EXPRESSO: Artigo

21-04-2002
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2 de Abril de 2002 às 04:46

Jo Serrao ( joserrao42@hotmail.com )

Lamento ter ofendido alguém com a minha referência ao Colégio Alemão. É verdade que tive na Faculdade de Letras um professor, que também o era no referido colégio, e no qual não reconheci qualidades pedagógicas. Também é verdade que encontrava nalguns dos meus colegas oriundos da mesma escola as características que referi. Entretanto aprendi que não se pode tomar a parte pelo todo. Mas este Jurgen...

1 de Abril de 2002 às 17:00

JP. Reis ( berlin 1989 )

Obrigado pelas suas palavras, que subscrevo, não na qualidade de Pai, mas de ex-aluno, mas sei da justeza das mesmas, pois a minha mãe com os seus parcos recursos económicos, conseguiu dar a instrução primária na Escola Alemã de Lisboa a dois dos filhos e à minha irmã, a primária e a secundária.

Já nos anos 60 a EAL era um exemplo de democracia e de ensino correcto e aberto, pelo que estou seguro que a sua congénere do Porto também o seria.

1 de Abril de 2002 às 16:19

berlin1989

É lamentável o nível de linguagem que às vezes é utilizada neste espaço. Para além dos insultos que nem valem qualquer comentário, há ainda certos juízos de valor, uns mais abertos, outros mais velados que põem em causa a seriedade e empenho de certas instituições. Uma delas, aqui veladamente "atacada" é o Colégio Alemão no contexto da pessoa de Rui Rio. É preciso ter muito cuidado com as palavras. O Colégio Alemão é uma instituição séria que presta um enorme contributo à educação neste país e, quer acreditem, quer não, é uma instituição tolerante e socialmente activa, que muito contribui para ajudar várias instituições de caridade no Norte do país. Por motivos pessoais, também eu pertenço ao grupo dos pais que decidiram matricular os seus filhos neste colégio. Muito me custa - custa-me fins-de-semana a trabalhar, custa-me feriados a trabalhar, custa-me conduzir um carro com 15 anos e não poder comprar um moderno, custa-me não poder dar às minhas filhas umas férias no Algarve, mas sei que estou a investir no seu futuro ao dar-lhes uma boa educação. Até nisso, o Colégio Alemão é exemplar, dado que não tenho de pagar as propinas na sua totalidade devido ao rendimento familiar. Custa-me, por isso, ver e ler certas afirmações de pessoas que, provavelmente, nunca se deram ao trabalho de conhecer o trabalho levado a cabo por esta escola. Pudesse eu dizer o mesmo de todas as escolas públicas!

31 de Março de 2002 às 18:19

Zé Luiz ( JP Reis e Jo Serrão )

Não há direito! Eu aqui mortinho por ter um neto, e vocês dois a fazerem-me inveja!

31 de Março de 2002 às 17:25

JP. Reis ( Jo Serrao - 'you made yourself clear, but not enough...' )

Ainda em relação ao 'read my lips' e já depois de lhe haver dirigido o meu texto anterior, recordei-me que já Jonh F. Kennedy a havia usado e que eu saiba sem nunca ter sido desmentido como aconteceu no caso de Bush (Pai). (apenas um 'fait-divers').

Não me viu a elogiar a governação anterior a AG, pois não era ela que estava em discussão, embora sempre lhe diga que subscrevo na quase generalidade dos seus comentários.

Continuamos seguramente em desacordo, pois ao contrário de si, eu não tenho qualquer orgulho no governo do meu país dos últimos 6 anos pelas razões que sucintamente lhe expliquei, mas ainda bem que assim é, significa que vivemos em democracia e que podemos divergir com civismo.

Peço-lhe que não leia qualquer snobismo no título em inglês, foi apenas para continuar na mesma onda.

P.S. - que o seu neto seja tão saudável como os meus dois de quem muito gosto, e prepare-se porque a sua vida vai mudar, mas para muito melhor, são uma alegria indescritível.

