EXPRESSO: Vidas

17-12-2002
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GENTE

Sugestão — Surpreendente do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. Face ao processo de despedimento de 5600 trabalhadores sicilianos da Fiat, o empresário aconselhou-os a procurar uma ocupação «talvez não oficial» para complementarem o subsídio de desemprego. Que é como quem diz, a fazer a apologia do biscate.

Atribulada — Foi a eleição da Miss Mundo (cf. Vidas 1570 de 30 de Novembro), que terminou, em Londres, com a coroação da turca Azra Anin. A colombiana Natalia Peralta e a peruana Marina Montero foram nomeadas Damas de Honor.

Família — Do terrorista mais famoso do mundo, Osama Bin Laden, vai vender um edifício de escritórios em Mayfair, um dos bairros mais luxuosos de Londres. A empresa dos irmãos de Osama já tinha vendido outros imóveis na capital inglesa. Para este negócio contam com os serviços de assessoria dos advogados da Rainha Isabel II, Farrer & Co.

Símbolo — Do pacifismo de Israel, Jonathan Ben Artzi, de 20 anos, vai para a prisão durante 35 dias em consequência da recusa em cumprir o serviço militar. É a sexta vez que cumpre pena ser sobrinho do radical Benjamin Netanyahu (actual ministro dos Negócios Estrangeiros), de pai sargento (Matania), mãe professora e ex-soldado (Ofra), tal como os seus irmãos Ruth e Erik.

Voluntários em força Coordenação de César Avó

JOÃO CARLOS SANTOS Na semana passada, a Sociedade Euro 2004 e o Instituto Português da Juventude (IPJ) assinaram um protocolo com o objectivo de recrutar e formar voluntários para ajudar nas mais diversas tarefas no âmbito do campeonato europeu de futebol. Na semana passada, a Sociedade Euro 2004 e o Instituto Português da Juventude (IPJ) assinaram um protocolo com o objectivo de recrutar e formar voluntários para ajudar nas mais diversas tarefas no âmbito do campeonato europeu de futebol. A coisa nada teria de estranho não fosse Gilberto Madaíl ter celebrado o mesmíssimo protocolo quase um exacto ano antes (em bom rigor, a 14 de Novembro de 2001) com o então Governo socialista. Aliás, a prova de que o acordo já existia está na própria página da Internet do IPJ, onde se apontava como data de início do programa 26 de Agosto de 2002. Incomodada por esta sensação de «déjà vu», GENTE investigou e descobriu que, afinal, há uma certa diferença entre os programas: bem mais modesto, o responsável governamental de há um ano, José Lello, acreditava que a coisa se resolvia com 90 voluntários; já o actual titular da Juventude e do Desporto, Hermínio Loureiro, quis o recrutamento de... (pasme-se!) 5000! Donde é fácil concluir que, neste momento, qualquer mãozinha é bem-vinda para o Euro 2004... até porque se calhar é o Governo o primeiro a suspeitar que alguns dos novos estádios podem vir mesmo a precisar de mão-de-obra (de preferência barata) para ficarem concluídos a tempo.

O carisma e o «vintage» JOÃO ABREU MIRANDA/LUSA Aproveitando a entronização de Rudolph Giuliani (na foto) na Confraria do Vinho do Porto, Luís Filipe Menezes convidou o ex-mayor de Nova Iorque para um jantar nas Caves Taylor. No discurso, na sua melhor tentativa de falar inglês, o autarca de Gaia elogiou a coragem e o espírito de sacrifício de Giuliani, dizendo que ele era a prova viva de que o futuro de um político está assente no carisma que conseguir exibir. Uma frase curiosa num político do PSD que várias vezes assumiu publicamente não reconhecer carisma em Durão Barroso. Agora só falta saber se nas garrafeiras das Companhias de Vinho do Porto existe alguma garrafa com um «vintage» do ano de nascimento do primeiro-ministro. É que Menezes terminou o discurso oferecendo a Giuliani uma garrafa de «vintage» do ano em que o norte-americano nasceu, concluindo: «Sempre que não encontramos garrafas do ano de nascimento de uma pessoa, não lhe auguro grande futuro.» Aproveitando a entronização de(na foto) na Confraria do Vinho do Porto,convidou o ex-mayor de Nova Iorque para um jantar nas Caves Taylor. No discurso, na sua melhor tentativa de falar inglês, o autarca de Gaia elogiou a coragem e o espírito de sacrifício de Giuliani, dizendo que ele era a prova viva de que o futuro de um político está assente no carisma que conseguir exibir. Uma frase curiosa num político do PSD que várias vezes assumiu publicamente não reconhecer carisma em. Agora só falta saber se nas garrafeiras das Companhias de Vinho do Porto existe alguma garrafa com um «vintage» do ano de nascimento do primeiro-ministro. É que Menezes terminou o discurso oferecendo a Giuliani uma garrafa de «vintage» do ano em que o norte-americano nasceu, concluindo:

