EXPRESSO: País

10-01-2003
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Valores em exame

PAIS e professores de português e matemática estão indignados com o texto seleccionado para a prova de aferição de português do 6º ano da escolaridade, realizada na passada segunda-feira, destinada a jovens com 12 anos. Olívia Silva, professora de português numa escola de Santa Iria da Azóia, considera «grave» a escolha. «Ao longo do ano tentamos inculcar nas crianças uma série de valores e de regras e depois surge um texto em que o miúdo foge do dono da loja a quem partiu a montra e despreza os pais, porque está cheio de dinheiro. Premeia o ser mau aluno e mal comportado», A professora adianta que «muitos estudantes que fizeram a prova se revêem no anti-herói».

PAIS e professores de português e matemática estão indignados com o texto seleccionado para a prova de aferição de português do 6º ano da escolaridade, realizada na passada segunda-feira, destinada a jovens com 12 anos. Olívia Silva, professora de português numa escola de Santa Iria da Azóia, consideraa escolha., A professora adianta que

«Não sei se teria coragem para tomar as medidas de que o país precisa». Na quarta-feira, no debate da moção de censura ao Governo apresentada pelo Bloco de Esquerda, António Guterres garantiu não abdicar de «continuar a lutar para mudar o que existe e não está bem», mesmo tendo «de enfrentar interesses poderosos». Mas entre um e outro, 61% dos portugueses não têm dúvidas: só Cavaco Silva teria coragem de avançar com as medidas impopulares exigidas pela actual situação económica, revela a consulta de Maio ao Painel EXPRESSO/Euroexpansão. CAVACO Silva assumiu há duas semanas:. Na quarta-feira, no debate da moção de censura ao Governo apresentada pelo Bloco de Esquerda, António Guterres garantiu não abdicar de, mesmo tendo. Mas entre um e outro, 61% dos portugueses não têm dúvidas: só Cavaco Silva teria coragem de avançar com as medidas impopulares exigidas pela actual situação económica, revela a consulta de Maio ao Painel EXPRESSO/Euroexpansão.

Chumbos a mais nos exames do CEJ

OS CANDIDATOS aprovados nas provas escritas para o ingresso no Centro de Estudos Judiciários (CEJ), mesmo que passem agora nos exames orais, já não irão preencher todas as vagas (140) abertas para o curso de magistrados deste ano. Segundo Pereira Baptista, director do CEJ, só foram aprovados nas provas escritas 137 dos 607 candidatos - ou seja, a taxa de reprovação foi de 77,5%.

Rede de Setúbal volta à prisão

CARDOSO Ribeiro e José Manuel Guerreiro Coelho, principais réus no caso «Setúbal Connection», nos anos 80, estão detidos desde o Verão passado, pela prática de novos crimes de associação criminosa, contrabando qualificado e corrupção activa. Na década de 80, a rede era liderada por José Cardoso Ribeiro e considerada uma das mais importantes organizações que se dedicavam ao contrabando em Portugal. Quase 20 anos depois, José Coelho, genro de Cardoso Ribeiro, é agora o acusado de liderar a organização.

Ministério Público dá razão a Carrilho contra Barreto

O MINISTÉRIO Público (MP) acusou António Barreto de crime de difamação, na sequência de uma queixa apresentada contra o colunista do «Público» por Manuel Maria Carrilho. Em causa estava um artigo de Barreto intitulado «Um homem sem qualidades», publicado em Novembro de 1999, em pleno auge da polémica que opôs o então ministro da Cultura a Artur Santos Silva e que culminou com a demissão deste da presidência da Porto 2001.

Ordem para agir

O MINISTRO da Presidência, Guilherme d'Oliveira Martins, defende o aumento das penalizações sobre as estações de televisão cuja programação viole os critérios legais. «As sanções devem ser de grau superior ao ganho ligado ao aumento das audiências», explica, adiantando que «deve haver consenso político para o agravamento das coimas como mecanismo dissuasor». Penalizações essas, considera o ministro que tutela a Comunicação Social, que «muitas vezes são relativamente leves».

O MINISTRO da Presidência, Guilherme d'Oliveira Martins, defende o aumento das penalizações sobre as estações de televisão cuja programação viole os critérios legais., explica, adiantando que. Penalizações essas, considera o ministro que tutela a Comunicação Social, que

Radares reduzem velocidade

O PRIMEIRO Sistema de Indicação de Velocidade (SIV) - equipamento que visa levar os condutores a acelerar menos - começou nesta semana a funcionar em Portugal, numa rua próxima da escola secundária de Alverca, e os resultados são animadores: a velocidade no local baixou, em média, 20 quilómetros por hora. Outra utilidade do sistema, ainda não testada, é permitir a passagem de multas.

