"Monstros" sagrados no jazz de Verão

10-07-2003
marcar artigo

"Monstros" Sagrados no Jazz de Verão

Por FERNANDO MAGALHÃES

Sexta-feira, 04 de Julho de 2003

Wayne Shorter e Dave Holland no Estoril Jazz. Eddie Prévost e John Butcher no Funchal. Aldo Romano, Louis Sclavis e Henri Texier no Porto. Franco Ambrosetti e Benny Golson em Loulé. Marty Ehrlich e Eric Boeren em Lisboa.

O Estoril Jazz receberá dois monstros sagrados: Wayne Shorter e Dave Holland. Shorter, o multifacetado saxofonista dos Weather Report com escola feita com Art Blakey e Miles Davis; Holland, um dos mais extraordinários compositores, arranjadores e contrabaixistas do jazz actual. Registe-se que Shorter virá acompanhado por Danilo Perez (piano), John Patitucci (contrabaixo) e Brian Blade (bateria), formação de altíssimo nível.

Com uma programação eclética, o Estoril Jazz coloca em destaque, este ano, as "big bands". Além da liderada por Dave Holland, o programa apresenta a Vanguard Jazz Orchestra, fundada por Thad Jones e Mel Lewis, a orquestra do veterano pianista português Jorge Costa Pinto, numa homenagem a Stan Kenton e Woody Herman, e a Jean-Pierre Gebler Belgian All Stars. Outra homenagem, desta feita a um dos criadores do "bop", Dizzy Gillespie, estará a cargo de um quinteto liderado pelo trompetista brasileiro Cláudio Roditi.

No Funchal, poderão ser ouvidas as fusões latinas do pianista Gonzalo Rubalcaba com o grupo do saxofonista porto-riquenho David Sanchez e, num mini-ciclo de música improvisada, o saxofonista ultra-radical John Butcher medirá forças com Vítor Rua, enquanto o outro Telectu, Jorge Lima Barreto, fará o mesmo com Eddie Prévost, percussionista dos lendários avatares da música improvisada designados pela sigla AMM.

No Jazz do Parque do Porto, além da homenagem ao pianista "bopper" Herbie Nichols, pelo The Herbie Nichols Project, será de cortar a respiração assistir ao desempenho do trio que junta a bateria de Aldo Romano, os sopros de Louis Sclavis e o contrabaixo de Henri Texier.

Em Loulé haverá uma homenagem ao guitarrista cigano Django Reinhardt, mas a não perder, neste jazz ao sol do Algarve, será a apresentação do trompetista Franco Ambrosetti e de um nome emblemático do "hard bop", o tenorista Benny Golson, fundador dos Jazztet com Art Farmer.

Este ano em formato mais contido, o Jazz em Agosto incidirá, como é hábito, nas novas tendências do jazz contemporâneo. Tudo poderá acontecer num programa que terá o saxofonista Marty Ehrlich a comandar um sexteto que homenageia e recria a música de Julius Hemphill, os dois trombonistas alemães Johanes e Conrad Bauer e uma "big band" holandesa com direcção de Eric Boeren e o saxofone de Sean Bergin - "free sounds" em formato alargado. O piano de Veryan Weston e a voz de Phil Minton arriscarão tudo nos 4 Walls. Han Bennink estará sob as ordens de Tobias Delius, mas a surpresa poderá vir da Brian Ervine Ensemble, orquestra oriunda da Irlanda onde se abriga o já "habitué" deste festival, Paul Dunmall, o homem da gaita-de-foles e outros sopros dos Mujician de Keith Tippett.

Lançados os dados, resta a cada um optar pelo jazz que melhor lhe convier.

"Monstros" Sagrados no Jazz de Verão

Por FERNANDO MAGALHÃES

Sexta-feira, 04 de Julho de 2003

Wayne Shorter e Dave Holland no Estoril Jazz. Eddie Prévost e John Butcher no Funchal. Aldo Romano, Louis Sclavis e Henri Texier no Porto. Franco Ambrosetti e Benny Golson em Loulé. Marty Ehrlich e Eric Boeren em Lisboa.

O Estoril Jazz receberá dois monstros sagrados: Wayne Shorter e Dave Holland. Shorter, o multifacetado saxofonista dos Weather Report com escola feita com Art Blakey e Miles Davis; Holland, um dos mais extraordinários compositores, arranjadores e contrabaixistas do jazz actual. Registe-se que Shorter virá acompanhado por Danilo Perez (piano), John Patitucci (contrabaixo) e Brian Blade (bateria), formação de altíssimo nível.

Com uma programação eclética, o Estoril Jazz coloca em destaque, este ano, as "big bands". Além da liderada por Dave Holland, o programa apresenta a Vanguard Jazz Orchestra, fundada por Thad Jones e Mel Lewis, a orquestra do veterano pianista português Jorge Costa Pinto, numa homenagem a Stan Kenton e Woody Herman, e a Jean-Pierre Gebler Belgian All Stars. Outra homenagem, desta feita a um dos criadores do "bop", Dizzy Gillespie, estará a cargo de um quinteto liderado pelo trompetista brasileiro Cláudio Roditi.

No Funchal, poderão ser ouvidas as fusões latinas do pianista Gonzalo Rubalcaba com o grupo do saxofonista porto-riquenho David Sanchez e, num mini-ciclo de música improvisada, o saxofonista ultra-radical John Butcher medirá forças com Vítor Rua, enquanto o outro Telectu, Jorge Lima Barreto, fará o mesmo com Eddie Prévost, percussionista dos lendários avatares da música improvisada designados pela sigla AMM.

No Jazz do Parque do Porto, além da homenagem ao pianista "bopper" Herbie Nichols, pelo The Herbie Nichols Project, será de cortar a respiração assistir ao desempenho do trio que junta a bateria de Aldo Romano, os sopros de Louis Sclavis e o contrabaixo de Henri Texier.

Em Loulé haverá uma homenagem ao guitarrista cigano Django Reinhardt, mas a não perder, neste jazz ao sol do Algarve, será a apresentação do trompetista Franco Ambrosetti e de um nome emblemático do "hard bop", o tenorista Benny Golson, fundador dos Jazztet com Art Farmer.

Este ano em formato mais contido, o Jazz em Agosto incidirá, como é hábito, nas novas tendências do jazz contemporâneo. Tudo poderá acontecer num programa que terá o saxofonista Marty Ehrlich a comandar um sexteto que homenageia e recria a música de Julius Hemphill, os dois trombonistas alemães Johanes e Conrad Bauer e uma "big band" holandesa com direcção de Eric Boeren e o saxofone de Sean Bergin - "free sounds" em formato alargado. O piano de Veryan Weston e a voz de Phil Minton arriscarão tudo nos 4 Walls. Han Bennink estará sob as ordens de Tobias Delius, mas a surpresa poderá vir da Brian Ervine Ensemble, orquestra oriunda da Irlanda onde se abriga o já "habitué" deste festival, Paul Dunmall, o homem da gaita-de-foles e outros sopros dos Mujician de Keith Tippett.

Lançados os dados, resta a cada um optar pelo jazz que melhor lhe convier.

marcar artigo