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31-08-2002
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Ana Baião Figueiredo Lopes no Parlamento (com Sevinate Pinto e Marques Mendes): o ministro da Administração Interna deverá ter um Verão muito mais descansado do que os seus antecessores

Parlamento rende-se à tradição Ana Baião Figueiredo Lopes no Parlamento (com Sevinate Pinto e Marques Mendes): o ministro da Administração Interna deverá ter um Verão muito mais descansado do que os seus antecessores O PSD e o CDS/PP querem aprovar até 12 de Julho a criação de um regime excepcional para Barrancos - devendo ser apresentado no início da próxima semana um projecto nesse sentido. O polémico tema volta assim à agenda política, desta vez pela mão dos partidos da direita e dois anos depois de a esquerda ter feito aprovar no Parlamento a descriminalização da morte dos touros, transformando-a em mera infracção, punida com multa. O PSD e o CDS/PP querem aprovar até 12 de Julho a criação de um regime excepcional para Barrancos - devendo ser apresentado no início da próxima semana um projecto nesse sentido. O polémico tema volta assim à agenda política, desta vez pela mão dos partidos da direita e dois anos depois de a esquerda ter feito aprovar no Parlamento a descriminalização da morte dos touros, transformando-a em mera infracção, punida com multa. Desta vez, o projecto volta a dividir as bancadas parlamentares, mas os deputados do PSD e do CDS/PP que coordenam a iniciativa contam já com uma posição favorável do PCP, estando a contactar deputados do PS que em 2000 se mostraram a favor da excepção para Barrancos. Desta vez, o projecto volta a dividir as bancadas parlamentares, mas os deputados do PSD e do CDS/PP que coordenam a iniciativa contam já com uma posição favorável do PCP, estando a contactar deputados do PS que em 2000 se mostraram a favor da excepção para Barrancos. Alegre alinha Alegre alinha Manuel Alegre é um deles e já manifestou a Henrique Chaves, do PSD, a sua disponibilidade para alinhar com o projecto caso não discorde do texto. «Se estiver de acordo com o articulado, subscrevo-o e voto a favor. Haja disciplina de voto ou não», afirmou Alegre ao EXPRESSO, considerando que a actual lei «é ambígua». João Soares também admite subscrever o projecto - «falta-me ver o texto mas não excluo essa hipótese» -, e os dois deputados eleitos pelo PS em Beja, Rui Cunha e Luís Miranda, já asseguraram junto do seu líder parlamentar liberdade de voto em nome dos seus compromissos eleitorais. Manuel Alegre é um deles e já manifestou a Henrique Chaves, do PSD, a sua disponibilidade para alinhar com o projecto caso não discorde do texto. «Se estiver de acordo com o articulado, subscrevo-o e voto a favor. Haja disciplina de voto ou não», afirmou Alegre ao EXPRESSO, considerando que a actual lei «é ambígua». João Soares também admite subscrever o projecto - «falta-me ver o texto mas não excluo essa hipótese» -, e os dois deputados eleitos pelo PS em Beja, Rui Cunha e Luís Miranda, já asseguraram junto do seu líder parlamentar liberdade de voto em nome dos seus compromissos eleitorais. Na última reunião da bancada, António Costa deu a entender que, em princípio, prevaleceria para os outros deputados a disciplina de voto a favor da manutenção da actual lei, considerando que «não está em causa uma questão de consciência». Mas a ajuda com que Costa contava para estancar, para já, esta discussão caiu pela mão de Mota Amaral, que já terá assegurado (ao contrário do que Costa garante que o Presidente do Parlamento disse em conferência de líderes) que ainda há tempo para agendar o projecto de Barrancos antes de férias. Na última reunião da bancada, António Costa deu a entender que, em princípio, prevaleceria para os outros deputados a disciplina de voto a favor da manutenção da actual lei, considerando que «não está em causa uma questão de consciência». Mas a ajuda com que Costa contava para estancar, para já, esta discussão caiu pela mão de Mota Amaral, que já terá assegurado (ao contrário do que Costa garante que o Presidente do Parlamento disse em conferência de líderes) que ainda há tempo para agendar o projecto de Barrancos antes de férias. A actual lei, recorde-se, foi aprovada pelo PS, PCP e três deputados do PSD, e teve os votos