Congresso PSD. Rio anuncia André Coelho Lima e Isaura Morais para Comissão Política

08-02-2020
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O presidente do PSD anunciou este sábado que terá dois novos vice-presidentes, o deputado André Coelho Lima, que já era vogal da Comissão Política, e a deputada e ex-autarca de Rio Maior Isaura Morais. Em entrevista à RTP, Rui Rio analisou o dia de congresso, afirmou não se opor, "à partida", a que o atual ministro das Finanças possa passar a governador do Banco de Portugal e afirmou apoiar uma recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa.

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Entrevista RTP - PSD não se vai opor "à partida" a Centeno governador do Banco de Portugal

Em entrevista à RTP, Rui Rio diz que mais importante do que o nome do Governador, é saber qual a equipa que vai integrar. O presidente do PSD afirmou que não veta "à partida" o nome de Mário Centeno caso o ministro das Finanças seja apontado para governador do Banco de Portugal, mas defendeu que a próxima administração "não pode ser monolítica".

Em entrevista à RTP, no decorrer do 38.º Congresso do PSD, Rui Rio foi questionado se aceitaria o nome de Mário Centeno para liderar o banco central.

"Não tenho que aceitar nem deixar de aceitar, o Governo, se quiser, ouve a oposição. Mais importante é a equipa como um todo e penso que é assim que o Governo está a pensar (...) Acho que essa administração do Banco de Portugal não pode ser monolítica, deve ser como neste momento, mais abrangente", afirmou.

Perante a insistência no nome de Mário Centeno, respondeu: "Não veto à partida, pode haver melhores candidatos, deixe que o Governo na devida altura faça o que entender".

Na entrevista à RTP, Rio foi também questionado sobre a ideia defendida pelo eurodeputado Paulo Rangel de um referendo sobre a eutanásia, com o presidente do PSD a manifestar-se pessoalmente contra, mas sem excluir totalmente essa hipótese.

"Neste momento está agendado [o debate para 20 de fevereiro], não há nada a fazer, não haverá referendo na próxima semana", disse, reiterando que haverá liberdade de voto na bancada do PSD na votação das várias iniciativas sobre o tema.

Mesmo com mais tempo, Rio foi cauteloso: "Eu pessoalmente tendo a dizer que não, se o partido entender que esta matéria um dia deverá ser decidida por referendo, também não é antidemocrático", referiu.

Sobre os discursos de Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz, os candidatos derrotados nas eleições internas, Rui Rio preferiu destacar o apelo à unidade. O que é "normal", realça Rui Rio, dizendo que o que aconteceu nos últimos dois anos, "não foi a melhor forma".

Sobre uma recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa à Presidência da República, Rui Rio diz apenas que se isso acontecer, naturalmente dará o apoio, mas respeita os tempos de Marcelo.

Rio considera as autárquicas importantes, mas diz que ainda não estão escolhidos os nomes para as duas principais autarquias do país. Nas autárquicas, o líder do PSD diz que não vai “encostar os adversários à parede”, pressionando para uma candidatura.

Sobre a hipótese de eleições legislativas antecipadas, Rio argumenta que o PS tem condições para levar a legislatura até ao fim, mas será "menos fácil". No entanto, considera que até às autárquicas não deverá haver qualquer rutura.

20h30 - Os discursos de apoio a Rio

Paulo Rangel subiu ao palco para dizer que Rui Rio deverá ser primeiro-ministro em breve. O apoio vem dos seus mais próximos apoiantes.

19h25 – Rio anuncia dois novos "vices"

Da Comissão Política sai Elina Fraga e José Manuel Bolieiro e entram como novos "vices- presidentes" André Coelho Lima (que já era vogal da Comissão Política) e Isaura Morais (deputada e ex-autarca de Rio Maior). Continuam David Justino, Isabel Meirelles, Nuno Morais Sarmento e Salvador Malheiro.

José Silvano continua na secretaria-geral.

Paulo Rangel vai ser o número um da lista de Rui Rio para o conselho nacional, enquanto Fernando Negrão é o nome para Conselho de Jurisdição.

Paulo Mota Pinto mantém-se como candidato a presidente da Mesa do Congresso, e a proposta de presidente da Comissão Nacional de Auditoria Financeira recaiu em Fernando Sebastião, que foi mandatário distrital de Rio por Viseu.

18h15- Miguel Pinto Luz ataca "senadores" que se posicionam na reserva para pós-autárquicas

O candidato que ficou em terceiro lugar na corrida à liderança do PSD, Miguel Pinto Luz, fez hoje um duro ataque "ao cinismo" de "senadores" que esperam na reserva um mau resultado do partido nas eleições autárquicas.

Defendeu que as disputas nas eleições diretas no partido "já lá vão" e em que também advertiu o líder social-democrata, Rui Rio, de que deve contar com "todos" os militantes e apostar em "novos rostos".

A principal crítica de Miguel Pinto Luz foi dirigida aos que apostam em taticismos baseados no calendário político para fins de carreira pessoal.

"Não podemos olhar para estas eleições autárquicas com um olhar cínico, com um olhar tático, esperando que tudo corra mal, para depois saírem da reserva senatorial e apontarem o dedo aos outros que disseram presente. Chega de cinismos, chega de taticismo e ganhemos o país", apelou o vice-presidente da Câmara de Cascais.

O candidato que ficou em terceiro lugar na corrida à liderança do PSD, Miguel Pinto Luz, fez hoje um duro ataque "ao cinismo" de "senadores" que esperam na reserva um mau resultado do partido nas eleições autárquicas.Defendeu que as disputas nas eleições diretas no partido "já lá vão" e em que também advertiu o líder social-democrata, Rui Rio, de que deve contar com "todos" os militantes e apostar em "novos rostos".A principal crítica de Miguel Pinto Luz foi dirigida aos que apostam em taticismos baseados no calendário político para fins de carreira pessoal."Não podemos olhar para estas eleições autárquicas com um olhar cínico, com um olhar tático, esperando que tudo corra mal, para depois saírem da reserva senatorial e apontarem o dedo aos outros que disseram presente. Chega de cinismos, chega de taticismo e ganhemos o país", apelou o vice-presidente da Câmara de Cascais.

17h45 - “O que não posso, porque não tenho esse direito, é calar-me”, conclui Montenegro

Luís Montengro concluiu a sua intervenção no congresso citando Francisco Sá Carneiro na assembleia nacional de 1972: “O que não posso, porque não tenho esse direito, é calar-me, seja sob que pretexto for”.

Foi assim que o candidato derrotado à liderança do PSD rematou o discurso e a ideia de que o PSD precisa de paz e de unidade e de que Montenegro vai estar afastado dos cargos, mas “sempre perto para ajudar o PSD”.

Luís Montenegro diz que há “demasiada crispação, demasiada agressividade verbal” e até fanatismo, excessos cometidos pelos líderes partidários. Para o social-democrata, é preciso “tolerância”, lealdade, frontalidade e diminuir o seguidismo de fação.

Ao longo da sua intervenção, Montenegro foi sendo várias vezes advertido pelo presidente da Mesa do Congresso de que já tinha ultrapassado o tempo, mas prosseguiu até aos 16 minutos, "seis vezes mais" do que o tempo de que dispunha, segundo Paulo Mota Pinto.

17h30 - Montenegro. “Se geringonça ruir, PSD não vai ser tábua de salvação de Costa”

Luís Montenegro diz que findo, o período de discussão orçamental, não pode haver equívocos e o PSD deve deixar claro que não será tábua de salvação do primeiro ministro, caso algo corra mal com geringonça.

“Governabilidade e estabilidade dependem única e exclusivamente da geringonça de esquerda. António Costa não tem autoridade moral nem ética para reclamar essas condições do PSD”, assegurando que o partido “não tem interesse estratégico e programático para ter essa disponibilidade”.

Caso isso aconteça, "Costa deve demitir-se e ir embora à sua vida", defende.

Montenegro apontou que o PSD tem de ter "a ambição de governar Portugal em tempo de normalidade": "Nós não somos o partido da 'troika' ou o partido da austeridade", avisou, dizendo que o objetivo do partido "não pode ser que o PS perca por esgotamento ou que Portugal seja atingido por uma nova crise"

"O nosso dever e objetivo só pode ser ganhar pelo mérito das nossas ideias e fazê-lo o mais rápido possível", afirmou.