CemGTP JORGE SIMÃO À boa maneira portuguesa, ficámos sem saber a real dimensão da adesão à greve geral de terça-feira. Tal como já nos habituámos a ver nas noites eleitorais, a leitura política dos resultados esteve longe de ser factual e objectiva. Foi assim que ouvimos Bagão Félix assegurar que a percentagem dos grevistas não ultrapassou os 13%, ao mesmíssimo tempo que Carvalho da Silva anunciava que tinha chegado aos 87%. Seguros de que, algures no meio, há-de estar a verdade, ninguém se chocou com a diferença. E com razão, pois um dado - este sim rigorosamente objectivo e indesmentível -, no qual GENTE reparou, demonstra que, afinal, os números do ministro do Trabalho e do líder da CGTP até coincidiram! (Pois 87 + 13 = 100). Verdade de La Palisse: se houve 87% dos trabalhadores que se comportaram de uma maneira, os restantes 13% tiveram a atitude inversa. Qual das percentagens fez greve é uma questão de obediência ao princípio da perspectiva a que os nossos políticos recorrem... tal como a garrafa de whisky, que está meio cheia ou meio vazia, consoante quem olha para ela é o convidado ou o anfitrião. À boa maneira portuguesa, ficámos sem saber a real dimensão da adesão à greve geral de terça-feira. Tal como já nos habituámos a ver nas noites eleitorais, a leitura política dos resultados esteve longe de ser factual e objectiva. Foi assim que ouvimosassegurar que a percentagem dos grevistas não ultrapassou os 13%, ao mesmíssimo tempo queanunciava que tinha chegado aos 87%. Seguros de que, algures no meio, há-de estar a verdade, ninguém se chocou com a diferença. E com razão, pois um dado - este sim rigorosamente objectivo e indesmentível -, no qual GENTE reparou, demonstra que, afinal, os números do ministro do Trabalho e do líder da CGTP até coincidiram! (Pois 87 + 13 = 100). Verdade de La Palisse: se houve 87% dos trabalhadores que se comportaram de uma maneira, os restantes 13% tiveram a atitude inversa. Qual das percentagens fez greve é uma questão de obediência ao princípio da perspectiva a que os nossos políticos recorrem... tal como a garrafa de whisky, que está meio cheia ou meio vazia, consoante quem olha para ela é o convidado ou o anfitrião.

White casa Nestes tempos de depressão nacional colectiva, não há como dar uma olhada à imprensa portuguesa no estrangeiro para levantar o ânimo. O jornal «Portuguese News», com sede em New Bedford, Estados Unidos, não faz a coisa por menos na sua edição de 4 de Dezembro. «Uma portuguesa como primeira-dama dos EUA?», interroga-se o jornal em manchete. E explica, logo no primeiro parágrafo, que «podemos vir a ter uma primeira-dama dos Estados Unidos portuguesa e não é muito difícil, basta que o senador democrata John F. Kerry seja bem sucedido na sua candidatura às presidenciais de 2004», já que Kerry é casado com Maria Teresa Simões Heinz. Mais à frente, contudo, o entusiasmo começa a esmorecer porque, sempre segundo o «Portuguese News», Kerry só fará o anúncio formal de que pretende candidatar-se à Casa Branca pelo Partido Democrático dentro de alguns meses, tencionando entretanto constituir um comité exploratório e organizar uma campanha nacional. Mas, como é sublinhado, «tirando o presidente John F. Kennedy, os restantes candidatos presidenciais de Massachussets não têm sido bem sucedidos». E houve, entre eles, nomes de peso: Edward Kennedy, Paul Tsongas e Michael Dukakis, que ganhou a nomeação mas perdeu a presidência por larga margem para George Bush. Mesmo assim, dizemos nós, não é caso para Kerry desanimar. Ele que ponha os olhos em Durão Barroso, em quem ninguém apostava e hoje é primeiro-ministro! E que pense que Portugal bem precisa, para animar, de ter uma primeira-dama cá da terra na Casa Branca!

