Mário Soares diz que é preciso "fazer qualquer coisa"

15-12-2004
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Mário Soares Diz Que É Preciso "Fazer Qualquer Coisa"

Terça-feira, 30 de Novembro de 2004 O ex-Presidente da República Mário Soares disse ontem, em Paris, ser necessário "fazer qualquer coisa" a propósito da instabilidade governamental em Portugal, mas realçou que a decisão cabe exclusivamente ao chefe de Estado, Jorge Sampaio. Em declarações à agência Lusa, Mário Soares revelou ter ficado surpreendido com a demissão anunciada no domingo por Henrique Chaves das funções de ministro do Desporto, da Juventude e da Reabilitação. Henrique Chaves justificou a sua demissão com a falta de "lealdade e de verdade" por parte do primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes. "É mais um passo de desagregação que estamos a assistir deste Governo", comentou Mário Soares, à margem de uma iniciativa em Paris, em que participou a convite de dirigentes do Partido Socialista francês, a favor da aprovação do tratado constitucional europeu. Questionado sobre a hipótese de Jorge Sampaio convocar o Conselho de Estado, de que é membro, Mário Soares escusou-se a pronunciar-se, salientando que se trata de "uma questão da competência exclusiva do Presidente da República". "O órgão não existe senão para aconselhar o senhor Presidente da República", vincou. Mas o ex-chefe de Estado está convencido de que "o país começa todo a compreender o que se está a passar" e que "este Governo não tem condições de governar, não tem estabilidade mínima". "A implosão vem do interior", acrescentou. "Depois do que disse o professor Cavaco Silva, que eu concordo, que foi uma análise lúcida e patriótica, e depois do que passou ontem, com a demissão deste ministro, o que é que é preciso mais?", questionou. Num artigo publicado na última edição do semanário "Expresso", o ex-primeiro-ministro Cavaco Silva alertou para a falta de qualidade da actividade política em Portugal e considerou que cabe às elites profissionais "contribuírem para que os políticos competentes possam afastar os incompetentes". "É preciso fazer qualquer coisa", concluiu Mário Soares. Lusa OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Governo suspenso

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