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01-07-2002
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O balão Santana Lopes José António Lima

Estão a ver aqueles balões cheios que se largam no ar e se vão esvaziando em curvas e piruetas desnorteadas, numa trajectória sem nexo nem destino? Aplicando esta imagem à política, é o que parece estar a acontecer com Santana Lopes. No sábado, anunciou que vai abandonar a vice-presidência do PSD, a qual assumiu entusiasticamente há apenas dois meses. Constata-se, assim, que o entusiasmo de ontem deu lugar ao desencanto de hoje, à desilusão com «este teatro que é a maneira como as pessoas fazem política». Porquê? O que mudou? O que lhe fizeram? O eterno candidato à liderança do PSD não explica. Diz apenas: «O meu mundo não é esse. Não quero, não gosto». Ora, a verdade é que o seu mundo é esse há mais de 20 anos. E que ele tem sido um dos actores permanentes desse «teatro» que é a maneira como se faz política em Portugal. No sábado, anunciou que vai abandonar a vice-presidência do PSD, a qual assumiu entusiasticamente há apenas dois meses. Constata-se, assim, que o entusiasmo de ontem deu lugar ao desencanto de hoje, à desilusão com «este teatro que é a maneira como as pessoas fazem política». Porquê? O que mudou? O que lhe fizeram? O eterno candidato à liderança do PSD não explica. Diz apenas: «O meu mundo não é esse. Não quero, não gosto». Ora, a verdade é que o seu mundo é esse há mais de 20 anos. E que ele tem sido um dos actores permanentes desse «teatro» que é a maneira como se faz política em Portugal. Não esqueçamos que Santana Lopes também garantira, há poucas semanas, que não se envolveria na luta pela distrital de Lisboa do PSD e acabou a fazer campanha declarada pelo santanista Rui Gomes da Silva (que perderia, sem hipóteses, a eleição). E que começou por defender uma solução diferente do Governo para a RTP, vindo agora dizer que concorda com um só canal (com o regresso da taxa, para manter alguma diferença). Não esqueçamos que Santana Lopes também garantira, há poucas semanas, que não se envolveria na luta pela distrital de Lisboa do PSD e acabou a fazer campanha declarada pelo santanista Rui Gomes da Silva (que perderia, sem hipóteses, a eleição). E que começou por defender uma solução diferente do Governo para a RTP, vindo agora dizer que concorda com um só canal (com o regresso da taxa, para manter alguma diferença). Perguntar-se-á o que pretende Santana com este percurso ziguezagueante e estes golpes de teatro? Tornar-se a figura central do Congresso do PSD que se avizinha, após ter perdido as suas tropas nas lutas distritais? Distanciar-se do anunciado regresso de Dias Loureiro ao círculo próximo de Durão Barroso e da crescente influência política de Marques Mendes na orientação do Governo, para não perder visibilidade e protagonismo? Colocar-se acima da vida partidária, num estatuto de futuro presidenciável, quando não tem perfil nem currículo político para tal quimera? Perguntar-se-á o que pretende Santana com este percurso ziguezagueante e estes golpes de teatro? Tornar-se a figura central do Congresso do PSD que se avizinha, após ter perdido as suas tropas nas lutas distritais? Distanciar-se do anunciado regresso de Dias Loureiro ao círculo próximo de Durão Barroso e da crescente influência política de Marques Mendes na orientação do Governo, para não perder visibilidade e protagonismo? Colocar-se acima da vida partidária, num estatuto de futuro presidenciável, quando não tem perfil nem currículo político para tal quimera? A resposta não é fácil e as razões para tanta contradição não são claras. Pode, até, resultar mais de uma forma emocional e excessivamente intuitiva de estar na vida política do que de uma estratégia ponderada ou de uma linha de rumo coerente. Não esqueçamos que Santana Lopes já pediu uma audiência ao Presidente da República para lhe comunicar o seu afastamento, total e definitivo, da actividade política por causa de um «sketch» de mau gosto do «Big Show Sic». A resposta não é fácil e as razões para tanta contradição não são claras. Pode, até, resultar mais de uma forma emocional e excessivamente intuitiva de estar na vida política do que de uma estratégia ponderada ou de uma linha de rumo coerente. Não esqueçamos que Santana Lopes já pediu uma audiência ao Presidente da República para lhe comunicar o seu afastamento, total e definitivo, da actividade política por causa de um «sketch» de mau gosto do «Big Show Sic». É certo que o populismo parece estar na ordem do dia e a render dividendos na política europeia. Mas até o populismo exige consistência política, solidez de argumentos e coerência nas acções. Só por si, não chega. E não vai longe se tiver a acompanhá-lo uma trajectória sem nexo nem destino como a de Santana Lopes. É certo que o populismo parece estar na ordem do dia e a render dividendos na política europeia. Mas até o populismo exige consistência política, solidez de argumentos e coerência nas acções. Só por si, não chega. E não vai longe se tiver a acompanhá-lo uma trajectória sem nexo nem destino como a de Santana Lopes. 08:23 30 Maio 2002

