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06-09-2002
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As múmias do soarismo José António Lima

UMA NOTÍCIA de primeira página da última edição do EXPRESSO -- «Soares em Belém ainda é hipótese» -- poderia parecer, à primeira vista, um «fait divers» estival ou uma politiquice própria de férias. O problema é que não se trata de uma brincadeira. É para ser levada a sério. E, ainda que as suas consequências práticas sejam irrelevantes, revela como alguns dinossauros da política, caso de Mário Soares, têm uma congénita e inultrapassável dificuldade em perceber que o seu tempo já passou. À falta de ideias e de melhores candidatos, algumas múmias do soarismo (como António Campos, Medeiros Ferreira, Eduardo Pereira, Dias da Cunha, Vítor Ramalho e o ressuscitado Fernando Gomes, entre outras figuras saídas da antiguidade) resolveram lançar a estrambólica hipótese de Mário Soares se recandidatar em 2006, com 81 anos, a Belém. De onde sairia, ao fim de dois mandatos, a caminho dos 92 anos e pronto, supõe-se, a candidatar-se à presidência do Parlamento Europeu... À falta de ideias e de melhores candidatos, algumas múmias do soarismo (como António Campos, Medeiros Ferreira, Eduardo Pereira, Dias da Cunha, Vítor Ramalho e o ressuscitado Fernando Gomes, entre outras figuras saídas da antiguidade) resolveram lançar a estrambólica hipótese de Mário Soares se recandidatar em 2006, com 81 anos, a Belém. De onde sairia, ao fim de dois mandatos, a caminho dos 92 anos e pronto, supõe-se, a candidatar-se à presidência do Parlamento Europeu... Os fins, pensam as múmias das tertúlias soaristas, justificam os meios. E o fim, é fácil perceber, é o de perturbar e retirar espaço político à provável candidatura de António Guterres às próximas presidenciais. Para tal fim, além da abstrusa recandidatura do ancião Mário Soares (da qual o próprio se distancia, mas deixa andar com um sorriso de gozo pela atrapalhação que possa causar a Guterres), o núcleo das tertúlias lançou mão, nos últimos dias, de outros meios igualmente ridículos e a roçar o patético. Como são os casos das hipotéticas candidaturas de Carlos Monjardino ou de Vasco Vieira de Almeida. Só falta lembrarem-se do presidente honorário do PS, Fernando Valle, que em 2006 terá a bonita idade de 106 anos. Os fins, pensam as múmias das tertúlias soaristas, justificam os meios. E o fim, é fácil perceber, é o de perturbar e retirar espaço político à provável candidatura de António Guterres às próximas presidenciais. Para tal fim, além da abstrusa recandidatura do ancião Mário Soares (da qual o próprio se distancia, mas deixa andar com um sorriso de gozo pela atrapalhação que possa causar a Guterres), o núcleo das tertúlias lançou mão, nos últimos dias, de outros meios igualmente ridículos e a roçar o patético. Como são os casos das hipotéticas candidaturas de Carlos Monjardino ou de Vasco Vieira de Almeida. Só falta lembrarem-se do presidente honorário do PS, Fernando Valle, que em 2006 terá a bonita idade de 106 anos. Ora, o que está por detrás destas encenações bacocas dos velhos soaristas (que aproveitam, pelo caminho, para fazerem alguns ajustes de contas, como é a acusação que atiram a Jorge Sampaio de «ter descaracterizado a magistratura presidencial») é a vontade de condicionar a candidatura a Belém de Guterres e de extirpar do PS o que consideram ser a herança social-cristã do catolicismo guterrista. Ora, o que está por detrás destas encenações bacocas dos velhos soaristas (que aproveitam, pelo caminho, para fazerem alguns ajustes de contas, como é a acusação que atiram a Jorge Sampaio de «ter descaracterizado a magistratura presidencial») é a vontade de condicionar a candidatura a Belém de Guterres e de extirpar do PS o que consideram ser a herança social-cristã do catolicismo guterrista. É neste cenário de luta político-ideológica para definir o futuro do PS e da esquerda portuguesa que se enquadram o artigo de Mário Soares «Ser de esquerda, hoje», as reuniões conspirativas das tertúlias soaristas e a megaconferência que o fundador do PS está a organizar para o Outono, ao estilo do infausto Congresso «Portugal: Que Futuro?». Assim como estes tiros de pólvora seca de pseudocandidatos presidenciais. A história repete-se. E a farsa também. É neste cenário de luta político-ideológica para definir o futuro do PS e da esquerda portuguesa que se enquadram o artigo de Mário Soares «Ser de esquerda, hoje», as reuniões conspirativas das tertúlias soaristas e a megaconferência que o fundador do PS está a organizar para o Outono, ao estilo do infausto Congresso «Portugal: Que Futuro?». Assim como estes tiros de pólvora seca de pseudocandidatos presidenciais. A história repete-se. E a farsa também. Ser de esquerda, hoje, não é ser a esquerda do passado. Ao contrário do que possa pensar o Politburo soarista. Ser de esquerda, hoje, não é ser a esquerda do passado. Ao contrário do que possa pensar o Politburo soarista. 09:31 22 Agosto 2002