A bomba Cherie O número 10 de Downing Street, a residência oficial do primeiro-ministro britânico, foi atingido por uma bomba. Esta não foi colocada pela Al-Qaeda, mas por Cherie, a esposa do primeiro-ministro Tony Blair. A polémica começou quando o «Daily Mail», que por sinal detesta a esposa do primeiro-ministro, revelou que Cherie Blair comprou dois apartamentos em Bristol e aceitou os conselhos e auxílio do namorado da sua amiga e conselheira de imagem, Carole Chapman. O problema é que esta, uma ex-menina da página três do «Sun» transformada em guru da aeróbica e dos cristais, tem um namorado, Peter Foster, condenado em três países por negócios fraudulentos. Estes ingredientes transformaram a história na delícia dos tablóides nos últimos dias. GENTE admite que as reacções de Cherie têm contribuído para a sua transformação em bombo da festa. A esposa do primeiro-ministro começou por negar ter aceite os serviços de Peter Foster na negociação dos dois apartamentos. Confrontada com os seus «e-mails» na primeira página do «Daily Mail», Cherie reconheceu que Foster negociou em seu nome a compra dos apartamentos, mas afirmou desconhecer o passado do seu invulgar conselheiro financeiro. Poucos dias depois, Cherie foi forçada a engolir um sapo e teve de admitir que telefonou aos advogados de Peter Foster para saber como ia o seu caso de deportação. Cherie não fez nada de ilegal mas mentiu à imprensa. Um crime que merece pena capital nas terras de S. Majestade. O número 10 de Downing Street, a residência oficial do primeiro-ministro britânico, foi atingido por uma bomba. Esta não foi colocada pela Al-Qaeda, mas por, a esposa do primeiro-ministro. A polémica começou quando o «Daily Mail», que por sinal detesta a esposa do primeiro-ministro, revelou que Cherie Blair comprou dois apartamentos em Bristol e aceitou os conselhos e auxílio do namorado da sua amiga e conselheira de imagem,. O problema é que esta, uma ex-menina da página três do «Sun» transformada em guru da aeróbica e dos cristais, tem um namorado,, condenado em três países por negócios fraudulentos. Estes ingredientes transformaram a história na delícia dos tablóides nos últimos dias. GENTE admite que as reacções de Cherie têm contribuído para a sua transformação em bombo da festa. A esposa do primeiro-ministro começou por negar ter aceite os serviços de Peter Foster na negociação dos dois apartamentos. Confrontada com os seus «e-mails» na primeira página do «Daily Mail», Cherie reconheceu que Foster negociou em seu nome a compra dos apartamentos, mas afirmou desconhecer o passado do seu invulgar conselheiro financeiro. Poucos dias depois, Cherie foi forçada a engolir um sapo e teve de admitir que telefonou aos advogados de Peter Foster para saber como ia o seu caso de deportação. Cherie não fez nada de ilegal mas mentiu à imprensa. Um crime que merece pena capital nas terras de S. Majestade.

Incontáveis minutos de jazz Finalmente, terá pensado José Duarte, quando decidiu visitar a Universidade de Aveiro. Esta instituição abriu-lhe as portas e está em formação um Centro de Estudos de Jazz, concedendo a esta expressão musical o lugar a que tem direito e que continua a ser-lhe negado em conservatórios de música, por exemplo. O criador de «1,2,3,4, 5 Minutos de Jazz» - um programa que durante anos animou a rádio portuguesa - anda agora num constante vaivém entre Lisboa e Aveiro. Onde na segunda-feira, vai dar o «nó» com a Universidade, a quem lega o seu imenso espólio. Ele são discos, manuscritos, jornais, recortes, livros, autógrafos, revistas, cartazes, cassetes áudio e vídeo, um mundo de 120 mil «entradas» que, à imagem de Santa Joana Princesa, troca a capital do império pelo que bem pode vir a ser a capital do jazz no país. A Universidade jura fidelidade a este mundo que lhe entra portas dentro e garante que vai continuar a «comprar» e a actualizar tão abundante espólio...