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Comentários

21 a 32 de 32 Ze trolha 03:33 31 Maio 2002 um politico pimba

Ora essa:

Entao num pais pimba um politico pimba.

O Santana sabe bem onde se movimenta, se ha coisas que ele aprendeu ultimamente foi a saber movimentar-se, e quando nos temos um presidente que e da Figueira e de repente se candidata a camara de Lisboa, quando ainda ha tres anos era candidato a Sintra, esta tudo dito, tudo isto com o apoio das tvs e dos jornais,que esperam !!! lembrem-se de que ao dizerem mal dos politicos que teem estao a dizer mal de voces mesmo sinhores jornalistas, sao voces que fazem os politicos que o pais tem. Picapau Amarelo 00:12 31 Maio 2002 Concordo. Quem seria então a primeira dama? golfinha 21:58 30 Maio 2002 Caro joaomos

Não nos faça perder tempo com as suas divagações acerca das cambalhotas políticas dos políticos portugueses, até porque não são assim tão originais, depois a sua memória, embora boa no que refere aos queridos do PSD é extremamente selectiva, pois, esquece que o eleitor português já teve oportunidades que chegassem para não querer pelo menos por agora os rosinhas que o amigo tanto preza e que deram azo aos que você tanto critica. A presença do tipo de pessoas que descreve o editorialista existem em todos os partidos, logo acho que, antes de escrever esta comentário deveria criticar os membros do seu partido e não os votantes que, esses, às vezes, quase sempre em Portugal, votam mais contra do que a favor. O rico é uma excepção. O PS ele sim é o culpado de promover pessoas como, Dias Loureiro, Carlos Carvalhas , Paulo portas, Jorge coelho, Luís Parreirão, Fausto Correia, Durão Barroso, mais um monte que por aí ficam parasitando, mas que acima de tudo o povo gosta.

Meu caro se quer verdadeiramente ser útil e fazer algo de bom pela sociedade mova com o poder dos seus comentários (mais bem escritos e menos sectários e sobretudo, mais inteligentes, uma acção no sentido de fazer com que pelo menos os seus leitores comecem a exercer cidadania e não a fazer parte desse mundo podre que você parece tanto gostar. O conceito de projecção e de catársis psicanalíticos explicam bem este tipo de fenómeno de indígenas como você que anda a quatro patas do sentido cívico. E não é o único que por aqui anda neste fórum.

um grande abraço de quem só lhe quer bem. Mas não abuse rico! E, por favor utilize de forma mais decente a nossa magna língua, tá?

Ah já me esquecia, gostou do texto. Foi feito com as suas próprias palavras, tirando naturalmente algumas farpas minhas (sim, que uma pessoa tem de divertir-se) e com as correcções que o menino fará o favor de anotar que eu, embora numa de Serviço Cívico, não tenho pachorra eterna.

Leia, por exemplo, o comentário do Imperador, mais abaixo e repare que se pode dizer a mesma coisa utilizando um estilo civilizado.

joaomos 21:15 30 Maio 2002 caro jose antonio lima,

nao nos faca perder tempo com suas divagacoes acerca das cambalhotas politicas dos politicos portugueses, ate porque nao sai assim tao originais, depois a sua memoria, embora boa no que refere sobre santana lopes, e seletiva pois, pois esquece que o eleitor portugues ja teve demais oportunidades de corrigir a presenca deste tipo de pessoas que existem em todos os partidos, logo acho que antes de escrever esta nota criticando santana lopes deveria criticar o eleitor, ele sim e o culpado de continuarem a existir pessoas como ele, dias loureiro, carlos carvalhas , paulo portas, jorge coelho, luis parreirao, fausto correia, durao barroso (o agitador de extrema esquerda !!!!!, lembram), mais um monte que por ai ficam parasitamdo, mas que acima de tudo o povo gosta, entao democraticamente, temos que os aceitar.

