Jerónimo de Sousa: o regresso do deputado do partido

11-04-2002
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Jerónimo de Sousa: o Regresso do Deputado do Partido

Sábado, 6 de Abril de 2002

Jerónimo de Sousa nem precisou de dar o nome para a sua acreditação no Parlamento. Outra vez deputado comunista, Jerónimo foi recebido pelas funcionárias parlamentares, que distribuíam a papelada, com um beijo e um sorriso de quem já se conhecia de antes. "Então de volta, hem? Cheio de força, como sempre?" Começava assim o primeiro dia do resto da legislatura do regressado parlamentar da Constituinte. Apesar da sua conduta discreta pelos corredores da Assembleia da República, foi dos políticos mais disputados pelos jornalistas. Queriam saber do seu regresso a um Parlamento de maioria à direita. O ex-operário metalúrgico, convertido em dirigente partidário, respondia com a "responsabilidade" da "complexa" tarefa que esperava a esquerda. Afinal, estes eram tempos difíceis em que a "tendência para bloquear as iniciativas" do PCP seria maior. Entretanto, ia sendo felicitado por um ou outro deputado socialista. Jorge Coelho e Ferro Rodrigues foram alguns dos que se desviaram do seu caminho para apertar a mão a Jerónimo de Sousa. O comunista fez o mesmo a Helena Roseta. Depois, ao contrário da maioria dos outros deputados, desaparecia para a clandestinidade do seu gabinete ou para a sala do seu grupo parlamentar. "Aproveitei para preparar a intervenção para amanhã", explicou sobre um jantar comemorativo do 81º aniversário do PCP. Foi assim o dia do deputado saído da indústria para São Bento, sem nunca esquecer o partido. Nuno Sá Lourenço

Jerónimo de Sousa: o Regresso do Deputado do Partido

Sábado, 6 de Abril de 2002

Jerónimo de Sousa nem precisou de dar o nome para a sua acreditação no Parlamento. Outra vez deputado comunista, Jerónimo foi recebido pelas funcionárias parlamentares, que distribuíam a papelada, com um beijo e um sorriso de quem já se conhecia de antes. "Então de volta, hem? Cheio de força, como sempre?" Começava assim o primeiro dia do resto da legislatura do regressado parlamentar da Constituinte. Apesar da sua conduta discreta pelos corredores da Assembleia da República, foi dos políticos mais disputados pelos jornalistas. Queriam saber do seu regresso a um Parlamento de maioria à direita. O ex-operário metalúrgico, convertido em dirigente partidário, respondia com a "responsabilidade" da "complexa" tarefa que esperava a esquerda. Afinal, estes eram tempos difíceis em que a "tendência para bloquear as iniciativas" do PCP seria maior. Entretanto, ia sendo felicitado por um ou outro deputado socialista. Jorge Coelho e Ferro Rodrigues foram alguns dos que se desviaram do seu caminho para apertar a mão a Jerónimo de Sousa. O comunista fez o mesmo a Helena Roseta. Depois, ao contrário da maioria dos outros deputados, desaparecia para a clandestinidade do seu gabinete ou para a sala do seu grupo parlamentar. "Aproveitei para preparar a intervenção para amanhã", explicou sobre um jantar comemorativo do 81º aniversário do PCP. Foi assim o dia do deputado saído da indústria para São Bento, sem nunca esquecer o partido. Nuno Sá Lourenço

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