Rodrigues dos Santos elogia Pinto Coelho

12-10-2003
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Rodrigues dos Santos Elogia Pinto Coelho

Quinta-feira, 02 de Outubro de 2003

O director de informação da RTP, José Rodrigues dos Santos, pensa que Carlos Pinto Coelho vai fazer falta na estação e considera-o um bom profissional, "competente, talentoso e muito comunicativo". A afirmação foi feita no jantar de homenagem ao autor do extinto programa Acontece, que anteontem assinalou o último dia de trabalho do jornalista na estação pública.

Rodrigues dos Santos diz ter "pena que ele tenha pedido para sair" e rejeita as críticas feitas por Carlos Pinto Coelho, que, aquando do fim do Acontece, afirmou não ter tido o apoio da direcção. "Ele foi devidamente apoiado, mas a direcção de informação não toma medidas de gestão", justificou o director.

Judite de Sousa, directora adjunta de informação, igualmente presente na homenagem, encara as críticas de Pinto Coelho à direcção de informação "de forma natural e descontraída", porque entende que quando se ocupam cargos "temos que estar preparados para que não haja consenso à nossa volta".

A directora adjunta também lamenta a saída de Pinto Coelho e quis estar presente porque conhece o homenageado há 20 anos, "desde quando era muito nova e vinha aos estúdios do Lumiar"

Antes do jantar, em que participaram mais de 300 pessoas, entre as quais políticos como Carlos Carvalhas e João Soares, escritores como Lídia Jorge, músicos como Sérgio Godinho e Jorge Palma, jornalistas e actores, Carlos Pinto Coelho disse que não guarda ressentimentos e encara o futuro "com muita força", porque sabe aquilo que vai fazer. "Espero que o meu espaço de debate na TSF seja "o" debate na rádio portuguesa", salienta.

Para o líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, também presente, Pinto Coelho "tornou-se o símbolo de uma disputa do que tem de ser o serviço público". "Há um sentimento de perda em relação ao que a RTP devia ter sido e nunca chegou a ser", disse. Segundo Louçã, "o fim do Acontece é uma prova de incultura por parte do ministro Morais Sarmento", que acusa de tutelar a televisão pública sem "coerência e sem estratégia". Carlos Carvalhas também marcou presença "por solidariedade". O secretário-geral do PCP realça que "nem a RTP nem o panorama televisivo cultural ficaram a ganhar com a sua [de Pinto Coelho] saída" e critica o fim do Acontece: "Não se justificava, sobretudo com os argumentos que foram invocados".

Rodrigues dos Santos Elogia Pinto Coelho

Quinta-feira, 02 de Outubro de 2003

O director de informação da RTP, José Rodrigues dos Santos, pensa que Carlos Pinto Coelho vai fazer falta na estação e considera-o um bom profissional, "competente, talentoso e muito comunicativo". A afirmação foi feita no jantar de homenagem ao autor do extinto programa Acontece, que anteontem assinalou o último dia de trabalho do jornalista na estação pública.

Rodrigues dos Santos diz ter "pena que ele tenha pedido para sair" e rejeita as críticas feitas por Carlos Pinto Coelho, que, aquando do fim do Acontece, afirmou não ter tido o apoio da direcção. "Ele foi devidamente apoiado, mas a direcção de informação não toma medidas de gestão", justificou o director.

Judite de Sousa, directora adjunta de informação, igualmente presente na homenagem, encara as críticas de Pinto Coelho à direcção de informação "de forma natural e descontraída", porque entende que quando se ocupam cargos "temos que estar preparados para que não haja consenso à nossa volta".

A directora adjunta também lamenta a saída de Pinto Coelho e quis estar presente porque conhece o homenageado há 20 anos, "desde quando era muito nova e vinha aos estúdios do Lumiar"

Antes do jantar, em que participaram mais de 300 pessoas, entre as quais políticos como Carlos Carvalhas e João Soares, escritores como Lídia Jorge, músicos como Sérgio Godinho e Jorge Palma, jornalistas e actores, Carlos Pinto Coelho disse que não guarda ressentimentos e encara o futuro "com muita força", porque sabe aquilo que vai fazer. "Espero que o meu espaço de debate na TSF seja "o" debate na rádio portuguesa", salienta.

Para o líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, também presente, Pinto Coelho "tornou-se o símbolo de uma disputa do que tem de ser o serviço público". "Há um sentimento de perda em relação ao que a RTP devia ter sido e nunca chegou a ser", disse. Segundo Louçã, "o fim do Acontece é uma prova de incultura por parte do ministro Morais Sarmento", que acusa de tutelar a televisão pública sem "coerência e sem estratégia". Carlos Carvalhas também marcou presença "por solidariedade". O secretário-geral do PCP realça que "nem a RTP nem o panorama televisivo cultural ficaram a ganhar com a sua [de Pinto Coelho] saída" e critica o fim do Acontece: "Não se justificava, sobretudo com os argumentos que foram invocados".

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