Santos Cabral Apresentou Ontem Proposta ao Ministro
Sábado, 14 de Agosto de 2004 António Arnaldo Mesquita O desembargador Santos Cabral já tem equipa para dirigir a Polícia Judiciária (PJ). Ontem de manhã apresentou a sua proposta ao ministro Aguiar Branco, que a homologou, estando marcada a posse para segunda-feira. Santos Cabral convidou para se manterem em comissão de serviço dois juízes que se demitiram em solidariedade com Adelino Salvado. Ataíde das Neves continua como responsável máximo da directoria do Porto, para onde foi transferido por Salvado para substituir o juiz Artur Oliveira, na sequência gerada pelo facto de o mais importante departamento da PJ a nível nacional ter accionado a operação Apito Dourado, sem curar de comunicar ao ex-director nacional que tinham como alvo várias figuras de relevo do PSD, nomeadamente o major Valentim Loureiro e o respectivo braço direito na Câmara de Gondomar, José Luís Oliveira, que está preso preventivamente. Mouraz Lopes, o outro magistrado judicial que se demitiu num gesto de solidariedade com Salvado, aceitou o convite de Cabral para liderar da a Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF), lugar ocupado pelo magistrado do Ministério Público Albano Pinto, na sequência da polémica demissão de Maria José Morgado, há cerca de dois anos. Para com ele trabalharem directamente, Santos Cabral escolheu o procurador-geral adjunto Baltazar Pinto, que regressa às funções desempenhadas durante o mandato de Fernando Negrão, e o coordenador Almeida Rodrigues, que era desde há vários anos o número dois da directoria de Coimbra, que será agora dirigida pelo procurador da República Pedro do Carmo. Outra directoria onde houve mudanças foi a de Faro, onde o novo responsável passou a ser o coordenador Guilhermino da Encarnação, que era subdirector do departamento e foi promovido. Situação análoga ocorre na directoria de Lisboa, que tem como novo dirigente máximo o coordenador superior Paulo Rebelo. Os responsáveis das direcções centrais de combate ao banditismo e ao tráfico de estupefacientes mantém-se, por terem sido reconduzidos os cooordenadores superiores Ferreira Leite e José Brás. o procurador -geral adjunto Francisco Teodósio Jacinto mantém-se na direcção do Iinstituto Superior da Polícia Judiciária e Ciências Criminais. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE PSD e CDS/PP querem evitar demissão de Souto Moura
Bastonário reclama novo inquérito e lembra que "pela boca morre o peixe''
Bloco e PCP querem explicações
Santos Cabral apresentou ontem proposta ao ministro
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Sábado, 14 de Agosto de 2004 António Arnaldo Mesquita O desembargador Santos Cabral já tem equipa para dirigir a Polícia Judiciária (PJ). Ontem de manhã apresentou a sua proposta ao ministro Aguiar Branco, que a homologou, estando marcada a posse para segunda-feira. Santos Cabral convidou para se manterem em comissão de serviço dois juízes que se demitiram em solidariedade com Adelino Salvado. Ataíde das Neves continua como responsável máximo da directoria do Porto, para onde foi transferido por Salvado para substituir o juiz Artur Oliveira, na sequência gerada pelo facto de o mais importante departamento da PJ a nível nacional ter accionado a operação Apito Dourado, sem curar de comunicar ao ex-director nacional que tinham como alvo várias figuras de relevo do PSD, nomeadamente o major Valentim Loureiro e o respectivo braço direito na Câmara de Gondomar, José Luís Oliveira, que está preso preventivamente. Mouraz Lopes, o outro magistrado judicial que se demitiu num gesto de solidariedade com Salvado, aceitou o convite de Cabral para liderar da a Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF), lugar ocupado pelo magistrado do Ministério Público Albano Pinto, na sequência da polémica demissão de Maria José Morgado, há cerca de dois anos. Para com ele trabalharem directamente, Santos Cabral escolheu o procurador-geral adjunto Baltazar Pinto, que regressa às funções desempenhadas durante o mandato de Fernando Negrão, e o coordenador Almeida Rodrigues, que era desde há vários anos o número dois da directoria de Coimbra, que será agora dirigida pelo procurador da República Pedro do Carmo. Outra directoria onde houve mudanças foi a de Faro, onde o novo responsável passou a ser o coordenador Guilhermino da Encarnação, que era subdirector do departamento e foi promovido. Situação análoga ocorre na directoria de Lisboa, que tem como novo dirigente máximo o coordenador superior Paulo Rebelo. Os responsáveis das direcções centrais de combate ao banditismo e ao tráfico de estupefacientes mantém-se, por terem sido reconduzidos os cooordenadores superiores Ferreira Leite e José Brás. o procurador -geral adjunto Francisco Teodósio Jacinto mantém-se na direcção do Iinstituto Superior da Polícia Judiciária e Ciências Criminais. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE PSD e CDS/PP querem evitar demissão de Souto Moura
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