EXPRESSO: Vidas

29-04-2002
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9/2/2002

GENTE

Notícia — De que o português de origem angolana Sérgio Tavares Campos, que participa na versão brasileira do programa «Big Brother», tem até ao dia 12 para deixar o país, anunciou esta semana a Polícia Federal (PF) do Brasil. Segundo a PF, um inspector irá à casa do «Big Brother Brasil» (BBB), no Rio de Janeiro, para notificar Sérgio. Caso não cumpra o prazo de oito dias para deixar o país, poderá ser preso e deportado de forma sumária para Portugal. Criado em Angola, Sérgio, de 29 anos, está em situação irregular no Brasil porque dispunha de um visto provisório de trabalho que já caducou, e despertou a atenção da PF depois de ser um dos 12 escolhidos pela Rede Globo para participar no BBB. Em disputa está um prémio de 500 mil reais ( 250.000), mas o vencedor terá de permanecer na casa até ao dia 31 de Março.

Nomeação — Do Presidente dos Estados Unidos, George Bush, e do primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, para o Prémio Nobel da Paz 2002, por lutarem contra o terrorismo e defenderem a paz mundial, anunciou um deputado norueguês. Harald Tom Nesvik, deputado pelo Partido do Progresso, que tem o direito de nomeação na qualidade de membro do Parlamento da Noruega, precisou ter designado os dois líderes apesar da guerra do Afeganistão: «A razão para a minha nomeação é a acção decisiva de ambos contra o terrorismo, algo que acredito que será no futuro a maior ameaça para a paz. Infelizmente, às vezes, tem de se usar a força para defender a paz.»

Votação — Do Senado italiano, por larga maioria, a favor do regresso da família dos Saboia a Itália, ao aprovar uma reforma à Constituição de 1946 que estipulava o exílio dos membros da antiga família real do país. O texto obteve a maioria requerida de mais de dois terços e deverá agora ser votado pela Câmara dos Deputados. Vittorio Emmanuele de Saboia e o seu filho, Emmanuele Filiberto, descendentes do último rei de Itália, Umberto II, enviaram o seu agradecimento aos parlamentares. A família dos Saboia foi obrigada a exilar-se em 1946, ano em que saíram de Itália com destino a Portugal, o seu primeiro país de refúgio, vivendo actualmente na Suíça.

Os «pontos negros» de Negrão Coordenação de Pedro Andrade

Diz-se que não existem duas almas iguais. Mas a de Fernando Negrão(na foto), antigo director da PJ, e Sousa Martins, ex-director da PJ de Faro, actualmente alvo de um processo disciplinar, parecem gémeas. Em comum os dois espíritos são hábeis na antecipação. Não admira que o actual candidato do PSD (curiosamente também por Faro) tenha oferecido os seus préstimos para ministro da Administração Interna e feito os maiores elogios ao seu antigo director. Diz-se que não existem duas almas iguais. Mas a de(na foto), antigo director da PJ, e, ex-director da PJ de Faro, actualmente alvo de um processo disciplinar, parecem gémeas. Em comum os dois espíritos são hábeis na antecipação. Não admira que o actual candidato do PSD (curiosamente também por Faro) tenha oferecido os seus préstimos para ministro da Administração Interna e feito os maiores elogios ao seu antigo director. Não se sabe quem aprendeu com quem. Em 1995, Sousa Martins teve uma ideia inédita: oferecer-se para director-geral-adjunto da PJ. Para o gabinete de Fernando Negrão enviou um canhenho de cento e tal páginas: desde o rol de presos, a maior parte efectuados por outros colegas, a louvores de várias entidades, ou cartas de marcas importantes - como a Lacoste - elogiando o seu papel na luta contra a contrafacção. É obvio que epístolas destas marcam um currículo. ANTÓNIO PEDRO FERREIRA Para engrossar, o inspector não deixou de incluir correspondência trocada com Alberto João Jardim. Numa delas, o presidente do Governo Regional realça os seus méritos: «Muito reconhecido agradeço a garrafa de vinho da Madeira que V. Exª teve a gentileza de me enviar.» Por essas e outras, Fernando Negrão não resistiu e nomeou-o. Decerto concordou com o retrato que o requerente traçou de si próprio: «O 'curriculum' profissional do impetrante, sem vaidade, mas, também, sem falsas modéstias... não encontra paralelo nos actuais quadros da Polícia Judiciária.» Para engrossar, o inspector não deixou de incluir correspondência trocada com. Numa delas, o presidente do Governo Regional realça os seus méritos: «Muito reconhecido agradeço a garrafa de vinho da Madeira que V. Exª teve a gentileza de me enviar.» Por essas e outras, Fernando Negrão não resistiu e nomeou-o. Decerto concordou com o retrato que o requerente traçou de si próprio: «O 'curriculum' profissional do impetrante, sem vaidade, mas, também, sem falsas modéstias... não encontra paralelo nos actuais quadros da Polícia Judiciária.» Se Negrão chegar a ministro do PSD, Sousa Martins, o legionário, chegará onde? E, como as coisas da política são mesmo assim, continuará a manter as convicções que, durante o Governo PS, subscreveu no pedido à promoção: «Não nos travestimos de socialistas de última hora, não procuramos apoios junto do poder (...) porque, desde sempre servimos a lei.»

