Sampaio sublinha a futura "responsabilidade acrescida" dos EUA e da UE

14-11-2004
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Sampaio Sublinha a Futura "Responsabilidade Acrescida" dos EUA e da UE

Por MINISTRO DE ESTADO E DA DEFESA E LÍDER DO CDS-PP

Sexta-feira, 12 de Novembro de 2004

Para o Presidente da República, Jorge Sampaio, Yasser Arafat foi "o pai da nação palestiniana" e será sempre recordado como "um líder incontestado do seu povo, pelo que lutou durante muitas décadas". Jorge Sampaio considera ainda que, com a morte de Arafat, recai sobre a Europa e os EUA uma "responsabilidade acrescida" relativamente ao movimento palestiano. "Há um esforço, que tem de ser conjunto, determinadíssimo, para levar os interlocutores directos no sentido da paz", afirmou o Presidente.

Também o primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, recorda Arafat como "um lutador pelas causas em que acreditou, pela liberdade e independência do seu povo". Numa declaração de pesar pela morte do líder palestiniano, o Governo português - que se fará representar nas cerimónias fúnebres, no Cairo, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, António Monteiro - reiterou o apoio a uma solução pacífica para o conflito no Médio Oriente "com vista ao estabelecimento de um Estado Palestiniano soberano, democrático e pacífico". No entanto, Paulo Portas, ministro de Estado e da Defesa e líder do CDS-PP, afirma que o desaparecimento de Arafat "constitui uma oportunidade para a procura da paz no Médio Oriente, uma paz decisiva para a segurança de todos", mas vai mais longe referindo "a ambiguidade que (Arafat) manteve nas relações com grupos terroristas e a forma, amiúde pouco democrática, como governou a Autoridade Palestiniana". "Não creio que Arafat fosse um exemplo", acrescentou.

O líder parlamentar do PSD, Guilherme Silva, diz esperar que os palestinianos encontrem um líder "mais moderado e que esteja em posição de estabelecer pontes mais férteis de entendimento" entre a Palestina e Israel. À esquerda, todas as forças políticas lamentaram a morte de Yasser Arafat. José Sócrates, secretário-geral do PS, espera que o desaparecimento do líder palestiniano não enfraqueça os objectivos de paz e de "coexistência pacífica entre Israel e um Estado Palestiniano independente". Para o PCP - que enviará o seu responsável pelas relações internacionais, Albano Nunes, ao Cairo - Arafat "foi um protagonista particularmente destacado do movimento de emancipação nacional dos povos árabes e por uma paz justa e anti-imperialista no médio Oriente", pelo que o seu falecimento "constitui uma grande perda". Já o Partido Ecologista "Os Verdes" sublinhou que a morte do líder palestiniano pode constituir um "momento inspirador" para pôr fim ao clima de guerra na região e concretizar a criação do Estado da Palestina. Também o Bloco de Esquerda espera que se criem agora as condições para a criação do estado palestiniano, de cuja luta Yasser Arafat "foi o símbolo maior".

Sampaio Sublinha a Futura "Responsabilidade Acrescida" dos EUA e da UE

Por MINISTRO DE ESTADO E DA DEFESA E LÍDER DO CDS-PP

Sexta-feira, 12 de Novembro de 2004

Para o Presidente da República, Jorge Sampaio, Yasser Arafat foi "o pai da nação palestiniana" e será sempre recordado como "um líder incontestado do seu povo, pelo que lutou durante muitas décadas". Jorge Sampaio considera ainda que, com a morte de Arafat, recai sobre a Europa e os EUA uma "responsabilidade acrescida" relativamente ao movimento palestiano. "Há um esforço, que tem de ser conjunto, determinadíssimo, para levar os interlocutores directos no sentido da paz", afirmou o Presidente.

Também o primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, recorda Arafat como "um lutador pelas causas em que acreditou, pela liberdade e independência do seu povo". Numa declaração de pesar pela morte do líder palestiniano, o Governo português - que se fará representar nas cerimónias fúnebres, no Cairo, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, António Monteiro - reiterou o apoio a uma solução pacífica para o conflito no Médio Oriente "com vista ao estabelecimento de um Estado Palestiniano soberano, democrático e pacífico". No entanto, Paulo Portas, ministro de Estado e da Defesa e líder do CDS-PP, afirma que o desaparecimento de Arafat "constitui uma oportunidade para a procura da paz no Médio Oriente, uma paz decisiva para a segurança de todos", mas vai mais longe referindo "a ambiguidade que (Arafat) manteve nas relações com grupos terroristas e a forma, amiúde pouco democrática, como governou a Autoridade Palestiniana". "Não creio que Arafat fosse um exemplo", acrescentou.

O líder parlamentar do PSD, Guilherme Silva, diz esperar que os palestinianos encontrem um líder "mais moderado e que esteja em posição de estabelecer pontes mais férteis de entendimento" entre a Palestina e Israel. À esquerda, todas as forças políticas lamentaram a morte de Yasser Arafat. José Sócrates, secretário-geral do PS, espera que o desaparecimento do líder palestiniano não enfraqueça os objectivos de paz e de "coexistência pacífica entre Israel e um Estado Palestiniano independente". Para o PCP - que enviará o seu responsável pelas relações internacionais, Albano Nunes, ao Cairo - Arafat "foi um protagonista particularmente destacado do movimento de emancipação nacional dos povos árabes e por uma paz justa e anti-imperialista no médio Oriente", pelo que o seu falecimento "constitui uma grande perda". Já o Partido Ecologista "Os Verdes" sublinhou que a morte do líder palestiniano pode constituir um "momento inspirador" para pôr fim ao clima de guerra na região e concretizar a criação do Estado da Palestina. Também o Bloco de Esquerda espera que se criem agora as condições para a criação do estado palestiniano, de cuja luta Yasser Arafat "foi o símbolo maior".

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