As prendas de Natal do Lello ANA BAIÃO Seguindo uma tradição mantida na GENTE há década e meia, o deputado socialista José Lello (na foto) oferece aqui as suas prendas de Natal deste ano. Como sempre, oferece livros a personalidades em evidência na cena pública nacional. Eis a lista dos ofertados e respectivas oferendas em 2002: Seguindo uma tradição mantida na GENTE há década e meia, o deputado socialista José Lello (na foto) oferece aqui as suas prendas de Natal deste ano. Como sempre, oferece livros a personalidades em evidência na cena pública nacional. Eis a lista dos ofertados e respectivas oferendas em 2002: Durão Barroso: «O Efeito Boomerang», de Miguel Viqueira. Aníbal Cavaco Silva: «O Supremo Interdito», de Urbano Tavares Rodrigues. Manuel Dias Loureiro: «O Terceiro Homem», de Graham Greene. Morais Sarmento: «O Homenzinho Azul», de Hélène Guétary. Paulo Portas: «A Morte de Carlos Gardel», de António Lobo Antunes. Celeste Cardona: «O Demónio e a Senhorita Prym», de Paulo Coelho. Manuela Ferreira Leite: «À Espera de Um Milagre», de Stephen King. Marques Mendes: «O Alquimista», de Paulo Coelho. José Luís Arnaut: «O Tempo dos Talibã», de Neamatollah Nojumi. Bagão Félix: «O Mistério do Beco Sem Saída», de Anne Perry. Valente de Oliveira: «Receitas para Fazer Pão», de Neamatollah Nojumi. Martins da Cruz: «Ideias Originais em Ponto de Cruz», de Meg Evershed. Isaltino Morais: «O Deus das Moscas», de William Golding. Alberto João Jardim: «Como Dei Com o Meu Psiquiatra em Doido», de Isabel Stillwell. Guilherme Silva: «O Fiel Jardineiro», de John Le Carré. Jaime Ramos: «O Jardim Adormecido», de Mahmud Darwich. Hugo Velosa: «Perguntem Ao Tio Alberto», de Russel Stannard. Marcelo Rebelo de Sousa: «Método Tibetano de Adivinhação», de Stephen Hodge. Mota Amaral: «A Sesta de Terça-feira», de Gabriel Garcia Marquez. Luís Filipe Menezes: «Quem Mexeu No Meu Queijo», de Spencer Johnson. Rui Rio: «O Ano em que Zumbi Tomou o Rio», de José Eduardo Agualusa. Fernando Ruas: «O Deus das Pequenas Coisas», de Arundhati Roy. Luís Nobre Guedes: «Olhos Azuis, Cabelos Pretos», de Marguerite Duras. José Miguel Júdice: «Era Bom Que Trocássemos Umas Ideias Sobre o Assunto», de Mário de Carvalho. Duarte Lima: «Não Imaginam o Que Eles Me Fizeram», de Yvonne Coppard. Santana Lopes: «Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura», de António Lobo Antunes. José Sócrates: «O Adversário», de Emmanuel Carrère. Jorge Sampaio: «PR. Uma Leitura da Poesia Barroca», de José Cândido Martins. Ferro Rodrigues: «Descubra o seu Estilo», de Chantal Thomass. António Guterres: «Se Numa Noite de Inverno um Viajante», de Ítalo Calvino. Mário Soares: «O Navio Farol de Blackwater», de Colm Tóibín. Manuel Alegre: «O Quarto Vermelho», de Nicci French. João Soares: «O Evangelho Segundo o Filho», de Norman Mailer. Ana Gomes: «Menina a Caminho», de Raduan Nassar. Jaime Gama: «O Tau da Sabedoria», de Chungliang Al Huang e Jerry Lynch. Carlos Carvalhas: «A Revolta dos Herdeiros», de Mário Ventura. Francisco Louçã: «O Último Cabalista de Lisboa», de Richard C. Zimler. Miguel Portas: «Mano Forte», de Luís Pacheco. Francisco Moita Flores: O Carteirista Que Fugiu a Tempo», de Francisco Moita Flores. Carlos Magno: «A Vida de Carlos Magno», de Eginhardo. Gilberto Madail: «Ziguezague», de London J. Napoleon. Valentim Loureiro: «O Homem Duplicado», de José Saramago. Pinto da Costa: «Buda Vivo, Cristo Vivo», de Thichnhat Hanh. Dias da Cunha: «Rei Leão», Edição Walt Disney. João Loureiro: «Sangue do Meu Sangue», de Michael Cunningham. Pimenta Machado: «A Relíquia», de Eça de Queirós. Manuel Vilarinho: «O Homem que Via Passar os Comboios», de Georges Simenon. Luís Filipe Vieira: «A Luz É Como a Água», de Gabriel Garcia Marquez. Vítor Santos: «O Senhor dos Anéis», de J.R.R. Tolkien. Sousa Cintra: «O Princípio da Água», de António Ramos Rosa. Agostinho Oliveira: «A Minha Selecção», de João Afonso. Ludgero Marques: «Aníbal», de Ross Leckie. Belmiro de Azevedo: «A Arte da Falcoaria», de Carlos Crespo e Paulo Oliveira. Jardim Gonçalves: «As Novas Fronteiras do Dinheiro», de Bernard Perret. Américo Amorim: «A Cana de Pesca do Meu Avô», de Gao Xingjian. José Lello: «Saber Emagrecer», de Isabel do Carmo.