meu caro se quer verdadeiramente ser util , e fazer algo de bom pela sociedade mova com o poder de jornalista que tem, uma accao no sentido de fazer com que pelo menos os seus leitores comecem a exercer cidadania e nao a fazer parte desse mundo podre que tao bem descreve no seu artigo.

um grande abraco de quem so lhe quer bem. Samsara 21:00 30 Maio 2002 Sabem o que acontece aos balões quando têm ar a mais?

Sabem, vai-se soprando, soprando e ploff, rebentam, ficam em nada, só um pedacinho de plástico colorido na mãozinha de uma criança, e sabem com que cara fica a criança, não sabem?

Sabem, uns riem e ficam muito excitados e querem outro, outros choram, fazem uma birra e não querem mais balões.

E ainda há crianças que apenas ficam com ar perplexo e partem para outra.

E mais tarde, na vida, neste mundão, vão ter o mesmíssimo comportamento, sem tirar nem pôr.

Neste caso o que interessa é o balão, não as crianças.

Sobe sobe , balão sobe...

E o balão é o Pedro, o Lopes.

Melhor não se encher muito de ar, pode rebentar.

Como é um resistente, e não sabe parar, numa segunda reencarnação volta a ser balão!

É, ele é de facto teimoso, obstinado, às vezes inconsequente e inconstante, muito irrequieto e sofre de instabilidade emocional, apesar de ser muito inteligente.

Tem dias, o rapaz deve ter-se esquecido de tomar os granulados...

Muito boa ideia essa de futuro presidenciável, aprovo, de eterno candidato passa a futuro candidato a PR.

Em vez de uma Primeira Dama passaríamos a ter 5, pelo menos,

Eram cházinhos de caridade para aqui, almoços com ONGs para ali, visitas a lares de 3a. idade, a creches e infantários, várias iniciativas para angariar fundos para o combate à sida, à toxicodepência, à tuberculose, espectáculos e exposições com a finalidade de ajudar instituições de ensino especial, hospitais, centros de apoio às vitimas de qualquer coisa, ele há tantas e sem esquecer a luta a favor da preservação do lince da Malcata.

Tudo com fins beneficientes.

O país inteiro agradeceria. Jacareport 18:50 30 Maio 2002 Zig Zag

No meu tempo de menino era "mortalha". Na nossa língua serve para amortalhar também "defuntos".Não dava para charros porque não os havia, pelo menos na praça, como agora.Concordo com a imagem dada mas não com a posição contínua de "confrontação interna". Parece que uma vez morto o "padrinho" de boa memória algo de traumatizante ficou. Estamos cheios de "flores" na política e começo a pensar que por vezes uma boa "rolha" seria oportuna! Talvez o sem dúvida inteligente personagem possa reflectir que está a tronar-se cansativo! imperador 18:28 30 Maio 2002 Carlos Amaral Dias não controla o seu Enfant Terrible?

O problema é que, em Portugal, a parvoíce é curriculum. Se não, como é que se admitiria que este pateta alegre e salta pocinhas da vida política portuguesa tenha destronado o João Soares, que antes de estar chaladinho com a derrota, foi inegavelmente um bom e honesto presidente da CML. Pelos vistos estes malabarismos à Santana Lopes, que já no dia de eleições, se punha em bicos de pés a criticar o Ferro de não ir a correr dar os parabéns pela vitória ao Durão Barroso, colhe dividendos. É a triste Pátria Nossa (des)amada e (des)ditosa.

No espectáculo da política, o povo português gosta deste tipo de actores, para fazer o contra-peso com as mães ou pais Salazar.

O Povo Português gosta da fulanização e do bairrismo, com umas pitadas moralistas prontas a meter no micro-ondas. E o pateta alegre Santana Lopes tem todos estes requisitos.

