"O PS bater-se-á por uma vitória com maioria absoluta"

10-08-2004
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"O PS Bater-se-á por Uma Vitória com Maioria Absoluta"

Por SÃO JOSÉ ALMEIDA

Quinta-feira, 08 de Julho de 2004

O secretário-geral do PS, Eduardo Ferro Rodrigues, afirmou ontem que PS "está preparado" para ser Governo e vai pedir maioria absoluta no caso de o Presidente da República, Jorge Sampaio, convocar eleições antecipadas. Ferro assumiu a maioria absoluta como objectivo eleitoral em declarações aos jornalistas feitas à saída da audiência de cerca de duas horas que manteve com o Presidente, a propósito da crise política desencadeada com a demissão do primeiro-ministro, Durão Barroso, para aceitar a presidência da Comissão Europeia.

"O PS bater-se-á, em caso de eleições antecipadas, por uma vitória com maioria absoluta", afirmou Ferro Rodrigues depois de explicar que defendera junto do Presidente a antecipação das eleições como única saída para a crise existente. E, sobre cenários governativos futuros, acrescentou: "É a vontade dos portugueses que determinará a composição do próximo Governo."

Sublinhando que aceitará a decisão do Presidente, Ferro Rodrigues reafirmou a sua confiança em Jorge Sampaio: "A minha confiança no senhor Presidente da República é uma confiança de há muitos anos e que permanece intacta."

Acompanhado pelo líder parlamentar, António José Seguro, pelo chefe do Governo dos Açores, Carlos César, e pelos membros do Secretariado Nacional, Sónia Fertuzinhos e Alberto Martins, Ferro Rodrigues apresentou três ordens de razões para a sua posição, nomeadamente "motivos nacionais, democráticos e institucionais".

Explicou que o "motivo nacional" para antecipar as eleições: "O país não pode ter um ritmo de governo de dois em dois anos", sendo necessária uma "resposta de estabilidade" que proporcione "uma solução de médio prazo", a qual permita encontrar "resposta à crise económica, social e das finanças públicas".

No plano da democracia, Ferro sustentou que "é necessário que a situação criada com a saída de Durão Barroso seja respondida por todos os portugueses". E, citando Carlos César, defendeu: "É preferível uma campanha para escolher um governo do que um governo em permanente campanha."

Já no plano institucional, Ferro considerou que "não pode haver condicionamento político do Presidente da República" como acha que está a ser feito pelo PSD e pelo CDS. Referindo mesmo que o CDS "faltou à verdade" na forma como citou os textos do Presidente sobre as condições em que Jorge Sampaio acha que as eleições podem ser antecipadas.

O líder do PS mostrou-se ainda convencido que o Presidente "saberá interpretar como sempre os interesses nacionais e o seu papel, que não tem sido muito respeitado nos últimos tempos".

"O PS Bater-se-á por Uma Vitória com Maioria Absoluta"

Por SÃO JOSÉ ALMEIDA

Quinta-feira, 08 de Julho de 2004

O secretário-geral do PS, Eduardo Ferro Rodrigues, afirmou ontem que PS "está preparado" para ser Governo e vai pedir maioria absoluta no caso de o Presidente da República, Jorge Sampaio, convocar eleições antecipadas. Ferro assumiu a maioria absoluta como objectivo eleitoral em declarações aos jornalistas feitas à saída da audiência de cerca de duas horas que manteve com o Presidente, a propósito da crise política desencadeada com a demissão do primeiro-ministro, Durão Barroso, para aceitar a presidência da Comissão Europeia.

"O PS bater-se-á, em caso de eleições antecipadas, por uma vitória com maioria absoluta", afirmou Ferro Rodrigues depois de explicar que defendera junto do Presidente a antecipação das eleições como única saída para a crise existente. E, sobre cenários governativos futuros, acrescentou: "É a vontade dos portugueses que determinará a composição do próximo Governo."

Sublinhando que aceitará a decisão do Presidente, Ferro Rodrigues reafirmou a sua confiança em Jorge Sampaio: "A minha confiança no senhor Presidente da República é uma confiança de há muitos anos e que permanece intacta."

Acompanhado pelo líder parlamentar, António José Seguro, pelo chefe do Governo dos Açores, Carlos César, e pelos membros do Secretariado Nacional, Sónia Fertuzinhos e Alberto Martins, Ferro Rodrigues apresentou três ordens de razões para a sua posição, nomeadamente "motivos nacionais, democráticos e institucionais".

Explicou que o "motivo nacional" para antecipar as eleições: "O país não pode ter um ritmo de governo de dois em dois anos", sendo necessária uma "resposta de estabilidade" que proporcione "uma solução de médio prazo", a qual permita encontrar "resposta à crise económica, social e das finanças públicas".

No plano da democracia, Ferro sustentou que "é necessário que a situação criada com a saída de Durão Barroso seja respondida por todos os portugueses". E, citando Carlos César, defendeu: "É preferível uma campanha para escolher um governo do que um governo em permanente campanha."

Já no plano institucional, Ferro considerou que "não pode haver condicionamento político do Presidente da República" como acha que está a ser feito pelo PSD e pelo CDS. Referindo mesmo que o CDS "faltou à verdade" na forma como citou os textos do Presidente sobre as condições em que Jorge Sampaio acha que as eleições podem ser antecipadas.

O líder do PS mostrou-se ainda convencido que o Presidente "saberá interpretar como sempre os interesses nacionais e o seu papel, que não tem sido muito respeitado nos últimos tempos".

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