EXPRESSO: Vidas

15-12-2002
marcar artigo

GENTE

Humor vermelho Coordenação de Pedro Andrade

NUNO BOTELHO E ANA BAIÃO Houve tempos em que os dirigentes desportivos gostavam de saudar as vitórias com repastos dignos do sucesso alcançado pelos seus jogadores. No passado domingo, quando a nação benfiquista chorava a derrota frente ao Gondomar, eis que aparece uma comitiva encarnada no famoso restaurante Gambrinus, onde se destacava a boa disposição de Luís Filipe Vieira (na foto da direita). Manuel Vilarinho, Tinoco Faria e Mário Dias ainda apresentavam alguns sinais do desgosto sofrido, mas o dono da SAD benfiquista brincava com a situação, deixando os clientes do restaurante de boca aberta. Houve tempos em que os dirigentes desportivos gostavam de saudar as vitórias com repastos dignos do sucesso alcançado pelos seus jogadores. No passado domingo, quando a nação benfiquista chorava a derrota frente ao Gondomar, eis que aparece uma comitiva encarnada no famoso restaurante Gambrinus, onde se destacava a boa disposição de(na foto da direita).ainda apresentavam alguns sinais do desgosto sofrido, mas o dono da SAD benfiquista brincava com a situação, deixando os clientes do restaurante de boca aberta. GENTE não conseguiu apurar se Filipe Vieira tentava animar os seus subordinados ou se ria dos próximos desaires. Mas sabe que o presidente sportinguista, António Dias da Cunha (foto da esquerda), entrou no mesmo restaurante de uma forma discreta e assim se manteve até sair. O que levou alguns dos presentes a interrogarem-se sobre quem é que estava a comemorar o quê. Só faltou o champanhe para confundir ainda mais.

Uma amostra... de ministro VIRGINIA MAYO/AP Numa das várias conferências de Imprensa que deu por causa do afundamento do navio «Prestige», o ministro de Estado e da Defesa, Paulo Portas, foi ao ponto de, na sexta-feira à noite, mostrar aos jornalistas uma garrafinha com «uma amostra do produto» derramado nas águas do Atlântico, recolhida pelo Instituto Hidrográfico. E, segundo fez questão de salientar o próprio ministro, não é que tudo levava a crer tratar-se de «um produto penalizador do ponto de vista ambiental»? Quem diria... Mas GENTE não pode deixar de notar o carinho especial que Paulo Portas nutre por «amostras». Amostra era precisamente o nome da empresa de sondagens de que Portas foi gerente e que trabalhava para a Universidade Moderna. Depois, no debate televisivo com António Guterres, na campanha eleitoral das legislativas de 1999, Portas sacou de... uma batata, para explicar a sua posição sobre as dificuldades da agricultura portuguesa. E ainda há poucos meses, quando foi ao Parlamento explicar por que razão tinha anulado o concurso para a aquisição de helicópteros, Portas tirou um do bolso, em miniatura, para explicar aos deputados que aquele era o único exemplar que encontrara quando chegara ao Ministério da Defesa. Portanto, se alguém nos tempos mais próximos tiver dúvidas e for pedir explicações ao ministro, não se admire se este lhe retorquir: «Vai uma amostra?» Numa das várias conferências de Imprensa que deu por causa do afundamento do navio «Prestige», o ministro de Estado e da Defesa,, foi ao ponto de, na sexta-feira à noite, mostrar aos jornalistas uma garrafinha comderramado nas águas do Atlântico, recolhida pelo Instituto Hidrográfico. E, segundo fez questão de salientar o próprio ministro, não é que tudo levava a crer tratar-se de? Quem diria... Mas GENTE não pode deixar de notar o carinho especial que Paulo Portas nutre por «amostras». Amostra era precisamente o nome da empresa de sondagens de que Portas foi gerente e que trabalhava para a Universidade Moderna. Depois, no debate televisivo com, na campanha eleitoral das legislativas de 1999, Portas sacou de... uma batata, para explicar a sua posição sobre as dificuldades da agricultura portuguesa. E ainda há poucos meses, quando foi ao Parlamento explicar por que razão tinha anulado o concurso para a aquisição de helicópteros, Portas tirou um do bolso, em miniatura, para explicar aos deputados que aquele era o único exemplar que encontrara quando chegara ao Ministério da Defesa. Portanto, se alguém nos tempos mais próximos tiver dúvidas e for pedir explicações ao ministro, não se admire se este lhe retorquir: «Vai uma amostra?»