O PRIMEIRO Sistema de Indicação de Velocidade (SIV) - equipamento que visa levar os condutores a acelerar menos - começou nesta semana a funcionar em Portugal, numa rua próxima da escola secundária de Alverca, e os resultados são animadores: a velocidade no local baixou, em média, 20 quilómetros por hora. Outra utilidade do sistema, ainda não testada, é permitir a passagem de multas.

Ambiente faz parar auto-estradas

O TRAÇADO da auto-estrada 10 (A-10), entre Bucelas e o Carregado - uma variante à auto-estrada 1, que permitirá um desanuviamento no trânsito à entrada de Lisboa -, acaba de ser chumbado pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR). Este caso, o mais recente, mostra como o avanço de auto-estradas e outras vias rápidas está hoje em dia mais dependente de razões ambientais e patrimoniais e da contestação popular do que de factores económicos.

O TRAÇADO da auto-estrada 10 (A-10), entre Bucelas e o Carregado - uma variante à auto-estrada 1, que permitirá um desanuviamento no trânsito à entrada de Lisboa -, acaba de ser chumbado pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR). Este caso, o mais recente, mostra como o avanço de auto-estradas e outras vias rápidas está hoje em dia mais dependente de razões ambientais e patrimoniais e da contestação popular do que de factores económicos.

Empresas «investem» no voluntariado

O MOTORISTA de administração José Roque e a gestora de projectos Teresa Beirão, têm uma coisa em comum: aderiram ao projecto de voluntariado da Portugal Telecom (PT) e, há uns dias, foram até Cascais, com mais cinco colegas, para pintar o muro e os gradeamentos da casa da Assistência Médica Internacional (AMI). Dezoito mil dias de voluntariado é de quanto a PT dispõe para gastar ao longo de um ano. O exagero do número é fácil de explicar: o Grupo PT emprega quase 18 mil pessoas que, a partir de agora, podem tirar todos os anos um dia de trabalho para acções de solidariedade.

O MOTORISTA de administração José Roque e a gestora de projectos Teresa Beirão, têm uma coisa em comum: aderiram ao projecto de voluntariado da Portugal Telecom (PT) e, há uns dias, foram até Cascais, com mais cinco colegas, para pintar o muro e os gradeamentos da casa da Assistência Médica Internacional (AMI). Dezoito mil dias de voluntariado é de quanto a PT dispõe para gastar ao longo de um ano. O exagero do número é fácil de explicar: o Grupo PT emprega quase 18 mil pessoas que, a partir de agora, podem tirar todos os anos um dia de trabalho para acções de solidariedade.

Reformas da Justiça com aplicação difícil

A MAIORIA das alterações aos processos civil e penal, que entraram em vigor a 1 de Janeiro deste ano, revela ainda pouca aplicação prática. Os resultados da monitorização do Observatório Permanente da Justiça só serão revelados em Julho, mas o EXPRESSO fez um levantamento, em vários tribunais do país, dos problemas mais comuns. Os julgamentos continuam a ser adiados, poucas audiências são marcadas a menos de três meses, as citações e notificações mantêm-se complicadas, as videoconferências são quase sempre afectadas por dificuldades técnicas ou logísticas e a simplificação das sentenças está longe de ser uma realidade.

A MAIORIA das alterações aos processos civil e penal, que entraram em vigor a 1 de Janeiro deste ano, revela ainda pouca aplicação prática. Os resultados da monitorização do Observatório Permanente da Justiça só serão revelados em Julho, mas o EXPRESSO fez um levantamento, em vários tribunais do país, dos problemas mais comuns. Os julgamentos continuam a ser adiados, poucas audiências são marcadas a menos de três meses, as citações e notificações mantêm-se complicadas, as videoconferências são quase sempre afectadas por dificuldades técnicas ou logísticas e a simplificação das sentenças está longe de ser uma realidade.

MOTA NUNES e MARCO PAULO, reféns da FLEC-FAC

«Por que é que ainda cá estamos?»

Dois trabalhadores portugueses raptados pela FLEC-FAC há mais de um ano continuam reféns no enclave de Cabinda. Dulce Salzedas, jornalista da SIC, entrevistou-os esta semana, por telefone. Pedem a intervenção do Governo português.

À vontade do chefe

ATESE da liderança bicéfala, segundo a qual António Guterres delegaria a condução do PS a Jorge Coelho reservando-se mais para a coordenação do Governo, foi esta semana claramente negada pelo secretário-geral do partido. Guterres opôs-se à reestruturação imediata dos órgãos directivos do partido - nomeadamente à redução do Secretariado e da Comissão Permanente -, que Coelho chegou a colocar como condição para assumir, depois de sair do Governo, o leme partidário.