17h10- Luís Montenegro já fala

O social-democrata que disputou as mais recentes eleições internas contra Rui Rio fala ao congress, incitandoos militantes a participarem mais na vida do partido, a motivarem-se mais e a exigir mais dos dirigentes.

16h45 - Morais Sarmento diz que Governo socialista é governo a dois anos e coloca a tónica em legislativas antecipadas

Morais Sarmento, vice-presidente de Rui Rio, estabeleceu claramente os objetivos futuros do partido. A prioridade agora são as eleições autárquicas, como o “catapultar para o segundo objetivo”, face a “um Governo para dois anos”, que é o “de eleições legislativas antecipadas”, defendendo que todo o partido tem de trabalhar nesse sentido.

Sarmento, num discurso marcado pelas críticas ao Governo socialista, veio deixar duas notas políticas ao partido.

Primeiro, que o partido deve apostar na disputa da trincheira do centro, “única da qual depende qualquer maioria de governo”.

Em segundo lugar, “a recusa frontal de qualquer bloco central como maioria de governo”, sendo o caminho o de uma Aliança Democrática, elegendo o CDS, mas também os novos partidos à direita.

Morais Sarmento usou a Saúde e a carga fiscal para atacar o executivo socialista, acusando-o de “cegueira ideológica socialista” e de ceder sempre à extrema esquerda.

Disse que, “mesmo a sacar tanto dinheiro, não há nenhuma obra de vulto neste governo”, ironizando e dizendo que mesmo o governo de Sócrates conseguiu apresentar “uma obrazita”. “Pior do que o governo de Sócrates é o maior feito de António Costa”, reforçou.

16h30 - Poiares Maduro rejeita “oposição” dentro do partido

O ex-ministro do Governo PSD/CDS Miguel Poiares Maduro defendeu hoje não existir "oposição" dentro do partido, mas antes "diferentes pontos de vistas" sobre a "melhor estratégia para fazer oposição" ao Partido Socialista.

"No PSD não existe oposição, podem existir opiniões diferentes que contribuem para aquela que é a oposição que o PSD deve fazer ao PS. É natural que no PSD existam diferentes pontos de vista, diferentes perspetivas, desde logo, sobre a melhor estratégia para o partido fazer oposição. A oposição não é dentro do PSD", garantiu o ex-governante e subscritor de uma moção setorial ao 38ª congresso do partido.

Em declarações aos jornalistas à chegada ao centro cultural de Viana do Castelo, onde decorre o congresso, Maduro disse estar na reunião magna dos sociais-democratas para "dar o contributo" ao partido, juntamente com outros militantes, referindo-se à moção "Reformar o PSD para Reformar a Política", que "quer o PSD a liderar uma reforma dos partidos políticos".

"É uma reforma fundamental no sentido dos partidos voltarem a reconquistar a confiança dos cidadãos na política", defendeu.

O documento, que tem como primeiros subscritores os ex-governantes do PSD Miguel Poiares Maduro e António Leitão Amaro, o deputado Duarte Marques, a eurodeputada Lídia Pereira e o antigo deputado ao Parlamento Europeu Carlos Coelho, defende a introdução de primárias abertas no PSD e a possibilidade de o pagamento de quotas ser trocado por atividade partidária.

16h20 - Hugo Soares. “Está na hora de deixarmos de ser socialistas de segunda”

“Está na hora de deixarmos de ser socialistas de segunda. Somos sociais-democratas”. As palavras de Hugo Soares ao congresso valeram-lhe assobios e palmas, que ele chamou de “música para os ouvidos”.

Hugo Soares defendia uma revisão constitucional para “refundar o sistema político”.

"Desafio a direção nacional e o país: proponhamos ao PS uma revisão constitucional para refundar o nosso sistema politico, uma revisão constitucional onde se consagre o princípio de solidariedade intergeracional, que aprofunde a defesa do meio ambiente e lance as bases da reforma do sistema politico. Verão que, no que é essencial o PS dirá que não, porque está agrilhoado ao BE e ao PCP", afirmou, na sua intervenção perante o 38.º Congresso do PSD.

“Nunca votei nem nunca votarei num partido diferente”, assegurou, ao mesmo tempo que pedia “ao presidente do meu partido que transforme António Costa no seu verdadeiro adversário”.

15h50 - Líder da JSD de Coimbra e ex-deputada Barata Lopes em lista ao Conselho Nacional

O líder da JSD de Coimbra José Miguel Ferreira vai encabeçar uma lista ao Conselho Nacional do PSD que se assume como "geracional", tem como número dois a ex-deputada Joana Barata Lopes e é apoiada pelo deputado André Neves.

José Miguel Ferreira deixará em breve a 'jota', já que completou 31 anos, e é líder do PSD na Assembleia Municipal de Miranda do Corvo. André Neves, eleito pelo Porto nas últimas legislativas, disputou há dois anos a liderança da JSD com a atual presidente desta estrutura autónoma, Margarida Balseiro Lopes.

"Fazer o PSD reencontrar-se com os seus militantes é o mote desta lista candidata ao Conselho Nacional composta, a 100%, por elementos com menos de 35 anos", refere uma nota dos membros desta lista, enviada à Lusa.

A lista é composta por dirigentes e ex-dirigentes da JSD de todo o território nacional e defende "a necessidade de reforçar iniciativas como as do Conselho Estratégico Nacional e de ter em especial atenção a necessidade de recuperar os milhares de militantes suspensos e afastados da vida ativa do partido".

"A candidatura promete uma postura de cooperação com Rui Rio no compromisso de criação de uma alternativa ao Partido Socialista que não esqueça causas como as da dificuldade de acesso à habitação, desigualdades sociais e territoriais, combate à corrupção, futuro da Segurança Social e reforma do sistema político", apontam.

De acordo com a nota, integram a lista elementos apoiantes de Rui Rio, Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz, os três candidatos às eleições diretas do PSD, que foram ganhas pelo atual presidente.

15h30 - Apoiantes de Luís Montengro almoçaram em Viana do Castelo

Luís Montenegro diz que não tem de provar nada e que está "tranquilo", embora se fale na sua "morte política" depois da derrota frente a Rui Rio.

Em dia de Congresso do PSD, em Viana do Castelo, dezenas de militantes social-democratas, e apoiantes de Luís Montenegro à liderança do partido, juntaram-se num almoço.

Luís Montenegro nega que esteja a preparar um "oposição interna" contra Rui Rio.

Enquanto "delegado", Montenegro diz que tem "direito" a votar e que não tem "dúvidas" que é na lista que irá ser apresentada este sábado que vai merecer o seu voto.

Quanto à sua "eventual morte política", o social-democrata diz que está muito "tranquilo" e não tem de provar nada. Nas véspera de um novo ciclo, espera que os resultados sejam melhores que os anteriores.

Hugo Soares e Paulo Cunha participaram no almoço. Dizem tratar-se de um “almoço de amigos” e garantem que “não é oposição”.

Luís Montenegro diz que não tem de provar nada e que está "tranquilo", embora se fale na sua "morte política" depois da derrota frente a Rui Rio.Em dia de Congresso do PSD, em Viana do Castelo, dezenas de militantes social-democratas, e apoiantes de Luís Montenegro à liderança do partido, juntaram-se num almoço.Luís Montenegro nega que esteja a preparar um "oposição interna" contra Rui Rio.Enquanto "delegado", Montenegro diz que tem "direito" a votar e que não tem "dúvidas" que é na lista que irá ser apresentada este sábado que vai merecer o seu voto.Quanto à sua "eventual morte política", o social-democrata diz que está muito "tranquilo" e não tem de provar nada. Nas véspera de um novo ciclo, espera que os resultados sejam melhores que os anteriores.Hugo Soares e Paulo Cunha participaram no almoço. Dizem tratar-se de um “almoço de amigos” e garantem que “não é oposição”.

13h50 - Negrão diz que foi importante Rio ter definido ideologicamente o partido

O antigo líder parlamentar social-democrata, Fernando Negrão, considerou hoje "muito importante" a definição ideológica que Rui Rio fez do partido na abertura do congresso, deixando claro que "o PSD não é de todo um partido populista".