O que percebemos menos é que o seu mentor, o famoso psicanalista Carlos Amaral Dias, que o levou a ganhar as eleições para a Câmara Municipal de Lisboa, não o aconselhe neste ziguzagueado à la Lopes? Ou aconselha-o a fazer isto? Pseudoeter 14:17 30 Maio 2002 E vão dois barões...

Hoje, parece estar na moda considerar-se que não se pode assumir cargos governativos e partidários simultaneamente.

D. Loureiro e S. Lopes afastam-se de cargos públicos ou privados que poderiam constituir um obstáculo à sua subida ao poder.

Avizinha-se um assalto ao poder? Vem aí uma espécie de 'golpe palaciano' dentro do PSD com repercussões no Governo (ou o contrário)?

É preciso chutar o P. Portas/CDS para fora do Governo, sendo necessario chamar todos os Barões, em ápoca de crise?

Vitor Mango 14:03 30 Maio 2002 Dizem-me que este tipo de comportamento dá mais nas mulheres

Chama á doença

Pertiodo eleitoral

Ou periodo

periodo (sizem que de 28 x 28 days )

Já nem sei

Sei que existem comprimidos para a cura

Em vez de comprimidos podem ser usados descomprimidos liquidos

Eu conheço um

Tinto

Cartaxo

1990

1991

1992

1993

1994

1995

e finalmente o melhor

O 1996 - a seco 96

Abram as goelas ao doente e apliquem a pastilha

As melhoras são instantaneas alarme 13:55 30 Maio 2002 Fazer o frete

Este, que às vezes costuma fazer o frete, de fingir que é Oposição, dentro deste Órgão da "Situação", desta vez resolveu fazer o frete directamente. :)) Judas 13:47 30 Maio 2002 O que é isso?

Foi o seu patrão que lhe encomendou mais esse serviço? serendipidade 10:22 30 Maio 2002 Ninguém agarra estes balões...

Totalmente de acordo com o artigo.

O que vejo é que o 'povo' cada vez gosta mais de balões e, depois, admira-se de não os conseguir segurar tal como as crianças nas feiras:

-« 'fugiu' o balão? Não chores que se arranja outro...»

Já não nos bastava a televisão espectáculo, somos também um povo com a política espectáculo. < anteriores

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O balão Santana Lopes José António Lima