ATESE da liderança bicéfala, segundo a qual António Guterres delegaria a condução do PS a Jorge Coelho reservando-se mais para a coordenação do Governo, foi esta semana claramente negada pelo secretário-geral do partido. Guterres opôs-se à reestruturação imediata dos órgãos directivos do partido - nomeadamente à redução do Secretariado e da Comissão Permanente -, que Coelho chegou a colocar como condição para assumir, depois de sair do Governo, o leme partidário.

A prova dos nove

A APROVAÇÃO em Conselho de Ministros, na próxima semana, do pacote de medidas de controlo da despesa pública vai funcionar como a prova dos nove: António Guterres pretende prosseguir até ao fim da legislatura a estratégia de gestão das circunstâncias que o leva a anunciar com regularidade reformas que depois acaba por suavizar? Ou o ansiado «novo ciclo» - que o primeiro-ministro vem prometendo desde há um ano - vem mesmo aí e, daqui para a frente, porque «a hora não está para brincadeiras», como alerta um governante, é a doer? Os últimos indícios apontam para que o primeiro-ministro vá na senda do paradoxo que já é a sua imagem de marca: reformar sem rupturas, mudar para que tudo fique na mesma.

A APROVAÇÃO em Conselho de Ministros, na próxima semana, do pacote de medidas de controlo da despesa pública vai funcionar como a prova dos nove: António Guterres pretende prosseguir até ao fim da legislatura a estratégia de gestão das circunstâncias que o leva a anunciar com regularidade reformas que depois acaba por suavizar? Ou o ansiado «novo ciclo» - que o primeiro-ministro vem prometendo desde há um ano - vem mesmo aí e, daqui para a frente, porque, como alerta um governante, é a doer? Os últimos indícios apontam para que o primeiro-ministro vá na senda do paradoxo que já é a sua imagem de marca: reformar sem rupturas, mudar para que tudo fique na mesma.

O despenhadeiro

UM mês que começou com o Congresso da «guterrolatria» socialista e terminou com uma inconsequente moção de censura ao Governo, António Guterres sofre uma verdadeira «hecatombe» no Painel EXPRESSO/Euroexpansão de Maio: menos quatro pontos positivos e mais nove negativos (em relação a Abril) na opinião do eleitorado.

UM mês que começou com o Congresso da «guterrolatria» socialista e terminou com uma inconsequente moção de censura ao Governo, António Guterres sofre uma verdadeira «hecatombe» no Painel EXPRESSO/Euroexpansão de Maio: menos quatro pontos positivos e mais nove negativos (em relação a Abril) na opinião do eleitorado.

«Costa Gomes é que comandou o 25 de Novembro»

O VERDADEIRO comandante do 25 de Novembro foi Costa Gomes e não Ramalho Eanes, revela Pires Veloso, à época comandante da Região Militar Norte (RMN), num testemunho escrito incluído no livro «O Norte e o 25 de Novembro», da autoria do jornalista Silva Tavares (que à data dos acontecimentos era o director de «O Comércio do Porto») e que vai ser apresentado a 8 de Junho.

Combate a fogos com menos meios

A ÉPOCA de fogos florestais 2001 vai começar a 2 de Julho com menos 294 operacionais, 45 viaturas e quatro aeronaves de combate aos incêndios em relação ao ano passado. Um corte nos meios que o Governo justifica com uma maior aposta na prevenção. Até dia 28 de Setembro, estarão escalados para fazer frente às chamas 3100 bombeiros, 754 viaturas e 36 meios aéreos, em 26 pistas do país. Juntam-se a estes, dois aparelhos com disponibilidade permanente, estacionados nas bases de Santa Comba Dão e Loulé. Contudo, a novidade nos céus será a utilização de quatro helicópteros pesados com capacidade para 3300 litros de água.

A ÉPOCA de fogos florestais 2001 vai começar a 2 de Julho com menos 294 operacionais, 45 viaturas e quatro aeronaves de combate aos incêndios em relação ao ano passado. Um corte nos meios que o Governo justifica com uma maior aposta na prevenção. Até dia 28 de Setembro, estarão escalados para fazer frente às chamas 3100 bombeiros, 754 viaturas e 36 meios aéreos, em 26 pistas do país. Juntam-se a estes, dois aparelhos com disponibilidade permanente, estacionados nas bases de Santa Comba Dão e Loulé. Contudo, a novidade nos céus será a utilização de quatro helicópteros pesados com capacidade para 3300 litros de água.