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Comentários

1 a 20 de 88 citius 04:44 29 Agosto 2002 Há de tudo em jornalismo: artigos estupendos; artigos medíocres; artigos "que dão que pensar"; artigos "que não dão para pensar", etc..

Quanto ao artigo de JAL, "As Múmias do Soarismo", será razoável extrair-se-lhe uma só ilacção: que afinal o ancião Soares ainda "mexe", ainda "condimenta", ainda influencia?

Ou JAL terá querido dizer mais qualquer coisa?

P.S. Não sou PS. SuperAlhoPorro 15:23 28 Agosto 2002 crackdown 14:40 26 Agosto 2002

E, já que estamos nessa onda,

"Do as I say, not as I do" Elpídeo 20:37 26 Agosto 2002 A Dinâmica e a Estática

Vamos em oitenta e seis comentários. Vêm como em democracia há participação?

Os acontecimentos é que não mudam... Mayrink 17:22 26 Agosto 2002 Soarismo

Das distantes terras do absurdo, vêm voando os comentários de meus ilustres colegas... Ainda se discute ideologia em termos de Direita e Esquerda?!? Alguém aí perdeu o bonde da História ou então são todos discípulos de Furukawa...

Quanto ao Mário Soares, sabe qul a diferença entre ele e o Papa? É que todo lugar onde Sua Santidade vai o nosso nobre Eurodeputado (sic) já lá esteve... crackdown 14:40 26 Agosto 2002 Por falar em Metallica...

já agora, recordemos também "...and justice for all":

"Justice Is Lost

Justice Is Raped

Justice Is Gone

Pulling Your Strings

Justice Is Done

Seeking No Truth

Winning Is All

Find it So Grim

So True

So Real"

Emrys 13:19 26 Agosto 2002 Com isto tudo só me vem á cabeça o titulo de um album dos Metallica: "Kill 'em all" surpreso 12:13 26 Agosto 2002 Este artigo é de 22!É uma múmia JAL... Victor Sierra 10:15 26 Agosto 2002 Condecorar o Infante?!... E os outros?!... E por quem?!...

Estamos, na verdade, como a Alice no País das Maravilhas. Só assim se compreende que, cinco séculos depois da sua vida e morte, tenham a mirabolante ideia de condecorar o mais destacado representante histórico da “Ínclita Geração”!... Querem pôr uma medalha no peito do Infante D. Henrique... Ou um colar, ou qualquer coisa que o valha!

Estamos a sentir revolverem-se no túmulo os sagrados ossos desta tão alta figura da história portuguesa e do mundo. Porquê?!...

Então esta nossa geração e estes nossos políticos dignam-se ter a desfaçatez de “condecorar” o homem que abriu à Civilização as portas do Mundo e deu a Portugal a gesta de um Império, depois de terem destruído esse mesmo “Império” e feito regressar os seus povos à barbárie?!... Tenhamos todos vergonha! Não é dessa maneira que lavamos das mãos as culpas que temos... Todos!

Mas... Por que só o Infante!