O último ministro a cair ANTÓNIO PEDRO FERREIRA Luís Braga da Cruz (na foto), o último ministro da Economia do Governo de António Guterres, foi esta semana o protagonista de uma cena insólita no Parlamento. O economista estava a moderar um debate inserido num colóquio sobre Novas Políticas para a Competitividade, promovido pelo grupo parlamentar do PS, quando, para espanto de todos os que assistiam, caiu redondo no chão. Explicação: a cadeira onde estava sentado partira-se de repente. Além de se juntar ao rol de ex-ministros socialistas que parecem ter uma relação difícil com as cadeiras (o antigo ministro da Saúde, Correia de Campos, partiu uma cadeira velha durante a visita a um hospital, lembram-se?), Braga da Cruz originou logo comentários bem humorados no grupo parlamentar socialista. Nomeadamente, o de ter sido o último ministro do PS a cair. (na foto), o último ministro da Economia do Governo de, foi esta semana o protagonista de uma cena insólita no Parlamento. O economista estava a moderar um debate inserido num colóquio sobre Novas Políticas para a Competitividade, promovido pelo grupo parlamentar do PS, quando, para espanto de todos os que assistiam, caiu redondo no chão. Explicação: a cadeira onde estava sentado partira-se de repente. Além de se juntar ao rol de ex-ministros socialistas que parecem ter uma relação difícil com as cadeiras (o antigo ministro da Saúde,, partiu uma cadeira velha durante a visita a um hospital, lembram-se?), Braga da Cruz originou logo comentários bem humorados no grupo parlamentar socialista. Nomeadamente, o de ter sido o último ministro do PS a cair.

A estrada da perdição ANTÓNIO PEDRO FERREIRA Consciente do inegável facto de ser minoria e, como tal, só possuir votos inconsequentes em qualquer que seja a matéria, o PS aposta agora em não deixar passar em claro um deslize que seja da maioria. E a estratégia tem provado as suas virtudes, pois foi graças a ela - e a um «pequeno lapso» de Maria Elisa Domingues que não escapou ao olho clínico da bancada rosa - que o PS lá conseguiu fazer aprovar uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2003! Para quem não se recorde, GENTE lembra que a deputada do PSD (cabeça-de-lista por Castelo Branco) mereceu fortes críticas durante a campanha eleitoral, nomeadamente do seu adversário socialista José Sócrates, por ser uma pára-quedista no distrito. E nove meses depois, a verdade é que parece continuar a não conhecer muito bem os caminhos da Beira Baixa, uma vez que solicitou que o PIDDAC contemplasse a ligação da EN261 ao IC8. Nada de estranho, não fosse a EN261 ligar... as alentejanas localidades de Comporta e Aljustrel! Os socialistas de Castelo Branco não perdoaram: alertaram para o «pequeno» desvio rodoviário da proposta social-democrata e aproveitaram a ideia que originalmente não era sua sugerindo um investimento, este sim correcto, na ligação da EN351 ao IC8. A maioria parlamentar engoliu em seco e aprovou. Com o gozo supremo dos socialistas! Consciente do inegável facto de ser minoria e, como tal, só possuir votos inconsequentes em qualquer que seja a matéria, o PS aposta agora em não deixar passar em claro um deslize que seja da maioria. E a estratégia tem provado as suas virtudes, pois foi graças a ela - e a um «pequeno lapso» deque não escapou ao olho clínico da bancada rosa - que o PS lá conseguiu fazer aprovar uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2003! Para quem não se recorde, GENTE lembra que a deputada do PSD (cabeça-de-lista por Castelo Branco) mereceu fortes críticas durante a campanha eleitoral, nomeadamente do seu adversário socialista, por ser uma pára-quedista no distrito. E nove meses depois, a verdade é que parece continuar a não conhecer muito bem os caminhos da Beira Baixa, uma vez que solicitou que o PIDDAC contemplasse a ligação da EN261 ao IC8. Nada de estranho, não fosse a EN261 ligar... as alentejanas localidades de Comporta e Aljustrel! Os socialistas de Castelo Branco não perdoaram: alertaram para o «pequeno» desvio rodoviário da proposta social-democrata e aproveitaram a ideia que originalmente não era sua sugerindo um investimento, este sim correcto, na ligação da EN351 ao IC8. A maioria parlamentar engoliu em seco e aprovou. Com o gozo supremo dos socialistas!