«Semáforos de risco» em Lisboa

O TIPO de cabos eléctricos existentes no semáforo do Campo Grande, Lisboa, onde o jovem Ruben Cunha foi vítima de electrocussão, em Junho de 1997, continua a ser comum a outros sinais luminosos da capital, apesar de já existirem fios condutores de qualidade superior e maior segurança. Quatro anos após o acidente, a câmara municipal ainda não ordenou a renovação dos cabos de electricidade em todos os semáforos da capital.

O Meu Porto 2001

SE APÓS lançar os olhos tristes por sobre um local com ar de quem sofreu frequentes e terríveis bombardeamentos consegui ver uma cidade renovada erguer-se dos escombros... Se a pobre Micas pode cavar os seus túneis não como uma barata tonta mas consciente do que vai encontrar e com conhecimento para superar os problemas... Se após este ano a minha cidade melhorou o seu aspecto com novas construções e novos empreendimentos sem no entanto perder a sua personalidade em favor de modernas, inadequadas e descaracterizadas valorizações...

SE APÓS lançar os olhos tristes por sobre um local com ar de quem sofreu frequentes e terríveis bombardeamentos consegui ver uma cidade renovada erguer-se dos escombros... Se a pobre Micas pode cavar os seus túneis não como uma barata tonta mas consciente do que vai encontrar e com conhecimento para superar os problemas... Se após este ano a minha cidade melhorou o seu aspecto com novas construções e novos empreendimentos sem no entanto perder a sua personalidade em favor de modernas, inadequadas e descaracterizadas valorizações...

João Sá em risco

JOÃO Sá, líder do PSD/Trofa, foi constituído arguido num processo em que lhe é imputado o crime de peculato, no Tribunal Judicial de Santo Tirso, por actos praticados como presidente da Junta de Freguesia. Um facto que vem perturbar ainda mais o explosivo processo de escolha do candidato social-democrata à Câmara da Trofa. Pouco tempo depois do secretário-geral do PSD, José Luís Arnaut, ter ido à Trofa anunciar que o candidato do partido nas próximas autárquicas seria João Sá, estalou uma «guerra» aberta entre a Direcção Nacional e a Distrital do Porto.

JOÃO Sá, líder do PSD/Trofa, foi constituído arguido num processo em que lhe é imputado o crime de peculato, no Tribunal Judicial de Santo Tirso, por actos praticados como presidente da Junta de Freguesia. Um facto que vem perturbar ainda mais o explosivo processo de escolha do candidato social-democrata à Câmara da Trofa. Pouco tempo depois do secretário-geral do PSD, José Luís Arnaut, ter ido à Trofa anunciar que o candidato do partido nas próximas autárquicas seria João Sá, estalou uma «guerra» aberta entre a Direcção Nacional e a Distrital do Porto.

PSD/Lisboa em clima de guerra

DEPOIS do Porto, a distrital do PSD de Lisboa tornou-se esta semana uma verdadeira dor de cabeça para Durão Barroso. Em causa está o processo de escolha dos candidatos aos concelhos da Amadora e Sintra, que a presidente da distrital, Manuela Ferreira Leite, impôs contra a vontade das bases, que vão impugnar a decisão e ameaçam a corrida eleitoral do PSD naqueles locais. Depois de Santana Lopes (Lisboa), Isaltino Morais (Oeiras), António Capucho (Cascais) e Ministro dos Santos (Mafra), Ferreira Leite apresentou na quarta-feira os nomes que faltavam para completar a lista de candidatos aos restantes concelhos da Área Metroplitana de Lisboa: o ex-secretário de Estado da Educação Pedro Lynce (Azambuja), o deputado e ex-secretário de Estado da Segurança Social Vieira de Castro (Amadora), o deputado Fernando Seara (Sintra), o presidente dos TSD (TSD), Arménio Santos (Loures), Fernando Pedro Moutinho (Vila Franca de Xira) e Fernando Ferreira (Odivelas).

SEMANA EM REVISTA

Táxis na rua Mais de dois mil táxis participaram numa manifestação pelas ruas da capital, na passada quinta-feira. O percurso teve início no Parque das Nações e terminou numa concentração junto à Assembleia da República e posterior entrega a Almeida Santos de uma petição com as reivindicações dos taxistas. No centro deste protesto estão as novas regras de acesso à profissão. Mais de dois mil táxis participaram numa manifestação pelas ruas da capital, na passada quinta-feira. O percurso teve início no Parque das Nações e terminou numa concentração junto à Assembleia da República e posterior entrega a Almeida Santos de uma petição com as reivindicações dos taxistas. No centro deste protesto estão as novas regras de acesso à profissão.