contra do restante PSD, CDS/PP, BE e a abstenção de três deputados do PS e três do PSD. A actual lei, recorde-se, foi aprovada pelo PS, PCP e três deputados do PSD, e teve os votos contra do restante PSD, CDS/PP, BE e a abstenção de três deputados do PS e três do PSD. À boleia de Sampaio À boleia de Sampaio Durão Barroso demarcou-se da iniciativa do seu partido - salientando que o Parlamento é livre de reflectir e decidir sobre o assunto. Porém, caso seja aprovado o regime de excepção para Barrancos, o primeiro beneficiário será o próprio Governo - que assim não se verá na mesma posição dos executivos socialistas, acusados de falta de autoridade e de fecharem os olhos à violação da lei, inclusivamente por Durão Barroso, quando era líder da oposição. Agora, o líder parlamentar do PSD, Guilherme Silva, que é contra os touros de morte, já comunicou aos deputados da sua bancada que terão liberdade de voto. Durão Barroso demarcou-se da iniciativa do seu partido - salientando que o Parlamento é livre de reflectir e decidir sobre o assunto. Porém, caso seja aprovado o regime de excepção para Barrancos, o primeiro beneficiário será o próprio Governo - que assim não se verá na mesma posição dos executivos socialistas, acusados de falta de autoridade e de fecharem os olhos à violação da lei, inclusivamente por Durão Barroso, quando era líder da oposição. Agora, o líder parlamentar do PSD, Guilherme Silva, que é contra os touros de morte, já comunicou aos deputados da sua bancada que terão liberdade de voto. A dinamização do projecto foi feita no Parlamento pelos deputados do CDS/PP, na sequência das declarações favoráveis do Presidente da República, durante a sua visita ao Alentejo, na semana passada. Os populares foram recuperar um projecto antigo que prometia abalar a bancada do PSD e o próprio Governo, onde as divisões sobre a matéria prometiam atingir as respectivas cúpulas. E se Guilherme Silva começou por remeter a questão para o Governo, ficando a aguardar directivas, Durão cedo respondeu que não queria ter nada a ver com a matéria. A dinamização do projecto foi feita no Parlamento pelos deputados do CDS/PP, na sequência das declarações favoráveis do Presidente da República, durante a sua visita ao Alentejo, na semana passada. Os populares foram recuperar um projecto antigo que prometia abalar a bancada do PSD e o próprio Governo, onde as divisões sobre a matéria prometiam atingir as respectivas cúpulas. E se Guilherme Silva começou por remeter a questão para o Governo, ficando a aguardar directivas, Durão cedo respondeu que não queria ter nada a ver com a matéria. Sem pôr em causa o bom relacionamento da Convergência Democrática, o CDS, apesar de já ter o seu projecto-lei pronto a entregar na mesa da AR, deixou claro que só o iria fazer quando sentisse que havia «uma vontade maioritária do Parlamento para resolver o problema de Barrancos» como explicou o líder da bancada do PP, Telmo Correia. Sem pôr em causa o bom relacionamento da Convergência Democrática, o CDS, apesar de já ter o seu projecto-lei pronto a entregar na mesa da AR, deixou claro que só o iria fazer quando sentisse que havia «uma vontade maioritária do Parlamento para resolver o problema de Barrancos» como explicou o líder da bancada do PP, Telmo Correia. No seu diploma, os populares defendem a proibição geral dos touros de morte em Portugal e a manutenção do regime contra-ordenacional que prevê o pagamento de coimas por parte de quem viole essa proibição. Porém, admitem autorizações excepcionais em casos onde se verifique «a existência de uma tradição local histórica e ininterrupta». Nesses casos, e de acordo com o diploma do CDS/PP, os promotores da festa devem solicitar um parecer à Câmara Municipal que confirme existir uma tradição local histórica. No seu diploma, os populares defendem a proibição geral dos touros de morte em Portugal e a manutenção do regime contra-ordenacional que prevê o pagamento de coimas por parte de quem viole essa proibição. Porém, admitem autorizações excepcionais em casos onde se verifique «a existência de uma tradição local histórica e ininterrupta». Nesses casos, e de acordo com o diploma do CDS/PP, os promotores da festa devem solicitar um parecer à Câmara Municipal que confirme existir uma tradição local histórica. Segundo Telmo