquela impressão de que neste país tudo é irresponsável". O deputado lembrou a comissão de inquérito realizada ao acidente para sublinhar que nela "apareceu muita informação sobre a incúria e a falta de obras de manutenção da parte do Instituto de Estradas de Portugal". OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Não há culpados na tragédia de Entre-os-Rios

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