Declaração de António Abreu

13-09-2003
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Sobre as eleições presidenciais

Declaração de António Abreu

14 de Janeiro de 2001

Quero começar por saudar todos o militantes e simpatizantes que desde a primeira hora se associaram a esta candidatura e que à nossa campanha se entregaram com entusiasmo ou que, ao longo dela, nos fizeram chegar tantas palavras de estímulo. Quero ainda saudar a juventude e, muito especialmente a JCP, pelo entusiasmo e apoio que nos deram.

Estas eleições tinham desde o início um resultado previsível. Quero saudar o Doutor Jorge Sampaio no momento da sua reeleição.

As eleições presidenciais são diferentes das legislativas, não decorrendo os seus resultados de eleições legislativas anteriores, nem podendo projectar-se em eleições legislativas posteriores. A influência eleitoral dos partidos mede-se em eleições legislativas.

Nesta condições, os resultados obtidos pela nossa candidatura correspondem às nossas expectativas.

Os resultados previstos que apontam para valores superiores a 5% são também nestas eleições, muito especificas e difíceis, as expressão de uma grande capacidade de mobilização e afirmação do PCP e de grande significado para as batalhas futuras.

Com a nossa candidatura demos uma qualificada contribuição para o enriquecimento e elevação do debate eleitoral em torno de relevantes problemas do povo e do país. Defendemos e expressámos pontos de vista, ideias, valores e propostas essenciais para dar corpo a uma política de esquerda correspondente às necessidades nacionais e a profundas aspirações de valorização do trabalho e dos trabalhadores, de justiça social, de fortalecimento da democracia, de desenvolvimento nacional, de afirmação dos interesses de Portugal no processo de construção europeia e na vida internacional. Sustentámos com clareza uma concepção do exercício das funções de Presidente da República activamente vinculada aos valores e ao projecto constitucional e dotada de efectiva autonomia, independência e espirito crítico face ao governo. E, ponto fundamental, pela sua intervenção e propostas testemunhámos a independência política e ideológica do PCP em relação a todos os outros candidatos em presença, assim afirmando a clara e total autonomia e identidades políticas próprias do PCP nesta batalha eleitoral.

A decisão do PCP de levar até às urnas a minha candidatura tem o alto valor democrático de ter aberto e proporcionado a cerca de 200 mil eleitores a possibilidade de um voto inteiramente conforme com a sua consciência, vontade e opções programáticas que, de outro modo, com grande probabilidade se teria deslocado para a abstenção, ou para votos nulos ou brancos, de ter permitido uma votação que, não correspondendo à influência eleitoral do PCP, exprime de forma clara uma exigência critica sobre o segundo mandato de Sampaio.

Saudamos especialmente estes eleitores que nos acompanharam nestes assumido movimento de afirmação de valores e de um projecto de justiça e progresso social.

Terá havido certamente uma parte do eleitores do PCP que terá votado em Jorge Sampaio.

Estamos certos que o fizeram por preferir Jorge Sampaio a Ferreira do Amaral e não desejarem uma segunda volta.

Estamos certos que continuam a confiar no PCP e nas causas e valores por que ele se bate. E podem esses eleitores estar certos que contamos com eles para as batalhas que prosseguem e para a luta por uma nova política e por uma alternativa de esquerda.

Sobre as eleições presidenciais

Declaração de António Abreu

14 de Janeiro de 2001

Quero começar por saudar todos o militantes e simpatizantes que desde a primeira hora se associaram a esta candidatura e que à nossa campanha se entregaram com entusiasmo ou que, ao longo dela, nos fizeram chegar tantas palavras de estímulo. Quero ainda saudar a juventude e, muito especialmente a JCP, pelo entusiasmo e apoio que nos deram.

Estas eleições tinham desde o início um resultado previsível. Quero saudar o Doutor Jorge Sampaio no momento da sua reeleição.

As eleições presidenciais são diferentes das legislativas, não decorrendo os seus resultados de eleições legislativas anteriores, nem podendo projectar-se em eleições legislativas posteriores. A influência eleitoral dos partidos mede-se em eleições legislativas.

Nesta condições, os resultados obtidos pela nossa candidatura correspondem às nossas expectativas.

Os resultados previstos que apontam para valores superiores a 5% são também nestas eleições, muito especificas e difíceis, as expressão de uma grande capacidade de mobilização e afirmação do PCP e de grande significado para as batalhas futuras.

Com a nossa candidatura demos uma qualificada contribuição para o enriquecimento e elevação do debate eleitoral em torno de relevantes problemas do povo e do país. Defendemos e expressámos pontos de vista, ideias, valores e propostas essenciais para dar corpo a uma política de esquerda correspondente às necessidades nacionais e a profundas aspirações de valorização do trabalho e dos trabalhadores, de justiça social, de fortalecimento da democracia, de desenvolvimento nacional, de afirmação dos interesses de Portugal no processo de construção europeia e na vida internacional. Sustentámos com clareza uma concepção do exercício das funções de Presidente da República activamente vinculada aos valores e ao projecto constitucional e dotada de efectiva autonomia, independência e espirito crítico face ao governo. E, ponto fundamental, pela sua intervenção e propostas testemunhámos a independência política e ideológica do PCP em relação a todos os outros candidatos em presença, assim afirmando a clara e total autonomia e identidades políticas próprias do PCP nesta batalha eleitoral.

A decisão do PCP de levar até às urnas a minha candidatura tem o alto valor democrático de ter aberto e proporcionado a cerca de 200 mil eleitores a possibilidade de um voto inteiramente conforme com a sua consciência, vontade e opções programáticas que, de outro modo, com grande probabilidade se teria deslocado para a abstenção, ou para votos nulos ou brancos, de ter permitido uma votação que, não correspondendo à influência eleitoral do PCP, exprime de forma clara uma exigência critica sobre o segundo mandato de Sampaio.

Saudamos especialmente estes eleitores que nos acompanharam nestes assumido movimento de afirmação de valores e de um projecto de justiça e progresso social.

Terá havido certamente uma parte do eleitores do PCP que terá votado em Jorge Sampaio.

Estamos certos que o fizeram por preferir Jorge Sampaio a Ferreira do Amaral e não desejarem uma segunda volta.

Estamos certos que continuam a confiar no PCP e nas causas e valores por que ele se bate. E podem esses eleitores estar certos que contamos com eles para as batalhas que prosseguem e para a luta por uma nova política e por uma alternativa de esquerda.

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