GENTE

Sugestão — Surpreendente do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. Face ao processo de despedimento de 5600 trabalhadores sicilianos da Fiat, o empresário aconselhou-os a procurar uma ocupação «talvez não oficial» para complementarem o subsídio de desemprego. Que é como quem diz, a fazer a apologia do biscate.

Atribulada — Foi a eleição da Miss Mundo (cf. Vidas 1570 de 30 de Novembro), que terminou, em Londres, com a coroação da turca Azra Anin. A colombiana Natalia Peralta e a peruana Marina Montero foram nomeadas Damas de Honor.

Família — Do terrorista mais famoso do mundo, Osama Bin Laden, vai vender um edifício de escritórios em Mayfair, um dos bairros mais luxuosos de Londres. A empresa dos irmãos de Osama já tinha vendido outros imóveis na capital inglesa. Para este negócio contam com os serviços de assessoria dos advogados da Rainha Isabel II, Farrer & Co.

Símbolo — Do pacifismo de Israel, Jonathan Ben Artzi, de 20 anos, vai para a prisão durante 35 dias em consequência da recusa em cumprir o serviço militar. É a sexta vez que cumpre pena ser sobrinho do radical Benjamin Netanyahu (actual ministro dos Negócios Estrangeiros), de pai sargento (Matania), mãe professora e ex-soldado (Ofra), tal como os seus irmãos Ruth e Erik.

Voluntários em força Coordenação de César Avó

JOÃO CARLOS SANTOS Na semana passada, a Sociedade Euro 2004 e o Instituto Português da Juventude (IPJ) assinaram um protocolo com o objectivo de recrutar e formar voluntários para ajudar nas mais diversas tarefas no âmbito do campeonato europeu de futebol. Na semana passada, a Sociedade Euro 2004 e o Instituto Português da Juventude (IPJ) assinaram um protocolo com o objectivo de recrutar e formar voluntários para ajudar nas mais diversas tarefas no âmbito do campeonato europeu de futebol. A coisa nada teria de estranho não fosse Gilberto Madaíl ter celebrado o mesmíssimo protocolo quase um exacto ano antes (em bom rigor, a 14 de Novembro de 2001) com o então Governo socialista. Aliás, a prova de que o acordo já existia está na própria página da Internet do IPJ, onde se apontava como data de início do programa 26 de Agosto de 2002. Incomodada por esta sensação de «déjà vu», GENTE investigou e descobriu que, afinal, há uma certa diferença entre os programas: bem mais modesto, o responsável governamental de há um ano, José Lello, acreditava que a coisa se resolvia com 90 voluntários; já o actual titular da Juventude e do Desporto, Hermínio Loureiro, quis o recrutamento de... (pasme-se!) 5000! Donde é fácil concluir que, neste momento, qualquer mãozinha é bem-vinda para o Euro 2004... até porque se calhar é o Governo o primeiro a suspeitar que alguns dos novos estádios podem vir mesmo a precisar de mão-de-obra (de preferência barata) para ficarem concluídos a tempo.

O carisma e o «vintage» JOÃO ABREU MIRANDA/LUSA Aproveitando a entronização de Rudolph Giuliani (na foto) na Confraria do Vinho do Porto, Luís Filipe Menezes convidou o ex-mayor de Nova Iorque para um jantar nas Caves Taylor. No discurso, na sua melhor tentativa de falar inglês, o autarca de Gaia elogiou a coragem e o espírito de sacrifício de Giuliani, dizendo que ele era a prova viva de que o futuro de um político está assente no carisma que conseguir exibir. Uma frase curiosa num político do PSD que várias vezes assumiu publicamente não reconhecer carisma em Durão Barroso. Agora só falta saber se nas garrafeiras das Companhias de Vinho do Porto existe alguma garrafa com um «vintage» do ano de nascimento do primeiro-ministro. É que Menezes terminou o discurso oferecendo a Giuliani uma garrafa de «vintage» do ano em que o norte-americano nasceu, concluindo: «Sempre que não encontramos garrafas do ano de nascimento de uma pessoa, não lhe auguro grande futuro.» Aproveitando a entronização de(na foto) na Confraria do Vinho do Porto,convidou o ex-mayor de Nova Iorque para um jantar nas Caves Taylor. No discurso, na sua melhor tentativa de falar inglês, o autarca de Gaia elogiou a coragem e o espírito de sacrifício de Giuliani, dizendo que ele era a prova viva de que o futuro de um político está assente no carisma que conseguir exibir. Uma frase curiosa num político do PSD que várias vezes assumiu publicamente não reconhecer carisma em. Agora só falta saber se nas garrafeiras das Companhias de Vinho do Porto existe alguma garrafa com um «vintage» do ano de nascimento do primeiro-ministro. É que Menezes terminou o discurso oferecendo a Giuliani uma garrafa de «vintage» do ano em que o norte-americano nasceu, concluindo:

