Presidência da UE com novas regras

14-06-2002
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Carlos Carvalhas

na apresentação da lista

de candidatos por Lisboa

"Os portugueses têm nestas eleições a oportunidade, pelo reforço da CDU e do número dos seus deputados, para dar força à exigência de uma política que dê resposta aos problemas mais gritantes do povo e do País", afirmou o Secretário-Geral do PCP, anteontem, na apresentação pública da lista de candidatos pelo círculo de Lisboa.

A sessão, que decorreu num hotel da capital, presidida por Adelaide Pereira, teve como primeiro orador o professor universitário e escritor Manuel Gusmão. Por este realçado, na qualidade de mandatário, perante a vasta plateia que encheu literalmente a sala, foi o facto de 50 por cento dos nomes da lista serem candidatos pela primeira vez. Trata-se de homens, mulheres e jovens, todos eles, observou, "portadores de diversos universos de experiências" e de um "projecto claro e diferente" que representa uma "ruptura democrática com a política de direita".

Blasco Hugo Fernandes, Isabel de Castro e Carlos Carvalhas na apresentação dos candidatos da CDU pelo círculo de Lisboa

Isabel de Castro, do Conselho Nacional e Comissão Executiva do Partido Ecologista "Os Verdes", depois de criticar o Governo PS pelo "pântano que criou" e pelas opções adoptadas em matéria ambiental, como foi o caso da política de resíduos industriais e de co-incineração, sublinhou que o fundamental nesta batalha eleitoral "é dar corpo à mudança". E esta, especificou, exige "mais esquerda", o mesmo é dizer "mais deputados eleitos pela CDU no Parlamento".

As tarefas e compromissos a que se obrigam "perante o povo de Lisboa e o País" os candidatos da CDU foi, por sua vez, o mote desenvolvido por Carlos Carvalhas na parte inicial da sua intervenção. Deixando a garantia de que saberão honrar os seus compromissos, os candidatos da CDU, afirmou Carvalhas, prestarão particular atenção "às questões do nível e qualidade de vida", à "distribuição do Rendimento Nacional", ao "emprego com direitos", à "saúde, ensino, toxicodependência, segurança e habitação".

Detendo-se nas tarefas imediatas que se apresentam aos comunistas e seus aliados, o líder comunista destacou a necessidade de um "grande esforço" de informação e esclarecimento para levar ao maior número de cidadãos "as nossas propostas" e, por esta via, mobilizá-los para o "voto na força que é portadora de um verdadeiros projecto de mudança, a CDU".

"Agora é tempo de convencer com verdade e de chamar a atenção que os votos recebidos pela CDU e os deputados por si eleitos, além de contribuírem sempre eficazmente para que a direita fique em minoria, têm ainda a acrescentada eficácia de representarem a melhor e mais útil forma de protesto contra as orientações negativas seguidas pelo PS e pelo PSD e de pressionarem e pesarem para uma política e uma alternativa de esquerda", sustentou o Secretário-Geral do PCP.

Depois de demonstrar que "o PSD não é alternativa ao PS e o PS não é alternativa de esquerda ao PSD" e que o País não "está condenado a um rotativismo sem alternativa", Carvalhas lembrou que o que País precisa é de "uma nova política".

E para isso, explicou, só com o reforço da CDU, que pode chamar a si a "autoridade democrática de ter combatido com determinação a direita enquanto o PS frequentemente se aliou quer com o PSD, quer com o PP, ao longo destes últimos seis anos".

Daí também o apelo final deixado por Carvalhas ao voto na CDU - "a mais sólida, a mais certa e segura garantia para uma viragem à esquerda na política nacional", enfatizou -, condição para pôr termo à "política das meias tintas", à "política dos zigue zagues" e às "políticas neoliberais".

Lista de candidatos

São 53, no total, os candidatos que integram a lista da CDU pelo círculo de Lisboa.

Em termos de composição etária, 9 têm menos de 30 anos, 6 situam-se na faixa entre os 30 e os 40 anos, 17 entre 40 e 50 anos, 16 entre os 50 e 60 anos e 5 têm mais de 60 anos.

Quanto à composição social, 23 dos candidatos são operários e empregados, cifrando-se em 25 o número de técnicos e intelectuais. Um comerciante, um agricultor e três estudantes completam a lista por Lisboa. O número de mulheres eleva-se a 21, o que representa 40 por cento do total.