A escolha de Marcelo RUI OCHÔA Aviso prévio: esta história não é uma anedota, aconteceu mesmo e em directo na televisão. O narrador foi Marcelo Rebelo de Sousa, na sua crónica na TVI, no domingo passado. Como se sabe, o professor e ex-líder do PSD não perde uma oportunidade para mostrar a sua «veneração» pelo também ex-líder Cavaco Silva - que, no próximo dia 16, na Figueira da Foz (uma verdadeira cidade santuário para os sociais-democratas, como se sabe...), vai lançar o primeiro livro da sua «Autobiografia Política». Ora, segundo Marcelo, o dilema é o seguinte: «Imagine-se que, no mesmo dia, um dos maiores génios do piano, o russo Evgeny Kissin, dá um recital em Lisboa. Imagine-se a angústia dos sociais-democratas que, por um lado apreciam o melhor primeiro-ministro dos últimos 25 anos e, por outro, gostam de música. Eu tive de fazer uma opção e socorri-me dos cálculos do professor Cavaco Silva. O que é mais raro, em termos económicos: um autógrafo de Cavaco Silva ou um recital de Kissin?» Imparável, o professor deu logo a solução: «Quanto a Cavaco Silva, compra-se o livro e no dia seguinte é possível encontrá-lo na convenção do PSD e pede-se um autógrafo. Por seu lado, o Kissin vem de três a três anos a Portugal e é muito difícil obter bilhetes. Portanto, é mais raro um recital de Kissin que um autógrafo de Cavaco Silva, e optei pelo primeiro. O autógrafo ficará para o dia seguinte.» O problema é que, ao que GENTE apurou, o pianista russo está a defrontar sérias dificuldades para obter visto de entrada em Portugal. E corre-se o risco de não haver mesmo espectáculo. Lá teria Marcelo que optar pela ida ao lançamento do livro de Cavaco. O que, também, não deixaria de ser um caso raro, em termos políticos. Aviso prévio: esta história não é uma anedota, aconteceu mesmo e em directo na televisão. O narrador foi, na sua crónica na TVI, no domingo passado. Como se sabe, o professor e ex-líder do PSD não perde uma oportunidade para mostrar a sua «veneração» pelo também ex-líder- que, no próximo dia 16, na Figueira da Foz (uma verdadeira cidade santuário para os sociais-democratas, como se sabe...), vai lançar o primeiro livro da sua «Autobiografia Política». Ora, segundo Marcelo, o dilema é o seguinte:Imparável, o professor deu logo a solução:O problema é que, ao que GENTE apurou, o pianista russo está a defrontar sérias dificuldades para obter visto de entrada em Portugal. E corre-se o risco de não haver mesmo espectáculo. Lá teria Marcelo que optar pela ida ao lançamento do livro de Cavaco. O que, também, não deixaria de ser um caso raro, em termos políticos.