Correia, o projecto-lei vem responder aos apelos do Presidente da República e do primeiro-ministro e «visa resolver alguns desajustamentos da actual lei que não solucionou completamente o problema». Segundo Telmo Correia, o projecto-lei vem responder aos apelos do Presidente da República e do primeiro-ministro e «visa resolver alguns desajustamentos da actual lei que não solucionou completamente o problema». Mas esta questão, tal como nas outras bancadas, também no CDS/PP está longe de ser pacífica. Telmo Correia já anunciou que será dada liberdade de voto e dois deputados já confirmaram que votarão contra (o ex-secretário-geral João Rebelo é um deles). Mas esta questão, tal como nas outras bancadas, também no CDS/PP está longe de ser pacífica. Telmo Correia já anunciou que será dada liberdade de voto e dois deputados já confirmaram que votarão contra (o ex-secretário-geral João Rebelo é um deles). Precisamente por esta ser uma questão pouco consensual, o líder da bancada popular optou por esperar que fosse feita uma avaliação geral das várias bancadas para ver se havia condições para o projecto avançar. «É preciso ver como é que se consegue a maioria necessária. É um consenso entre todas as bancadas. Não é um desafio ao PSD», sublinha o líder da bancada do CDS, acrescentando que esse foi o motivo que o levou a não ter apresentado já o projecto. Precisamente por esta ser uma questão pouco consensual, o líder da bancada popular optou por esperar que fosse feita uma avaliação geral das várias bancadas para ver se havia condições para o projecto avançar. «É preciso ver como é que se consegue a maioria necessária. É um consenso entre todas as bancadas. Não é um desafio ao PSD», sublinha o líder da bancada do CDS, acrescentando que esse foi o motivo que o levou a não ter apresentado já o projecto. Guterristas possessos com PR Guterristas possessos com PR Mais acesas estão as coisas, porém, na bancada socialista. «Gostaríamos muito de ter ouvido o senhor Presidente da República defender a tradição em Barrancos enquanto estivemos no Governo». O desabafo é de um ex-ministro do PS e traduz o estado de espírito dos guterristas, que não compreendem o que levou Jorge Sampaio a ressuscitar a adormecida questão de Barrancos depois de, durante seis anos, ter assistido aos apertos de Guterres sempre que se aproximavam as festas barranquenhas sem nunca ter dito uma palavra. Mais acesas estão as coisas, porém, na bancada socialista. «Gostaríamos muito de ter ouvido o senhor Presidente da República defender a tradição em Barrancos enquanto estivemos no Governo». O desabafo é de um ex-ministro do PS e traduz o estado de espírito dos guterristas, que não compreendem o que levou Jorge Sampaio a ressuscitar a adormecida questão de Barrancos depois de, durante seis anos, ter assistido aos apertos de Guterres sempre que se aproximavam as festas barranquenhas sem nunca ter dito uma palavra. O mergulho no Alentejo profundo terá contribuído para Sampaio se motivar para assunto, mas outra razão não passa despercebida para justificar o seu comportamento: Sampaio nunca achou brilhante a lei de Fernando Gomes. «A actual lei é um expediente para fugir ao problema», afirmou ao EXPRESSO fonte da Presidência, não deixando margem para dúvidas sobre as reticências com que o PR encarou a solução do anterior Governo. O mergulho no Alentejo profundo terá contribuído para Sampaio se motivar para assunto, mas outra razão não passa despercebida para justificar o seu comportamento: Sampaio nunca achou brilhante a lei de Fernando Gomes. «A actual lei é um expediente para fugir ao problema», afirmou ao EXPRESSO fonte da Presidência, não deixando margem para dúvidas sobre as reticências com que o PR encarou a solução do anterior Governo. Na altura, Sampaio promulgou a lei de Gomes, mas a forma como agora ressuscitou a questão confirma que o Presidente gostaria de ver o assunto melhor resolvido, coisa que terá, aliás, deixado claro nas suas recentes conversas com Durão Barroso e com Ferro Rodrigues. Na altura, Sampaio promulgou a lei de Gomes, mas a forma como agora ressuscitou a questão confirma que o Presidente gostaria de ver o assunto melhor resolvido, coisa que terá, aliás, deixado claro nas suas recentes conversas com Durão Barroso e com Ferro Rodrigues. 22 Junho 2002