O sobe e desce da I Liga

Valores em exame

PAIS e professores de português e matemática estão indignados com o texto seleccionado para a prova de aferição de português do 6º ano da escolaridade, realizada na passada segunda-feira, destinada a jovens com 12 anos. Olívia Silva, professora de português numa escola de Santa Iria da Azóia, considera «grave» a escolha. «Ao longo do ano tentamos inculcar nas crianças uma série de valores e de regras e depois surge um texto em que o miúdo foge do dono da loja a quem partiu a montra e despreza os pais, porque está cheio de dinheiro. Premeia o ser mau aluno e mal comportado», A professora adianta que «muitos estudantes que fizeram a prova se revêem no anti-herói».

PAIS e professores de português e matemática estão indignados com o texto seleccionado para a prova de aferição de português do 6º ano da escolaridade, realizada na passada segunda-feira, destinada a jovens com 12 anos. Olívia Silva, professora de português numa escola de Santa Iria da Azóia, consideraa escolha., A professora adianta que

«Não sei se teria coragem para tomar as medidas de que o país precisa». Na quarta-feira, no debate da moção de censura ao Governo apresentada pelo Bloco de Esquerda, António Guterres garantiu não abdicar de «continuar a lutar para mudar o que existe e não está bem», mesmo tendo «de enfrentar interesses poderosos». Mas entre um e outro, 61% dos portugueses não têm dúvidas: só Cavaco Silva teria coragem de avançar com as medidas impopulares exigidas pela actual situação económica, revela a consulta de Maio ao Painel EXPRESSO/Euroexpansão. CAVACO Silva assumiu há duas semanas:. Na quarta-feira, no debate da moção de censura ao Governo apresentada pelo Bloco de Esquerda, António Guterres garantiu não abdicar de, mesmo tendo. Mas entre um e outro, 61% dos portugueses não têm dúvidas: só Cavaco Silva teria coragem de avançar com as medidas impopulares exigidas pela actual situação económica, revela a consulta de Maio ao Painel EXPRESSO/Euroexpansão.

Chumbos a mais nos exames do CEJ

OS CANDIDATOS aprovados nas provas escritas para o ingresso no Centro de Estudos Judiciários (CEJ), mesmo que passem agora nos exames orais, já não irão preencher todas as vagas (140) abertas para o curso de magistrados deste ano. Segundo Pereira Baptista, director do CEJ, só foram aprovados nas provas escritas 137 dos 607 candidatos - ou seja, a taxa de reprovação foi de 77,5%.

Rede de Setúbal volta à prisão

CARDOSO Ribeiro e José Manuel Guerreiro Coelho, principais réus no caso «Setúbal Connection», nos anos 80, estão detidos desde o Verão passado, pela prática de novos crimes de associação criminosa, contrabando qualificado e corrupção activa. Na década de 80, a rede era liderada por José Cardoso Ribeiro e considerada uma das mais importantes organizações que se dedicavam ao contrabando em Portugal. Quase 20 anos depois, José Coelho, genro de Cardoso Ribeiro, é agora o acusado de liderar a organização.

Ministério Público dá razão a Carrilho contra Barreto

O MINISTÉRIO Público (MP) acusou António Barreto de crime de difamação, na sequência de uma queixa apresentada contra o colunista do «Público» por Manuel Maria Carrilho. Em causa estava um artigo de Barreto intitulado «Um homem sem qualidades», publicado em Novembro de 1999, em pleno auge da polémica que opôs o então ministro da Cultura a Artur Santos Silva e que culminou com a demissão deste da presidência da Porto 2001.

Ordem para agir

O MINISTRO da Presidência, Guilherme d'Oliveira Martins, defende o aumento das penalizações sobre as estações de televisão cuja programação viole os critérios legais. «As sanções devem ser de grau superior ao ganho ligado ao aumento das audiências», explica, adiantando que «deve haver consenso político para o agravamento das coimas como mecanismo dissuasor». Penalizações essas, considera o ministro que tutela a Comunicação Social, que «muitas vezes são relativamente leves».

O MINISTRO da Presidência, Guilherme d'Oliveira Martins, defende o aumento das penalizações sobre as estações de televisão cuja programação viole os critérios legais., explica, adiantando que. Penalizações essas, considera o ministro que tutela a Comunicação Social, que

Radares reduzem velocidade

O PRIMEIRO Sistema de Indicação de Velocidade (SIV) - equipamento que visa levar os condutores a acelerar menos - começou nesta semana a funcionar em Portugal, numa rua próxima da escola secundária de Alverca, e os resultados são animadores: a velocidade no local baixou, em média, 20 quilómetros por hora. Outra utilidade do sistema, ainda não testada, é permitir a passagem de multas.

