Pela não concretização de compromissos ambientais
"Os verdes" consideram que Portugal
parte fragilizado para Bona
Por Filipe Felix
Sexta-feira, 13 de Julho de 2001
O Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) considera que a presença de Portugal na Cimeira de Bona fica marcada pela "fragilidade da nossa posição".
Contactada pelo PUBLICO.PT, a deputada do PEV, Heloísa Apolónia, refere que a delegação portuguesa parte para a Alemanha com o peso de "não ter cumprido as metas com que o país se comprometeu", não só no que diz respeito ao Protocolo de Quioto, como em relação à União Europeia (UE). Heloísa Apolónia recorda que o nosso país "não é um bom exemplo", tendo sido, inclusivamente, utilizado pelos Estados Unidos para exemplicar que no seio da própria UE "há quem queira aumentar a percentagem de emissões de gases com efeito estufa".
A deputada "ecologista" não prespectiva "nada de muito bom" para a cimeira ambiental, adiantando que "só uma profunda alteração na posição norte-americana, sobre Quioto, poderá trazer algo de positivo".
Governo pensa que poluir significa desenvolver A responsável de "Os Verdes" tece duras críticas ao Executivo socialista acusando-o de defender uma política, segundo a qual "quanto mais poluição for feita maior será o grau de desenvolvimento".
Para Heloísa Apolónia, a estratégia do Governo tem pecado por "timidez" na acção, uma vez que os socialistas deixam tudo pela "generalidade". "O plano lançado pelo Executivo, de combate às emissões de gases de efeito estufa está repleto de boas intenções, mas peca sobretudo por não apresentar nada de concreto ou coerente" .
Uma das principais críticas apontadas pelo PEV é a tendência evidenciada pelo Governo em "apostar nos transportes rodoviários, responsáveis por enorme percentagem das emissões". Segundo Heloísa Apolónia, existe uma evidente falta de investimento no desenvolvimento dos transportes ferroviários, que podem inverter a tendência actual.
Em relação à actuação do seu partido, a deputada de "Os Verdes" evidencia, para além de diversas declarações políticas, a contribuição dada pelo PEV na criação de um Plano Nacional das Alterações Climáticas, assim como de um Observatório para estas mesmas alterações.
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Pela não concretização de compromissos ambientais
"Os verdes" consideram que Portugal
parte fragilizado para Bona
Por Filipe Felix
Sexta-feira, 13 de Julho de 2001
O Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) considera que a presença de Portugal na Cimeira de Bona fica marcada pela "fragilidade da nossa posição".
Contactada pelo PUBLICO.PT, a deputada do PEV, Heloísa Apolónia, refere que a delegação portuguesa parte para a Alemanha com o peso de "não ter cumprido as metas com que o país se comprometeu", não só no que diz respeito ao Protocolo de Quioto, como em relação à União Europeia (UE). Heloísa Apolónia recorda que o nosso país "não é um bom exemplo", tendo sido, inclusivamente, utilizado pelos Estados Unidos para exemplicar que no seio da própria UE "há quem queira aumentar a percentagem de emissões de gases com efeito estufa".
A deputada "ecologista" não prespectiva "nada de muito bom" para a cimeira ambiental, adiantando que "só uma profunda alteração na posição norte-americana, sobre Quioto, poderá trazer algo de positivo".
Governo pensa que poluir significa desenvolver A responsável de "Os Verdes" tece duras críticas ao Executivo socialista acusando-o de defender uma política, segundo a qual "quanto mais poluição for feita maior será o grau de desenvolvimento".
Para Heloísa Apolónia, a estratégia do Governo tem pecado por "timidez" na acção, uma vez que os socialistas deixam tudo pela "generalidade". "O plano lançado pelo Executivo, de combate às emissões de gases de efeito estufa está repleto de boas intenções, mas peca sobretudo por não apresentar nada de concreto ou coerente" .
Uma das principais críticas apontadas pelo PEV é a tendência evidenciada pelo Governo em "apostar nos transportes rodoviários, responsáveis por enorme percentagem das emissões". Segundo Heloísa Apolónia, existe uma evidente falta de investimento no desenvolvimento dos transportes ferroviários, que podem inverter a tendência actual.
Em relação à actuação do seu partido, a deputada de "Os Verdes" evidencia, para além de diversas declarações políticas, a contribuição dada pelo PEV na criação de um Plano Nacional das Alterações Climáticas, assim como de um Observatório para estas mesmas alterações.