Nesta altura em que temos um litígio de fronteira (temos?!...) com os espanhóis, melhor fora que se lembrassem de condecorar o condestável do Reino. D. Nuno!

lapela 23:32 24 Agosto 2002 Monsieur M. Soarès

De quando em vez me pergunto, como é que um monsieur tão fino, tão bem posto, foi acabar em Bruxelas, na terra des braves bèlges? Tokarev 00:14 24 Agosto 2002 Tempo que voltas para trás...

que mais irá me acontecer? jepense 22:26 23 Agosto 2002 SÓ ARES !

Isto são apenas SÓ ARES de verão ! ... mxyzptlk 18:44 23 Agosto 2002 Errata 18:18

Como é óbvio, queria dizer:

E já agora, porque é que os governos de direita são muito menos diplomáticos e mais militaristas que os de *esquerda*?

(esta já parecia a 'onda laranja' do Guterres) Flu Oxe Tina 18:21 23 Agosto 2002 Xp#2!To=&

POLÍTICA, nf ( Polít. ) De «pólis», cidade-estado, é a organização e a direcção do Estado. Tem parte de ciência, de arte, de f ilosofia, de ética e de religião, dado que se trata de estruturar o governo de homens, com tão diversos aspectos e dimensões que não podem deixar de ser tidos em consideração. A política a nível de organização geral do Estado terá de escolher entre 3 grandes formas de governo: a monarquia, susceptível de se deteriorar em tirania, a aristocracia, que degenera em oligarquia, e a democracia, possível geradora da demagogia - o regime político óptimo será aquele que ao serviço do homem, do bem comum da sociedade, melhor se adapte, aqui e agora, às realidades de um povo ou comunidade. A nível de execução, chama-se política à acção concertada do governo num domínio determinado (política social, política económica, política cultural, etc.) ou ainda à luta quotidiana pelo poder ( v. g. a actividade política dos partidos).

mxyzptlk 18:18 23 Agosto 2002 Porque é que só a direita é que não quer que haja nem direita nem esquerda?

Porque é que nos EUA e em Israel se vê uma diferença enorme entre os governos de esquerda (enfim, os democratas ainda esquerda, pelo menos em termos americanos) e de direita?

E já agora, porque é que os governos de direita são muito menos diplomáticos e mais militaristas que os de direita?

ze_do_telhado 18:05 23 Agosto 2002 ? ? ?

Mário Soares ??

Quem é ?

" zippiz 17:53 23 Agosto 2002 samsara :

é muito interessante !

resumindo : não façam politica ; essa coisa de esquerda-direita é uma treta ; a nossa politica é o trabalho ;

"portantos" , não se ralem , nós governamos esta coisa e vocês de vez em quando vão ao circo e batem palmas !

samsara : obrigado , mas por aí não vou !

bomfimdesemana

Samsara 17:23 23 Agosto 2002 Embora, vamos paro o fim de semana

Muito bem Vale de Soure, muito bem Ulisses, muito bem Flux, vê-se que pensa.

Sans e Zips e Zé Operário, agora é a Voz, acabem lá com essa intelectualice da treta, da estafada e cheia de mofo do raio da ideia do que é ser marxista e fascista, andam a pairar noutra galáxia, essa estória tem barbas, de tão antiquada até faz cócegas, são muito caretas, toda a gente está careca de saber, e nas tintas, nem ligamos a mínima, debatam o passado para se entreterem, não faz mal nenhum e já não convencem ninguém, só pobres de espírito, mas o Expresso é um jornal de debate{?} e livre, muito democrata{?}, sim senhora, portanto estão no exercício do vosso pleno direito.

Gostos nunca se devem discutir.

Uma estória para se entreterem no intervalo.

Quem não sabe fica a saber e quem já sabe, não soubesse, azar dele!

Aviso que é de difícil interpretação.

Quatro homens num comboio algures na Alemanha.

Um negro, um francês, um cubano e um português.

O negro e o português são imigrantes.

O negro saca de um bom pedaço de carne de veado, de caça, da sua marmita, dá uma dentada e atira a carne pela janela fora.

Perante o ar espantado e interrogativo dos outros explica:

- na minha terra há muita!

O francês espera uns segundos, abre a mochila e tira um pequeno queijo.