31 de Março de 2002 às 09:14

Jo Serrao ( joserrao42@hotmail.com )

Oh Jurgenzinho,

És mesmo um nazizinho folclórico, com um nome desses, com a brilhante linguagem que utilizas e com esse amor pelo Rui Rio! Claro, ele andou no colégio alemão. O que justifica aquela mistura de complexos de superioridade e de inferioridade, aquele ar de homem que passará directamente de criançolas a velho!

31 de Março de 2002 às 09:05

Jo Serrao ( joserrao42@hotmail.com A JP.REIS )

Obrigada pelo esclarecimento, mas sei perfeitamente que a expressão foi usada por Bush pai durante a campanha presidencial. Só que não foi cunhada por ele, é uma expressão frequente em inglês. Quanto ao "wishful thinking", garanto-lhe que tenho muitas razões por assim pensar, que não são "wishful" e que também passo a explicar.

Durante os 16 anos que o PSD esteve no poder (19 nos ministérios da Saúde, da Educação, da Justiça e da Agricultura) foram muitos os problemas graves que se arrastaram e que pareciam totalmente irresolúveis: a crise do Vale do Ave e da Marinha Grande, a barragem do Alqueva, o caos na Segurança Social, na Habitação, na Justiça, na Educação, na Bolsa, o atraso vergonhoso na Ciência e Tecnologia, o sangue contaminado, as vacas loucas, a Torralta, lembra-se? ...os aquaparques sem legislação, aquela IP5 assassina construída nos governos de Cavaco, as autarquias com metade do dinheiro que lhes cabia (e às quais, com a aplicação da lei das Finanças Locais, foi possível realojar milhares de pessoas, dando-lhes uma vida mais digna e maior segurança ao acabar com tantos bairros de barracas, bem como desenvolver o interior), a falta de segurança alimentar, das águas (lembra-se do escândalo das hemodiálises em Évora?), dos lares de idosos, a decadência dos Centros de Saúde, as centenas de lixeiras por toda a parte (inclusive em hospitais...), enfim, a indiferença total pela educação e pela cultura, bem como pela segurança e bem estar dos portugueses em geral (claro que não incluo aqui os Alfaias, os Costas Freires, os Zézés Belezas, os Santos Martins, etc., etc...), e tudo isto com muitos mais fundos da UE do que os governos de António Guterres. O que teria sido a EXPO 98 feita por eles? Certamente igual ao crime económico da ponte Vasco da Gama, inventada e contratualizada pelo engº Ferreira do Amaral!

E isto sem lembrar, claro, o maior escândalo: o caso de Camarate, nunca resolvido pelas maiorias absolutas do PSD, mas que foi mais uma vez trazido à ribalta nas duas penúltimas eleições como sendo resultado de insuficiências dos governos do PS!! Todos sabemos que os abutres do PSD não querem saber verdade nenhuma sobre este caso, o que querem é desenterrar e alimentar-se dos restos calcinados do dr. Sá Carneiro, dois meses antes de cada eleição.

E também sem lembrar o famoso tabu do dr. Cavaco, os ministros que fugiam dos jornalistas porque não sabiam dizer nada, o Cavaco a devorar bolo-rei para não falar, o desdém arrogante pela imprensa e pela opinião pública. A confusão no PSD era tão grande que os seus membros andavam numa lamúria a pedir pateticamente ao Cavaco Silva que ficasse, ao mesmo tempo iam dizendo que era preciso uma renovação da equipa dirigente, mas apoiavam o Fernando Nogueira - da equipa dirigente - ou velhos elefantes como Eurico de Melo. No meio de tudo isso, o PSD continuava a ser conduzido pela mesma equipa estalinista-maoista - Durão Barroso, Pacheco Pereira, Eduíno Vilar - que, com o apoio do dr. Cavaco, ia pondo em prática as velhas teorias de Estaline: não olhar a meios para atingir os fins; as vanguardas esclarecidas e o chefe podendo dizer e fazer tudo porque o rebanho acreditava e ia para onde eles quisessem. Podiam montar a maior farsa, que tinham sempre uma turba de gananciosos e crentes pronta a aplaudi-los. E a farsa foi inacreditável: o principal slogan com que o dr. Cavaco se afirmara 10 anos antes fora a importância mágica da estabilidade! Mas este homem, que tinha uma maioria absoluta na Assembleia disposta a atirar-se ao Tejo se ele mandasse, que tinha a segurança dos milhões atribuídos pela União Europeia a Portugal mais os milhões das privatizações, e que tinha o seu partido caninamente reunido em volta dele, veio dizer que não lhe apetecia recandidatar-se a primeiro-ministro! NOVE meses antes das eleições! Lá se foi a apregoada estabilidade! O que é que o país tinha a ver com o facto da criatura achar que daí a NOVE meses não lhe ia apetecer entrar nas listas do PSD às legislativas?