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1 a 1 de 1 ArJuno 21:34 30 Julho 2002 Touro português morre nas mãos de um espanhol!

Título de o "Correio da Manhã" de 24.7.2002

« "PJ investiga utilização de drogas nos touros"

"No meu caso(caso passado com touros seus) os touros ficaram praticamente a dormir antes de irem para a praça", diz um criador. »

A fraude é a coragem, é a tradição dos aficionados das touradas.

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Ana Baião Figueiredo Lopes no Parlamento (com Sevinate Pinto e Marques Mendes): o ministro da Administração Interna deverá ter um Verão muito mais descansado do que os seus antecessores

Parlamento rende-se à tradição Ana Baião Figueiredo Lopes no Parlamento (com Sevinate Pinto e Marques Mendes): o ministro da Administração Interna deverá ter um Verão muito mais descansado do que os seus antecessores O PSD e o CDS/PP querem aprovar até 12 de Julho a criação de um regime excepcional para Barrancos - devendo ser apresentado no início da próxima semana um projecto nesse sentido. O polémico tema volta assim à agenda política, desta vez pela mão dos partidos da direita e dois anos depois de a esquerda ter feito aprovar no Parlamento a descriminalização da morte dos touros, transformando-a em mera infracção, punida com multa. O PSD e o CDS/PP querem aprovar até 12 de Julho a criação de um regime excepcional para Barrancos - devendo ser apresentado no início da próxima semana um projecto nesse sentido. O polémico tema volta assim à agenda política, desta vez pela mão dos partidos da direita e dois anos depois de a esquerda ter feito aprovar no Parlamento a descriminalização da morte dos touros, transformando-a em mera infracção, punida com multa. Desta vez, o projecto volta a dividir as bancadas parlamentares, mas os deputados do PSD e do CDS/PP que coordenam a iniciativa contam já com uma posição favorável do PCP, estando a contactar deputados do PS que em 2000 se mostraram a favor da excepção para Barrancos. Desta vez, o projecto volta a dividir as bancadas parlamentares, mas os deputados do PSD e do CDS/PP que coordenam a iniciativa contam já com uma posição favorável do PCP, estando a contactar deputados do PS que em 2000 se mostraram a favor da excepção para Barrancos. Alegre alinha Alegre alinha Manuel Alegre é um deles e já manifestou a Henrique Chaves, do PSD, a sua disponibilidade para alinhar com o projecto caso não discorde do texto. «Se estiver de acordo com o articulado, subscrevo-o e voto a favor. Haja disciplina de voto ou não», afirmou Alegre ao EXPRESSO, considerando que a actual lei «é ambígua». João Soares também admite subscrever o projecto - «falta-me ver o texto mas não excluo essa hipótese» -, e os dois deputados eleitos pelo PS em Beja, Rui Cunha e Luís Miranda, já asseguraram junto do seu líder parlamentar liberdade de voto em nome dos seus compromissos eleitorais. Manuel Alegre é um deles e já manifestou a Henrique Chaves, do PSD, a sua disponibilidade para alinhar com o projecto caso não discorde do texto. «Se estiver de acordo com o articulado, subscrevo-o e voto a favor. Haja disciplina de voto ou não», afirmou Alegre ao EXPRESSO, considerando que a actual lei «é ambígua». João Soares também admite subscrever o projecto - «falta-me ver o texto mas não excluo essa hipótese» -, e os dois deputados eleitos pelo PS em Beja, Rui Cunha e Luís Miranda, já asseguraram junto do seu líder parlamentar liberdade de voto em nome dos seus compromissos eleitorais. Na última reunião da bancada, António Costa deu a entender que, em princípio, prevaleceria para os outros deputados a disciplina de voto a favor da manutenção da actual lei, considerando que «não está em causa uma questão de consciência». Mas a ajuda com que Costa contava para estancar, para já, esta discussão caiu pela mão de Mota Amaral, que já terá assegurado (ao contrário do que Costa garante que o Presidente do Parlamento disse em conferência de líderes) que ainda há tempo para agendar o projecto de Barrancos antes de férias. Na última reunião da bancada, António Costa deu a entender que, em princípio, prevaleceria para os outros deputados a disciplina de voto a favor da manutenção da actual lei, considerando que «não está em causa uma questão de consciência». Mas a ajuda com que Costa contava para estancar, para já, esta discussão caiu pela mão de Mota Amaral, que já terá assegurado (ao contrário do que Costa garante que o Presidente do Parlamento disse em conferência de líderes) que ainda há tempo para agendar o projecto de Barrancos antes de férias. A actual