Dá uma pequena dentada e atira-o fora, dizendo 'na minha terra há muitos'.

Segue-se o cubano que com ar superior e machista tira do bolso um puro, acende devagar, dá duas fumaças e atira-o pela janela, dizendo a mesma frase, 'na minha terra há muitos'.

O português está petrificado, não sabe o que há-de fazer, pensa um pouco e socorrendo-se do desenrascanço lusitano, sobejamente conhecido e reconhecido, pega no preto e atira-o pela janela, exclamando satisfeito 'na minha terra há muitos'.

Bom fim de semana san malou 17:10 23 Agosto 2002 acalma-te

Óh zippiz, estás nervoso, acalma-te, índa vamos beber uns copos e umas gajas pelo caminho.

É que o capital é pesado, aleija, ao contrário do diálogo e do coro, é só ar, bufa muito mas não sai do sítio.

Deixa-me ir. Já vou bem disposto para a noite, aqui deste lado do mundo. É a globalização, o que é que queres, um bicho que não gostas por certo, mas se estivessse do outro lado da cortina tinhas que esperar dez anos para ter um PC feito na antiga RDA. E pelo Trabant esperavaas vinte anos, e por uns ténis adidas mais outros vinte. Mas eras marxista restava-te essa consolação.

até amanhã. zippiz 16:36 23 Agosto 2002 San , meu direitista de estimação : tenho lá , para além de 1 edição de bolso, um calhamaço do Capital que é capaz de ainda vir a servir como

arma de arremesso !

Percebeu a piada ? san malou 16:18 23 Agosto 2002 A de sempre

Os Membros de um grupo de socialistas rebelaram-se contra a respectiva Teoria.

- Porque é que havemos nós de andar sempre a alimentar-te, quando tu nada fazes para nos alimentar ? - disseram os Membros.

Assim, decidindo nada mais fazer, foram-se afastando; ao olharem para trás, tiveram a satisfação de ver a Teoria obrigada a vender o próprio livro.(Ambrose Bierce)

Óh zippiz, vende o Capital ao alfarrabista.

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As múmias do soarismo José António Lima