Estão a ver aqueles balões cheios que se largam no ar e se vão esvaziando em curvas e piruetas desnorteadas, numa trajectória sem nexo nem destino? Aplicando esta imagem à política, é o que parece estar a acontecer com Santana Lopes. No sábado, anunciou que vai abandonar a vice-presidência do PSD, a qual assumiu entusiasticamente há apenas dois meses. Constata-se, assim, que o entusiasmo de ontem deu lugar ao desencanto de hoje, à desilusão com «este teatro que é a maneira como as pessoas fazem política». Porquê? O que mudou? O que lhe fizeram? O eterno candidato à liderança do PSD não explica. Diz apenas: «O meu mundo não é esse. Não quero, não gosto». Ora, a verdade é que o seu mundo é esse há mais de 20 anos. E que ele tem sido um dos actores permanentes desse «teatro» que é a maneira como se faz política em Portugal. No sábado, anunciou que vai abandonar a vice-presidência do PSD, a qual assumiu entusiasticamente há apenas dois meses. Constata-se, assim, que o entusiasmo de ontem deu lugar ao desencanto de hoje, à desilusão com «este teatro que é a maneira como as pessoas fazem política». Porquê? O que mudou? O que lhe fizeram? O eterno candidato à liderança do PSD não explica. Diz apenas: «O meu mundo não é esse. Não quero, não gosto». Ora, a verdade é que o seu mundo é esse há mais de 20 anos. E que ele tem sido um dos actores permanentes desse «teatro» que é a maneira como se faz política em Portugal. Não esqueçamos que Santana Lopes também garantira, há poucas semanas, que não se envolveria na luta pela distrital de Lisboa do PSD e acabou a fazer campanha declarada pelo santanista Rui Gomes da Silva (que perderia, sem hipóteses, a eleição). E que começou por defender uma solução diferente do Governo para a RTP, vindo agora dizer que concorda com um só canal (com o regresso da taxa, para manter alguma diferença). Não esqueçamos que Santana Lopes também garantira, há poucas semanas, que não se envolveria na luta pela distrital de Lisboa do PSD e acabou a fazer campanha declarada pelo santanista Rui Gomes da Silva (que perderia, sem hipóteses, a eleição). E que começou por defender uma solução diferente do Governo para a RTP, vindo agora dizer que concorda com um só canal (com o regresso da taxa, para manter alguma diferença). Perguntar-se-á o que pretende Santana com este percurso ziguezagueante e estes golpes de teatro? Tornar-se a figura central do Congresso do PSD que se avizinha, após ter perdido as suas tropas nas lutas distritais? Distanciar-se do anunciado regresso de Dias Loureiro ao círculo próximo de Durão Barroso e da crescente influência política de Marques Mendes na orientação do Governo, para não perder visibilidade e protagonismo? Colocar-se acima da vida partidária, num estatuto de futuro presidenciável, quando não tem perfil nem currículo político para tal quimera? Perguntar-se-á o que pretende Santana com este percurso ziguezagueante e estes golpes de teatro? Tornar-se a figura central do Congresso do PSD que se avizinha, após ter perdido as suas tropas nas lutas distritais? Distanciar-se do anunciado regresso de Dias Loureiro ao círculo próximo de Durão Barroso e da crescente influência política de Marques Mendes na orientação do Governo, para não perder visibilidade e protagonismo? Colocar-se acima da vida partidária, num estatuto de futuro presidenciável, quando não tem perfil nem currículo político para tal quimera? A resposta não é fácil e as razões para tanta contradição não são claras. Pode, até, resultar mais de uma forma emocional e excessivamente intuitiva de estar na vida política do que de uma estratégia ponderada ou de uma linha de rumo coerente. Não esqueçamos que Santana Lopes já pediu uma audiência ao Presidente da República para lhe comunicar o seu afastamento, total e definitivo, da actividade política por causa de um «sketch» de mau gosto do «Big Show Sic». A resposta não é fácil e as razões para tanta contradição não são claras. Pode, até, resultar mais de uma forma emocional e excessivamente intuitiva de estar na vida política do que de uma estratégia ponderada ou de uma linha de rumo coerente. Não esqueçamos que Santana Lopes já pediu uma audiência ao Presidente da República para lhe comunicar o seu afastamento, total e definitivo, da actividade política por causa de um «sketch» de mau gosto do «Big Show Sic». É certo que o populismo parece estar na ordem do dia e a render dividendos na política europeia. Mas até o populismo exige consistência política, solidez de argumentos e coerência nas acções. Só por si, não chega. E não vai longe se tiver a acompanhá-lo uma trajectória sem nexo nem destino como a de Santana Lopes. É certo que o populismo parece estar na ordem do dia e a render dividendos na política europeia. Mas até o populismo exige consistência política, solidez de argumentos e coerência nas acções. Só por si, não chega. E não vai longe se tiver a acompanhá-lo uma trajectória sem nexo nem destino como a de Santana Lopes. 08:23 30 Maio 2002

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Comentários

21 a 32 de 32 Ze trolha 03:33 31 Maio 2002 um politico pimba

Ora essa:

Entao num pais pimba um politico pimba.

O Santana sabe bem onde se movimenta, se ha coisas que ele aprendeu ultimamente foi a saber movimentar-se, e quando nos temos um presidente que e da Figueira e de repente se candidata a camara de Lisboa, quando ainda ha tres anos era candidato a Sintra, esta tudo dito, tudo isto com o apoio das tvs e dos jornais,que esperam !!! lembrem-se de que ao dizerem mal dos politicos que teem estao a dizer mal de voces mesmo sinhores jornalistas, sao voces que fazem os politicos que o pais tem. Picapau Amarelo 00:12 31 Maio 2002 Concordo. Quem seria então a primeira dama? golfinha 21:58 30 Maio 2002 Caro joaomos

Não nos faça perder tempo com as suas divagações acerca das cambalhotas políticas dos políticos portugueses, até porque não são assim tão originais, depois a sua memória, embora boa no que refere aos queridos do PSD é extremamente selectiva, pois, esquece que o eleitor português já teve oportunidades que chegassem para não querer pelo menos por agora os rosinhas que o amigo tanto preza e que deram azo aos que você tanto critica. A presença do tipo de pessoas que descreve o editorialista existem em todos os partidos, logo acho que, antes de escrever esta comentário deveria criticar os membros do seu partido e não os votantes que, esses, às vezes, quase sempre em Portugal, votam mais contra do que a favor. O rico é uma excepção. O PS ele sim é o culpado de promover pessoas como, Dias Loureiro, Carlos Carvalhas , Paulo portas, Jorge coelho, Luís Parreirão, Fausto Correia, Durão Barroso, mais um monte que por aí ficam parasitando, mas que acima de tudo o povo gosta.