Em declarações à agência Lusa durante o 38.º Congresso do PSD, Fernando Negrão disse esperar que "haja união", de uma vez, "para esta altura e para os próximos dois anos", porque há "eleições importantes e o país precisa de um partido de oposição".

"Foi um discurso muito importante porque situou ideologicamente o PSD, e nós temos que olhar para aquilo que são os novos partidos que vão aparecendo e eles são partidos populistas porque não têm definição ideológica. Rui Rio fez ontem muito bem a definição ideológica do PSD. Ficou claro que o PSD não é de todo um partido populista", respondeu, quando questionado sobre o discurso do líder reeleito, Rui Rio.

Negrão argumentou que "o militante quer de facto é que haja unidade no PSD e que o PSD não seja um partido fonte de notícias pelos problemas internos, mas sim um partido fonte de notícias por ser um verdadeiro partido de oposição".

13h45 - Militantes defendem que CDS pode ser aliado

Rui Rio espera que as eleições autárquicas de 2021 sejam o ponto de viragem e que o PSD recupere votos. O líder do partido defende que o PSD se deve posicionar ao centro.

Embora muitos militantes concordem, também há quem ache que o CDS pode ser um aliado.

Rui Rio espera que as eleições autárquicas de 2021 sejam o ponto de viragem e que o PSD recupere votos. O líder do partido defende que o PSD se deve posicionar ao centro.Embora muitos militantes concordem, também há quem ache que o CDS pode ser um aliado.

13h30 - Morais Sarmento diz que congresso marca "caminho para vencer o país"

O vice-presidente do PSD Nuno Morais Sarmento afirmou hoje que o 38º congresso do partido deve "marcar o primeiro dia do caminho para vencer o país", apontando como "primeiro desafio" as próximas eleições autárquicas.

Questionado pelos jornalistas, à chegada ao centro cultural onde decorre a reunião social-democrata, sobre as listas aos órgãos do partido, Morais Sarmento desvalorizou o "lugar" que ocupará, afirmando ser "mais importante" a "vontade de continuar a participar" no futuro do partido.

"Depois de dois anos de um caminho difícil dentro do partido, espero que este congresso marque o primeiro dia do caminho para vencer o país, começando pelas próximas eleições autarquias que são desafio fundamental", referiu.

Nesse caminho garantiu estar "disponível" para o que "puder e conseguir" fazer, rejeitando ainda um cenário de rutura com o CDS-PP, na sequência da aprovação do Orçamento de Estado(OE) para 2020 e da votação da descida do IVA da eletricidade.

Na quinta-feira, o presidente do CDS-PP destacou que o partido foi aquele que demonstrou "maior responsabilidade e maturidade política" quanto à redução do IVA da eletricidade, apontando que "cada um tirará as suas ilações" da forma como votou.

"Não há rutura nenhuma porque não havia nenhuma coligação com o CDS-PP como a geringonça. O nosso espaço de entendimento natural é a direta do PSD, mas não temos nenhuma coligação com o CDS-PP", sustentou.

Sobre a intervenção de Rui Rio, na sexta-feira, na abertura do congresso, Morais Sarmento referiu ter sido um discurso "normal, sólido e sério".

"Foi um discurso numa linguagem que, apesar de ser dirigida aos militantes, os portugueses percebem bem . É a linguagem da clareza e da simplicidade".

13h27 - Almeida Henriques assegura apoio a Rio mas avisa que "todos têm lugar" no partido

O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, que apoiou Luís Montenegro nas diretas, assegurou que o presidente eleito terá "todo o apoio" para trabalhar nos próximos dois anos, mas pediu-lhe que conte "com todos".

"Caro Rui Rio, tens uma grande responsabilidade, criares as condições para que efetivamente o partido possa, nos próximos dois anos, de forma leal e com debate, conquistar os nossos principais desafios", afirmou Almeida Henriques, na sua intervenção perante o 38.º Congresso do PSD.

No entanto, defendeu, esse caminho "tem de ser feito com todos, todos têm lugar no PSD", pedindo até uma maior abertura do partido aos simpatizantes e saudou também os candidatos derrotados nas últimas diretas.

"Tenho de dizer ao presidente legitimamente eleito que tem todo o nosso apoio para o trabalho que temos de fazer. Mas quero saudar também dois companheiros - a democracia nunca fica completa sem contraditório -: Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz, acho que merecem a nossa estima e o nosso aplauso", pediu, recolhendo algumas palmas da sala que nunca esteve cheia durante a manhã.

Almeida Henriques desafiou ainda Rui Rio a exigir ao PS que cumpra o acordo que assinou com o PSD na descentralização.

"Quem está em falha não são os autarcas, é o Governo. Diga ao PS, diga ao Governo, cumpram o que assinaram com o PSD", afirmou.

13h26 - José Eduardo Martins diz que objetivo autárquico de Rio não é muito ambicioso

O ex-deputado do PSD José Eduardo Martins considerou hoje que o partido ainda não superou as circunstâncias responsáveis pelo "insucesso eleitoral grave" das eleições legislativas, defendendo que falta ambição ao objetivo para as autárquicas traçado por Rui Rio.

José Eduardo Martins, antigo secretário de Estado e ex-deputado do PSD, apoiou Miguel Pinto Luz nas diretas do partido e ainda antes de serem conhecidos os resultados eleitorais deixou logo claro que não iria votar caso o candidato que apoiava não passasse à segunda volta.

À chegada do 38.º Congresso do PSD, o social-democrata, defendeu que "a sociedade portuguesa mudou muito" e que "o problema dos resultados eleitorais desastrosos do PSD não são culpa dos eleitores", mas sim da incapacidade do partido "de perceber essa mudança e de reagir a essa mudança".

"Nós não superamos ainda as circunstâncias que nos fizeram ter o insucesso eleitoral grave que tivemos há três ou quatro meses atrás e portanto é mesmo nesse caminho que eu tenho esperança, na capacidade de construirmos um caminho diferente e oferecermos uma alternativa às pessoas que passe sobretudo por um paradigma diferente de desenvolvimento", apontou.

Questionado sobre o discurso do líder reeleito do PSD, Rui Rio, na abertura da reunião magna social-democrata, José Eduardo Martins considerou que foram palavras "coerentes com o que tem sido o pensamento do líder e não constituíram, desse ponto de vista, especial surpresa", defendendo ainda que o objetivo para as eleições autárquicas que foi traçado não parece "extraordinariamente ambicioso".

"Uma certa coerência no discurso que é algumas vezes de uma 'adversaliedade' mal dirigida para dentro. Com certeza que no congresso do PSD nós temos que falar do PSD, mas nós temos sobretudo que dizer o que é que temos para oferecer diferente. Este é o primeiro congresso depois de termos perdido as eleições", lembrou.

13h17 - Militantes querem um partido mais unido

A dúvida que surge é qual será o posicionamento do rival do líder social-democrata, mas os militantes esperam que o partido fique mais unido depois deste congresso.

No final do primeiro dia do Congresso do PSD, em Viana do Castelo, Luís Montenegro disse que o discurso de Rui Rio não trazia nada de novo.A dúvida que surge é qual será o posicionamento do rival do líder social-democrata, mas os militantes esperam que o partido fique mais unido depois deste congresso.

13h09 - Direção de Rio vai responder logo a seguir aos discursos dos principais críticos

Os discursos dos principais críticos no Congresso do PSD, hoje, durante a tarde, vão ter respostas quase imediatas por parte de destacados membros da direção de Rui Rio, disse à Lusa fonte da Comissão Política dos sociais-democratas.

De acordo com esta linha de atuação política, quando o ex-líder parlamentar Hugo Soares subir à tribuna de oradores do 38º Congresso Nacional do PSD, em Viana do Castelo, subirá depois ao palco para uma intervenção o deputado e membro da Comissão Política do partido André Coelho Lima.

Paulo Cunha, presidente da Câmara de Famalicão, um dos mais destacados apoiantes de Luís Montenegro e que deverá liderar uma das listas ao Conselho Nacional do PSD, após discursar perante os delegados do partido terá pouco depois o contraponto de Salvador Malheiro, um dos "vice" da direção social-democrata e presidente da Câmara de Ovar.