UMA NOTÍCIA de primeira página da última edição do EXPRESSO -- «Soares em Belém ainda é hipótese» -- poderia parecer, à primeira vista, um «fait divers» estival ou uma politiquice própria de férias. O problema é que não se trata de uma brincadeira. É para ser levada a sério. E, ainda que as suas consequências práticas sejam irrelevantes, revela como alguns dinossauros da política, caso de Mário Soares, têm uma congénita e inultrapassável dificuldade em perceber que o seu tempo já passou. À falta de ideias e de melhores candidatos, algumas múmias do soarismo (como António Campos, Medeiros Ferreira, Eduardo Pereira, Dias da Cunha, Vítor Ramalho e o ressuscitado Fernando Gomes, entre outras figuras saídas da antiguidade) resolveram lançar a estrambólica hipótese de Mário Soares se recandidatar em 2006, com 81 anos, a Belém. De onde sairia, ao fim de dois mandatos, a caminho dos 92 anos e pronto, supõe-se, a candidatar-se à presidência do Parlamento Europeu... À falta de ideias e de melhores candidatos, algumas múmias do soarismo (como António Campos, Medeiros Ferreira, Eduardo Pereira, Dias da Cunha, Vítor Ramalho e o ressuscitado Fernando Gomes, entre outras figuras saídas da antiguidade) resolveram lançar a estrambólica hipótese de Mário Soares se recandidatar em 2006, com 81 anos, a Belém. De onde sairia, ao fim de dois mandatos, a caminho dos 92 anos e pronto, supõe-se, a candidatar-se à presidência do Parlamento Europeu... Os fins, pensam as múmias das tertúlias soaristas, justificam os meios. E o fim, é fácil perceber, é o de perturbar e retirar espaço político à provável candidatura de António Guterres às próximas presidenciais. Para tal fim, além da abstrusa recandidatura do ancião Mário Soares (da qual o próprio se distancia, mas deixa andar com um sorriso de gozo pela atrapalhação que possa causar a Guterres), o núcleo das tertúlias lançou mão, nos últimos dias, de outros meios igualmente ridículos e a roçar o patético. Como são os casos das hipotéticas candidaturas de Carlos Monjardino ou de Vasco Vieira de Almeida. Só falta lembrarem-se do presidente honorário do PS, Fernando Valle, que em 2006 terá a bonita idade de 106 anos. Os fins, pensam as múmias das tertúlias soaristas, justificam os meios. E o fim, é fácil perceber, é o de perturbar e retirar espaço político à provável candidatura de António Guterres às próximas presidenciais. Para tal fim, além da abstrusa recandidatura do ancião Mário Soares (da qual o próprio se distancia, mas deixa andar com um sorriso de gozo pela atrapalhação que possa causar a Guterres), o núcleo das tertúlias lançou mão, nos últimos dias, de outros meios igualmente ridículos e a roçar o patético. Como são os casos das hipotéticas candidaturas de Carlos Monjardino ou de Vasco Vieira de Almeida. Só falta lembrarem-se do presidente honorário do PS, Fernando Valle, que em 2006 terá a bonita idade de 106 anos. Ora, o que está por detrás destas encenações bacocas dos velhos soaristas (que aproveitam, pelo caminho, para fazerem alguns ajustes de contas, como é a acusação que atiram a Jorge Sampaio de «ter descaracterizado a magistratura presidencial») é a vontade de condicionar a candidatura a Belém de Guterres e de extirpar do PS o que consideram ser a herança social-cristã do catolicismo guterrista. Ora, o que está por detrás destas encenações bacocas dos velhos soaristas (que aproveitam, pelo caminho, para fazerem alguns ajustes de contas, como é a acusação que atiram a Jorge Sampaio de «ter descaracterizado a magistratura presidencial») é a vontade de condicionar a candidatura a Belém de Guterres e de extirpar do PS o que consideram ser a herança social-cristã do catolicismo guterrista. É neste cenário de luta político-ideológica para definir o futuro do PS e da esquerda portuguesa que se enquadram o artigo de Mário Soares «Ser de esquerda, hoje», as reuniões conspirativas das tertúlias soaristas e a megaconferência que o fundador do PS está a organizar para o Outono, ao estilo do infausto Congresso «Portugal: Que Futuro?». Assim como estes tiros de pólvora seca de pseudocandidatos presidenciais. A história repete-se. E a farsa também. É neste cenário de luta político-ideológica para definir o futuro do PS e da esquerda portuguesa que se enquadram o artigo de Mário Soares «Ser de esquerda, hoje», as reuniões conspirativas das tertúlias soaristas e a megaconferência que o fundador do PS está a organizar para o Outono, ao estilo do infausto Congresso «Portugal: Que Futuro?». Assim como estes tiros de pólvora seca de pseudocandidatos presidenciais. A história repete-se. E a farsa também. Ser de esquerda, hoje, não é ser a esquerda do passado. Ao contrário do que possa pensar o Politburo soarista. Ser de esquerda, hoje, não é ser a esquerda do passado. Ao contrário do que possa pensar o Politburo soarista. 09:31 22 Agosto 2002

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Comentários

1 a 20 de 88 citius 04:44 29 Agosto 2002 Há de tudo em jornalismo: artigos estupendos; artigos medíocres; artigos "que dão que pensar"; artigos "que não dão para pensar", etc..

Quanto ao artigo de JAL, "As Múmias do Soarismo", será razoável extrair-se-lhe uma só ilacção: que afinal o ancião Soares ainda "mexe", ainda "condimenta", ainda influencia?

Ou JAL terá querido dizer mais qualquer coisa?

P.S. Não sou PS. SuperAlhoPorro 15:23 28 Agosto 2002 crackdown 14:40 26 Agosto 2002

E, já que estamos nessa onda,

"Do as I say, not as I do" Elpídeo 20:37 26 Agosto 2002 A Dinâmica e a Estática

Vamos em oitenta e seis comentários. Vêm como em democracia há participação?