CemGTP JORGE SIMÃO À boa maneira portuguesa, ficámos sem saber a real dimensão da adesão à greve geral de terça-feira. Tal como já nos habituámos a ver nas noites eleitorais, a leitura política dos resultados esteve longe de ser factual e objectiva. Foi assim que ouvimos Bagão Félix assegurar que a percentagem dos grevistas não ultrapassou os 13%, ao mesmíssimo tempo que Carvalho da Silva anunciava que tinha chegado aos 87%. Seguros de que, algures no meio, há-de estar a verdade, ninguém se chocou com a diferença. E com razão, pois um dado - este sim rigorosamente objectivo e indesmentível -, no qual GENTE reparou, demonstra que, afinal, os números do ministro do Trabalho e do líder da CGTP até coincidiram! (Pois 87 + 13 = 100). Verdade de La Palisse: se houve 87% dos trabalhadores que se comportaram de uma maneira, os restantes 13% tiveram a atitude inversa. Qual das percentagens fez greve é uma questão de obediência ao princípio da perspectiva a que os nossos políticos recorrem... tal como a garrafa de whisky, que está meio cheia ou meio vazia, consoante quem olha para ela é o convidado ou o anfitrião. À boa maneira portuguesa, ficámos sem saber a real dimensão da adesão à greve geral de terça-feira. Tal como já nos habituámos a ver nas noites eleitorais, a leitura política dos resultados esteve longe de ser factual e objectiva. Foi assim que ouvimosassegurar que a percentagem dos grevistas não ultrapassou os 13%, ao mesmíssimo tempo queanunciava que tinha chegado aos 87%. Seguros de que, algures no meio, há-de estar a verdade, ninguém se chocou com a diferença. E com razão, pois um dado - este sim rigorosamente objectivo e indesmentível -, no qual GENTE reparou, demonstra que, afinal, os números do ministro do Trabalho e do líder da CGTP até coincidiram! (Pois 87 + 13 = 100). Verdade de La Palisse: se houve 87% dos trabalhadores que se comportaram de uma maneira, os restantes 13% tiveram a atitude inversa. Qual das percentagens fez greve é uma questão de obediência ao princípio da perspectiva a que os nossos políticos recorrem... tal como a garrafa de whisky, que está meio cheia ou meio vazia, consoante quem olha para ela é o convidado ou o anfitrião.

White casa Nestes tempos de depressão nacional colectiva, não há como dar uma olhada à imprensa portuguesa no estrangeiro para levantar o ânimo. O jornal «Portuguese News», com sede em New Bedford, Estados Unidos, não faz a coisa por menos na sua edição de 4 de Dezembro. «Uma portuguesa como primeira-dama dos EUA?», interroga-se o jornal em manchete. E explica, logo no primeiro parágrafo, que «podemos vir a ter uma primeira-dama dos Estados Unidos portuguesa e não é muito difícil, basta que o senador democrata John F. Kerry seja bem sucedido na sua candidatura às presidenciais de 2004», já que Kerry é casado com Maria Teresa Simões Heinz. Mais à frente, contudo, o entusiasmo começa a esmorecer porque, sempre segundo o «Portuguese News», Kerry só fará o anúncio formal de que pretende candidatar-se à Casa Branca pelo Partido Democrático dentro de alguns meses, tencionando entretanto constituir um comité exploratório e organizar uma campanha nacional. Mas, como é sublinhado, «tirando o presidente John F. Kennedy, os restantes candidatos presidenciais de Massachussets não têm sido bem sucedidos». E houve, entre eles, nomes de peso: Edward Kennedy, Paul Tsongas e Michael Dukakis, que ganhou a nomeação mas perdeu a presidência por larga margem para George Bush. Mesmo assim, dizemos nós, não é caso para Kerry desanimar. Ele que ponha os olhos em Durão Barroso, em quem ninguém apostava e hoje é primeiro-ministro! E que pense que Portugal bem precisa, para animar, de ter uma primeira-dama cá da terra na Casa Branca!