À sombra das rainhas PASCAL PAVANI / EPA O príncipe consorteHenrik, casado com a Rainha Margarida II da Dinamarca, resolveu «tirar um tempo» para pensar na vida. Os mais atentos terão notado a sua ausência na boda de Guilherme Alexandre, príncipe da Holanda, e Máxima Zorreguieta, no passado sábado. Henrik - aliás, o filho de condes franceses Henri de Laborde de Montpezat, o seu nome antes do casamento - rumou para o seu «chateau» em Caix, no Sul de França, onde a mulher e o filho Frederico, o príncipe herdeiro, o foram visitar esta semana (na foto). Depois de 30 anos como príncipe consorte, Henrik decidiu retirar-se para reflectir sobre o seu papel na corte, onde se sente cada vez mais inútil e sem responsabilidades a cumprir. Esta situação agravou-se desde que o seu filho começou a assumir compromissos oficiais, deixando-o a ele com ainda menos afazeres. Habituado a uma vida de trabalho quando pertencia ao Corpo Diplomático francês, é com dificuldade que Henrik vê o seu tempo tão pouco ocupado e resolveu ir para Caix para tratar das suas vinhas. Problemas semelhantes afectam desde há anos outro príncipe consorte, Claus von Amsberg, marido da Rainha Beatriz da Holanda. As depressões têm-se sucedido, a ponto de ter sido com grande esforço que conseguiu ir à boda do seu primogénito, Guilherme Alexandre. Não é fácil viver à sombra de uma grande mulher... O príncipe consorte, casado com a Rainha, resolveu «tirar um tempo» para pensar na vida. Os mais atentos terão notado a sua ausência na boda de, príncipe da Holanda, e, no passado sábado. Henrik - aliás, o filho de condes franceses, o seu nome antes do casamento - rumou para o seu «chateau» em Caix, no Sul de França, onde a mulher e o filho, o príncipe herdeiro, o foram visitar esta semana (na foto). Depois de 30 anos como príncipe consorte, Henrik decidiu retirar-se para reflectir sobre o seu papel na corte, onde se sente cada vez mais inútil e sem responsabilidades a cumprir. Esta situação agravou-se desde que o seu filho começou a assumir compromissos oficiais, deixando-o a ele com ainda menos afazeres. Habituado a uma vida de trabalho quando pertencia ao Corpo Diplomático francês, é com dificuldade que Henrik vê o seu tempo tão pouco ocupado e resolveu ir para Caix para tratar das suas vinhas. Problemas semelhantes afectam desde há anos outro príncipe consorte,, marido da Rainhada Holanda. As depressões têm-se sucedido, a ponto de ter sido com grande esforço que conseguiu ir à boda do seu primogénito, Guilherme Alexandre. Não é fácil viver à sombra de uma grande mulher...

Homem-Aranha em Proença-a-Nova Se hoje for para os lados de Proença-a-Nova não fique espantado se olhar para o céu e observar o Homem-Aranha. Saiba que por baixo daquele disfarce está o super-herói do pára-quedismo nacional José Veras. Como já é tradição, o «skysurfer» festeja o Carnaval com um salto a 5000 metros de altitude, este ano mascarado de Homem-Aranha. Eleito por 1600 visitantes do «site» de José Veras, o disfarce obrigou o pára-quedista a efectuar 20 saltos de treino, num dos quais o «cameraflyer» Luís Candeias captou a imagem na foto. E para fazer a vontade aos fãs, Veras teve de saltar sem óculos - porque o Homem-Aranha não tem problemas de visão - e limitar as acrobacias devido às características do fato, tudo dificultado por uma velocidade superior a 250 quilómetros por hora. Se hoje for para os lados de Proença-a-Nova não fique espantado se olhar para o céu e observar o Homem-Aranha. Saiba que por baixo daquele disfarce está o super-herói do pára-quedismo nacional. Como já é tradição, o «skysurfer» festeja o Carnaval com um salto a 5000 metros de altitude, este ano mascarado de Homem-Aranha. Eleito por 1600 visitantes do «site» de José Veras, o disfarce obrigou o pára-quedista a efectuar 20 saltos de treino, num dos quais o «cameraflyer»captou a imagem na foto. E para fazer a vontade aos fãs, Veras teve de saltar sem óculos - porque o Homem-Aranha não tem problemas de visão - e limitar as acrobacias devido às características do fato, tudo dificultado por uma velocidade superior a 250 quilómetros por hora.

Assalto ao procurador A anedota corre entre os magistrados. Sabem porque é que os ladrões que assaltaram a residência do procurador-geral da República, o circunspecto José Souto de Moura, saíram de mãos a abanar, sem nada de que se pudessem orgulhar de ter furtado? Parece que iam à procura de ideias... E pensávamos nós que estavam todos fartos do mediatismo do anterior procurador, Narciso Cunha Rodrigues. Afinal...