Pinto Leite pergunta «Qual É o Mal?» ANA BAIÃO Com o auditório da Culturgest quase cheio, António Pinto Leite lançou «Qual É o Mal?», um livro que reúne algumas das suas crónicas publicadas na Revista do EXPRESSO desde 1990. Cavaco Silva foi o prefaciador e apresentador da obra, mas na assistência estava um mar de personalidades: além dos seus colegas de escritório, Morais Leitão e José Manuel Galvão Telles, pontificavam Durão Barroso (ou melhor, o Zé Manel, como foi referido pelo autor, uma vez que assistiu ao lançamento na qualidade de amigo), Manuela Ferreira Leite, José Luís Arnaut, Pedro Roseta, Dias Loureiro, Mira Amaral, Ferreira do Amaral e muitos outros sociais-democratas ilustres. Alguém comentou, aliás, que ali estava uma autêntica comissão de candidatura de Cavaco à presidência, tanto mais que Santana Lopes, companheiro de Pinto Leite há tantos anos, brilhou pela ausência. Com o auditório da Culturgest quase cheio,lançou «Qual É o Mal?», um livro que reúne algumas das suas crónicas publicadas na Revista do EXPRESSO desde 1990.foi o prefaciador e apresentador da obra, mas na assistência estava um mar de personalidades: além dos seus colegas de escritório,, pontificavam(ou melhor, o, como foi referido pelo autor, uma vez que assistiu ao lançamento na qualidade de amigo),e muitos outros sociais-democratas ilustres. Alguém comentou, aliás, que ali estava uma autêntica comissão de candidatura de Cavaco à presidência, tanto mais que, companheiro de Pinto Leite há tantos anos, brilhou pela ausência.

Cavaco treinador inglês Numa das crónicas reunidas em «Qual É o Mal?», António Pinto Leite comparava Cavaco Silva (então ainda primeiro-ministro) a um treinador inglês. O apresentador da obra, que aliás avisou não ter gostado muito do título do livro, referiu a comparação e pôs-se a falar da carreira de Sven Goren Eriksson, o ex-treinador do Benfica que passou por Itália e, só muito tempo depois, se tornou treinador da selecção inglesa. Embora ninguém tenha percebido bem o alcance da parábola, logo houve quem detectasse ali um anúncio de candidatura à presidência. Mas a verdade é que, nos últimos tempos, sempre que Cavaco Silva fala há quem entenda que ele se quer candidatar. GENTE não sabe se é maior a admiração pelo professor ou o receio de ver o faltoso Santana Lopes instalado em Belém... Aliás, do que mais se falou na sessão foi de valores. E foi tal a defesa de valores tradicionais, como a família e a religião, e o ataque a certas liberalidades extremas, que houve quem dissesse que teria feito bem a Santana assistir à sessão...

Benfica na alma... FOTOGRAFIAS DE JOÃO CARLOS SANTOS Numa altura em que a águia da Luz voa tão baixo, não há nada como alimentar o ânimo e a auto-estima dos benfiquistas com a contribuição das suas velhas glórias. É o caso de Toni, um dos símbolos mais acarinhados pelo Terceiro Anel, que lançou esta semana um livro com o sugestivo título «Benfica na Alma». No jantar que se seguiu, podiam ver-se, ao lado do ex-jogador e ex-treinador encarnado, outros nomes grandes da história do clube, como Eusébio e Eriksson (na foto com a mulher, italiana, que se tornou uma das sensações do evento), ou antigos companheiros de Toni na célebre equipa da Académica dos anos 60, como Mário Campos, Gervásio e Marques. Numa altura em que a águia da Luz voa tão baixo, não há nada como alimentar o ânimo e a auto-estima dos benfiquistas com a contribuição das suas velhas glórias. É o caso de, um dos símbolos mais acarinhados pelo Terceiro Anel, que lançou esta semana um livro com o sugestivo título «Benfica na Alma». No jantar que se seguiu, podiam ver-se, ao lado do ex-jogador e ex-treinador encarnado, outros nomes grandes da história do clube, como(na foto com a mulher, italiana, que se tornou uma das sensações do evento), ou antigos companheiros de Toni na célebre equipa da Académica dos anos 60, como

