Deputado socialista desconfia da inclusão do Minho-Lima no PRASD

25-12-2003
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Deputado Socialista Desconfia da Inclusão do Minho-Lima no PRASD

Por ANA PEIXOTO FERNANDES

Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2003

O deputado do PS na Assembleia da República (AR) Fernando Cabodeira diz suspeitar das "reais intenções" do Governo em incluir o Minho-Lima no Programa de Recuperação de Áreas e Sectores Deprimidos (PRASD). O socialista, eleito pelo distrito de Viana do Castelo, afirma que aquele território não consta na proposta do mapa das regiões deprimidas que foi enviada, a 28 de Novembro, pelo ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente à Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), para que esta emita o seu respectivo parecer sobre o assunto. E vê as suas "dúvidas" aumentarem na medida em que, depois de, na passada sexta-feira ter questionado o ministério da Economia sobre "quando e com que meios" o Minho-Lima vai ser incluído no PRASD, não ter obtido respostas "objectivas" para além da garantia que "vão ser elaborados estudos".

"É de duvidar disto tudo" declarou o parlamentar ao PÚBLICO, enumerando as várias razões que o levam a questionar se o compromisso que foi assumido pelo Primeiro-Ministro aquando da sua última deslocação ao distrito de Viana do Castelo vai ou não ser cumprido. Recorde-se que, durante a inauguração do troço do IC-28 entre Ponte de Lima e Arcos de Valdevez ocorrida em meados de Outubro, e na sequência dos protestos protagonizados pelos autarcas (de todas as forças políticas) da região, Durão Barroso garantiu "a inclusão da região do Minho-Lima em todos os programas de descriminação positiva que sejam aprovados no âmbito do PRASD". A ameaça da introdução de portagens no IC1 e no IP9, vias da região Minho-Lima cuja construção foi iniciada sob o regime de SCUT (Sem Custos para o Utilizador), e o facto de todos os instrumentos que compõem o Orçamento de Estado relacionados com o Alto Minho serem "maus e penalizadores para o desenvolvimento sócio-económico desta região" são, para Cabodeira, factores que também contribuem para consolidar as suas dúvidas.

A ausência de respostas "concretas" por parte do Ministério da Economia para as questões que colocou no Parlamento, na última semana, sobre "quais os benefícios [que o Minho-Lima irá usufruir no âmbito do PRASD] e para quando", induzem o deputado do PS a considerar que a promessa feita por Durão no Alto-Minho não passou de "show-off". Como resultado das questões por si colocadas, Fernando Cabodeira afirma ter obtido da secretária de Estado adjunta do ministro da Economia apenas a garantia de que "é para cumprir o compromisso assumido [pelo Primeiro-Ministro] em Viana do Castelo" e que "vão ser feitos estudos e conferências" com vista à inclusão daquela região no PRASD. "Continuamos a não estar incluídos concretamente" acusa o deputado socialista, concluindo que "primeiro [a região Minho-Lima] não estava incluída, depois já estava, agora parece não estar outra vez. Em que ficamos? Não estaremos perante mais um exercício demagógico do Sr. Primeiro Ministro?".

Deputado Socialista Desconfia da Inclusão do Minho-Lima no PRASD

Por ANA PEIXOTO FERNANDES

Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2003

O deputado do PS na Assembleia da República (AR) Fernando Cabodeira diz suspeitar das "reais intenções" do Governo em incluir o Minho-Lima no Programa de Recuperação de Áreas e Sectores Deprimidos (PRASD). O socialista, eleito pelo distrito de Viana do Castelo, afirma que aquele território não consta na proposta do mapa das regiões deprimidas que foi enviada, a 28 de Novembro, pelo ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente à Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), para que esta emita o seu respectivo parecer sobre o assunto. E vê as suas "dúvidas" aumentarem na medida em que, depois de, na passada sexta-feira ter questionado o ministério da Economia sobre "quando e com que meios" o Minho-Lima vai ser incluído no PRASD, não ter obtido respostas "objectivas" para além da garantia que "vão ser elaborados estudos".

"É de duvidar disto tudo" declarou o parlamentar ao PÚBLICO, enumerando as várias razões que o levam a questionar se o compromisso que foi assumido pelo Primeiro-Ministro aquando da sua última deslocação ao distrito de Viana do Castelo vai ou não ser cumprido. Recorde-se que, durante a inauguração do troço do IC-28 entre Ponte de Lima e Arcos de Valdevez ocorrida em meados de Outubro, e na sequência dos protestos protagonizados pelos autarcas (de todas as forças políticas) da região, Durão Barroso garantiu "a inclusão da região do Minho-Lima em todos os programas de descriminação positiva que sejam aprovados no âmbito do PRASD". A ameaça da introdução de portagens no IC1 e no IP9, vias da região Minho-Lima cuja construção foi iniciada sob o regime de SCUT (Sem Custos para o Utilizador), e o facto de todos os instrumentos que compõem o Orçamento de Estado relacionados com o Alto Minho serem "maus e penalizadores para o desenvolvimento sócio-económico desta região" são, para Cabodeira, factores que também contribuem para consolidar as suas dúvidas.

A ausência de respostas "concretas" por parte do Ministério da Economia para as questões que colocou no Parlamento, na última semana, sobre "quais os benefícios [que o Minho-Lima irá usufruir no âmbito do PRASD] e para quando", induzem o deputado do PS a considerar que a promessa feita por Durão no Alto-Minho não passou de "show-off". Como resultado das questões por si colocadas, Fernando Cabodeira afirma ter obtido da secretária de Estado adjunta do ministro da Economia apenas a garantia de que "é para cumprir o compromisso assumido [pelo Primeiro-Ministro] em Viana do Castelo" e que "vão ser feitos estudos e conferências" com vista à inclusão daquela região no PRASD. "Continuamos a não estar incluídos concretamente" acusa o deputado socialista, concluindo que "primeiro [a região Minho-Lima] não estava incluída, depois já estava, agora parece não estar outra vez. Em que ficamos? Não estaremos perante mais um exercício demagógico do Sr. Primeiro Ministro?".

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