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9/2/2002

GENTE

Notícia — De que o português de origem angolana Sérgio Tavares Campos, que participa na versão brasileira do programa «Big Brother», tem até ao dia 12 para deixar o país, anunciou esta semana a Polícia Federal (PF) do Brasil. Segundo a PF, um inspector irá à casa do «Big Brother Brasil» (BBB), no Rio de Janeiro, para notificar Sérgio. Caso não cumpra o prazo de oito dias para deixar o país, poderá ser preso e deportado de forma sumária para Portugal. Criado em Angola, Sérgio, de 29 anos, está em situação irregular no Brasil porque dispunha de um visto provisório de trabalho que já caducou, e despertou a atenção da PF depois de ser um dos 12 escolhidos pela Rede Globo para participar no BBB. Em disputa está um prémio de 500 mil reais ( 250.000), mas o vencedor terá de permanecer na casa até ao dia 31 de Março.

Nomeação — Do Presidente dos Estados Unidos, George Bush, e do primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, para o Prémio Nobel da Paz 2002, por lutarem contra o terrorismo e defenderem a paz mundial, anunciou um deputado norueguês. Harald Tom Nesvik, deputado pelo Partido do Progresso, que tem o direito de nomeação na qualidade de membro do Parlamento da Noruega, precisou ter designado os dois líderes apesar da guerra do Afeganistão: «A razão para a minha nomeação é a acção decisiva de ambos contra o terrorismo, algo que acredito que será no futuro a maior ameaça para a paz. Infelizmente, às vezes, tem de se usar a força para defender a paz.»

Votação — Do Senado italiano, por larga maioria, a favor do regresso da família dos Saboia a Itália, ao aprovar uma reforma à Constituição de 1946 que estipulava o exílio dos membros da antiga família real do país. O texto obteve a maioria requerida de mais de dois terços e deverá agora ser votado pela Câmara dos Deputados. Vittorio Emmanuele de Saboia e o seu filho, Emmanuele Filiberto, descendentes do último rei de Itália, Umberto II, enviaram o seu agradecimento aos parlamentares. A família dos Saboia foi obrigada a exilar-se em 1946, ano em que saíram de Itália com destino a Portugal, o seu primeiro país de refúgio, vivendo actualmente na Suíça.

Os «pontos negros» de Negrão Coordenação de Pedro Andrade

Diz-se que não existem duas almas iguais. Mas a de Fernando Negrão(na foto), antigo director da PJ, e Sousa Martins, ex-director da PJ de Faro, actualmente alvo de um processo disciplinar, parecem gémeas. Em comum os dois espíritos são hábeis na antecipação. Não admira que o actual candidato do PSD (curiosamente também por Faro) tenha oferecido os seus préstimos para ministro da Administração Interna e feito os maiores elogios ao seu antigo director. Diz-se que não existem duas almas iguais. Mas a de(na foto), antigo director da PJ, e, ex-director da PJ de Faro, actualmente alvo de um processo disciplinar, parecem gémeas. Em comum os dois espíritos são hábeis na antecipação. Não admira que o actual candidato do PSD (curiosamente também por Faro) tenha oferecido os seus préstimos para ministro da Administração Interna e feito os maiores elogios ao seu antigo director. Não se sabe quem aprendeu com quem. Em 1995, Sousa Martins teve uma ideia inédita: oferecer-se para director-geral-adjunto da PJ. Para o gabinete de Fernando Negrão enviou um canhenho de cento e tal páginas: desde o rol de presos, a maior parte efectuados por outros colegas, a louvores de várias entidades, ou cartas de marcas importantes - como a Lacoste - elogiando o seu papel na luta contra a contrafacção. É obvio que epístolas destas marcam um currículo. ANTÓNIO PEDRO FERREIRA Para engrossar, o inspector não deixou de incluir correspondência trocada com Alberto João Jardim. Numa delas, o presidente do Governo Regional realça os seus méritos: «Muito reconhecido agradeço a garrafa de vinho da Madeira que V. Exª teve a gentileza de me enviar.» Por essas e outras, Fernando Negrão não resistiu e nomeou-o. Decerto concordou com o retrato que o requerente traçou de si próprio: «O 'curriculum' profissional do impetrante, sem vaidade, mas, também, sem falsas modéstias... não encontra paralelo nos actuais quadros da Polícia Judiciária.» Para engrossar, o inspector não deixou de incluir correspondência trocada com. Numa delas, o presidente do Governo Regional realça os seus méritos: «Muito reconhecido agradeço a garrafa de vinho da Madeira que V. Exª teve a gentileza de me enviar.» Por essas e outras, Fernando Negrão não resistiu e nomeou-o. Decerto concordou com o retrato que o requerente traçou de si próprio: «O 'curriculum' profissional do impetrante, sem vaidade, mas, também, sem falsas modéstias... não encontra paralelo nos actuais quadros da Polícia Judiciária.» Se Negrão chegar a ministro do PSD, Sousa Martins, o legionário, chegará onde? E, como as coisas da política são mesmo assim, continuará a manter as convicções que, durante o Governo PS, subscreveu no pedido à promoção: «Não nos travestimos de socialistas de última hora, não procuramos apoios junto do poder (...) porque, desde sempre servimos a lei.»