Os acontecimentos é que não mudam... Mayrink 17:22 26 Agosto 2002 Soarismo

Das distantes terras do absurdo, vêm voando os comentários de meus ilustres colegas... Ainda se discute ideologia em termos de Direita e Esquerda?!? Alguém aí perdeu o bonde da História ou então são todos discípulos de Furukawa...

Quanto ao Mário Soares, sabe qul a diferença entre ele e o Papa? É que todo lugar onde Sua Santidade vai o nosso nobre Eurodeputado (sic) já lá esteve... crackdown 14:40 26 Agosto 2002 Por falar em Metallica...

já agora, recordemos também "...and justice for all":

"Justice Is Lost

Justice Is Raped

Justice Is Gone

Pulling Your Strings

Justice Is Done

Seeking No Truth

Winning Is All

Find it So Grim

So True

So Real"

Emrys 13:19 26 Agosto 2002 Com isto tudo só me vem á cabeça o titulo de um album dos Metallica: "Kill 'em all" surpreso 12:13 26 Agosto 2002 Este artigo é de 22!É uma múmia JAL... Victor Sierra 10:15 26 Agosto 2002 Condecorar o Infante?!... E os outros?!... E por quem?!...

Estamos, na verdade, como a Alice no País das Maravilhas. Só assim se compreende que, cinco séculos depois da sua vida e morte, tenham a mirabolante ideia de condecorar o mais destacado representante histórico da “Ínclita Geração”!... Querem pôr uma medalha no peito do Infante D. Henrique... Ou um colar, ou qualquer coisa que o valha!

Estamos a sentir revolverem-se no túmulo os sagrados ossos desta tão alta figura da história portuguesa e do mundo. Porquê?!...

Então esta nossa geração e estes nossos políticos dignam-se ter a desfaçatez de “condecorar” o homem que abriu à Civilização as portas do Mundo e deu a Portugal a gesta de um Império, depois de terem destruído esse mesmo “Império” e feito regressar os seus povos à barbárie?!... Tenhamos todos vergonha! Não é dessa maneira que lavamos das mãos as culpas que temos... Todos!

Mas... Por que só o Infante!

Nesta altura em que temos um litígio de fronteira (temos?!...) com os espanhóis, melhor fora que se lembrassem de condecorar o condestável do Reino. D. Nuno!

lapela 23:32 24 Agosto 2002 Monsieur M. Soarès

De quando em vez me pergunto, como é que um monsieur tão fino, tão bem posto, foi acabar em Bruxelas, na terra des braves bèlges? Tokarev 00:14 24 Agosto 2002 Tempo que voltas para trás...

que mais irá me acontecer? jepense 22:26 23 Agosto 2002 SÓ ARES !

Isto são apenas SÓ ARES de verão ! ... mxyzptlk 18:44 23 Agosto 2002 Errata 18:18

Como é óbvio, queria dizer:

E já agora, porque é que os governos de direita são muito menos diplomáticos e mais militaristas que os de *esquerda*?

(esta já parecia a 'onda laranja' do Guterres) Flu Oxe Tina 18:21 23 Agosto 2002 Xp#2!To=&

POLÍTICA, nf ( Polít. ) De «pólis», cidade-estado, é a organização e a direcção do Estado. Tem parte de ciência, de arte, de f ilosofia, de ética e de religião, dado que se trata de estruturar o governo de homens, com tão diversos aspectos e dimensões que não podem deixar de ser tidos em consideração. A política a nível de organização geral do Estado terá de escolher entre 3 grandes formas de governo: a monarquia, susceptível de se deteriorar em tirania, a aristocracia, que degenera em oligarquia, e a democracia, possível geradora da demagogia - o regime político óptimo será aquele que ao serviço do homem, do bem comum da sociedade, melhor se adapte, aqui e agora, às realidades de um povo ou comunidade. A nível de execução, chama-se política à acção concertada do governo num domínio determinado (política social, política económica, política cultural, etc.) ou ainda à luta quotidiana pelo poder ( v. g. a actividade política dos partidos).

mxyzptlk 18:18 23 Agosto 2002 Porque é que só a direita é que não quer que haja nem direita nem esquerda?

Porque é que nos EUA e em Israel se vê uma diferença enorme entre os governos de esquerda (enfim, os democratas ainda esquerda, pelo menos em termos americanos) e de direita?