lei, recorde-se, foi aprovada pelo PS, PCP e três deputados do PSD, e teve os votos contra do restante PSD, CDS/PP, BE e a abstenção de três deputados do PS e três do PSD. A actual lei, recorde-se, foi aprovada pelo PS, PCP e três deputados do PSD, e teve os votos contra do restante PSD, CDS/PP, BE e a abstenção de três deputados do PS e três do PSD. À boleia de Sampaio À boleia de Sampaio Durão Barroso demarcou-se da iniciativa do seu partido - salientando que o Parlamento é livre de reflectir e decidir sobre o assunto. Porém, caso seja aprovado o regime de excepção para Barrancos, o primeiro beneficiário será o próprio Governo - que assim não se verá na mesma posição dos executivos socialistas, acusados de falta de autoridade e de fecharem os olhos à violação da lei, inclusivamente por Durão Barroso, quando era líder da oposição. Agora, o líder parlamentar do PSD, Guilherme Silva, que é contra os touros de morte, já comunicou aos deputados da sua bancada que terão liberdade de voto. Durão Barroso demarcou-se da iniciativa do seu partido - salientando que o Parlamento é livre de reflectir e decidir sobre o assunto. Porém, caso seja aprovado o regime de excepção para Barrancos, o primeiro beneficiário será o próprio Governo - que assim não se verá na mesma posição dos executivos socialistas, acusados de falta de autoridade e de fecharem os olhos à violação da lei, inclusivamente por Durão Barroso, quando era líder da oposição. Agora, o líder parlamentar do PSD, Guilherme Silva, que é contra os touros de morte, já comunicou aos deputados da sua bancada que terão liberdade de voto. A dinamização do projecto foi feita no Parlamento pelos deputados do CDS/PP, na sequência das declarações favoráveis do Presidente da República, durante a sua visita ao Alentejo, na semana passada. Os populares foram recuperar um projecto antigo que prometia abalar a bancada do PSD e o próprio Governo, onde as divisões sobre a matéria prometiam atingir as respectivas cúpulas. E se Guilherme Silva começou por remeter a questão para o Governo, ficando a aguardar directivas, Durão cedo respondeu que não queria ter nada a ver com a matéria. A dinamização do projecto foi feita no Parlamento pelos deputados do CDS/PP, na sequência das declarações favoráveis do Presidente da República, durante a sua visita ao Alentejo, na semana passada. Os populares foram recuperar um projecto antigo que prometia abalar a bancada do PSD e o próprio Governo, onde as divisões sobre a matéria prometiam atingir as respectivas cúpulas. E se Guilherme Silva começou por remeter a questão para o Governo, ficando a aguardar directivas, Durão cedo respondeu que não queria ter nada a ver com a matéria. Sem pôr em causa o bom relacionamento da Convergência Democrática, o CDS, apesar de já ter o seu projecto-lei pronto a entregar na mesa da AR, deixou claro que só o iria fazer quando sentisse que havia «uma vontade maioritária do Parlamento para resolver o problema de Barrancos» como explicou o líder da bancada do PP, Telmo Correia. Sem pôr em causa o bom relacionamento da Convergência Democrática, o CDS, apesar de já ter o seu projecto-lei pronto a entregar na mesa da AR, deixou claro que só o iria fazer quando sentisse que havia «uma vontade maioritária do Parlamento para resolver o problema de Barrancos» como explicou o líder da bancada do PP, Telmo Correia. No seu diploma, os populares defendem a proibição geral dos touros de morte em Portugal e a manutenção do regime contra-ordenacional que prevê o pagamento de coimas por parte de quem viole essa proibição. Porém, admitem autorizações excepcionais em casos onde se verifique «a existência de uma tradição local histórica e ininterrupta». Nesses casos, e de acordo com o diploma do CDS/PP, os promotores da festa devem solicitar um parecer à Câmara Municipal que confirme existir uma tradição local histórica. No seu diploma, os populares defendem a proibição geral dos touros de morte em Portugal e a manutenção do regime contra-ordenacional que prevê o pagamento de coimas por parte de quem viole essa proibição. Porém, admitem autorizações excepcionais em casos onde se verifique «a existência de uma tradição local histórica e ininterrupta». Nesses casos, e de acordo com o diploma do CDS/PP, os promotores da festa devem solicitar um parecer à Câmara Municipal que confirme existir uma tradição local histórica. Segundo Telmo Correia, o projecto-lei vem responder aos apelos do Presidente da República e do primeiro-ministro e «visa resolver alguns desajustamentos da actual lei que não solucionou completamente o problema». Segundo