É espantoso que as pessoas tenham esquecido os erros clamorosos, a incompetência, a indigência cultural, a estreiteza de vistas e a falta de sentido de Estado dos governos PSD, e que se perpetuaram na oposição feita por eles, numa política de terra queimada.

E é espantoso que esperem deste friso de caras algo de melhor do que fizeram no passado... (Chamo a propósito a atenção para o texto publicado neste número do Expresso sobre "O Poder Medido em Dias"). A mediocridade vem-lhes de dentro. Ao que parece, a Cultura nem sequer terá uma secretaria de Estado!

Há um desequilíbrio nas Finanças? Então e os desequilíbrios nos EUA, no Japão, na Alemanha? Foi preciso uma crise económica mundial para - terminado o primeiro governo de Guterres - todos começarem a vociferar... contra 6 (seis!) anos de "guterrismo", quando no seu primeiro governo os indicadores económicos e a Bolsa tinham subido continuadamente.

Às mentes mesquinhas, posso desde já garantir-lhes, em nome do meu primeiro neto que vai nascer em Setembro, que não ganhei nenhum emprego nem tacho nem subsídio com o governo PS. Mas, tal como diz DIOGO SOTTO MAI, ganhei muito mais: ganhei uma auto-estima patriótica que nunca julguei poder um dia ganhar", um imenso orgulho por ter contribuído com o meu modesto voto para que esse governo tivesse existido. E uma grande esperança em que esse trabalho seja em breve continuado, com o apoio dos portugueses, pelo novo líder do PS, Eduardo Ferro Rodrigues, de quem António Guterres disse com honradez, na passagem do testemunho, ser "um homem de qualidades excepcionais" e "humano". Um homem "leal com amigos e também com adversários"; "solidário como forma de estar na vida"; "de apego à verdade" e de "intransigente recusa daquilo que alguns chamam a oportunidade política e que, na maior parte dos casos não passa de puro oportunismo."

I hope I've made myself clear...

30 de Março de 2002 às 19:43

Sampa ( Xuxas Podres )

Qualquer comentário a esta vergonha seria embarcar numa série de insultos e frases nada abonatórias destes vigaristas que nos andaram a trair durante seis anos.

Por isso, só desejo que se procedam às imperativas averiguações que conduzam à publica denúncia de todos os intervenientes nesta golpada.

30 de Março de 2002 às 17:48

Zé Luiz ( para Portuga )

Peço-lhe o favor de não continuar a fazer cut/paste do comentário que fiz ao artigo "Invasão de pedintes".

Se a sua intenção é dar-lhe maior divulgação, agradeço, mas prefiro que ele fique no lugar próprio, que é o artigo a que se refere.

Aqui só estorva.

Obrigado.

30 de Março de 2002 às 10:38

Portuga

Solução para os pedientes de criança ao colo

Porque não fazer uma lei que permitisse:

a) deter estas pessoas para identificação;

b) no caso de acompanharem crianças, proceder a análises ao sangue destas para saber se estão drogadas com sedativos ou outras substâncias;

c) no caso de as análises darem resultados positivos, proceder criminalmente contra o adulto acompanhante, o qual seria presumido responsável pela situação;

d) retirar à guarda dos pais e familiares qualquer menor nacional ou estrangeiro encontrado na prática da mendicidade, com base na presunção legal de que esta prática por parte do menor configura uma negligência grave por parte do adulto.