Ainda nesta linha de marcação política a discursos de críticos, a mesma fonte adiantou à agência Lusa que o vice-presidente da direção e antigo ministro Nuno Morais Sarmento fará a sua intervenção após o discurso do candidato derrotado na segunda volta das diretas do PSD, Luís Montenegro.

Ao fim da manhã, ao presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, que apoiou Luís Montenegro, seguiu-se o deputado social-democrata Duarte Pacheco, conotado com a linha do líder do PSD.

12h42 - Adão Silva disponível para liderar bancada parlamentar

O deputado social-democrata Adão Silva mostrou-se hoje disponível para liderar a bancada parlamentar do PSD, embora admitindo que os seus pares também deverão estar.

"Dos 78 deputados, tirando Rui Rio, quem é que não está disponível para dirigir uma bancada como a bancada do PSD. Uma bancada diversa, plural, cheia de pessoas com grande categoria. Eu acho que todos os 78 deputados estão disponíveis para assumir esta responsabilidade que é uma responsabilidade exigente e poderosa", disse.

À chegada para o 38.º Congresso do PSD, que decorre até domingo em Viana do Castelo, o social-democrata sublinhou, contudo, que, neste momento, a sua candidatura à liderança parlamentar não está em cima da mesa.

Para o deputado, o tema da sucessão na bancada parlamentar só se porá quando o presidente do partido, Rui Rio, e também presidente da bancada parlamentar do PSD, renunciar ao seu mandato.

"Aí obviamente iremos lançar o processo", concluiu.

12h15 - Rangel diz que "críticas" podem ser feitas" mas sem passar "imagem negativa"

O eurodeputado Paulo Rangel considerou hoje, à chegada ao segundo dia de trabalhos do 38º congresso do PSD, que as "críticas" internas "podem e devem ser feitas", mas "não devem passar uma imagem negativa" do partido.

Questionado pelos jornalistas sobre a referência às "guerrilhas" internas do discurso do presidente do PSD, Rui Rio, na sexta-feira à noite, Paulo Rangel disse ter sido "sensata".

"No fundo, até é um apelo a que as críticas possam e devam ser feitas. Devem ser feitas de uma forma que não passe uma imagem negativa para fora do partido. Isso é uma coisa sensata", referiu Paulo Rangel à chegada ao centro cultural onde decorrem os trabalhos da reunião social-democrata em Viana do Castelo.

Para o eurodeputado do PSD, a "crítica com lealdade faz todo o sentido" durante o congresso.

"Era só o que faltava que tivéssemos um congresso onde não haja alguma divergência. Há pontos onde todos temos visões diferentes. Isso não significa criar a tal conflitualidade interna", afirmou

Questionado sobre uma eventual candidatura aos órgãos nacionais. remeteu uma decisão para as 19h00.

"Isso é para se ver mais logo. Eu já tenho assento no conselho nacional por inerência. Não preciso de ir em lista nenhuma por ser eurodeputado, por estar a chefiar a delegação do PSD no Parlamento Europeu. Às 19:00 veremos isso", declarou.

12h03 - Virgínia Estorninho avisa que nenhum presidente a cala e chama "ilusionista" a Costa

A histórica militante do PSD de Lisboa Virgínia Estorninho avisou hoje que nunca nenhum presidente do partido a conseguiu calar, e acusou António Costa de ser "o maior ilusionista" do país.

Virgínia Estorninho recordou ser militante desde a fundação do PSD e prometeu continuar a lutar pelo partido "até que a morte" a chame.

"Nunca nenhum dos diversos presidentes me conseguiu parar nem calar, pois também não será agora que isso vai acontecer, vão ter de me aturar", avisou a militante, que tem sido muito crítica da liderança de Rui Rio.

A congressista acusou o primeiro-ministro socialista, António Costa, de ser "o maior ilusionista que o país já conheceu e que vai anestesiando os votantes com magias perigosas", pedindo ao PSD "coragem" para o denunciar em matérias como o amianto nas escolas ou o trabalho precário.

"Do presidente do meu partido espero e ouso esperar coragem política nestes casos", afirmou.

Virgínia Estorninho demarcou-se ainda do que considerou "os fundamentalismos do PAN", criticando o PS por ter concordado, depois de um acordo com aquele partido, alterar o IVA das touradas de 6 para 23%.

"Como moradora do Ribatejo e filha de forcados repudio e quero a continuação das touradas como cultura", disse.

Sofia Vala Rocha, que recentemente perdeu a corrida para a liderança da distrital do PSD/Lisboa para Ângelo Pereira, subiu ao palco para discordar de uma ideia defendida pelo presidente do PSD, Rui Rio, no discurso de abertura do congresso, quando este disse que não foram as câmaras, incluindo a de Lisboa, que endividaram o Estado português, mas sim a administração central.

10h50 - Arranca segundo dia do Congresso do PSD

Os trabalhos do 38.º Congresso do PSD recomeçaram às 10h50 de hoje no Centro Cultural de Viana do Castelo com menos de metade dos lugares da sala ocupados.

O segundo dos três dias de trabalhos vai ser dedicado ao debate e votação da moção de estratégia global do presidente do PSD, Rui Rio, bem como das 13 propostas setoriais.

As listas aos órgãos nacionais do PSD terão de ser entregues até as 19h00 de hoje, dia em que também se esperam as intervenções dos candidatos derrotados nas últimas diretas, Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz.

A votação das moções de estratégia global e temáticas está marcada para 23h00.

Quando o presidente do congresso, Paulo Mota Pinto, deu por iniciados os trabalhos havia mais de 100 inscritos para discursar.

O 38.º congresso do PSD, com 950 delegados e 175 participantes, arrancou com o discurso do presidente reeleito Rui Rio, três semanas depois de eleições diretas muito disputadas e que levaram o PSD a uma inédita segunda volta.

O social-democrata diz que o líder do partido não disse nada de novo.

Para o ex-líder do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim ouviu o que Rio disse sobre a escolha de candidatos para as autárquicas e deixou uma sugestão: o PSD não deve ter só candidatos do partido.

Alberto João Jardim a defendeu a presença de independentes das listas do PSD para as autárquicas de 2021. Já o antigo líder parlamentar, Hugo Soares, disse que o PSD não pode nem deve ser parecido com o PS.Para o ex-líder do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim ouviu o que Rio disse sobre a escolha de candidatos para as autárquicas e deixou uma sugestão: o PSD não deve ter só candidatos do partido.Alberto João Jardim a defendeu a presença de independentes das listas do PSD para as autárquicas de 2021.

Também o deputado Fernando Negrão, antigo líder da bancada parlamentar do PSD, elogiou as palavras de Rui Rio.

Para o deputado o discurso de Rui Rio foi "mobilizador".

Quanto ao atual presidente do Governo Regional madeirense, Miguel Albuquerque, considerou que Rui Rio fez um discurso inclusivo.Também o deputado Fernando Negrão, antigo líder da bancada parlamentar do PSD, elogiou as palavras de Rui Rio.Para o deputado o discurso de Rui Rio foi "mobilizador".

Rui Rio foi reeleito para um segundo mandato à frente do PSD em 18 de janeiro com 53,2% dos votos, contra 46,8% de Luís Montenegro, depois de, na primeira volta, ter falhado por pouco a necessária maioria absoluta dos votos expressos, com 49%. Pelo caminho, ficou o terceiro candidato, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Miguel Pinto Luz, que conseguiu 9,5% dos votos.No discurso inaugural do líder reeleito Rui Rio, apontou as autárquicas como principal prioridade do novo mandato e prometeu que a escolha dos candidatos obedecerá a critérios de competência e não de fação partidária."A escolha de um autarca não é a escolha de um amigo nem a do líder de uma qualquer fação partidária. Ela tem de ser ditada com base em critérios de competências, dedicação e de credibilidade. Temos, em 2021, de recuperar o terreno perdido em 2013 e em 2017. Recuperar presidências de câmara, mas também de vereadores e eleitos de freguesia", definiu como meta.Luís Montenegro considera que o discurso de Rui Rio não surpreendeu.