... e o amigo ministro Quem ocupou um lugar de honra na mesa, ao lado de Toni, foi o ministro Marques Mendes, benfiquista assumido (e notoriamente contristado com a carreira da equipa e os deslizes do clube...) e amigo do homenageado. Se, há uma semana, na inauguração do novo Estádio Sérgio Conceição, em Coimbra, o ministro fez a surpresa, aos milhares de adeptos da Académica, de levar Toni consigo, o ex-futebolista não esconde a sua amizade pelo político. E confessa, no livro, que sendo, desde há muito, simpatizante do PS, tem uma especial admiração por Marques Mendes. Ao ponto de o ter apoiado publicamente nas eleições no distrito de Aveiro. E de o ter ao seu lado no jantar, ao qual não pôde estar presente outro político e benfiquista de vulto, Manuel Alegre (que ainda assim arranjou tempo para ir ao lançamento do livro). Quem ocupou um lugar de honra na mesa, ao lado de, foi o ministro, benfiquista assumido (e notoriamente contristado com a carreira da equipa e os deslizes do clube...) e amigo do homenageado. Se, há uma semana, na inauguração do novo Estádio Sérgio Conceição, em Coimbra, o ministro fez a surpresa, aos milhares de adeptos da Académica, de levar Toni consigo, o ex-futebolista não esconde a sua amizade pelo político. E confessa, no livro, que sendo, desde há muito, simpatizante do PS, tem uma especial admiração por Marques Mendes. Ao ponto de o ter apoiado publicamente nas eleições no distrito de Aveiro. E de o ter ao seu lado no jantar, ao qual não pôde estar presente outro político e benfiquista de vulto,(que ainda assim arranjou tempo para ir ao lançamento do livro).

Ministro excêntrico O ministro dos Negócios Estrangeiros, António Martins da Cruz, tem andado em bolandas por causa das polémicas relações de amizade entre Portugal e a Bielorrússia, país considerado como o mais autoritário da Europa. E o jornalista João Paulo Guerra aproveitava, há dias, na sua coluna no «Diário Económico», para citar um artigo publicado na «Gazeta de Moscovo», na terça-feira, onde o jornal diz que Portugal considera o Presidente bielorrusso Alexander Lukachenko um mal menor «porque está habituado aos seus próprios políticos excêntricos». E Guerra, desconfiado, perguntava: «Excêntricos em que sentido? Que sabe a 'Gazeta de Moscovo' que nós não sabemos?» GENTE, que conhece a fama dos serviços de espionagem da ex-URSS, herdados pela Rússia, e numa época em que se acusam os políticos portugueses de tudo e mais alguma coisa, junta a sua curiosidade à de Guerra e exige uma resposta: o que é que sabe Moscovo que nós por aqui ignoramos?

A surpresa de Campos JOÃO CARLOS SANTOS Nos dias que correm, a notícia de lançamentos de novos livros e autores mal passa das notas de rodapé. No entanto, alguns ainda conseguem surpreender. Esta semana, calhou a vez ao ex-ministro socialista da Saúde, António Correia de Campos (à direita na foto), de estrear-se nas lides da escrita em forma de livro e o lançamento das suas «Confissões Políticas da Saúde», como não podia deixar de ser, foi uma enchente... de socialistas, claro. Lá estava Eduardo Ferro Rodrigues, João Cravinho, Maria de Belém, Artur Santos Silva e até Maria Santos. Isto para além das muitas caras conhecidas do sector da Saúde, que acompanharam Correia de Campos, não nestas confissões, mas na sua governação. Perguntarão, então, onde está a novidade. Mas ela existe mesmo. Chama-se Domingos Duarte Lima (à esquerda) e foi o elogioso apresentador da obra lançada. O ex-deputado social-democrata, ex-líder parlamentar, ex-homem-forte da bancada do PSD (e hoje cronista do EXPRESSO) foi o eleito para dizer que Correia de Campos tinha sido o mais bem preparado responsável da pasta da Saúde. O mistério desta escolha ficou por esclarecer nos discursos dos dois políticos. E na sala ninguém se atreveu a tentar resolvê-lo. Teremos de esperar pelo próximo livro de Campos para conhecer mais esta «confissão»? Nos dias que correm, a notícia de lançamentos de novos livros e autores mal passa das notas de rodapé. No entanto, alguns ainda conseguem surpreender. Esta semana, calhou a vez ao ex-ministro socialista da Saúde,(à direita na foto), de estrear-se nas lides da escrita em forma de livro e o lançamento das suas «Confissões Políticas da Saúde», como não podia deixar de ser, foi uma enchente... de socialistas, claro. Lá estavae até. Isto para além das muitas caras conhecidas do sector da Saúde, que acompanharam Correia de Campos, não nestas confissões, mas na sua governação. Perguntarão, então, onde está a novidade. Mas ela existe mesmo. Chama-se(à esquerda) e foi o elogioso apresentador da obra lançada. O ex-deputado social-democrata, ex-líder parlamentar, ex-homem-forte da bancada do PSD (e hoje cronista do EXPRESSO) foi o eleito para dizer que Correia de Campos tinha sido o mais bem preparado responsável da pasta da Saúde. O mistério desta escolha ficou por esclarecer nos discursos dos dois políticos. E na sala ninguém se atreveu a tentar resolvê-lo. Teremos de esperar pelo próximo livro de Campos para conhecer mais esta «confissão»?