2 de Abril de 2002 às 04:46

Jo Serrao ( joserrao42@hotmail.com )

Lamento ter ofendido alguém com a minha referência ao Colégio Alemão. É verdade que tive na Faculdade de Letras um professor, que também o era no referido colégio, e no qual não reconheci qualidades pedagógicas. Também é verdade que encontrava nalguns dos meus colegas oriundos da mesma escola as características que referi. Entretanto aprendi que não se pode tomar a parte pelo todo. Mas este Jurgen...

1 de Abril de 2002 às 17:00

JP. Reis ( berlin 1989 )

Obrigado pelas suas palavras, que subscrevo, não na qualidade de Pai, mas de ex-aluno, mas sei da justeza das mesmas, pois a minha mãe com os seus parcos recursos económicos, conseguiu dar a instrução primária na Escola Alemã de Lisboa a dois dos filhos e à minha irmã, a primária e a secundária.

Já nos anos 60 a EAL era um exemplo de democracia e de ensino correcto e aberto, pelo que estou seguro que a sua congénere do Porto também o seria.

1 de Abril de 2002 às 16:19

berlin1989

É lamentável o nível de linguagem que às vezes é utilizada neste espaço. Para além dos insultos que nem valem qualquer comentário, há ainda certos juízos de valor, uns mais abertos, outros mais velados que põem em causa a seriedade e empenho de certas instituições. Uma delas, aqui veladamente "atacada" é o Colégio Alemão no contexto da pessoa de Rui Rio. É preciso ter muito cuidado com as palavras. O Colégio Alemão é uma instituição séria que presta um enorme contributo à educação neste país e, quer acreditem, quer não, é uma instituição tolerante e socialmente activa, que muito contribui para ajudar várias instituições de caridade no Norte do país. Por motivos pessoais, também eu pertenço ao grupo dos pais que decidiram matricular os seus filhos neste colégio. Muito me custa - custa-me fins-de-semana a trabalhar, custa-me feriados a trabalhar, custa-me conduzir um carro com 15 anos e não poder comprar um moderno, custa-me não poder dar às minhas filhas umas férias no Algarve, mas sei que estou a investir no seu futuro ao dar-lhes uma boa educação. Até nisso, o Colégio Alemão é exemplar, dado que não tenho de pagar as propinas na sua totalidade devido ao rendimento familiar. Custa-me, por isso, ver e ler certas afirmações de pessoas que, provavelmente, nunca se deram ao trabalho de conhecer o trabalho levado a cabo por esta escola. Pudesse eu dizer o mesmo de todas as escolas públicas!

31 de Março de 2002 às 18:19

Zé Luiz ( JP Reis e Jo Serrão )

Não há direito! Eu aqui mortinho por ter um neto, e vocês dois a fazerem-me inveja!

31 de Março de 2002 às 17:25

JP. Reis ( Jo Serrao - 'you made yourself clear, but not enough...' )

Ainda em relação ao 'read my lips' e já depois de lhe haver dirigido o meu texto anterior, recordei-me que já Jonh F. Kennedy a havia usado e que eu saiba sem nunca ter sido desmentido como aconteceu no caso de Bush (Pai). (apenas um 'fait-divers').

Não me viu a elogiar a governação anterior a AG, pois não era ela que estava em discussão, embora sempre lhe diga que subscrevo na quase generalidade dos seus comentários.

Continuamos seguramente em desacordo, pois ao contrário de si, eu não tenho qualquer orgulho no governo do meu país dos últimos 6 anos pelas razões que sucintamente lhe expliquei, mas ainda bem que assim é, significa que vivemos em democracia e que podemos divergir com civismo.

Peço-lhe que não leia qualquer snobismo no título em inglês, foi apenas para continuar na mesma onda.

P.S. - que o seu neto seja tão saudável como os meus dois de quem muito gosto, e prepare-se porque a sua vida vai mudar, mas para muito melhor, são uma alegria indescritível.