O PRIMEIRO Sistema de Indicação de Velocidade (SIV) - equipamento que visa levar os condutores a acelerar menos - começou nesta semana a funcionar em Portugal, numa rua próxima da escola secundária de Alverca, e os resultados são animadores: a velocidade no local baixou, em média, 20 quilómetros por hora. Outra utilidade do sistema, ainda não testada, é permitir a passagem de multas.

Ambiente faz parar auto-estradas

O TRAÇADO da auto-estrada 10 (A-10), entre Bucelas e o Carregado - uma variante à auto-estrada 1, que permitirá um desanuviamento no trânsito à entrada de Lisboa -, acaba de ser chumbado pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR). Este caso, o mais recente, mostra como o avanço de auto-estradas e outras vias rápidas está hoje em dia mais dependente de razões ambientais e patrimoniais e da contestação popular do que de factores económicos.

O TRAÇADO da auto-estrada 10 (A-10), entre Bucelas e o Carregado - uma variante à auto-estrada 1, que permitirá um desanuviamento no trânsito à entrada de Lisboa -, acaba de ser chumbado pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR). Este caso, o mais recente, mostra como o avanço de auto-estradas e outras vias rápidas está hoje em dia mais dependente de razões ambientais e patrimoniais e da contestação popular do que de factores económicos.

Empresas «investem» no voluntariado

O MOTORISTA de administração José Roque e a gestora de projectos Teresa Beirão, têm uma coisa em comum: aderiram ao projecto de voluntariado da Portugal Telecom (PT) e, há uns dias, foram até Cascais, com mais cinco colegas, para pintar o muro e os gradeamentos da casa da Assistência Médica Internacional (AMI). Dezoito mil dias de voluntariado é de quanto a PT dispõe para gastar ao longo de um ano. O exagero do número é fácil de explicar: o Grupo PT emprega quase 18 mil pessoas que, a partir de agora, podem tirar todos os anos um dia de trabalho para acções de solidariedade.

O MOTORISTA de administração José Roque e a gestora de projectos Teresa Beirão, têm uma coisa em comum: aderiram ao projecto de voluntariado da Portugal Telecom (PT) e, há uns dias, foram até Cascais, com mais cinco colegas, para pintar o muro e os gradeamentos da casa da Assistência Médica Internacional (AMI). Dezoito mil dias de voluntariado é de quanto a PT dispõe para gastar ao longo de um ano. O exagero do número é fácil de explicar: o Grupo PT emprega quase 18 mil pessoas que, a partir de agora, podem tirar todos os anos um dia de trabalho para acções de solidariedade.

Reformas da Justiça com aplicação difícil

A MAIORIA das alterações aos processos civil e penal, que entraram em vigor a 1 de Janeiro deste ano, revela ainda pouca aplicação prática. Os resultados da monitorização do Observatório Permanente da Justiça só serão revelados em Julho, mas o EXPRESSO fez um levantamento, em vários tribunais do país, dos problemas mais comuns. Os julgamentos continuam a ser adiados, poucas audiências são marcadas a menos de três meses, as citações e notificações mantêm-se complicadas, as videoconferências são quase sempre afectadas por dificuldades técnicas ou logísticas e a simplificação das sentenças está longe de ser uma realidade.

A MAIORIA das alterações aos processos civil e penal, que entraram em vigor a 1 de Janeiro deste ano, revela ainda pouca aplicação prática. Os resultados da monitorização do Observatório Permanente da Justiça só serão revelados em Julho, mas o EXPRESSO fez um levantamento, em vários tribunais do país, dos problemas mais comuns. Os julgamentos continuam a ser adiados, poucas audiências são marcadas a menos de três meses, as citações e notificações mantêm-se complicadas, as videoconferências são quase sempre afectadas por dificuldades técnicas ou logísticas e a simplificação das sentenças está longe de ser uma realidade.

MOTA NUNES e MARCO PAULO, reféns da FLEC-FAC

«Por que é que ainda cá estamos?»

Dois trabalhadores portugueses raptados pela FLEC-FAC há mais de um ano continuam reféns no enclave de Cabinda. Dulce Salzedas, jornalista da SIC, entrevistou-os esta semana, por telefone. Pedem a intervenção do Governo português.

À vontade do chefe

ATESE da liderança bicéfala, segundo a qual António Guterres delegaria a condução do PS a Jorge Coelho reservando-se mais para a coordenação do Governo, foi esta semana claramente negada pelo secretário-geral do partido. Guterres opôs-se à reestruturação imediata dos órgãos directivos do partido - nomeadamente à redução do Secretariado e da Comissão Permanente -, que Coelho chegou a colocar como condição para assumir, depois de sair do Governo, o leme partidário.