O presidente do PSD anunciou este sábado que terá dois novos vice-presidentes, o deputado André Coelho Lima, que já era vogal da Comissão Política, e a deputada e ex-autarca de Rio Maior Isaura Morais. Em entrevista à RTP, Rui Rio analisou o dia de congresso, afirmou não se opor, "à partida", a que o atual ministro das Finanças possa passar a governador do Banco de Portugal e afirmou apoiar uma recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa.

Mais atualizações

Entrevista RTP - PSD não se vai opor "à partida" a Centeno governador do Banco de Portugal

Em entrevista à RTP, Rui Rio diz que mais importante do que o nome do Governador, é saber qual a equipa que vai integrar. O presidente do PSD afirmou que não veta "à partida" o nome de Mário Centeno caso o ministro das Finanças seja apontado para governador do Banco de Portugal, mas defendeu que a próxima administração "não pode ser monolítica".

Em entrevista à RTP, no decorrer do 38.º Congresso do PSD, Rui Rio foi questionado se aceitaria o nome de Mário Centeno para liderar o banco central.

"Não tenho que aceitar nem deixar de aceitar, o Governo, se quiser, ouve a oposição. Mais importante é a equipa como um todo e penso que é assim que o Governo está a pensar (...) Acho que essa administração do Banco de Portugal não pode ser monolítica, deve ser como neste momento, mais abrangente", afirmou.

Perante a insistência no nome de Mário Centeno, respondeu: "Não veto à partida, pode haver melhores candidatos, deixe que o Governo na devida altura faça o que entender".

Na entrevista à RTP, Rio foi também questionado sobre a ideia defendida pelo eurodeputado Paulo Rangel de um referendo sobre a eutanásia, com o presidente do PSD a manifestar-se pessoalmente contra, mas sem excluir totalmente essa hipótese.

"Neste momento está agendado [o debate para 20 de fevereiro], não há nada a fazer, não haverá referendo na próxima semana", disse, reiterando que haverá liberdade de voto na bancada do PSD na votação das várias iniciativas sobre o tema.

Mesmo com mais tempo, Rio foi cauteloso: "Eu pessoalmente tendo a dizer que não, se o partido entender que esta matéria um dia deverá ser decidida por referendo, também não é antidemocrático", referiu.

Sobre os discursos de Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz, os candidatos derrotados nas eleições internas, Rui Rio preferiu destacar o apelo à unidade. O que é "normal", realça Rui Rio, dizendo que o que aconteceu nos últimos dois anos, "não foi a melhor forma".

Sobre uma recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa à Presidência da República, Rui Rio diz apenas que se isso acontecer, naturalmente dará o apoio, mas respeita os tempos de Marcelo.

Rio considera as autárquicas importantes, mas diz que ainda não estão escolhidos os nomes para as duas principais autarquias do país. Nas autárquicas, o líder do PSD diz que não vai “encostar os adversários à parede”, pressionando para uma candidatura.

Sobre a hipótese de eleições legislativas antecipadas, Rio argumenta que o PS tem condições para levar a legislatura até ao fim, mas será "menos fácil". No entanto, considera que até às autárquicas não deverá haver qualquer rutura.

20h30 - Os discursos de apoio a Rio

Paulo Rangel subiu ao palco para dizer que Rui Rio deverá ser primeiro-ministro em breve. O apoio vem dos seus mais próximos apoiantes.

19h25 – Rio anuncia dois novos "vices"

Da Comissão Política sai Elina Fraga e José Manuel Bolieiro e entram como novos "vices- presidentes" André Coelho Lima (que já era vogal da Comissão Política) e Isaura Morais (deputada e ex-autarca de Rio Maior). Continuam David Justino, Isabel Meirelles, Nuno Morais Sarmento e Salvador Malheiro.

José Silvano continua na secretaria-geral.

Paulo Rangel vai ser o número um da lista de Rui Rio para o conselho nacional, enquanto Fernando Negrão é o nome para Conselho de Jurisdição.

Paulo Mota Pinto mantém-se como candidato a presidente da Mesa do Congresso, e a proposta de presidente da Comissão Nacional de Auditoria Financeira recaiu em Fernando Sebastião, que foi mandatário distrital de Rio por Viseu.

18h15- Miguel Pinto Luz ataca "senadores" que se posicionam na reserva para pós-autárquicas

O candidato que ficou em terceiro lugar na corrida à liderança do PSD, Miguel Pinto Luz, fez hoje um duro ataque "ao cinismo" de "senadores" que esperam na reserva um mau resultado do partido nas eleições autárquicas.

Defendeu que as disputas nas eleições diretas no partido "já lá vão" e em que também advertiu o líder social-democrata, Rui Rio, de que deve contar com "todos" os militantes e apostar em "novos rostos".

A principal crítica de Miguel Pinto Luz foi dirigida aos que apostam em taticismos baseados no calendário político para fins de carreira pessoal.

"Não podemos olhar para estas eleições autárquicas com um olhar cínico, com um olhar tático, esperando que tudo corra mal, para depois saírem da reserva senatorial e apontarem o dedo aos outros que disseram presente. Chega de cinismos, chega de taticismo e ganhemos o país", apelou o vice-presidente da Câmara de Cascais.

O candidato que ficou em terceiro lugar na corrida à liderança do PSD, Miguel Pinto Luz, fez hoje um duro ataque "ao cinismo" de "senadores" que esperam na reserva um mau resultado do partido nas eleições autárquicas.Defendeu que as disputas nas eleições diretas no partido "já lá vão" e em que também advertiu o líder social-democrata, Rui Rio, de que deve contar com "todos" os militantes e apostar em "novos rostos".A principal crítica de Miguel Pinto Luz foi dirigida aos que apostam em taticismos baseados no calendário político para fins de carreira pessoal."Não podemos olhar para estas eleições autárquicas com um olhar cínico, com um olhar tático, esperando que tudo corra mal, para depois saírem da reserva senatorial e apontarem o dedo aos outros que disseram presente. Chega de cinismos, chega de taticismo e ganhemos o país", apelou o vice-presidente da Câmara de Cascais.

17h45 - “O que não posso, porque não tenho esse direito, é calar-me”, conclui Montenegro

Luís Montengro concluiu a sua intervenção no congresso citando Francisco Sá Carneiro na assembleia nacional de 1972: “O que não posso, porque não tenho esse direito, é calar-me, seja sob que pretexto for”.

Foi assim que o candidato derrotado à liderança do PSD rematou o discurso e a ideia de que o PSD precisa de paz e de unidade e de que Montenegro vai estar afastado dos cargos, mas “sempre perto para ajudar o PSD”.

Luís Montenegro diz que há “demasiada crispação, demasiada agressividade verbal” e até fanatismo, excessos cometidos pelos líderes partidários. Para o social-democrata, é preciso “tolerância”, lealdade, frontalidade e diminuir o seguidismo de fação.

Ao longo da sua intervenção, Montenegro foi sendo várias vezes advertido pelo presidente da Mesa do Congresso de que já tinha ultrapassado o tempo, mas prosseguiu até aos 16 minutos, "seis vezes mais" do que o tempo de que dispunha, segundo Paulo Mota Pinto.

17h30 - Montenegro. “Se geringonça ruir, PSD não vai ser tábua de salvação de Costa”

Luís Montenegro diz que findo, o período de discussão orçamental, não pode haver equívocos e o PSD deve deixar claro que não será tábua de salvação do primeiro ministro, caso algo corra mal com geringonça.

“Governabilidade e estabilidade dependem única e exclusivamente da geringonça de esquerda. António Costa não tem autoridade moral nem ética para reclamar essas condições do PSD”, assegurando que o partido “não tem interesse estratégico e programático para ter essa disponibilidade”.

Caso isso aconteça, "Costa deve demitir-se e ir embora à sua vida", defende.

Montenegro apontou que o PSD tem de ter "a ambição de governar Portugal em tempo de normalidade": "Nós não somos o partido da 'troika' ou o partido da austeridade", avisou, dizendo que o objetivo do partido "não pode ser que o PS perca por esgotamento ou que Portugal seja atingido por uma nova crise"

"O nosso dever e objetivo só pode ser ganhar pelo mérito das nossas ideias e fazê-lo o mais rápido possível", afirmou.

