Falta de imaginação e desrespeito pela cultura do povo

09-06-2003
marcar artigo

Falta de Imaginação e Desrespeito pela Cultura do Povo

Por MANUEL EDUARDO MOREIRA

Domingo, 25 de Maio de 2003

Caldense, entendo perfeitamente e solidarizo-me com o desabafo do sr. Luís Martins em carta publicada no PÚBLICO do dia 17 e de tal modo que, se porventura soubesse que queriam trocar o galo de Barcelos pelo "emblema" (para não lhe chamar ex-libris) caldense, podem ter a certeza que os sinos tocariam a rebate e haveria revolução na terra! Nunca! O símbolo é nosso, muito nosso! Há que respeitar as raízes culturais de um povo e o artesanato faz parte disso. Carregamos há longuíssimos anos aquela cruz às costas, tal como Braga tem carregado a sua.

Recorde-se Rosa Ramalho - figura pela qual nutro profundo respeito, já que, para além do mais, sou neto de oleiros, correndo-me barro nas veias - e que possuirá obras bem representativas da sua região que poderão representar com dignidade a zona. Daí concordar com o sr. Luís Martins, quando afirma que a Região de Turismo do Verde Minho, autora da proeza, denota uma enorme

falta de respeito e sensibilidade, uma impressionante ignorância a respeito do assunto. E principalmente Braga, que nada tem a ver com tal tipo de simbologia. Seria uma heresia.

Por isso exorto os cidadãos de Braga a juntarem-se ao sr. Martins e chamarem a atenção daquela região de turismo para o absurdo da situação.

Para já, fique claro o seguinte: nem pensar em criar símbolo idêntico para Braga. Seria um subproduto. O original, o legítimo pertence às Caldas, sempre ali esteve sem ser cobiçado (...) e não no-lo tirarão! É nosso, muito nosso.

Falta de Imaginação e Desrespeito pela Cultura do Povo

Por MANUEL EDUARDO MOREIRA

Domingo, 25 de Maio de 2003

Caldense, entendo perfeitamente e solidarizo-me com o desabafo do sr. Luís Martins em carta publicada no PÚBLICO do dia 17 e de tal modo que, se porventura soubesse que queriam trocar o galo de Barcelos pelo "emblema" (para não lhe chamar ex-libris) caldense, podem ter a certeza que os sinos tocariam a rebate e haveria revolução na terra! Nunca! O símbolo é nosso, muito nosso! Há que respeitar as raízes culturais de um povo e o artesanato faz parte disso. Carregamos há longuíssimos anos aquela cruz às costas, tal como Braga tem carregado a sua.

Recorde-se Rosa Ramalho - figura pela qual nutro profundo respeito, já que, para além do mais, sou neto de oleiros, correndo-me barro nas veias - e que possuirá obras bem representativas da sua região que poderão representar com dignidade a zona. Daí concordar com o sr. Luís Martins, quando afirma que a Região de Turismo do Verde Minho, autora da proeza, denota uma enorme

falta de respeito e sensibilidade, uma impressionante ignorância a respeito do assunto. E principalmente Braga, que nada tem a ver com tal tipo de simbologia. Seria uma heresia.

Por isso exorto os cidadãos de Braga a juntarem-se ao sr. Martins e chamarem a atenção daquela região de turismo para o absurdo da situação.

Para já, fique claro o seguinte: nem pensar em criar símbolo idêntico para Braga. Seria um subproduto. O original, o legítimo pertence às Caldas, sempre ali esteve sem ser cobiçado (...) e não no-lo tirarão! É nosso, muito nosso.

marcar artigo