A escolha de Marcelo RUI OCHÔA Aviso prévio: esta história não é uma anedota, aconteceu mesmo e em directo na televisão. O narrador foi Marcelo Rebelo de Sousa, na sua crónica na TVI, no domingo passado. Como se sabe, o professor e ex-líder do PSD não perde uma oportunidade para mostrar a sua «veneração» pelo também ex-líder Cavaco Silva - que, no próximo dia 16, na Figueira da Foz (uma verdadeira cidade santuário para os sociais-democratas, como se sabe...), vai lançar o primeiro livro da sua «Autobiografia Política». Ora, segundo Marcelo, o dilema é o seguinte: «Imagine-se que, no mesmo dia, um dos maiores génios do piano, o russo Evgeny Kissin, dá um recital em Lisboa. Imagine-se a angústia dos sociais-democratas que, por um lado apreciam o melhor primeiro-ministro dos últimos 25 anos e, por outro, gostam de música. Eu tive de fazer uma opção e socorri-me dos cálculos do professor Cavaco Silva. O que é mais raro, em termos económicos: um autógrafo de Cavaco Silva ou um recital de Kissin?» Imparável, o professor deu logo a solução: «Quanto a Cavaco Silva, compra-se o livro e no dia seguinte é possível encontrá-lo na convenção do PSD e pede-se um autógrafo. Por seu lado, o Kissin vem de três a três anos a Portugal e é muito difícil obter bilhetes. Portanto, é mais raro um recital de Kissin que um autógrafo de Cavaco Silva, e optei pelo primeiro. O autógrafo ficará para o dia seguinte.» O problema é que, ao que GENTE apurou, o pianista russo está a defrontar sérias dificuldades para obter visto de entrada em Portugal. E corre-se o risco de não haver mesmo espectáculo. Lá teria Marcelo que optar pela ida ao lançamento do livro de Cavaco. O que, também, não deixaria de ser um caso raro, em termos políticos. Aviso prévio: esta história não é uma anedota, aconteceu mesmo e em directo na televisão. O narrador foi, na sua crónica na TVI, no domingo passado. Como se sabe, o professor e ex-líder do PSD não perde uma oportunidade para mostrar a sua «veneração» pelo também ex-líder- que, no próximo dia 16, na Figueira da Foz (uma verdadeira cidade santuário para os sociais-democratas, como se sabe...), vai lançar o primeiro livro da sua «Autobiografia Política». Ora, segundo Marcelo, o dilema é o seguinte:Imparável, o professor deu logo a solução:O problema é que, ao que GENTE apurou, o pianista russo está a defrontar sérias dificuldades para obter visto de entrada em Portugal. E corre-se o risco de não haver mesmo espectáculo. Lá teria Marcelo que optar pela ida ao lançamento do livro de Cavaco. O que, também, não deixaria de ser um caso raro, em termos políticos.