E já agora, porque é que os governos de direita são muito menos diplomáticos e mais militaristas que os de direita?

ze_do_telhado 18:05 23 Agosto 2002 ? ? ?

Mário Soares ??

Quem é ?

" zippiz 17:53 23 Agosto 2002 samsara :

é muito interessante !

resumindo : não façam politica ; essa coisa de esquerda-direita é uma treta ; a nossa politica é o trabalho ;

"portantos" , não se ralem , nós governamos esta coisa e vocês de vez em quando vão ao circo e batem palmas !

samsara : obrigado , mas por aí não vou !

bomfimdesemana

Samsara 17:23 23 Agosto 2002 Embora, vamos paro o fim de semana

Muito bem Vale de Soure, muito bem Ulisses, muito bem Flux, vê-se que pensa.

Sans e Zips e Zé Operário, agora é a Voz, acabem lá com essa intelectualice da treta, da estafada e cheia de mofo do raio da ideia do que é ser marxista e fascista, andam a pairar noutra galáxia, essa estória tem barbas, de tão antiquada até faz cócegas, são muito caretas, toda a gente está careca de saber, e nas tintas, nem ligamos a mínima, debatam o passado para se entreterem, não faz mal nenhum e já não convencem ninguém, só pobres de espírito, mas o Expresso é um jornal de debate{?} e livre, muito democrata{?}, sim senhora, portanto estão no exercício do vosso pleno direito.

Gostos nunca se devem discutir.

Uma estória para se entreterem no intervalo.

Quem não sabe fica a saber e quem já sabe, não soubesse, azar dele!

Aviso que é de difícil interpretação.

Quatro homens num comboio algures na Alemanha.

Um negro, um francês, um cubano e um português.

O negro e o português são imigrantes.

O negro saca de um bom pedaço de carne de veado, de caça, da sua marmita, dá uma dentada e atira a carne pela janela fora.

Perante o ar espantado e interrogativo dos outros explica:

- na minha terra há muita!

O francês espera uns segundos, abre a mochila e tira um pequeno queijo.

Dá uma pequena dentada e atira-o fora, dizendo 'na minha terra há muitos'.

Segue-se o cubano que com ar superior e machista tira do bolso um puro, acende devagar, dá duas fumaças e atira-o pela janela, dizendo a mesma frase, 'na minha terra há muitos'.

O português está petrificado, não sabe o que há-de fazer, pensa um pouco e socorrendo-se do desenrascanço lusitano, sobejamente conhecido e reconhecido, pega no preto e atira-o pela janela, exclamando satisfeito 'na minha terra há muitos'.

Bom fim de semana san malou 17:10 23 Agosto 2002 acalma-te

Óh zippiz, estás nervoso, acalma-te, índa vamos beber uns copos e umas gajas pelo caminho.

É que o capital é pesado, aleija, ao contrário do diálogo e do coro, é só ar, bufa muito mas não sai do sítio.

Deixa-me ir. Já vou bem disposto para a noite, aqui deste lado do mundo. É a globalização, o que é que queres, um bicho que não gostas por certo, mas se estivessse do outro lado da cortina tinhas que esperar dez anos para ter um PC feito na antiga RDA. E pelo Trabant esperavaas vinte anos, e por uns ténis adidas mais outros vinte. Mas eras marxista restava-te essa consolação.

até amanhã. zippiz 16:36 23 Agosto 2002 San , meu direitista de estimação : tenho lá , para além de 1 edição de bolso, um calhamaço do Capital que é capaz de ainda vir a servir como

arma de arremesso !

Percebeu a piada ? san malou 16:18 23 Agosto 2002 A de sempre

Os Membros de um grupo de socialistas rebelaram-se contra a respectiva Teoria.

- Porque é que havemos nós de andar sempre a alimentar-te, quando tu nada fazes para nos alimentar ? - disseram os Membros.

Assim, decidindo nada mais fazer, foram-se afastando; ao olharem para trás, tiveram a satisfação de ver a Teoria obrigada a vender o próprio livro.(Ambrose Bierce)

Óh zippiz, vende o Capital ao alfarrabista.

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