GENTE

Humor vermelho Coordenação de Pedro Andrade

NUNO BOTELHO E ANA BAIÃO Houve tempos em que os dirigentes desportivos gostavam de saudar as vitórias com repastos dignos do sucesso alcançado pelos seus jogadores. No passado domingo, quando a nação benfiquista chorava a derrota frente ao Gondomar, eis que aparece uma comitiva encarnada no famoso restaurante Gambrinus, onde se destacava a boa disposição de Luís Filipe Vieira (na foto da direita). Manuel Vilarinho, Tinoco Faria e Mário Dias ainda apresentavam alguns sinais do desgosto sofrido, mas o dono da SAD benfiquista brincava com a situação, deixando os clientes do restaurante de boca aberta. Houve tempos em que os dirigentes desportivos gostavam de saudar as vitórias com repastos dignos do sucesso alcançado pelos seus jogadores. No passado domingo, quando a nação benfiquista chorava a derrota frente ao Gondomar, eis que aparece uma comitiva encarnada no famoso restaurante Gambrinus, onde se destacava a boa disposição de(na foto da direita).ainda apresentavam alguns sinais do desgosto sofrido, mas o dono da SAD benfiquista brincava com a situação, deixando os clientes do restaurante de boca aberta. GENTE não conseguiu apurar se Filipe Vieira tentava animar os seus subordinados ou se ria dos próximos desaires. Mas sabe que o presidente sportinguista, António Dias da Cunha (foto da esquerda), entrou no mesmo restaurante de uma forma discreta e assim se manteve até sair. O que levou alguns dos presentes a interrogarem-se sobre quem é que estava a comemorar o quê. Só faltou o champanhe para confundir ainda mais.

Uma amostra... de ministro VIRGINIA MAYO/AP Numa das várias conferências de Imprensa que deu por causa do afundamento do navio «Prestige», o ministro de Estado e da Defesa, Paulo Portas, foi ao ponto de, na sexta-feira à noite, mostrar aos jornalistas uma garrafinha com «uma amostra do produto» derramado nas águas do Atlântico, recolhida pelo Instituto Hidrográfico. E, segundo fez questão de salientar o próprio ministro, não é que tudo levava a crer tratar-se de «um produto penalizador do ponto de vista ambiental»? Quem diria... Mas GENTE não pode deixar de notar o carinho especial que Paulo Portas nutre por «amostras». Amostra era precisamente o nome da empresa de sondagens de que Portas foi gerente e que trabalhava para a Universidade Moderna. Depois, no debate televisivo com António Guterres, na campanha eleitoral das legislativas de 1999, Portas sacou de... uma batata, para explicar a sua posição sobre as dificuldades da agricultura portuguesa. E ainda há poucos meses, quando foi ao Parlamento explicar por que razão tinha anulado o concurso para a aquisição de helicópteros, Portas tirou um do bolso, em miniatura, para explicar aos deputados que aquele era o único exemplar que encontrara quando chegara ao Ministério da Defesa. Portanto, se alguém nos tempos mais próximos tiver dúvidas e for pedir explicações ao ministro, não se admire se este lhe retorquir: «Vai uma amostra?» Numa das várias conferências de Imprensa que deu por causa do afundamento do navio «Prestige», o ministro de Estado e da Defesa,, foi ao ponto de, na sexta-feira à noite, mostrar aos jornalistas uma garrafinha comderramado nas águas do Atlântico, recolhida pelo Instituto Hidrográfico. E, segundo fez questão de salientar o próprio ministro, não é que tudo levava a crer tratar-se de? Quem diria... Mas GENTE não pode deixar de notar o carinho especial que Paulo Portas nutre por «amostras». Amostra era precisamente o nome da empresa de sondagens de que Portas foi gerente e que trabalhava para a Universidade Moderna. Depois, no debate televisivo com, na campanha eleitoral das legislativas de 1999, Portas sacou de... uma batata, para explicar a sua posição sobre as dificuldades da agricultura portuguesa. E ainda há poucos meses, quando foi ao Parlamento explicar por que razão tinha anulado o concurso para a aquisição de helicópteros, Portas tirou um do bolso, em miniatura, para explicar aos deputados que aquele era o único exemplar que encontrara quando chegara ao Ministério da Defesa. Portanto, se alguém nos tempos mais próximos tiver dúvidas e for pedir explicações ao ministro, não se admire se este lhe retorquir: «Vai uma amostra?»