ATESE da liderança bicéfala, segundo a qual António Guterres delegaria a condução do PS a Jorge Coelho reservando-se mais para a coordenação do Governo, foi esta semana claramente negada pelo secretário-geral do partido. Guterres opôs-se à reestruturação imediata dos órgãos directivos do partido - nomeadamente à redução do Secretariado e da Comissão Permanente -, que Coelho chegou a colocar como condição para assumir, depois de sair do Governo, o leme partidário.

A prova dos nove

A APROVAÇÃO em Conselho de Ministros, na próxima semana, do pacote de medidas de controlo da despesa pública vai funcionar como a prova dos nove: António Guterres pretende prosseguir até ao fim da legislatura a estratégia de gestão das circunstâncias que o leva a anunciar com regularidade reformas que depois acaba por suavizar? Ou o ansiado «novo ciclo» - que o primeiro-ministro vem prometendo desde há um ano - vem mesmo aí e, daqui para a frente, porque «a hora não está para brincadeiras», como alerta um governante, é a doer? Os últimos indícios apontam para que o primeiro-ministro vá na senda do paradoxo que já é a sua imagem de marca: reformar sem rupturas, mudar para que tudo fique na mesma.

A APROVAÇÃO em Conselho de Ministros, na próxima semana, do pacote de medidas de controlo da despesa pública vai funcionar como a prova dos nove: António Guterres pretende prosseguir até ao fim da legislatura a estratégia de gestão das circunstâncias que o leva a anunciar com regularidade reformas que depois acaba por suavizar? Ou o ansiado «novo ciclo» - que o primeiro-ministro vem prometendo desde há um ano - vem mesmo aí e, daqui para a frente, porque, como alerta um governante, é a doer? Os últimos indícios apontam para que o primeiro-ministro vá na senda do paradoxo que já é a sua imagem de marca: reformar sem rupturas, mudar para que tudo fique na mesma.

O despenhadeiro

UM mês que começou com o Congresso da «guterrolatria» socialista e terminou com uma inconsequente moção de censura ao Governo, António Guterres sofre uma verdadeira «hecatombe» no Painel EXPRESSO/Euroexpansão de Maio: menos quatro pontos positivos e mais nove negativos (em relação a Abril) na opinião do eleitorado.

UM mês que começou com o Congresso da «guterrolatria» socialista e terminou com uma inconsequente moção de censura ao Governo, António Guterres sofre uma verdadeira «hecatombe» no Painel EXPRESSO/Euroexpansão de Maio: menos quatro pontos positivos e mais nove negativos (em relação a Abril) na opinião do eleitorado.

«Costa Gomes é que comandou o 25 de Novembro»

O VERDADEIRO comandante do 25 de Novembro foi Costa Gomes e não Ramalho Eanes, revela Pires Veloso, à época comandante da Região Militar Norte (RMN), num testemunho escrito incluído no livro «O Norte e o 25 de Novembro», da autoria do jornalista Silva Tavares (que à data dos acontecimentos era o director de «O Comércio do Porto») e que vai ser apresentado a 8 de Junho.

Combate a fogos com menos meios

A ÉPOCA de fogos florestais 2001 vai começar a 2 de Julho com menos 294 operacionais, 45 viaturas e quatro aeronaves de combate aos incêndios em relação ao ano passado. Um corte nos meios que o Governo justifica com uma maior aposta na prevenção. Até dia 28 de Setembro, estarão escalados para fazer frente às chamas 3100 bombeiros, 754 viaturas e 36 meios aéreos, em 26 pistas do país. Juntam-se a estes, dois aparelhos com disponibilidade permanente, estacionados nas bases de Santa Comba Dão e Loulé. Contudo, a novidade nos céus será a utilização de quatro helicópteros pesados com capacidade para 3300 litros de água.

A ÉPOCA de fogos florestais 2001 vai começar a 2 de Julho com menos 294 operacionais, 45 viaturas e quatro aeronaves de combate aos incêndios em relação ao ano passado. Um corte nos meios que o Governo justifica com uma maior aposta na prevenção. Até dia 28 de Setembro, estarão escalados para fazer frente às chamas 3100 bombeiros, 754 viaturas e 36 meios aéreos, em 26 pistas do país. Juntam-se a estes, dois aparelhos com disponibilidade permanente, estacionados nas bases de Santa Comba Dão e Loulé. Contudo, a novidade nos céus será a utilização de quatro helicópteros pesados com capacidade para 3300 litros de água.

