Portugal Diário

19-01-2005
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ENTREVISTA: Barreiras Duarte defende lei de imigração e pede mudança de mentalidades O secretário de Estado Adjunto do Ministro da Presidência, Feliciano Barreiras Duarte, defende que os imigrantes são «muito necessários» a Portugal. Em entrevista ao PortugalDiário o responsável pela lei de imigração, conhecida esta segunda-feira, não tem dúvidas ao afirmar que «o que se passa hoje em Portugal e o fenómeno da imigração é o reverso do que se passou nos anos 50, 60 e 70, quando os portugueses emigraram» para ganhar a vida. Por isso, defende, «há que mudar mentalidades para receber os imigrantes e perceber que são essenciais a Portugal e à economia nacional», afirma. Barreiras Duarte refuta a ideia de que, com cerca de 500 mil portugueses desempregados, criar mais seis mil «vagas» no país seja estar a tirar trabalho aos portugueses: «Precisamos de mais seis mil imigrantes como precisamos que os outros que cá estão entrem no mercado de trabalho. Por várias ordens de razões, das quais destaco duas: os imigrantes são vitais para o desenvolvimento do país e, no actual estado da sociedade portuguesa, são cada vez mais os cidadãos portugueses que não desejam fazer determinados trabalhos». Barreiras Duarte sublinha ainda uma ideia forte: a de que os imigrantes em Portugal são os mesmo que os nossos emigrantes lá fora - trabalhadores e, acima de tudo, cidadãos do mundo. Mas há mais razões: «A taxa de natalidade dos portugueses é baixa e vamos precisar de uma sociedade mais aberta, mais tolerante, com mais pessoas a contribuir», diz Barreiras Duarte ao PortugalDiário. O governante estima, segundo dados estatísticos, que o país perca um terço da sua população nos próximos anos e, por isso, só com cidadãos de outras nacionalidades se poderá equilibrar a balança entre os activos e os não-contribuintes. Colocado perante a questão do proteccionismo dos empregos -i.e., se um emprego só deveria ser dado a um imigrante caso os portugueses o recusassem - Barreiras Duarte diz que «repudia a ideia»: Não faz sentido que os lugares sejam cativos para os portugueses. Veja o que aconteceria aos nossos compatriotas em França, na África do Sul, nos Estados Unidos, em tantos lugares, se uma medida dessas fosse tomada», dispara Barreiras Duarte, que conclui: «O objectivo é criar uma sociedade mais justa, mais equilibrada. Para os que cá estão e para os que procuram o nosso país».

ENTREVISTA: Barreiras Duarte defende lei de imigração e pede mudança de mentalidades O secretário de Estado Adjunto do Ministro da Presidência, Feliciano Barreiras Duarte, defende que os imigrantes são «muito necessários» a Portugal. Em entrevista ao PortugalDiário o responsável pela lei de imigração, conhecida esta segunda-feira, não tem dúvidas ao afirmar que «o que se passa hoje em Portugal e o fenómeno da imigração é o reverso do que se passou nos anos 50, 60 e 70, quando os portugueses emigraram» para ganhar a vida. Por isso, defende, «há que mudar mentalidades para receber os imigrantes e perceber que são essenciais a Portugal e à economia nacional», afirma. Barreiras Duarte refuta a ideia de que, com cerca de 500 mil portugueses desempregados, criar mais seis mil «vagas» no país seja estar a tirar trabalho aos portugueses: «Precisamos de mais seis mil imigrantes como precisamos que os outros que cá estão entrem no mercado de trabalho. Por várias ordens de razões, das quais destaco duas: os imigrantes são vitais para o desenvolvimento do país e, no actual estado da sociedade portuguesa, são cada vez mais os cidadãos portugueses que não desejam fazer determinados trabalhos». Barreiras Duarte sublinha ainda uma ideia forte: a de que os imigrantes em Portugal são os mesmo que os nossos emigrantes lá fora - trabalhadores e, acima de tudo, cidadãos do mundo. Mas há mais razões: «A taxa de natalidade dos portugueses é baixa e vamos precisar de uma sociedade mais aberta, mais tolerante, com mais pessoas a contribuir», diz Barreiras Duarte ao PortugalDiário. O governante estima, segundo dados estatísticos, que o país perca um terço da sua população nos próximos anos e, por isso, só com cidadãos de outras nacionalidades se poderá equilibrar a balança entre os activos e os não-contribuintes. Colocado perante a questão do proteccionismo dos empregos -i.e., se um emprego só deveria ser dado a um imigrante caso os portugueses o recusassem - Barreiras Duarte diz que «repudia a ideia»: Não faz sentido que os lugares sejam cativos para os portugueses. Veja o que aconteceria aos nossos compatriotas em França, na África do Sul, nos Estados Unidos, em tantos lugares, se uma medida dessas fosse tomada», dispara Barreiras Duarte, que conclui: «O objectivo é criar uma sociedade mais justa, mais equilibrada. Para os que cá estão e para os que procuram o nosso país».

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