O último ministro a cair ANTÓNIO PEDRO FERREIRA Luís Braga da Cruz (na foto), o último ministro da Economia do Governo de António Guterres, foi esta semana o protagonista de uma cena insólita no Parlamento. O economista estava a moderar um debate inserido num colóquio sobre Novas Políticas para a Competitividade, promovido pelo grupo parlamentar do PS, quando, para espanto de todos os que assistiam, caiu redondo no chão. Explicação: a cadeira onde estava sentado partira-se de repente. Além de se juntar ao rol de ex-ministros socialistas que parecem ter uma relação difícil com as cadeiras (o antigo ministro da Saúde, Correia de Campos, partiu uma cadeira velha durante a visita a um hospital, lembram-se?), Braga da Cruz originou logo comentários bem humorados no grupo parlamentar socialista. Nomeadamente, o de ter sido o último ministro do PS a cair. (na foto), o último ministro da Economia do Governo de, foi esta semana o protagonista de uma cena insólita no Parlamento. O economista estava a moderar um debate inserido num colóquio sobre Novas Políticas para a Competitividade, promovido pelo grupo parlamentar do PS, quando, para espanto de todos os que assistiam, caiu redondo no chão. Explicação: a cadeira onde estava sentado partira-se de repente. Além de se juntar ao rol de ex-ministros socialistas que parecem ter uma relação difícil com as cadeiras (o antigo ministro da Saúde,, partiu uma cadeira velha durante a visita a um hospital, lembram-se?), Braga da Cruz originou logo comentários bem humorados no grupo parlamentar socialista. Nomeadamente, o de ter sido o último ministro do PS a cair.

A estrada da perdição ANTÓNIO PEDRO FERREIRA Consciente do inegável facto de ser minoria e, como tal, só possuir votos inconsequentes em qualquer que seja a matéria, o PS aposta agora em não deixar passar em claro um deslize que seja da maioria. E a estratégia tem provado as suas virtudes, pois foi graças a ela - e a um «pequeno lapso» de Maria Elisa Domingues que não escapou ao olho clínico da bancada rosa - que o PS lá conseguiu fazer aprovar uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2003! Para quem não se recorde, GENTE lembra que a deputada do PSD (cabeça-de-lista por Castelo Branco) mereceu fortes críticas durante a campanha eleitoral, nomeadamente do seu adversário socialista José Sócrates, por ser uma pára-quedista no distrito. E nove meses depois, a verdade é que parece continuar a não conhecer muito bem os caminhos da Beira Baixa, uma vez que solicitou que o PIDDAC contemplasse a ligação da EN261 ao IC8. Nada de estranho, não fosse a EN261 ligar... as alentejanas localidades de Comporta e Aljustrel! Os socialistas de Castelo Branco não perdoaram: alertaram para o «pequeno» desvio rodoviário da proposta social-democrata e aproveitaram a ideia que originalmente não era sua sugerindo um investimento, este sim correcto, na ligação da EN351 ao IC8. A maioria parlamentar engoliu em seco e aprovou. Com o gozo supremo dos socialistas! Consciente do inegável facto de ser minoria e, como tal, só possuir votos inconsequentes em qualquer que seja a matéria, o PS aposta agora em não deixar passar em claro um deslize que seja da maioria. E a estratégia tem provado as suas virtudes, pois foi graças a ela - e a um «pequeno lapso» deque não escapou ao olho clínico da bancada rosa - que o PS lá conseguiu fazer aprovar uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2003! Para quem não se recorde, GENTE lembra que a deputada do PSD (cabeça-de-lista por Castelo Branco) mereceu fortes críticas durante a campanha eleitoral, nomeadamente do seu adversário socialista, por ser uma pára-quedista no distrito. E nove meses depois, a verdade é que parece continuar a não conhecer muito bem os caminhos da Beira Baixa, uma vez que solicitou que o PIDDAC contemplasse a ligação da EN261 ao IC8. Nada de estranho, não fosse a EN261 ligar... as alentejanas localidades de Comporta e Aljustrel! Os socialistas de Castelo Branco não perdoaram: alertaram para o «pequeno» desvio rodoviário da proposta social-democrata e aproveitaram a ideia que originalmente não era sua sugerindo um investimento, este sim correcto, na ligação da EN351 ao IC8. A maioria parlamentar engoliu em seco e aprovou. Com o gozo supremo dos socialistas!