A bomba Cherie O número 10 de Downing Street, a residência oficial do primeiro-ministro britânico, foi atingido por uma bomba. Esta não foi colocada pela Al-Qaeda, mas por Cherie, a esposa do primeiro-ministro Tony Blair. A polémica começou quando o «Daily Mail», que por sinal detesta a esposa do primeiro-ministro, revelou que Cherie Blair comprou dois apartamentos em Bristol e aceitou os conselhos e auxílio do namorado da sua amiga e conselheira de imagem, Carole Chapman. O problema é que esta, uma ex-menina da página três do «Sun» transformada em guru da aeróbica e dos cristais, tem um namorado, Peter Foster, condenado em três países por negócios fraudulentos. Estes ingredientes transformaram a história na delícia dos tablóides nos últimos dias. GENTE admite que as reacções de Cherie têm contribuído para a sua transformação em bombo da festa. A esposa do primeiro-ministro começou por negar ter aceite os serviços de Peter Foster na negociação dos dois apartamentos. Confrontada com os seus «e-mails» na primeira página do «Daily Mail», Cherie reconheceu que Foster negociou em seu nome a compra dos apartamentos, mas afirmou desconhecer o passado do seu invulgar conselheiro financeiro. Poucos dias depois, Cherie foi forçada a engolir um sapo e teve de admitir que telefonou aos advogados de Peter Foster para saber como ia o seu caso de deportação. Cherie não fez nada de ilegal mas mentiu à imprensa. Um crime que merece pena capital nas terras de S. Majestade. O número 10 de Downing Street, a residência oficial do primeiro-ministro britânico, foi atingido por uma bomba. Esta não foi colocada pela Al-Qaeda, mas por, a esposa do primeiro-ministro. A polémica começou quando o «Daily Mail», que por sinal detesta a esposa do primeiro-ministro, revelou que Cherie Blair comprou dois apartamentos em Bristol e aceitou os conselhos e auxílio do namorado da sua amiga e conselheira de imagem,. O problema é que esta, uma ex-menina da página três do «Sun» transformada em guru da aeróbica e dos cristais, tem um namorado,, condenado em três países por negócios fraudulentos. Estes ingredientes transformaram a história na delícia dos tablóides nos últimos dias. GENTE admite que as reacções de Cherie têm contribuído para a sua transformação em bombo da festa. A esposa do primeiro-ministro começou por negar ter aceite os serviços de Peter Foster na negociação dos dois apartamentos. Confrontada com os seus «e-mails» na primeira página do «Daily Mail», Cherie reconheceu que Foster negociou em seu nome a compra dos apartamentos, mas afirmou desconhecer o passado do seu invulgar conselheiro financeiro. Poucos dias depois, Cherie foi forçada a engolir um sapo e teve de admitir que telefonou aos advogados de Peter Foster para saber como ia o seu caso de deportação. Cherie não fez nada de ilegal mas mentiu à imprensa. Um crime que merece pena capital nas terras de S. Majestade.

Incontáveis minutos de jazz Finalmente, terá pensado José Duarte, quando decidiu visitar a Universidade de Aveiro. Esta instituição abriu-lhe as portas e está em formação um Centro de Estudos de Jazz, concedendo a esta expressão musical o lugar a que tem direito e que continua a ser-lhe negado em conservatórios de música, por exemplo. O criador de «1,2,3,4, 5 Minutos de Jazz» - um programa que durante anos animou a rádio portuguesa - anda agora num constante vaivém entre Lisboa e Aveiro. Onde na segunda-feira, vai dar o «nó» com a Universidade, a quem lega o seu imenso espólio. Ele são discos, manuscritos, jornais, recortes, livros, autógrafos, revistas, cartazes, cassetes áudio e vídeo, um mundo de 120 mil «entradas» que, à imagem de Santa Joana Princesa, troca a capital do império pelo que bem pode vir a ser a capital do jazz no país. A Universidade jura fidelidade a este mundo que lhe entra portas dentro e garante que vai continuar a «comprar» e a actualizar tão abundante espólio...