Telmo Correia, o projecto-lei vem responder aos apelos do Presidente da República e do primeiro-ministro e «visa resolver alguns desajustamentos da actual lei que não solucionou completamente o problema». Mas esta questão, tal como nas outras bancadas, também no CDS/PP está longe de ser pacífica. Telmo Correia já anunciou que será dada liberdade de voto e dois deputados já confirmaram que votarão contra (o ex-secretário-geral João Rebelo é um deles). Mas esta questão, tal como nas outras bancadas, também no CDS/PP está longe de ser pacífica. Telmo Correia já anunciou que será dada liberdade de voto e dois deputados já confirmaram que votarão contra (o ex-secretário-geral João Rebelo é um deles). Precisamente por esta ser uma questão pouco consensual, o líder da bancada popular optou por esperar que fosse feita uma avaliação geral das várias bancadas para ver se havia condições para o projecto avançar. «É preciso ver como é que se consegue a maioria necessária. É um consenso entre todas as bancadas. Não é um desafio ao PSD», sublinha o líder da bancada do CDS, acrescentando que esse foi o motivo que o levou a não ter apresentado já o projecto. Precisamente por esta ser uma questão pouco consensual, o líder da bancada popular optou por esperar que fosse feita uma avaliação geral das várias bancadas para ver se havia condições para o projecto avançar. «É preciso ver como é que se consegue a maioria necessária. É um consenso entre todas as bancadas. Não é um desafio ao PSD», sublinha o líder da bancada do CDS, acrescentando que esse foi o motivo que o levou a não ter apresentado já o projecto. Guterristas possessos com PR Guterristas possessos com PR Mais acesas estão as coisas, porém, na bancada socialista. «Gostaríamos muito de ter ouvido o senhor Presidente da República defender a tradição em Barrancos enquanto estivemos no Governo». O desabafo é de um ex-ministro do PS e traduz o estado de espírito dos guterristas, que não compreendem o que levou Jorge Sampaio a ressuscitar a adormecida questão de Barrancos depois de, durante seis anos, ter assistido aos apertos de Guterres sempre que se aproximavam as festas barranquenhas sem nunca ter dito uma palavra. Mais acesas estão as coisas, porém, na bancada socialista. «Gostaríamos muito de ter ouvido o senhor Presidente da República defender a tradição em Barrancos enquanto estivemos no Governo». O desabafo é de um ex-ministro do PS e traduz o estado de espírito dos guterristas, que não compreendem o que levou Jorge Sampaio a ressuscitar a adormecida questão de Barrancos depois de, durante seis anos, ter assistido aos apertos de Guterres sempre que se aproximavam as festas barranquenhas sem nunca ter dito uma palavra. O mergulho no Alentejo profundo terá contribuído para Sampaio se motivar para assunto, mas outra razão não passa despercebida para justificar o seu comportamento: Sampaio nunca achou brilhante a lei de Fernando Gomes. «A actual lei é um expediente para fugir ao problema», afirmou ao EXPRESSO fonte da Presidência, não deixando margem para dúvidas sobre as reticências com que o PR encarou a solução do anterior Governo. O mergulho no Alentejo profundo terá contribuído para Sampaio se motivar para assunto, mas outra razão não passa despercebida para justificar o seu comportamento: Sampaio nunca achou brilhante a lei de Fernando Gomes. «A actual lei é um expediente para fugir ao problema», afirmou ao EXPRESSO fonte da Presidência, não deixando margem para dúvidas sobre as reticências com que o PR encarou a solução do anterior Governo. Na altura, Sampaio promulgou a lei de Gomes, mas a forma como agora ressuscitou a questão confirma que o Presidente gostaria de ver o assunto melhor resolvido, coisa que terá, aliás, deixado claro nas suas recentes conversas com Durão Barroso e com Ferro Rodrigues. Na altura, Sampaio promulgou a lei de Gomes, mas a forma como agora ressuscitou a questão confirma que o Presidente gostaria de ver o assunto melhor resolvido, coisa que terá, aliás, deixado claro nas suas recentes conversas com Durão Barroso e com Ferro Rodrigues. 22 Junho 2002

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1 a 1 de 1 ArJuno 21:34 30 Julho 2002 Touro português morre nas mãos de um espanhol!

Título de o "Correio da Manhã" de 24.7.2002

« "PJ investiga utilização de drogas nos touros"

"No meu caso(caso passado com touros seus) os touros ficaram praticamente a dormir antes de irem para a praça", diz um criador. »

A fraude é a coragem, é a tradição dos aficionados das touradas.

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