17h10- Luís Montenegro já fala

O social-democrata que disputou as mais recentes eleições internas contra Rui Rio fala ao congress, incitandoos militantes a participarem mais na vida do partido, a motivarem-se mais e a exigir mais dos dirigentes.

16h45 - Morais Sarmento diz que Governo socialista é governo a dois anos e coloca a tónica em legislativas antecipadas

Morais Sarmento, vice-presidente de Rui Rio, estabeleceu claramente os objetivos futuros do partido. A prioridade agora são as eleições autárquicas, como o “catapultar para o segundo objetivo”, face a “um Governo para dois anos”, que é o “de eleições legislativas antecipadas”, defendendo que todo o partido tem de trabalhar nesse sentido.

Sarmento, num discurso marcado pelas críticas ao Governo socialista, veio deixar duas notas políticas ao partido.

Primeiro, que o partido deve apostar na disputa da trincheira do centro, “única da qual depende qualquer maioria de governo”.

Em segundo lugar, “a recusa frontal de qualquer bloco central como maioria de governo”, sendo o caminho o de uma Aliança Democrática, elegendo o CDS, mas também os novos partidos à direita.

Morais Sarmento usou a Saúde e a carga fiscal para atacar o executivo socialista, acusando-o de “cegueira ideológica socialista” e de ceder sempre à extrema esquerda.

Disse que, “mesmo a sacar tanto dinheiro, não há nenhuma obra de vulto neste governo”, ironizando e dizendo que mesmo o governo de Sócrates conseguiu apresentar “uma obrazita”. “Pior do que o governo de Sócrates é o maior feito de António Costa”, reforçou.

16h30 - Poiares Maduro rejeita “oposição” dentro do partido

O ex-ministro do Governo PSD/CDS Miguel Poiares Maduro defendeu hoje não existir "oposição" dentro do partido, mas antes "diferentes pontos de vistas" sobre a "melhor estratégia para fazer oposição" ao Partido Socialista.

"No PSD não existe oposição, podem existir opiniões diferentes que contribuem para aquela que é a oposição que o PSD deve fazer ao PS. É natural que no PSD existam diferentes pontos de vista, diferentes perspetivas, desde logo, sobre a melhor estratégia para o partido fazer oposição. A oposição não é dentro do PSD", garantiu o ex-governante e subscritor de uma moção setorial ao 38ª congresso do partido.

Em declarações aos jornalistas à chegada ao centro cultural de Viana do Castelo, onde decorre o congresso, Maduro disse estar na reunião magna dos sociais-democratas para "dar o contributo" ao partido, juntamente com outros militantes, referindo-se à moção "Reformar o PSD para Reformar a Política", que "quer o PSD a liderar uma reforma dos partidos políticos".

"É uma reforma fundamental no sentido dos partidos voltarem a reconquistar a confiança dos cidadãos na política", defendeu.

O documento, que tem como primeiros subscritores os ex-governantes do PSD Miguel Poiares Maduro e António Leitão Amaro, o deputado Duarte Marques, a eurodeputada Lídia Pereira e o antigo deputado ao Parlamento Europeu Carlos Coelho, defende a introdução de primárias abertas no PSD e a possibilidade de o pagamento de quotas ser trocado por atividade partidária.

16h20 - Hugo Soares. “Está na hora de deixarmos de ser socialistas de segunda”

“Está na hora de deixarmos de ser socialistas de segunda. Somos sociais-democratas”. As palavras de Hugo Soares ao congresso valeram-lhe assobios e palmas, que ele chamou de “música para os ouvidos”.

Hugo Soares defendia uma revisão constitucional para “refundar o sistema político”.

"Desafio a direção nacional e o país: proponhamos ao PS uma revisão constitucional para refundar o nosso sistema politico, uma revisão constitucional onde se consagre o princípio de solidariedade intergeracional, que aprofunde a defesa do meio ambiente e lance as bases da reforma do sistema politico. Verão que, no que é essencial o PS dirá que não, porque está agrilhoado ao BE e ao PCP", afirmou, na sua intervenção perante o 38.º Congresso do PSD.

“Nunca votei nem nunca votarei num partido diferente”, assegurou, ao mesmo tempo que pedia “ao presidente do meu partido que transforme António Costa no seu verdadeiro adversário”.

15h50 - Líder da JSD de Coimbra e ex-deputada Barata Lopes em lista ao Conselho Nacional

O líder da JSD de Coimbra José Miguel Ferreira vai encabeçar uma lista ao Conselho Nacional do PSD que se assume como "geracional", tem como número dois a ex-deputada Joana Barata Lopes e é apoiada pelo deputado André Neves.

José Miguel Ferreira deixará em breve a 'jota', já que completou 31 anos, e é líder do PSD na Assembleia Municipal de Miranda do Corvo. André Neves, eleito pelo Porto nas últimas legislativas, disputou há dois anos a liderança da JSD com a atual presidente desta estrutura autónoma, Margarida Balseiro Lopes.

"Fazer o PSD reencontrar-se com os seus militantes é o mote desta lista candidata ao Conselho Nacional composta, a 100%, por elementos com menos de 35 anos", refere uma nota dos membros desta lista, enviada à Lusa.

A lista é composta por dirigentes e ex-dirigentes da JSD de todo o território nacional e defende "a necessidade de reforçar iniciativas como as do Conselho Estratégico Nacional e de ter em especial atenção a necessidade de recuperar os milhares de militantes suspensos e afastados da vida ativa do partido".

"A candidatura promete uma postura de cooperação com Rui Rio no compromisso de criação de uma alternativa ao Partido Socialista que não esqueça causas como as da dificuldade de acesso à habitação, desigualdades sociais e territoriais, combate à corrupção, futuro da Segurança Social e reforma do sistema político", apontam.

De acordo com a nota, integram a lista elementos apoiantes de Rui Rio, Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz, os três candidatos às eleições diretas do PSD, que foram ganhas pelo atual presidente.

15h30 - Apoiantes de Luís Montengro almoçaram em Viana do Castelo

Luís Montenegro diz que não tem de provar nada e que está "tranquilo", embora se fale na sua "morte política" depois da derrota frente a Rui Rio.

Em dia de Congresso do PSD, em Viana do Castelo, dezenas de militantes social-democratas, e apoiantes de Luís Montenegro à liderança do partido, juntaram-se num almoço.

Luís Montenegro nega que esteja a preparar um "oposição interna" contra Rui Rio.

Enquanto "delegado", Montenegro diz que tem "direito" a votar e que não tem "dúvidas" que é na lista que irá ser apresentada este sábado que vai merecer o seu voto.

Quanto à sua "eventual morte política", o social-democrata diz que está muito "tranquilo" e não tem de provar nada. Nas véspera de um novo ciclo, espera que os resultados sejam melhores que os anteriores.

Hugo Soares e Paulo Cunha participaram no almoço. Dizem tratar-se de um “almoço de amigos” e garantem que “não é oposição”.

Luís Montenegro diz que não tem de provar nada e que está "tranquilo", embora se fale na sua "morte política" depois da derrota frente a Rui Rio.Em dia de Congresso do PSD, em Viana do Castelo, dezenas de militantes social-democratas, e apoiantes de Luís Montenegro à liderança do partido, juntaram-se num almoço.Luís Montenegro nega que esteja a preparar um "oposição interna" contra Rui Rio.Enquanto "delegado", Montenegro diz que tem "direito" a votar e que não tem "dúvidas" que é na lista que irá ser apresentada este sábado que vai merecer o seu voto.Quanto à sua "eventual morte política", o social-democrata diz que está muito "tranquilo" e não tem de provar nada. Nas véspera de um novo ciclo, espera que os resultados sejam melhores que os anteriores.Hugo Soares e Paulo Cunha participaram no almoço. Dizem tratar-se de um “almoço de amigos” e garantem que “não é oposição”.

13h50 - Negrão diz que foi importante Rio ter definido ideologicamente o partido

O antigo líder parlamentar social-democrata, Fernando Negrão, considerou hoje "muito importante" a definição ideológica que Rui Rio fez do partido na abertura do congresso, deixando claro que "o PSD não é de todo um partido populista".