Eis a lista de candidatos:

Carlos Carvalhas, Secretário Geral do PCP; Bernardino Soares, presidente do Grupo Parlamentar do PCP; António Filipe, jurista; Isabel Castro, bancária, da C. Executiva do PEV; Margarida Botelho, licenciada em Ciências da Comunicação; Rita Magrinho, professora; João Corregedor, jornalista, do Conselho Geral da Intervenção Democrática (ID); José Alberto Pitacas; economista; Arménio Carlos, operário, Coordenador da USL e da C Executiva da CGTP; Fátima Messias, empregada; Jorge Cordeiro, funcionário do Partido, C. Política do PCP; Natália Filipe, enfermeira; Rui Namorado Rosa, professor catedrático; Paulo Trindade, jurista, coordenador da Frente Comum / C. Executiva da CGTP; Adão Barata, engenheiro; Carlos Coutinho, professor de economia; Fernanda Mateus, operária, Comissão Política do PCP; José A P. Neves, médico; Inês Fernandes, estudante; João Geraldes, funcionário público, da Comissão Directiva da ID; José Luís Ferreira, advogado, Comissão Executiva do PEV; Susana Paisana, geóloga; Deolinda Paulino, médica; Celeste Soeiro, operária; João Silva, operário; Carmen Santos, actriz; Elsa Couchinho, psicóloga; Jorge Rebeca, psicólogo clínico; Libério Domingues, operário; Ramon La Féria, médico; Francisco Madeira Lopes, estudante, do PEV; Serafina Rodrigues, técnica de desenho; Ana Paula Assunção, Mestre em História Local; Ilidio Ferreira, empregado; Maria Joana Gomes Silva, socióloga, PEV; Vitor Pereira, operário; Vladimiro Matos, comerciante; Fernando Gomes Silva, arquitecto, do Conselho Geral da ID; Luisa Ramos, dirigente sindical; Miguel Madeira, responsável JCP/ Distrito Lisboa; Sérgio Cipriano, operário; Isabel Quintas, funcionária pública; Hugo Bastos, empregado; Maria Joana Gomes Silva, socióloga, do PEV; Fernando Maurício, empregado; Paulo Félix, operário; Rego Mendes, engenheiro; Jacinta Vital, professora; Rodolfo Caseiro, empregado; Maria Irene Crespo, empregada administrativa financeira, do Conselho Geral da ID; Paula Borges, estudante uiniversitária; João Vieira, agricultor; António Augusto Pereira, operário.

«Avante!» Nº 1470 - 31.Janeiro.2002

Carlos Carvalhas

na apresentação da lista

de candidatos por Lisboa

"Os portugueses têm nestas eleições a oportunidade, pelo reforço da CDU e do número dos seus deputados, para dar força à exigência de uma política que dê resposta aos problemas mais gritantes do povo e do País", afirmou o Secretário-Geral do PCP, anteontem, na apresentação pública da lista de candidatos pelo círculo de Lisboa.

A sessão, que decorreu num hotel da capital, presidida por Adelaide Pereira, teve como primeiro orador o professor universitário e escritor Manuel Gusmão. Por este realçado, na qualidade de mandatário, perante a vasta plateia que encheu literalmente a sala, foi o facto de 50 por cento dos nomes da lista serem candidatos pela primeira vez. Trata-se de homens, mulheres e jovens, todos eles, observou, "portadores de diversos universos de experiências" e de um "projecto claro e diferente" que representa uma "ruptura democrática com a política de direita".

Blasco Hugo Fernandes, Isabel de Castro e Carlos Carvalhas na apresentação dos candidatos da CDU pelo círculo de Lisboa

Isabel de Castro, do Conselho Nacional e Comissão Executiva do Partido Ecologista "Os Verdes", depois de criticar o Governo PS pelo "pântano que criou" e pelas opções adoptadas em matéria ambiental, como foi o caso da política de resíduos industriais e de co-incineração, sublinhou que o fundamental nesta batalha eleitoral "é dar corpo à mudança". E esta, especificou, exige "mais esquerda", o mesmo é dizer "mais deputados eleitos pela CDU no Parlamento".

As tarefas e compromissos a que se obrigam "perante o povo de Lisboa e o País" os candidatos da CDU foi, por sua vez, o mote desenvolvido por Carlos Carvalhas na parte inicial da sua intervenção. Deixando a garantia de que saberão honrar os seus compromissos, os candidatos da CDU, afirmou Carvalhas, prestarão particular atenção "às questões do nível e qualidade de vida", à "distribuição do Rendimento Nacional", ao "emprego com direitos", à "saúde, ensino, toxicodependência, segurança e habitação".

