Portugal Global "não serviu para nada"

07-08-2002
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Portugal Global "Não Serviu para Nada"

Segunda-feira, 22 de Julho de 2002 A "holding" Portugal Global "não serviu, praticamente para nada", conclui o relatório do Tribunal Constitucional (TC) sobre televisão pública. Nem para ser intermediário das relações entre a RTP e o Estado, nem para desenvolver planos de reestruturação, nem para aproveitar sinergias, adianta o TC, rebatendo assim os três principais argumentos utilizados pelo então ministro Armando Vara para criar, em 2000, a Portugal Global. Os auditores dizem mesmo que a "holding" "em nada mostrou ter contribuído para a resolução dos problemas da RTP. Depois de constituída a Portugal Global, foi encomendado um estudo à Arthur &Andersen sobre as possíveis sinergias a gerar entre as empresas. A empresa de consultoria, num documento preliminar, não faz referência às sinergias e propõe a separação entre as empresas que se dedicam à prestação de serviço público - que ficaria a depender da Portugal Global - e as restantes, de natureza comercial, caso da RTC, que ficariam agrupadas numa sub-"holding". O relatório revela ainda que o presidente da Lusa queria retirar a agência noticiosa da Portugal Global, defendendo uma dependência mais directa do Estado. Pedido que não foi aceite pelo ministro do Estado Guilherme d'Oliveira Martins e pelo secretário de Estado da Comunicação Social, Arons de Carvalho. Mas apesar de incipiente actividade, segundo o TC, a Portugal Global deu logo um prejuízo de 155 mil contos no seu primeiro ano de actividade, em grande parte devido a custos com pessoal. O TC conclui que a criação da Portugal Global "veio aportar um acréscimo de dinheiros públicos - de entre os quais, cerca de 70 por cento respeitaram a remunerações auferidas pelos membros do seu Conselho de Administração, sem que à data da auditoria - Maio de 2001 -, qualquer dos objectivos tidos em vista com a sua criação tenham sido concretizados". Nas contas do TC, as remunerações fixas e variáveis da administração da Portugal Global, em 2000, ascenderam a 108,855 mil contos. Aos salários acresce a utilização de cartão de crédito, de automóvel e de opção de compra da viatura por 20 por cento do custo de aquisição. S.R. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Gestores da coligação PSD/CDS chegam à RTP

Quem são os novos administradores

Cronologia do processo de entrada da nova administração

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