31 de Março de 2002 às 09:14

Jo Serrao ( joserrao42@hotmail.com )

Oh Jurgenzinho,

És mesmo um nazizinho folclórico, com um nome desses, com a brilhante linguagem que utilizas e com esse amor pelo Rui Rio! Claro, ele andou no colégio alemão. O que justifica aquela mistura de complexos de superioridade e de inferioridade, aquele ar de homem que passará directamente de criançolas a velho!

31 de Março de 2002 às 09:05

Jo Serrao ( joserrao42@hotmail.com A JP.REIS )

Obrigada pelo esclarecimento, mas sei perfeitamente que a expressão foi usada por Bush pai durante a campanha presidencial. Só que não foi cunhada por ele, é uma expressão frequente em inglês. Quanto ao "wishful thinking", garanto-lhe que tenho muitas razões por assim pensar, que não são "wishful" e que também passo a explicar.

Durante os 16 anos que o PSD esteve no poder (19 nos ministérios da Saúde, da Educação, da Justiça e da Agricultura) foram muitos os problemas graves que se arrastaram e que pareciam totalmente irresolúveis: a crise do Vale do Ave e da Marinha Grande, a barragem do Alqueva, o caos na Segurança Social, na Habitação, na Justiça, na Educação, na Bolsa, o atraso vergonhoso na Ciência e Tecnologia, o sangue contaminado, as vacas loucas, a Torralta, lembra-se? ...os aquaparques sem legislação, aquela IP5 assassina construída nos governos de Cavaco, as autarquias com metade do dinheiro que lhes cabia (e às quais, com a aplicação da lei das Finanças Locais, foi possível realojar milhares de pessoas, dando-lhes uma vida mais digna e maior segurança ao acabar com tantos bairros de barracas, bem como desenvolver o interior), a falta de segurança alimentar, das águas (lembra-se do escândalo das hemodiálises em Évora?), dos lares de idosos, a decadência dos Centros de Saúde, as centenas de lixeiras por toda a parte (inclusive em hospitais...), enfim, a indiferença total pela educação e pela cultura, bem como pela segurança e bem estar dos portugueses em geral (claro que não incluo aqui os Alfaias, os Costas Freires, os Zézés Belezas, os Santos Martins, etc., etc...), e tudo isto com muitos mais fundos da UE do que os governos de António Guterres. O que teria sido a EXPO 98 feita por eles? Certamente igual ao crime económico da ponte Vasco da Gama, inventada e contratualizada pelo engº Ferreira do Amaral!

E isto sem lembrar, claro, o maior escândalo: o caso de Camarate, nunca resolvido pelas maiorias absolutas do PSD, mas que foi mais uma vez trazido à ribalta nas duas penúltimas eleições como sendo resultado de insuficiências dos governos do PS!! Todos sabemos que os abutres do PSD não querem saber verdade nenhuma sobre este caso, o que querem é desenterrar e alimentar-se dos restos calcinados do dr. Sá Carneiro, dois meses antes de cada eleição.

E também sem lembrar o famoso tabu do dr. Cavaco, os ministros que fugiam dos jornalistas porque não sabiam dizer nada, o Cavaco a devorar bolo-rei para não falar, o desdém arrogante pela imprensa e pela opinião pública. A confusão no PSD era tão grande que os seus membros andavam numa lamúria a pedir pateticamente ao Cavaco Silva que ficasse, ao mesmo tempo iam dizendo que era preciso uma renovação da equipa dirigente, mas apoiavam o Fernando Nogueira - da equipa dirigente - ou velhos elefantes como Eurico de Melo. No meio de tudo isso, o PSD continuava a ser conduzido pela mesma equipa estalinista-maoista - Durão Barroso, Pacheco Pereira, Eduíno Vilar - que, com o apoio do dr. Cavaco, ia pondo em prática as velhas teorias de Estaline: não olhar a meios para atingir os fins; as vanguardas esclarecidas e o chefe podendo dizer e fazer tudo porque o rebanho acreditava e ia para onde eles quisessem. Podiam montar a maior farsa, que tinham sempre uma turba de gananciosos e crentes pronta a aplaudi-los. E a farsa foi inacreditável: o principal slogan com que o dr. Cavaco se afirmara 10 anos antes fora a importância mágica da estabilidade! Mas este homem, que tinha uma maioria absoluta na Assembleia disposta a atirar-se ao Tejo se ele mandasse, que tinha a segurança dos milhões atribuídos pela União Europeia a Portugal mais os milhões das privatizações, e que tinha o seu partido caninamente reunido em volta dele, veio dizer que não lhe apetecia recandidatar-se a primeiro-ministro! NOVE meses antes das eleições! Lá se foi a apregoada estabilidade! O que é que o país tinha a ver com o facto da criatura achar que daí a NOVE meses não lhe ia apetecer entrar nas listas do PSD às legislativas?