«Semáforos de risco» em Lisboa

O TIPO de cabos eléctricos existentes no semáforo do Campo Grande, Lisboa, onde o jovem Ruben Cunha foi vítima de electrocussão, em Junho de 1997, continua a ser comum a outros sinais luminosos da capital, apesar de já existirem fios condutores de qualidade superior e maior segurança. Quatro anos após o acidente, a câmara municipal ainda não ordenou a renovação dos cabos de electricidade em todos os semáforos da capital.

O Meu Porto 2001

SE APÓS lançar os olhos tristes por sobre um local com ar de quem sofreu frequentes e terríveis bombardeamentos consegui ver uma cidade renovada erguer-se dos escombros... Se a pobre Micas pode cavar os seus túneis não como uma barata tonta mas consciente do que vai encontrar e com conhecimento para superar os problemas... Se após este ano a minha cidade melhorou o seu aspecto com novas construções e novos empreendimentos sem no entanto perder a sua personalidade em favor de modernas, inadequadas e descaracterizadas valorizações...

SE APÓS lançar os olhos tristes por sobre um local com ar de quem sofreu frequentes e terríveis bombardeamentos consegui ver uma cidade renovada erguer-se dos escombros... Se a pobre Micas pode cavar os seus túneis não como uma barata tonta mas consciente do que vai encontrar e com conhecimento para superar os problemas... Se após este ano a minha cidade melhorou o seu aspecto com novas construções e novos empreendimentos sem no entanto perder a sua personalidade em favor de modernas, inadequadas e descaracterizadas valorizações...

João Sá em risco

JOÃO Sá, líder do PSD/Trofa, foi constituído arguido num processo em que lhe é imputado o crime de peculato, no Tribunal Judicial de Santo Tirso, por actos praticados como presidente da Junta de Freguesia. Um facto que vem perturbar ainda mais o explosivo processo de escolha do candidato social-democrata à Câmara da Trofa. Pouco tempo depois do secretário-geral do PSD, José Luís Arnaut, ter ido à Trofa anunciar que o candidato do partido nas próximas autárquicas seria João Sá, estalou uma «guerra» aberta entre a Direcção Nacional e a Distrital do Porto.

JOÃO Sá, líder do PSD/Trofa, foi constituído arguido num processo em que lhe é imputado o crime de peculato, no Tribunal Judicial de Santo Tirso, por actos praticados como presidente da Junta de Freguesia. Um facto que vem perturbar ainda mais o explosivo processo de escolha do candidato social-democrata à Câmara da Trofa. Pouco tempo depois do secretário-geral do PSD, José Luís Arnaut, ter ido à Trofa anunciar que o candidato do partido nas próximas autárquicas seria João Sá, estalou uma «guerra» aberta entre a Direcção Nacional e a Distrital do Porto.

PSD/Lisboa em clima de guerra

DEPOIS do Porto, a distrital do PSD de Lisboa tornou-se esta semana uma verdadeira dor de cabeça para Durão Barroso. Em causa está o processo de escolha dos candidatos aos concelhos da Amadora e Sintra, que a presidente da distrital, Manuela Ferreira Leite, impôs contra a vontade das bases, que vão impugnar a decisão e ameaçam a corrida eleitoral do PSD naqueles locais. Depois de Santana Lopes (Lisboa), Isaltino Morais (Oeiras), António Capucho (Cascais) e Ministro dos Santos (Mafra), Ferreira Leite apresentou na quarta-feira os nomes que faltavam para completar a lista de candidatos aos restantes concelhos da Área Metroplitana de Lisboa: o ex-secretário de Estado da Educação Pedro Lynce (Azambuja), o deputado e ex-secretário de Estado da Segurança Social Vieira de Castro (Amadora), o deputado Fernando Seara (Sintra), o presidente dos TSD (TSD), Arménio Santos (Loures), Fernando Pedro Moutinho (Vila Franca de Xira) e Fernando Ferreira (Odivelas).

SEMANA EM REVISTA

Táxis na rua Mais de dois mil táxis participaram numa manifestação pelas ruas da capital, na passada quinta-feira. O percurso teve início no Parque das Nações e terminou numa concentração junto à Assembleia da República e posterior entrega a Almeida Santos de uma petição com as reivindicações dos taxistas. No centro deste protesto estão as novas regras de acesso à profissão. Mais de dois mil táxis participaram numa manifestação pelas ruas da capital, na passada quinta-feira. O percurso teve início no Parque das Nações e terminou numa concentração junto à Assembleia da República e posterior entrega a Almeida Santos de uma petição com as reivindicações dos taxistas. No centro deste protesto estão as novas regras de acesso à profissão.

O sobe e desce da I Liga

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