Receitas de publicidade da RTP crescem 20 por cento em 2003

16-12-2003
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Receitas de Publicidade da RTP Crescem 20 por Cento em 2003

Por PAULO MIGUEL MADEIRA

Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2003 A RTP vai chegar ao fim deste ano com receitas de publicidade 20,5 por cento superiores às de 2002, apesar da recente redução do limite máximo para seis minutos por hora. As receitas de 2003 ascendem a 47 milhões de euros, quando no ano passado foram de 39 milhões, segundo um dos administradores da empresa, Gonçalo Reis. "Isto acontece porque melhorámos as audiências e subimos os preços", disse ao PÚBLICO o mesmo responsável, que realça o facto de esta evolução acontecer num ano em que o mercado publicitário esteve fraco e apesar de a empresa estar a lidar com limites de tempo para emissão de publicidade mais apertados do que no ano anterior, resultantes do acordo assinado em Agosto entre a RTP e as estações privadas, a SIC e a TVI. Ao abrigo deste documento, a televisão estatal comprometeu-se a reduzir o tempo máximo de publicidade que transmite na RTP1 de 7,5 minutos para seis minutos em cada hora de emissão. Em contrapartida, as estações privadas ficaram com uma série de obrigações com carácter de serviço público, que incluem investir, por ano, 0,5 por cento das suas receitas líquidas de publicidade em produção independente e outro tanto na promoção de obras financiadas pelo ICAM (Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia); têm que fornecer uma hora por dia de conteúdos para a RTP Internacional e para a RTP África; e devem emitir no mínimo 2,5 horas por semana de programação com linguagem gestual entre as 8h e as 24h. A RTP divulgou, também ontem, os dados relativos ao tempo de publicidade comercial emitida na RTP1 durante Setembro, Outubro e Novembro (ou seja, desde a entrada em vigor do protocolo com os privados), realçando o cumprimento do limite máximo de seis minutos por hora, do qual ficou sempre abaixo. Limites de publicidade cumpridos Durante o mês de Setembro, a média de publicidade por hora foi de 4 minutos e 33 segundos, o que representa 78,4 por cento do limite de seis minutos. No mês seguinte foi de 5m19s (88,6 por cento), e em Novembro foi de 5m34s (92,2 por cento). Os dados que a RTP divulgou dizem respeito apenas a médias mensais, apesar de no protocolo com os privados estar previsto que os seis minutos sejam um limite rígido em cada hora de emissão, disse Gonçalo Reis. O administrador garante no entanto que está a ser cumprido o limite horário, e lembra que no âmbito do protocolo as três estações de televisão trocam entre si relatórios mensais referentes ao cumprimento das várias cláusulas acordadas, onde a informação relativa aos tempos de publicidade está detalhada hora a hora. "Divulgámos agora esta informação porque por vezes os dados veiculados pelas empresas de audimetria somam o tempo de publicidade com o de autopromoção", afirma Gonçalo Reis, lembrando que o limite de seis minutos referido no protocolo diz respeito a tempo de publicidade comercial. "Estamos a cumprir rigorosamente o limite acordado", remata. A procura de tempo publicitário na RTP foi "muito superior" ao que foi utilizado, conta o administrador. "Tivemos de fazer uma série de desmarcações de publicidade que estava prevista." A coexistência desta situação com tempos médios abaixo do limite de seis minutos explica-se atendendo a que há horários em que a procura de tempo excede a oferta disponível, e noutros fica abaixo. "Nas faixas horárias mais procuradas, em horário nobre [entre as 20h e as 24h], as taxas de ocupação do tempo de publicidade disponível aproximam-se muito dos cem por cento", declara Gonçalo Reis. O administrador da RTP manifesta-se satisfeito com estes resultados, lembrando que o papel da empresa é tirar o melhor partido do tempo de que dispõe para vender publicidade, devendo valorizá-lo o mais possível. Aquando da assinatura do referido protocolo entre a RTP, SIC e TVI, ficou em aberto a hipótese de ele ser revisto, possivelmente já no início do próximo ano, no sentido de a RTP voltar a ter uma redução do tempo de publicidade no seu primeiro canal, mas agora para 4,5 minutos por hora. Por seu lado, os privados teriam de aumentar os apoios ao ICAM e à produção independente. No entanto, anteontem, durante a assinatura de protocolos entre a RTP e as entidades parceiras do futuro canal A Dois, o ministro da Presidência, que tutela a área da comunicação social, disse ao PÚBLICO que em Janeiro "os limites da publicidade na RTP tanto podem ser reduzidos como andarem para trás [aumentar o número de minutos por hora]" - uma hipótese que desagradaria, em toda a linha, aos dois operadores privados. OUTROS TÍTULOS EM MEDIA Receitas de publicidade da RTP crescem 20 por cento em 2003

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