À sombra das rainhas PASCAL PAVANI / EPA O príncipe consorteHenrik, casado com a Rainha Margarida II da Dinamarca, resolveu «tirar um tempo» para pensar na vida. Os mais atentos terão notado a sua ausência na boda de Guilherme Alexandre, príncipe da Holanda, e Máxima Zorreguieta, no passado sábado. Henrik - aliás, o filho de condes franceses Henri de Laborde de Montpezat, o seu nome antes do casamento - rumou para o seu «chateau» em Caix, no Sul de França, onde a mulher e o filho Frederico, o príncipe herdeiro, o foram visitar esta semana (na foto). Depois de 30 anos como príncipe consorte, Henrik decidiu retirar-se para reflectir sobre o seu papel na corte, onde se sente cada vez mais inútil e sem responsabilidades a cumprir. Esta situação agravou-se desde que o seu filho começou a assumir compromissos oficiais, deixando-o a ele com ainda menos afazeres. Habituado a uma vida de trabalho quando pertencia ao Corpo Diplomático francês, é com dificuldade que Henrik vê o seu tempo tão pouco ocupado e resolveu ir para Caix para tratar das suas vinhas. Problemas semelhantes afectam desde há anos outro príncipe consorte, Claus von Amsberg, marido da Rainha Beatriz da Holanda. As depressões têm-se sucedido, a ponto de ter sido com grande esforço que conseguiu ir à boda do seu primogénito, Guilherme Alexandre. Não é fácil viver à sombra de uma grande mulher... O príncipe consorte, casado com a Rainha, resolveu «tirar um tempo» para pensar na vida. Os mais atentos terão notado a sua ausência na boda de, príncipe da Holanda, e, no passado sábado. Henrik - aliás, o filho de condes franceses, o seu nome antes do casamento - rumou para o seu «chateau» em Caix, no Sul de França, onde a mulher e o filho, o príncipe herdeiro, o foram visitar esta semana (na foto). Depois de 30 anos como príncipe consorte, Henrik decidiu retirar-se para reflectir sobre o seu papel na corte, onde se sente cada vez mais inútil e sem responsabilidades a cumprir. Esta situação agravou-se desde que o seu filho começou a assumir compromissos oficiais, deixando-o a ele com ainda menos afazeres. Habituado a uma vida de trabalho quando pertencia ao Corpo Diplomático francês, é com dificuldade que Henrik vê o seu tempo tão pouco ocupado e resolveu ir para Caix para tratar das suas vinhas. Problemas semelhantes afectam desde há anos outro príncipe consorte,, marido da Rainhada Holanda. As depressões têm-se sucedido, a ponto de ter sido com grande esforço que conseguiu ir à boda do seu primogénito, Guilherme Alexandre. Não é fácil viver à sombra de uma grande mulher...

Homem-Aranha em Proença-a-Nova Se hoje for para os lados de Proença-a-Nova não fique espantado se olhar para o céu e observar o Homem-Aranha. Saiba que por baixo daquele disfarce está o super-herói do pára-quedismo nacional José Veras. Como já é tradição, o «skysurfer» festeja o Carnaval com um salto a 5000 metros de altitude, este ano mascarado de Homem-Aranha. Eleito por 1600 visitantes do «site» de José Veras, o disfarce obrigou o pára-quedista a efectuar 20 saltos de treino, num dos quais o «cameraflyer» Luís Candeias captou a imagem na foto. E para fazer a vontade aos fãs, Veras teve de saltar sem óculos - porque o Homem-Aranha não tem problemas de visão - e limitar as acrobacias devido às características do fato, tudo dificultado por uma velocidade superior a 250 quilómetros por hora. Se hoje for para os lados de Proença-a-Nova não fique espantado se olhar para o céu e observar o Homem-Aranha. Saiba que por baixo daquele disfarce está o super-herói do pára-quedismo nacional. Como já é tradição, o «skysurfer» festeja o Carnaval com um salto a 5000 metros de altitude, este ano mascarado de Homem-Aranha. Eleito por 1600 visitantes do «site» de José Veras, o disfarce obrigou o pára-quedista a efectuar 20 saltos de treino, num dos quais o «cameraflyer»captou a imagem na foto. E para fazer a vontade aos fãs, Veras teve de saltar sem óculos - porque o Homem-Aranha não tem problemas de visão - e limitar as acrobacias devido às características do fato, tudo dificultado por uma velocidade superior a 250 quilómetros por hora.

Assalto ao procurador A anedota corre entre os magistrados. Sabem porque é que os ladrões que assaltaram a residência do procurador-geral da República, o circunspecto José Souto de Moura, saíram de mãos a abanar, sem nada de que se pudessem orgulhar de ter furtado? Parece que iam à procura de ideias... E pensávamos nós que estavam todos fartos do mediatismo do anterior procurador, Narciso Cunha Rodrigues. Afinal...

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