Sócrates Não Pede Demissão do Governo
Segunda-feira, 29 de Novembro de 2004 José Sócrates - ao contrário do PCP e do Bloco de Esquerda - não pediu a demissão do Governo. A reacção dura do secretário-geral do PS evitou o apelo directo ao detonar da "bomba atómica presidencial": a dissolução parlamentar. Segundo Sócrates, a demissão de Henrique Chaves "passa os limites do respeito pelas instituições", revela "sinais de instabilidade" e "desorientação", um quadro que "tem que parar". "A dúvida que se vai instalando é se o Governo tem conserto, condição para recuperar confiança e estabilidade". Para o secretário-geral do PS, o Governo de Santana Lopes é "um governo em desagregação", "a cair aos pedaços" e que "não traz dignidade ao exercício da democracia". No entanto, José Sócrates espera ainda de Santana Lopes que venha a "dar sinais positivos para recuperar a confiança", mesmo que afirme "ter a certeza que o senhor Presidente da República não deixará de olhar para este episódio como muito prejudicial às instituições da República". O PCP defendeu que o Presidente da República deve demitir o Governo: "O Presidente da República, ao decidir empossar este Governo, tomou uma decisão lamentável. Torna-se urgente que retire as conclusões que são necessárias e convoque eleições antecipadas. É a nossa reivindicação, que reiteramos", afirmou o dirigente Bruno Dias, em declarações à Lusa. Para o PCP, "é muito grave" que um membro do Governo "testemunhe que a própria actuação do Governo é um factor de instabilidade para a vida dos portugueses". Também o Bloco de Esquerda afirma que o Presidente da República "deverá tirar as consequências políticas dos quatro meses de instabilidade permanente a que este governo tem sujeitado o país". Para o Bloco, "o comunicado de Henrique Chaves demonstra até que ponto estamos perante um Governo errático, marcado pela completa falta de transparência e improviso permanente". O comunicado do Bloco frisa que o ministro que se demitiu refere a falta de "estabilidade e coordenação" no Governo, "uma acusação tanto mais grave quanto foi precisamente a necessidade de estabilidade o argumento central usado pelo Presidente da República para empossar este governo". OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Sampaio vai avaliar condições de Santana para governar
As razões de Henrique Chaves
Sócrates não pede demissão do Governo
Santana Lopes furioso com cisão da família PSD
O filme está a ficar demasiado pesado
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Sócrates Não Pede Demissão do Governo
Segunda-feira, 29 de Novembro de 2004 José Sócrates - ao contrário do PCP e do Bloco de Esquerda - não pediu a demissão do Governo. A reacção dura do secretário-geral do PS evitou o apelo directo ao detonar da "bomba atómica presidencial": a dissolução parlamentar. Segundo Sócrates, a demissão de Henrique Chaves "passa os limites do respeito pelas instituições", revela "sinais de instabilidade" e "desorientação", um quadro que "tem que parar". "A dúvida que se vai instalando é se o Governo tem conserto, condição para recuperar confiança e estabilidade". Para o secretário-geral do PS, o Governo de Santana Lopes é "um governo em desagregação", "a cair aos pedaços" e que "não traz dignidade ao exercício da democracia". No entanto, José Sócrates espera ainda de Santana Lopes que venha a "dar sinais positivos para recuperar a confiança", mesmo que afirme "ter a certeza que o senhor Presidente da República não deixará de olhar para este episódio como muito prejudicial às instituições da República". O PCP defendeu que o Presidente da República deve demitir o Governo: "O Presidente da República, ao decidir empossar este Governo, tomou uma decisão lamentável. Torna-se urgente que retire as conclusões que são necessárias e convoque eleições antecipadas. É a nossa reivindicação, que reiteramos", afirmou o dirigente Bruno Dias, em declarações à Lusa. Para o PCP, "é muito grave" que um membro do Governo "testemunhe que a própria actuação do Governo é um factor de instabilidade para a vida dos portugueses". Também o Bloco de Esquerda afirma que o Presidente da República "deverá tirar as consequências políticas dos quatro meses de instabilidade permanente a que este governo tem sujeitado o país". Para o Bloco, "o comunicado de Henrique Chaves demonstra até que ponto estamos perante um Governo errático, marcado pela completa falta de transparência e improviso permanente". O comunicado do Bloco frisa que o ministro que se demitiu refere a falta de "estabilidade e coordenação" no Governo, "uma acusação tanto mais grave quanto foi precisamente a necessidade de estabilidade o argumento central usado pelo Presidente da República para empossar este governo". OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Sampaio vai avaliar condições de Santana para governar
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