É espantoso que as pessoas tenham esquecido os erros clamorosos, a incompetência, a indigência cultural, a estreiteza de vistas e a falta de sentido de Estado dos governos PSD, e que se perpetuaram na oposição feita por eles, numa política de terra queimada.

E é espantoso que esperem deste friso de caras algo de melhor do que fizeram no passado... (Chamo a propósito a atenção para o texto publicado neste número do Expresso sobre "O Poder Medido em Dias"). A mediocridade vem-lhes de dentro. Ao que parece, a Cultura nem sequer terá uma secretaria de Estado!

Há um desequilíbrio nas Finanças? Então e os desequilíbrios nos EUA, no Japão, na Alemanha? Foi preciso uma crise económica mundial para - terminado o primeiro governo de Guterres - todos começarem a vociferar... contra 6 (seis!) anos de "guterrismo", quando no seu primeiro governo os indicadores económicos e a Bolsa tinham subido continuadamente.

Às mentes mesquinhas, posso desde já garantir-lhes, em nome do meu primeiro neto que vai nascer em Setembro, que não ganhei nenhum emprego nem tacho nem subsídio com o governo PS. Mas, tal como diz DIOGO SOTTO MAI, ganhei muito mais: ganhei uma auto-estima patriótica que nunca julguei poder um dia ganhar", um imenso orgulho por ter contribuído com o meu modesto voto para que esse governo tivesse existido. E uma grande esperança em que esse trabalho seja em breve continuado, com o apoio dos portugueses, pelo novo líder do PS, Eduardo Ferro Rodrigues, de quem António Guterres disse com honradez, na passagem do testemunho, ser "um homem de qualidades excepcionais" e "humano". Um homem "leal com amigos e também com adversários"; "solidário como forma de estar na vida"; "de apego à verdade" e de "intransigente recusa daquilo que alguns chamam a oportunidade política e que, na maior parte dos casos não passa de puro oportunismo."

I hope I've made myself clear...

30 de Março de 2002 às 19:43

Sampa ( Xuxas Podres )

Qualquer comentário a esta vergonha seria embarcar numa série de insultos e frases nada abonatórias destes vigaristas que nos andaram a trair durante seis anos.

Por isso, só desejo que se procedam às imperativas averiguações que conduzam à publica denúncia de todos os intervenientes nesta golpada.

30 de Março de 2002 às 17:48

Zé Luiz ( para Portuga )

Peço-lhe o favor de não continuar a fazer cut/paste do comentário que fiz ao artigo "Invasão de pedintes".

Se a sua intenção é dar-lhe maior divulgação, agradeço, mas prefiro que ele fique no lugar próprio, que é o artigo a que se refere.

Aqui só estorva.

Obrigado.

30 de Março de 2002 às 10:38

Portuga

Solução para os pedientes de criança ao colo

Porque não fazer uma lei que permitisse:

a) deter estas pessoas para identificação;

b) no caso de acompanharem crianças, proceder a análises ao sangue destas para saber se estão drogadas com sedativos ou outras substâncias;

c) no caso de as análises darem resultados positivos, proceder criminalmente contra o adulto acompanhante, o qual seria presumido responsável pela situação;

d) retirar à guarda dos pais e familiares qualquer menor nacional ou estrangeiro encontrado na prática da mendicidade, com base na presunção legal de que esta prática por parte do menor configura uma negligência grave por parte do adulto.

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