As prendas de Natal do Lello ANA BAIÃO Seguindo uma tradição mantida na GENTE há década e meia, o deputado socialista José Lello (na foto) oferece aqui as suas prendas de Natal deste ano. Como sempre, oferece livros a personalidades em evidência na cena pública nacional. Eis a lista dos ofertados e respectivas oferendas em 2002: Seguindo uma tradição mantida na GENTE há década e meia, o deputado socialista José Lello (na foto) oferece aqui as suas prendas de Natal deste ano. Como sempre, oferece livros a personalidades em evidência na cena pública nacional. Eis a lista dos ofertados e respectivas oferendas em 2002: Durão Barroso: «O Efeito Boomerang», de Miguel Viqueira. Aníbal Cavaco Silva: «O Supremo Interdito», de Urbano Tavares Rodrigues. Manuel Dias Loureiro: «O Terceiro Homem», de Graham Greene. Morais Sarmento: «O Homenzinho Azul», de Hélène Guétary. Paulo Portas: «A Morte de Carlos Gardel», de António Lobo Antunes. Celeste Cardona: «O Demónio e a Senhorita Prym», de Paulo Coelho. Manuela Ferreira Leite: «À Espera de Um Milagre», de Stephen King. Marques Mendes: «O Alquimista», de Paulo Coelho. José Luís Arnaut: «O Tempo dos Talibã», de Neamatollah Nojumi. Bagão Félix: «O Mistério do Beco Sem Saída», de Anne Perry. Valente de Oliveira: «Receitas para Fazer Pão», de Neamatollah Nojumi. Martins da Cruz: «Ideias Originais em Ponto de Cruz», de Meg Evershed. Isaltino Morais: «O Deus das Moscas», de William Golding. Alberto João Jardim: «Como Dei Com o Meu Psiquiatra em Doido», de Isabel Stillwell. Guilherme Silva: «O Fiel Jardineiro», de John Le Carré. Jaime Ramos: «O Jardim Adormecido», de Mahmud Darwich. Hugo Velosa: «Perguntem Ao Tio Alberto», de Russel Stannard. Marcelo Rebelo de Sousa: «Método Tibetano de Adivinhação», de Stephen Hodge. Mota Amaral: «A Sesta de Terça-feira», de Gabriel Garcia Marquez. Luís Filipe Menezes: «Quem Mexeu No Meu Queijo», de Spencer Johnson. Rui Rio: «O Ano em que Zumbi Tomou o Rio», de José Eduardo Agualusa. Fernando Ruas: «O Deus das Pequenas Coisas», de Arundhati Roy. Luís Nobre Guedes: «Olhos Azuis, Cabelos Pretos», de Marguerite Duras. José Miguel Júdice: «Era Bom Que Trocássemos Umas Ideias Sobre o Assunto», de Mário de Carvalho. Duarte Lima: «Não Imaginam o Que Eles Me Fizeram», de Yvonne Coppard. Santana Lopes: «Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura», de António Lobo Antunes. José Sócrates: «O Adversário», de Emmanuel Carrère. Jorge Sampaio: «PR. Uma Leitura da Poesia Barroca», de José Cândido Martins. Ferro Rodrigues: «Descubra o seu Estilo», de Chantal Thomass. António Guterres: «Se Numa Noite de Inverno um Viajante», de Ítalo Calvino. Mário Soares: «O Navio Farol de Blackwater», de Colm Tóibín. Manuel Alegre: «O Quarto Vermelho», de Nicci French. João Soares: «O Evangelho Segundo o Filho», de Norman Mailer. Ana Gomes: «Menina a Caminho», de Raduan Nassar. Jaime Gama: «O Tau da Sabedoria», de Chungliang Al Huang e Jerry Lynch. Carlos Carvalhas: «A Revolta dos Herdeiros», de Mário Ventura. Francisco Louçã: «O Último Cabalista de Lisboa», de Richard C. Zimler. Miguel Portas: «Mano Forte», de Luís Pacheco. Francisco Moita Flores: O Carteirista Que Fugiu a Tempo», de Francisco Moita Flores. Carlos Magno: «A Vida de Carlos Magno», de Eginhardo. Gilberto Madail: «Ziguezague», de London J. Napoleon. Valentim Loureiro: «O Homem Duplicado», de José Saramago. Pinto da Costa: «Buda Vivo, Cristo Vivo», de Thichnhat Hanh. Dias da Cunha: «Rei Leão», Edição Walt Disney. João Loureiro: «Sangue do Meu Sangue», de Michael Cunningham. Pimenta Machado: «A Relíquia», de Eça de Queirós. Manuel Vilarinho: «O Homem que Via Passar os Comboios», de Georges Simenon. Luís Filipe Vieira: «A Luz É Como a Água», de Gabriel Garcia Marquez. Vítor Santos: «O Senhor dos Anéis», de J.R.R. Tolkien. Sousa Cintra: «O Princípio da Água», de António Ramos Rosa. Agostinho Oliveira: «A Minha Selecção», de João Afonso. Ludgero Marques: «Aníbal», de Ross Leckie. Belmiro de Azevedo: «A Arte da Falcoaria», de Carlos Crespo e Paulo Oliveira. Jardim Gonçalves: «As Novas Fronteiras do Dinheiro», de Bernard Perret. Américo Amorim: «A Cana de Pesca do Meu Avô», de Gao Xingjian. José Lello: «Saber Emagrecer», de Isabel do Carmo.

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