Bloco de Esquerda

24-06-2004
marcar artigo

Bloco de Esquerda

Segunda-feira, 26 de Abril de 2004

Conta o colonialismo e absolutismo

Foi a intervenção mais incisiva entre os discursos da oposição. Francisco Louçã começou por invocar as palavras de Antero de Quental sobre as causas do decadência dos povos, nos finais do século XIX, para concluir que elas ainda hoje podem ser reproduzidas. "O fanatismo, o colonialismo e o absolutismo, as causas da decadência que já Antero conhecia, mas que agora são uma e a mesma", disse o dirigente bloquista. Um dos alvos preferenciais do discurso de Louçã foi a presença da GNR no Iraque, que, afirmou, mostrou como o "Estado português se vergou ao colonialismo e absolutismo" ao "ceder homens e mulheres para se juntarem aos sipaios do Império". Mas Louçã não deixou também de "denunciar" as ameaças que, disse, ensombram a "revolução da modernidade", nomeadamente a alegada intenção de a "elite dominante" querer transformar Portugal num "país sossegado, silencioso, um país para o futebol". Essa "elite", acrescentou, "relança-se em aventuras coloniais (...) e quer um país remetido ao 'adormecimento sonambulesco'".

Bloco de Esquerda

Segunda-feira, 26 de Abril de 2004

Conta o colonialismo e absolutismo

Foi a intervenção mais incisiva entre os discursos da oposição. Francisco Louçã começou por invocar as palavras de Antero de Quental sobre as causas do decadência dos povos, nos finais do século XIX, para concluir que elas ainda hoje podem ser reproduzidas. "O fanatismo, o colonialismo e o absolutismo, as causas da decadência que já Antero conhecia, mas que agora são uma e a mesma", disse o dirigente bloquista. Um dos alvos preferenciais do discurso de Louçã foi a presença da GNR no Iraque, que, afirmou, mostrou como o "Estado português se vergou ao colonialismo e absolutismo" ao "ceder homens e mulheres para se juntarem aos sipaios do Império". Mas Louçã não deixou também de "denunciar" as ameaças que, disse, ensombram a "revolução da modernidade", nomeadamente a alegada intenção de a "elite dominante" querer transformar Portugal num "país sossegado, silencioso, um país para o futebol". Essa "elite", acrescentou, "relança-se em aventuras coloniais (...) e quer um país remetido ao 'adormecimento sonambulesco'".

marcar artigo