Detendo-se nas tarefas imediatas que se apresentam aos comunistas e seus aliados, o líder comunista destacou a necessidade de um "grande esforço" de informação e esclarecimento para levar ao maior número de cidadãos "as nossas propostas" e, por esta via, mobilizá-los para o "voto na força que é portadora de um verdadeiros projecto de mudança, a CDU".

"Agora é tempo de convencer com verdade e de chamar a atenção que os votos recebidos pela CDU e os deputados por si eleitos, além de contribuírem sempre eficazmente para que a direita fique em minoria, têm ainda a acrescentada eficácia de representarem a melhor e mais útil forma de protesto contra as orientações negativas seguidas pelo PS e pelo PSD e de pressionarem e pesarem para uma política e uma alternativa de esquerda", sustentou o Secretário-Geral do PCP.

Depois de demonstrar que "o PSD não é alternativa ao PS e o PS não é alternativa de esquerda ao PSD" e que o País não "está condenado a um rotativismo sem alternativa", Carvalhas lembrou que o que País precisa é de "uma nova política".

E para isso, explicou, só com o reforço da CDU, que pode chamar a si a "autoridade democrática de ter combatido com determinação a direita enquanto o PS frequentemente se aliou quer com o PSD, quer com o PP, ao longo destes últimos seis anos".

Daí também o apelo final deixado por Carvalhas ao voto na CDU - "a mais sólida, a mais certa e segura garantia para uma viragem à esquerda na política nacional", enfatizou -, condição para pôr termo à "política das meias tintas", à "política dos zigue zagues" e às "políticas neoliberais".

Lista de candidatos

São 53, no total, os candidatos que integram a lista da CDU pelo círculo de Lisboa.

Em termos de composição etária, 9 têm menos de 30 anos, 6 situam-se na faixa entre os 30 e os 40 anos, 17 entre 40 e 50 anos, 16 entre os 50 e 60 anos e 5 têm mais de 60 anos.

Quanto à composição social, 23 dos candidatos são operários e empregados, cifrando-se em 25 o número de técnicos e intelectuais. Um comerciante, um agricultor e três estudantes completam a lista por Lisboa. O número de mulheres eleva-se a 21, o que representa 40 por cento do total.

Eis a lista de candidatos:

Carlos Carvalhas, Secretário Geral do PCP; Bernardino Soares, presidente do Grupo Parlamentar do PCP; António Filipe, jurista; Isabel Castro, bancária, da C. Executiva do PEV; Margarida Botelho, licenciada em Ciências da Comunicação; Rita Magrinho, professora; João Corregedor, jornalista, do Conselho Geral da Intervenção Democrática (ID); José Alberto Pitacas; economista; Arménio Carlos, operário, Coordenador da USL e da C Executiva da CGTP; Fátima Messias, empregada; Jorge Cordeiro, funcionário do Partido, C. Política do PCP; Natália Filipe, enfermeira; Rui Namorado Rosa, professor catedrático; Paulo Trindade, jurista, coordenador da Frente Comum / C. Executiva da CGTP; Adão Barata, engenheiro; Carlos Coutinho, professor de economia; Fernanda Mateus, operária, Comissão Política do PCP; José A P. Neves, médico; Inês Fernandes, estudante; João Geraldes, funcionário público, da Comissão Directiva da ID; José Luís Ferreira, advogado, Comissão Executiva do PEV; Susana Paisana, geóloga; Deolinda Paulino, médica; Celeste Soeiro, operária; João Silva, operário; Carmen Santos, actriz; Elsa Couchinho, psicóloga; Jorge Rebeca, psicólogo clínico; Libério Domingues, operário; Ramon La Féria, médico; Francisco Madeira Lopes, estudante, do PEV; Serafina Rodrigues, técnica de desenho; Ana Paula Assunção, Mestre em História Local; Ilidio Ferreira, empregado; Maria Joana Gomes Silva, socióloga, PEV; Vitor Pereira, operário; Vladimiro Matos, comerciante; Fernando Gomes Silva, arquitecto, do Conselho Geral da ID; Luisa Ramos, dirigente sindical; Miguel Madeira, responsável JCP/ Distrito Lisboa; Sérgio Cipriano, operário; Isabel Quintas, funcionária pública; Hugo Bastos, empregado; Maria Joana Gomes Silva, socióloga, do PEV; Fernando Maurício, empregado; Paulo Félix, operário; Rego Mendes, engenheiro; Jacinta Vital, professora; Rodolfo Caseiro, empregado; Maria Irene Crespo, empregada administrativa financeira, do Conselho Geral da ID; Paula Borges, estudante uiniversitária; João Vieira, agricultor; António Augusto Pereira, operário.

«Avante!» Nº 1470 - 31.Janeiro.2002

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