Suplemento Pública

10-05-2004
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Inovações

Domingo, 11 de Abril de 2004

Mala guarda-fatos

Louis Vuitton cultivava amizades em áreas que lhe eram úteis. Avisado pelo mais famoso custureiro da época (último quarto do século XIX), Frèdéric Worth, de que as criolinas iriam desaparecer, concebe a mala guarda-vestidos. Permitia transportar os novos fatos e evstidos que já não eram rígidos sem que chegassem ao fim da viagem totalmente amachucados. Disponível desde 1875.

Steamer

Criada em 1901, era a mala da roupa suja, feita em tela. Foi criada para isso e asa de um só lado (era pendurada na maçaneta das portas dos camarotes dos transatlânticos ou simplesmente atirada para um canto) e o original sistema de fecho. Ultrapassou o estatuto de subalternidade no lote da bagagem e tornou-se mala.

Keepall

Criada em 1924 por Gaston Vuitton (neto de Louis), que detectou um novo interesse por malas leves e maleáveis destinadas a levar, na Belle Epoque, algumas peças para um fim-de-semana ou uma viagem curta. É a mais vendida e a mais copiada da marca.

Noe

Em 1932, um produtor de champanhe pediu a Gaston Vuitton (filho de Louis) para lhe fazer um saco onde pudesse transportar, ao ombro, cinco garrafas. Feita em couro macio, levava quatro garrafas nos cantos e, devido ao sisema de fecho em fole com atilhos, uma quinta no centro colocada de pernas para o ar. Foi baptizada de Noe pois depois do dilúvio, o comandante da arca plantou vinhas no Monte Ararat e, a seguir, sucumbiu à tentação do vinho.

Grafitti

Contam as relações públicas da casa Vuitton em Asnières que um "episódio" com Serge Gainsburg fez surgir a linha "grafitti". Marc Jacobs, o director artístico e a primeira pessoa autorizada a "mexer" no monograma, terá visto uma Kepall toda riscada em casa do cantor. Pediu ao artista plástico Steven Sprauss que desenvolvesse um linha de malas riscadas.

Manga

Como Gaston Vuitton no início do século XX - pedia ideias para novos formatos ou utilidades aos amigos da boémia artística -, Marc Jacobs gosta de convidar gente das artes para trabalharem na casa. Escolheu o mais famoso (e polémico, começou a trabalhar como Jeff Koons, em série, ou como fazia Andy Warhol, reproduzindo os seus próprios trabalhos e motivos) dos artistas plásticos japoneses, Takashi Murakami, para, em época de recessão, dar cor e ironia às malas Vuitton. Tornaram-se objectos de culto e algumas vendem-se por cinco mil dólares, apenas um pouco menos em euros.

Inovações

Domingo, 11 de Abril de 2004

Mala guarda-fatos

Louis Vuitton cultivava amizades em áreas que lhe eram úteis. Avisado pelo mais famoso custureiro da época (último quarto do século XIX), Frèdéric Worth, de que as criolinas iriam desaparecer, concebe a mala guarda-vestidos. Permitia transportar os novos fatos e evstidos que já não eram rígidos sem que chegassem ao fim da viagem totalmente amachucados. Disponível desde 1875.

Steamer

Criada em 1901, era a mala da roupa suja, feita em tela. Foi criada para isso e asa de um só lado (era pendurada na maçaneta das portas dos camarotes dos transatlânticos ou simplesmente atirada para um canto) e o original sistema de fecho. Ultrapassou o estatuto de subalternidade no lote da bagagem e tornou-se mala.

Keepall

Criada em 1924 por Gaston Vuitton (neto de Louis), que detectou um novo interesse por malas leves e maleáveis destinadas a levar, na Belle Epoque, algumas peças para um fim-de-semana ou uma viagem curta. É a mais vendida e a mais copiada da marca.

Noe

Em 1932, um produtor de champanhe pediu a Gaston Vuitton (filho de Louis) para lhe fazer um saco onde pudesse transportar, ao ombro, cinco garrafas. Feita em couro macio, levava quatro garrafas nos cantos e, devido ao sisema de fecho em fole com atilhos, uma quinta no centro colocada de pernas para o ar. Foi baptizada de Noe pois depois do dilúvio, o comandante da arca plantou vinhas no Monte Ararat e, a seguir, sucumbiu à tentação do vinho.

Grafitti

Contam as relações públicas da casa Vuitton em Asnières que um "episódio" com Serge Gainsburg fez surgir a linha "grafitti". Marc Jacobs, o director artístico e a primeira pessoa autorizada a "mexer" no monograma, terá visto uma Kepall toda riscada em casa do cantor. Pediu ao artista plástico Steven Sprauss que desenvolvesse um linha de malas riscadas.

Manga

Como Gaston Vuitton no início do século XX - pedia ideias para novos formatos ou utilidades aos amigos da boémia artística -, Marc Jacobs gosta de convidar gente das artes para trabalharem na casa. Escolheu o mais famoso (e polémico, começou a trabalhar como Jeff Koons, em série, ou como fazia Andy Warhol, reproduzindo os seus próprios trabalhos e motivos) dos artistas plásticos japoneses, Takashi Murakami, para, em época de recessão, dar cor e ironia às malas Vuitton. Tornaram-se objectos de culto e algumas vendem-se por cinco mil dólares, apenas um pouco menos em euros.

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