Em declarações à agência Lusa durante o 38.º Congresso do PSD, Fernando Negrão disse esperar que "haja união", de uma vez, "para esta altura e para os próximos dois anos", porque há "eleições importantes e o país precisa de um partido de oposição".

"Foi um discurso muito importante porque situou ideologicamente o PSD, e nós temos que olhar para aquilo que são os novos partidos que vão aparecendo e eles são partidos populistas porque não têm definição ideológica. Rui Rio fez ontem muito bem a definição ideológica do PSD. Ficou claro que o PSD não é de todo um partido populista", respondeu, quando questionado sobre o discurso do líder reeleito, Rui Rio.

Negrão argumentou que "o militante quer de facto é que haja unidade no PSD e que o PSD não seja um partido fonte de notícias pelos problemas internos, mas sim um partido fonte de notícias por ser um verdadeiro partido de oposição".

13h45 - Militantes defendem que CDS pode ser aliado

Rui Rio espera que as eleições autárquicas de 2021 sejam o ponto de viragem e que o PSD recupere votos. O líder do partido defende que o PSD se deve posicionar ao centro.

Embora muitos militantes concordem, também há quem ache que o CDS pode ser um aliado.

Rui Rio espera que as eleições autárquicas de 2021 sejam o ponto de viragem e que o PSD recupere votos. O líder do partido defende que o PSD se deve posicionar ao centro.Embora muitos militantes concordem, também há quem ache que o CDS pode ser um aliado.

13h30 - Morais Sarmento diz que congresso marca "caminho para vencer o país"

O vice-presidente do PSD Nuno Morais Sarmento afirmou hoje que o 38º congresso do partido deve "marcar o primeiro dia do caminho para vencer o país", apontando como "primeiro desafio" as próximas eleições autárquicas.

Questionado pelos jornalistas, à chegada ao centro cultural onde decorre a reunião social-democrata, sobre as listas aos órgãos do partido, Morais Sarmento desvalorizou o "lugar" que ocupará, afirmando ser "mais importante" a "vontade de continuar a participar" no futuro do partido.

"Depois de dois anos de um caminho difícil dentro do partido, espero que este congresso marque o primeiro dia do caminho para vencer o país, começando pelas próximas eleições autarquias que são desafio fundamental", referiu.

Nesse caminho garantiu estar "disponível" para o que "puder e conseguir" fazer, rejeitando ainda um cenário de rutura com o CDS-PP, na sequência da aprovação do Orçamento de Estado(OE) para 2020 e da votação da descida do IVA da eletricidade.

Na quinta-feira, o presidente do CDS-PP destacou que o partido foi aquele que demonstrou "maior responsabilidade e maturidade política" quanto à redução do IVA da eletricidade, apontando que "cada um tirará as suas ilações" da forma como votou.

"Não há rutura nenhuma porque não havia nenhuma coligação com o CDS-PP como a geringonça. O nosso espaço de entendimento natural é a direta do PSD, mas não temos nenhuma coligação com o CDS-PP", sustentou.

Sobre a intervenção de Rui Rio, na sexta-feira, na abertura do congresso, Morais Sarmento referiu ter sido um discurso "normal, sólido e sério".

"Foi um discurso numa linguagem que, apesar de ser dirigida aos militantes, os portugueses percebem bem . É a linguagem da clareza e da simplicidade".

13h27 - Almeida Henriques assegura apoio a Rio mas avisa que "todos têm lugar" no partido

O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, que apoiou Luís Montenegro nas diretas, assegurou que o presidente eleito terá "todo o apoio" para trabalhar nos próximos dois anos, mas pediu-lhe que conte "com todos".

"Caro Rui Rio, tens uma grande responsabilidade, criares as condições para que efetivamente o partido possa, nos próximos dois anos, de forma leal e com debate, conquistar os nossos principais desafios", afirmou Almeida Henriques, na sua intervenção perante o 38.º Congresso do PSD.

No entanto, defendeu, esse caminho "tem de ser feito com todos, todos têm lugar no PSD", pedindo até uma maior abertura do partido aos simpatizantes e saudou também os candidatos derrotados nas últimas diretas.

"Tenho de dizer ao presidente legitimamente eleito que tem todo o nosso apoio para o trabalho que temos de fazer. Mas quero saudar também dois companheiros - a democracia nunca fica completa sem contraditório -: Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz, acho que merecem a nossa estima e o nosso aplauso", pediu, recolhendo algumas palmas da sala que nunca esteve cheia durante a manhã.

Almeida Henriques desafiou ainda Rui Rio a exigir ao PS que cumpra o acordo que assinou com o PSD na descentralização.

"Quem está em falha não são os autarcas, é o Governo. Diga ao PS, diga ao Governo, cumpram o que assinaram com o PSD", afirmou.

13h26 - José Eduardo Martins diz que objetivo autárquico de Rio não é muito ambicioso

O ex-deputado do PSD José Eduardo Martins considerou hoje que o partido ainda não superou as circunstâncias responsáveis pelo "insucesso eleitoral grave" das eleições legislativas, defendendo que falta ambição ao objetivo para as autárquicas traçado por Rui Rio.

José Eduardo Martins, antigo secretário de Estado e ex-deputado do PSD, apoiou Miguel Pinto Luz nas diretas do partido e ainda antes de serem conhecidos os resultados eleitorais deixou logo claro que não iria votar caso o candidato que apoiava não passasse à segunda volta.

À chegada do 38.º Congresso do PSD, o social-democrata, defendeu que "a sociedade portuguesa mudou muito" e que "o problema dos resultados eleitorais desastrosos do PSD não são culpa dos eleitores", mas sim da incapacidade do partido "de perceber essa mudança e de reagir a essa mudança".

"Nós não superamos ainda as circunstâncias que nos fizeram ter o insucesso eleitoral grave que tivemos há três ou quatro meses atrás e portanto é mesmo nesse caminho que eu tenho esperança, na capacidade de construirmos um caminho diferente e oferecermos uma alternativa às pessoas que passe sobretudo por um paradigma diferente de desenvolvimento", apontou.

Questionado sobre o discurso do líder reeleito do PSD, Rui Rio, na abertura da reunião magna social-democrata, José Eduardo Martins considerou que foram palavras "coerentes com o que tem sido o pensamento do líder e não constituíram, desse ponto de vista, especial surpresa", defendendo ainda que o objetivo para as eleições autárquicas que foi traçado não parece "extraordinariamente ambicioso".

"Uma certa coerência no discurso que é algumas vezes de uma 'adversaliedade' mal dirigida para dentro. Com certeza que no congresso do PSD nós temos que falar do PSD, mas nós temos sobretudo que dizer o que é que temos para oferecer diferente. Este é o primeiro congresso depois de termos perdido as eleições", lembrou.

13h17 - Militantes querem um partido mais unido

A dúvida que surge é qual será o posicionamento do rival do líder social-democrata, mas os militantes esperam que o partido fique mais unido depois deste congresso.

No final do primeiro dia do Congresso do PSD, em Viana do Castelo, Luís Montenegro disse que o discurso de Rui Rio não trazia nada de novo.A dúvida que surge é qual será o posicionamento do rival do líder social-democrata, mas os militantes esperam que o partido fique mais unido depois deste congresso.

13h09 - Direção de Rio vai responder logo a seguir aos discursos dos principais críticos

Os discursos dos principais críticos no Congresso do PSD, hoje, durante a tarde, vão ter respostas quase imediatas por parte de destacados membros da direção de Rui Rio, disse à Lusa fonte da Comissão Política dos sociais-democratas.

De acordo com esta linha de atuação política, quando o ex-líder parlamentar Hugo Soares subir à tribuna de oradores do 38º Congresso Nacional do PSD, em Viana do Castelo, subirá depois ao palco para uma intervenção o deputado e membro da Comissão Política do partido André Coelho Lima.

Paulo Cunha, presidente da Câmara de Famalicão, um dos mais destacados apoiantes de Luís Montenegro e que deverá liderar uma das listas ao Conselho Nacional do PSD, após discursar perante os delegados do partido terá pouco depois o contraponto de Salvador Malheiro, um dos "vice" da direção social-democrata e presidente da Câmara de Ovar.