Meu caro se quer verdadeiramente ser útil e fazer algo de bom pela sociedade mova com o poder dos seus comentários (mais bem escritos e menos sectários e sobretudo, mais inteligentes, uma acção no sentido de fazer com que pelo menos os seus leitores comecem a exercer cidadania e não a fazer parte desse mundo podre que você parece tanto gostar. O conceito de projecção e de catársis psicanalíticos explicam bem este tipo de fenómeno de indígenas como você que anda a quatro patas do sentido cívico. E não é o único que por aqui anda neste fórum.

um grande abraço de quem só lhe quer bem. Mas não abuse rico! E, por favor utilize de forma mais decente a nossa magna língua, tá?

Ah já me esquecia, gostou do texto. Foi feito com as suas próprias palavras, tirando naturalmente algumas farpas minhas (sim, que uma pessoa tem de divertir-se) e com as correcções que o menino fará o favor de anotar que eu, embora numa de Serviço Cívico, não tenho pachorra eterna.

Leia, por exemplo, o comentário do Imperador, mais abaixo e repare que se pode dizer a mesma coisa utilizando um estilo civilizado.

joaomos 21:15 30 Maio 2002 caro jose antonio lima,

nao nos faca perder tempo com suas divagacoes acerca das cambalhotas politicas dos politicos portugueses, ate porque nao sai assim tao originais, depois a sua memoria, embora boa no que refere sobre santana lopes, e seletiva pois, pois esquece que o eleitor portugues ja teve demais oportunidades de corrigir a presenca deste tipo de pessoas que existem em todos os partidos, logo acho que antes de escrever esta nota criticando santana lopes deveria criticar o eleitor, ele sim e o culpado de continuarem a existir pessoas como ele, dias loureiro, carlos carvalhas , paulo portas, jorge coelho, luis parreirao, fausto correia, durao barroso (o agitador de extrema esquerda !!!!!, lembram), mais um monte que por ai ficam parasitamdo, mas que acima de tudo o povo gosta, entao democraticamente, temos que os aceitar.

meu caro se quer verdadeiramente ser util , e fazer algo de bom pela sociedade mova com o poder de jornalista que tem, uma accao no sentido de fazer com que pelo menos os seus leitores comecem a exercer cidadania e nao a fazer parte desse mundo podre que tao bem descreve no seu artigo.

um grande abraco de quem so lhe quer bem. Samsara 21:00 30 Maio 2002 Sabem o que acontece aos balões quando têm ar a mais?

Sabem, vai-se soprando, soprando e ploff, rebentam, ficam em nada, só um pedacinho de plástico colorido na mãozinha de uma criança, e sabem com que cara fica a criança, não sabem?

Sabem, uns riem e ficam muito excitados e querem outro, outros choram, fazem uma birra e não querem mais balões.

E ainda há crianças que apenas ficam com ar perplexo e partem para outra.

E mais tarde, na vida, neste mundão, vão ter o mesmíssimo comportamento, sem tirar nem pôr.

Neste caso o que interessa é o balão, não as crianças.

Sobe sobe , balão sobe...

E o balão é o Pedro, o Lopes.

Melhor não se encher muito de ar, pode rebentar.

Como é um resistente, e não sabe parar, numa segunda reencarnação volta a ser balão!

É, ele é de facto teimoso, obstinado, às vezes inconsequente e inconstante, muito irrequieto e sofre de instabilidade emocional, apesar de ser muito inteligente.

Tem dias, o rapaz deve ter-se esquecido de tomar os granulados...

Muito boa ideia essa de futuro presidenciável, aprovo, de eterno candidato passa a futuro candidato a PR.