Pinto Leite pergunta «Qual É o Mal?» ANA BAIÃO Com o auditório da Culturgest quase cheio, António Pinto Leite lançou «Qual É o Mal?», um livro que reúne algumas das suas crónicas publicadas na Revista do EXPRESSO desde 1990. Cavaco Silva foi o prefaciador e apresentador da obra, mas na assistência estava um mar de personalidades: além dos seus colegas de escritório, Morais Leitão e José Manuel Galvão Telles, pontificavam Durão Barroso (ou melhor, o Zé Manel, como foi referido pelo autor, uma vez que assistiu ao lançamento na qualidade de amigo), Manuela Ferreira Leite, José Luís Arnaut, Pedro Roseta, Dias Loureiro, Mira Amaral, Ferreira do Amaral e muitos outros sociais-democratas ilustres. Alguém comentou, aliás, que ali estava uma autêntica comissão de candidatura de Cavaco à presidência, tanto mais que Santana Lopes, companheiro de Pinto Leite há tantos anos, brilhou pela ausência. Com o auditório da Culturgest quase cheio,lançou «Qual É o Mal?», um livro que reúne algumas das suas crónicas publicadas na Revista do EXPRESSO desde 1990.foi o prefaciador e apresentador da obra, mas na assistência estava um mar de personalidades: além dos seus colegas de escritório,, pontificavam(ou melhor, o, como foi referido pelo autor, uma vez que assistiu ao lançamento na qualidade de amigo),e muitos outros sociais-democratas ilustres. Alguém comentou, aliás, que ali estava uma autêntica comissão de candidatura de Cavaco à presidência, tanto mais que, companheiro de Pinto Leite há tantos anos, brilhou pela ausência.

Cavaco treinador inglês Numa das crónicas reunidas em «Qual É o Mal?», António Pinto Leite comparava Cavaco Silva (então ainda primeiro-ministro) a um treinador inglês. O apresentador da obra, que aliás avisou não ter gostado muito do título do livro, referiu a comparação e pôs-se a falar da carreira de Sven Goren Eriksson, o ex-treinador do Benfica que passou por Itália e, só muito tempo depois, se tornou treinador da selecção inglesa. Embora ninguém tenha percebido bem o alcance da parábola, logo houve quem detectasse ali um anúncio de candidatura à presidência. Mas a verdade é que, nos últimos tempos, sempre que Cavaco Silva fala há quem entenda que ele se quer candidatar. GENTE não sabe se é maior a admiração pelo professor ou o receio de ver o faltoso Santana Lopes instalado em Belém... Aliás, do que mais se falou na sessão foi de valores. E foi tal a defesa de valores tradicionais, como a família e a religião, e o ataque a certas liberalidades extremas, que houve quem dissesse que teria feito bem a Santana assistir à sessão...

Benfica na alma... FOTOGRAFIAS DE JOÃO CARLOS SANTOS Numa altura em que a águia da Luz voa tão baixo, não há nada como alimentar o ânimo e a auto-estima dos benfiquistas com a contribuição das suas velhas glórias. É o caso de Toni, um dos símbolos mais acarinhados pelo Terceiro Anel, que lançou esta semana um livro com o sugestivo título «Benfica na Alma». No jantar que se seguiu, podiam ver-se, ao lado do ex-jogador e ex-treinador encarnado, outros nomes grandes da história do clube, como Eusébio e Eriksson (na foto com a mulher, italiana, que se tornou uma das sensações do evento), ou antigos companheiros de Toni na célebre equipa da Académica dos anos 60, como Mário Campos, Gervásio e Marques. Numa altura em que a águia da Luz voa tão baixo, não há nada como alimentar o ânimo e a auto-estima dos benfiquistas com a contribuição das suas velhas glórias. É o caso de, um dos símbolos mais acarinhados pelo Terceiro Anel, que lançou esta semana um livro com o sugestivo título «Benfica na Alma». No jantar que se seguiu, podiam ver-se, ao lado do ex-jogador e ex-treinador encarnado, outros nomes grandes da história do clube, como(na foto com a mulher, italiana, que se tornou uma das sensações do evento), ou antigos companheiros de Toni na célebre equipa da Académica dos anos 60, como