Ainda nesta linha de marcação política a discursos de críticos, a mesma fonte adiantou à agência Lusa que o vice-presidente da direção e antigo ministro Nuno Morais Sarmento fará a sua intervenção após o discurso do candidato derrotado na segunda volta das diretas do PSD, Luís Montenegro.

Ao fim da manhã, ao presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, que apoiou Luís Montenegro, seguiu-se o deputado social-democrata Duarte Pacheco, conotado com a linha do líder do PSD.

12h42 - Adão Silva disponível para liderar bancada parlamentar

O deputado social-democrata Adão Silva mostrou-se hoje disponível para liderar a bancada parlamentar do PSD, embora admitindo que os seus pares também deverão estar.

"Dos 78 deputados, tirando Rui Rio, quem é que não está disponível para dirigir uma bancada como a bancada do PSD. Uma bancada diversa, plural, cheia de pessoas com grande categoria. Eu acho que todos os 78 deputados estão disponíveis para assumir esta responsabilidade que é uma responsabilidade exigente e poderosa", disse.

À chegada para o 38.º Congresso do PSD, que decorre até domingo em Viana do Castelo, o social-democrata sublinhou, contudo, que, neste momento, a sua candidatura à liderança parlamentar não está em cima da mesa.

Para o deputado, o tema da sucessão na bancada parlamentar só se porá quando o presidente do partido, Rui Rio, e também presidente da bancada parlamentar do PSD, renunciar ao seu mandato.

"Aí obviamente iremos lançar o processo", concluiu.

12h15 - Rangel diz que "críticas" podem ser feitas" mas sem passar "imagem negativa"

O eurodeputado Paulo Rangel considerou hoje, à chegada ao segundo dia de trabalhos do 38º congresso do PSD, que as "críticas" internas "podem e devem ser feitas", mas "não devem passar uma imagem negativa" do partido.

Questionado pelos jornalistas sobre a referência às "guerrilhas" internas do discurso do presidente do PSD, Rui Rio, na sexta-feira à noite, Paulo Rangel disse ter sido "sensata".

"No fundo, até é um apelo a que as críticas possam e devam ser feitas. Devem ser feitas de uma forma que não passe uma imagem negativa para fora do partido. Isso é uma coisa sensata", referiu Paulo Rangel à chegada ao centro cultural onde decorrem os trabalhos da reunião social-democrata em Viana do Castelo.

Para o eurodeputado do PSD, a "crítica com lealdade faz todo o sentido" durante o congresso.

"Era só o que faltava que tivéssemos um congresso onde não haja alguma divergência. Há pontos onde todos temos visões diferentes. Isso não significa criar a tal conflitualidade interna", afirmou

Questionado sobre uma eventual candidatura aos órgãos nacionais. remeteu uma decisão para as 19h00.

"Isso é para se ver mais logo. Eu já tenho assento no conselho nacional por inerência. Não preciso de ir em lista nenhuma por ser eurodeputado, por estar a chefiar a delegação do PSD no Parlamento Europeu. Às 19:00 veremos isso", declarou.

12h03 - Virgínia Estorninho avisa que nenhum presidente a cala e chama "ilusionista" a Costa

A histórica militante do PSD de Lisboa Virgínia Estorninho avisou hoje que nunca nenhum presidente do partido a conseguiu calar, e acusou António Costa de ser "o maior ilusionista" do país.

Virgínia Estorninho recordou ser militante desde a fundação do PSD e prometeu continuar a lutar pelo partido "até que a morte" a chame.

"Nunca nenhum dos diversos presidentes me conseguiu parar nem calar, pois também não será agora que isso vai acontecer, vão ter de me aturar", avisou a militante, que tem sido muito crítica da liderança de Rui Rio.

A congressista acusou o primeiro-ministro socialista, António Costa, de ser "o maior ilusionista que o país já conheceu e que vai anestesiando os votantes com magias perigosas", pedindo ao PSD "coragem" para o denunciar em matérias como o amianto nas escolas ou o trabalho precário.

"Do presidente do meu partido espero e ouso esperar coragem política nestes casos", afirmou.

Virgínia Estorninho demarcou-se ainda do que considerou "os fundamentalismos do PAN", criticando o PS por ter concordado, depois de um acordo com aquele partido, alterar o IVA das touradas de 6 para 23%.

"Como moradora do Ribatejo e filha de forcados repudio e quero a continuação das touradas como cultura", disse.

Sofia Vala Rocha, que recentemente perdeu a corrida para a liderança da distrital do PSD/Lisboa para Ângelo Pereira, subiu ao palco para discordar de uma ideia defendida pelo presidente do PSD, Rui Rio, no discurso de abertura do congresso, quando este disse que não foram as câmaras, incluindo a de Lisboa, que endividaram o Estado português, mas sim a administração central.

10h50 - Arranca segundo dia do Congresso do PSD

Os trabalhos do 38.º Congresso do PSD recomeçaram às 10h50 de hoje no Centro Cultural de Viana do Castelo com menos de metade dos lugares da sala ocupados.

O segundo dos três dias de trabalhos vai ser dedicado ao debate e votação da moção de estratégia global do presidente do PSD, Rui Rio, bem como das 13 propostas setoriais.

As listas aos órgãos nacionais do PSD terão de ser entregues até as 19h00 de hoje, dia em que também se esperam as intervenções dos candidatos derrotados nas últimas diretas, Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz.

A votação das moções de estratégia global e temáticas está marcada para 23h00.

Quando o presidente do congresso, Paulo Mota Pinto, deu por iniciados os trabalhos havia mais de 100 inscritos para discursar.

O 38.º congresso do PSD, com 950 delegados e 175 participantes, arrancou com o discurso do presidente reeleito Rui Rio, três semanas depois de eleições diretas muito disputadas e que levaram o PSD a uma inédita segunda volta.

O social-democrata diz que o líder do partido não disse nada de novo.

Para o ex-líder do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim ouviu o que Rio disse sobre a escolha de candidatos para as autárquicas e deixou uma sugestão: o PSD não deve ter só candidatos do partido.

Alberto João Jardim a defendeu a presença de independentes das listas do PSD para as autárquicas de 2021. Já o antigo líder parlamentar, Hugo Soares, disse que o PSD não pode nem deve ser parecido com o PS.Para o ex-líder do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim ouviu o que Rio disse sobre a escolha de candidatos para as autárquicas e deixou uma sugestão: o PSD não deve ter só candidatos do partido.Alberto João Jardim a defendeu a presença de independentes das listas do PSD para as autárquicas de 2021.

Também o deputado Fernando Negrão, antigo líder da bancada parlamentar do PSD, elogiou as palavras de Rui Rio.

Para o deputado o discurso de Rui Rio foi "mobilizador".

Quanto ao atual presidente do Governo Regional madeirense, Miguel Albuquerque, considerou que Rui Rio fez um discurso inclusivo.Também o deputado Fernando Negrão, antigo líder da bancada parlamentar do PSD, elogiou as palavras de Rui Rio.Para o deputado o discurso de Rui Rio foi "mobilizador".

Rui Rio foi reeleito para um segundo mandato à frente do PSD em 18 de janeiro com 53,2% dos votos, contra 46,8% de Luís Montenegro, depois de, na primeira volta, ter falhado por pouco a necessária maioria absoluta dos votos expressos, com 49%. Pelo caminho, ficou o terceiro candidato, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Miguel Pinto Luz, que conseguiu 9,5% dos votos.No discurso inaugural do líder reeleito Rui Rio, apontou as autárquicas como principal prioridade do novo mandato e prometeu que a escolha dos candidatos obedecerá a critérios de competência e não de fação partidária."A escolha de um autarca não é a escolha de um amigo nem a do líder de uma qualquer fação partidária. Ela tem de ser ditada com base em critérios de competências, dedicação e de credibilidade. Temos, em 2021, de recuperar o terreno perdido em 2013 e em 2017. Recuperar presidências de câmara, mas também de vereadores e eleitos de freguesia", definiu como meta.Luís Montenegro considera que o discurso de Rui Rio não surpreendeu.

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