Em vez de uma Primeira Dama passaríamos a ter 5, pelo menos,

Eram cházinhos de caridade para aqui, almoços com ONGs para ali, visitas a lares de 3a. idade, a creches e infantários, várias iniciativas para angariar fundos para o combate à sida, à toxicodepência, à tuberculose, espectáculos e exposições com a finalidade de ajudar instituições de ensino especial, hospitais, centros de apoio às vitimas de qualquer coisa, ele há tantas e sem esquecer a luta a favor da preservação do lince da Malcata.

Tudo com fins beneficientes.

O país inteiro agradeceria. Jacareport 18:50 30 Maio 2002 Zig Zag

No meu tempo de menino era "mortalha". Na nossa língua serve para amortalhar também "defuntos".Não dava para charros porque não os havia, pelo menos na praça, como agora.Concordo com a imagem dada mas não com a posição contínua de "confrontação interna". Parece que uma vez morto o "padrinho" de boa memória algo de traumatizante ficou. Estamos cheios de "flores" na política e começo a pensar que por vezes uma boa "rolha" seria oportuna! Talvez o sem dúvida inteligente personagem possa reflectir que está a tronar-se cansativo! imperador 18:28 30 Maio 2002 Carlos Amaral Dias não controla o seu Enfant Terrible?

O problema é que, em Portugal, a parvoíce é curriculum. Se não, como é que se admitiria que este pateta alegre e salta pocinhas da vida política portuguesa tenha destronado o João Soares, que antes de estar chaladinho com a derrota, foi inegavelmente um bom e honesto presidente da CML. Pelos vistos estes malabarismos à Santana Lopes, que já no dia de eleições, se punha em bicos de pés a criticar o Ferro de não ir a correr dar os parabéns pela vitória ao Durão Barroso, colhe dividendos. É a triste Pátria Nossa (des)amada e (des)ditosa.

No espectáculo da política, o povo português gosta deste tipo de actores, para fazer o contra-peso com as mães ou pais Salazar.

O Povo Português gosta da fulanização e do bairrismo, com umas pitadas moralistas prontas a meter no micro-ondas. E o pateta alegre Santana Lopes tem todos estes requisitos.

O que percebemos menos é que o seu mentor, o famoso psicanalista Carlos Amaral Dias, que o levou a ganhar as eleições para a Câmara Municipal de Lisboa, não o aconselhe neste ziguzagueado à la Lopes? Ou aconselha-o a fazer isto? Pseudoeter 14:17 30 Maio 2002 E vão dois barões...

Hoje, parece estar na moda considerar-se que não se pode assumir cargos governativos e partidários simultaneamente.

D. Loureiro e S. Lopes afastam-se de cargos públicos ou privados que poderiam constituir um obstáculo à sua subida ao poder.

Avizinha-se um assalto ao poder? Vem aí uma espécie de 'golpe palaciano' dentro do PSD com repercussões no Governo (ou o contrário)?

É preciso chutar o P. Portas/CDS para fora do Governo, sendo necessario chamar todos os Barões, em ápoca de crise?

Vitor Mango 14:03 30 Maio 2002 Dizem-me que este tipo de comportamento dá mais nas mulheres

Chama á doença

Pertiodo eleitoral

Ou periodo

periodo (sizem que de 28 x 28 days )

Já nem sei

Sei que existem comprimidos para a cura

Em vez de comprimidos podem ser usados descomprimidos liquidos

Eu conheço um

Tinto

Cartaxo

1990

1991

1992

1993

1994

1995

e finalmente o melhor

O 1996 - a seco 96

Abram as goelas ao doente e apliquem a pastilha

As melhoras são instantaneas alarme 13:55 30 Maio 2002 Fazer o frete

Este, que às vezes costuma fazer o frete, de fingir que é Oposição, dentro deste Órgão da "Situação", desta vez resolveu fazer o frete directamente. :)) Judas 13:47 30 Maio 2002 O que é isso?

Foi o seu patrão que lhe encomendou mais esse serviço? serendipidade 10:22 30 Maio 2002 Ninguém agarra estes balões...

Totalmente de acordo com o artigo.

O que vejo é que o 'povo' cada vez gosta mais de balões e, depois, admira-se de não os conseguir segurar tal como as crianças nas feiras:

-« 'fugiu' o balão? Não chores que se arranja outro...»

Já não nos bastava a televisão espectáculo, somos também um povo com a política espectáculo. < anteriores

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