... e o amigo ministro Quem ocupou um lugar de honra na mesa, ao lado de Toni, foi o ministro Marques Mendes, benfiquista assumido (e notoriamente contristado com a carreira da equipa e os deslizes do clube...) e amigo do homenageado. Se, há uma semana, na inauguração do novo Estádio Sérgio Conceição, em Coimbra, o ministro fez a surpresa, aos milhares de adeptos da Académica, de levar Toni consigo, o ex-futebolista não esconde a sua amizade pelo político. E confessa, no livro, que sendo, desde há muito, simpatizante do PS, tem uma especial admiração por Marques Mendes. Ao ponto de o ter apoiado publicamente nas eleições no distrito de Aveiro. E de o ter ao seu lado no jantar, ao qual não pôde estar presente outro político e benfiquista de vulto, Manuel Alegre (que ainda assim arranjou tempo para ir ao lançamento do livro). Quem ocupou um lugar de honra na mesa, ao lado de, foi o ministro, benfiquista assumido (e notoriamente contristado com a carreira da equipa e os deslizes do clube...) e amigo do homenageado. Se, há uma semana, na inauguração do novo Estádio Sérgio Conceição, em Coimbra, o ministro fez a surpresa, aos milhares de adeptos da Académica, de levar Toni consigo, o ex-futebolista não esconde a sua amizade pelo político. E confessa, no livro, que sendo, desde há muito, simpatizante do PS, tem uma especial admiração por Marques Mendes. Ao ponto de o ter apoiado publicamente nas eleições no distrito de Aveiro. E de o ter ao seu lado no jantar, ao qual não pôde estar presente outro político e benfiquista de vulto,(que ainda assim arranjou tempo para ir ao lançamento do livro).

Ministro excêntrico O ministro dos Negócios Estrangeiros, António Martins da Cruz, tem andado em bolandas por causa das polémicas relações de amizade entre Portugal e a Bielorrússia, país considerado como o mais autoritário da Europa. E o jornalista João Paulo Guerra aproveitava, há dias, na sua coluna no «Diário Económico», para citar um artigo publicado na «Gazeta de Moscovo», na terça-feira, onde o jornal diz que Portugal considera o Presidente bielorrusso Alexander Lukachenko um mal menor «porque está habituado aos seus próprios políticos excêntricos». E Guerra, desconfiado, perguntava: «Excêntricos em que sentido? Que sabe a 'Gazeta de Moscovo' que nós não sabemos?» GENTE, que conhece a fama dos serviços de espionagem da ex-URSS, herdados pela Rússia, e numa época em que se acusam os políticos portugueses de tudo e mais alguma coisa, junta a sua curiosidade à de Guerra e exige uma resposta: o que é que sabe Moscovo que nós por aqui ignoramos?

A surpresa de Campos JOÃO CARLOS SANTOS Nos dias que correm, a notícia de lançamentos de novos livros e autores mal passa das notas de rodapé. No entanto, alguns ainda conseguem surpreender. Esta semana, calhou a vez ao ex-ministro socialista da Saúde, António Correia de Campos (à direita na foto), de estrear-se nas lides da escrita em forma de livro e o lançamento das suas «Confissões Políticas da Saúde», como não podia deixar de ser, foi uma enchente... de socialistas, claro. Lá estava Eduardo Ferro Rodrigues, João Cravinho, Maria de Belém, Artur Santos Silva e até Maria Santos. Isto para além das muitas caras conhecidas do sector da Saúde, que acompanharam Correia de Campos, não nestas confissões, mas na sua governação. Perguntarão, então, onde está a novidade. Mas ela existe mesmo. Chama-se Domingos Duarte Lima (à esquerda) e foi o elogioso apresentador da obra lançada. O ex-deputado social-democrata, ex-líder parlamentar, ex-homem-forte da bancada do PSD (e hoje cronista do EXPRESSO) foi o eleito para dizer que Correia de Campos tinha sido o mais bem preparado responsável da pasta da Saúde. O mistério desta escolha ficou por esclarecer nos discursos dos dois políticos. E na sala ninguém se atreveu a tentar resolvê-lo. Teremos de esperar pelo próximo livro de Campos para conhecer mais esta «confissão»? Nos dias que correm, a notícia de lançamentos de novos livros e autores mal passa das notas de rodapé. No entanto, alguns ainda conseguem surpreender. Esta semana, calhou a vez ao ex-ministro socialista da Saúde,(à direita na foto), de estrear-se nas lides da escrita em forma de livro e o lançamento das suas «Confissões Políticas da Saúde», como não podia deixar de ser, foi uma enchente... de socialistas, claro. Lá estavae até. Isto para além das muitas caras conhecidas do sector da Saúde, que acompanharam Correia de Campos, não nestas confissões, mas na sua governação. Perguntarão, então, onde está a novidade. Mas ela existe mesmo. Chama-se(à esquerda) e foi o elogioso apresentador da obra lançada. O ex-deputado social-democrata, ex-líder parlamentar, ex-homem-forte da bancada do PSD (e hoje cronista do EXPRESSO) foi o eleito para dizer que Correia de Campos tinha sido o mais bem preparado responsável da pasta da Saúde. O mistério desta escolha ficou por esclarecer nos discursos dos dois políticos. E na sala ninguém se atreveu a tentar resolvê-lo. Teremos de esperar pelo próximo livro de Campos para conhecer mais esta «confissão»?

marcar artigo