Biografia

22-07-2003
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B I O G R A F I A

Eduardo Ferro Rodrigues

Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues nasceu em Lisboa, a 03 de Novembro de 1949. A mãe era funcionária do antigo Ministério do Ultramar e o pai era quadro superior do Banco de Portugal.

Frequentou até ao 7º ano liceal o Liceu Francês Charles Lepierre.

Terminado o liceu, ingressou no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF, actual ISEG), no curso de Economia e Finanças.

Nos anos de 1968 e 1969 foi autor de dois programas no Rádio Clube Português “Esquema 4” e o “Critério”.

Eduardo Ferro Rodrigues torna-se dirigente estudantil e, no ano lectivo de 1969/1970, é eleito presidente da Associação de Estudantes do ISCEF, o que lhe granjeou popularidade no meio académico, onde era conhecido por “Fefé”.

Termina a licenciatura em 1972 e, nos anos anteriores à revolução de Abril, continua no activismo político, no apoio a lutas operárias e sindicais e na luta anti-colonial. Lutas que lhe valeram uma ficha na PIDE.

Durante os anos que esteve em “Económicas”, Ferro Rodrigues juntara-se a um grupo de intelectuais e sindicalistas de extrema-esquerda, que mais tarde deu origem ao Movimento de Esquerda Socialista (MES). Entre os membros fundadores, além dele próprio, estavam Jorge Sampaio, João Cravinho, Augusto Mateus, Nuno Brederode dos Santos e Eduardo Graça.

Quando eclodiu o 25 de Abril, o MES já existia e procurava situar-se como uma terceira via entre o Partido Socialista e o Partido Comunista.

Em 1981, por proposta do próprio Ferro Rodrigues, foi decidida a extinção do MES.

Em Abril de 1986, pela mão de Mário Soares, acaba por integrar o partido.

Ferro Rodrigues é membro do Secretariado Nacional do PS desde 1988, e em 86/87 fez parte do “governo-sombra” constituído por Vítor Constâncio, como porta-voz para área social.

Mais tarde, foi responsável pelas questões macro-económicas, já com Jorge Sampaio na direcção do partido.

Entre 1992 e 1994, fez parte da Comissão Política e foi deputado à Assembleia da República nas IV, V e VI legislaturas. No último período como deputado, foi eleito pelo Grupo Parlamentar do PS como Coordenador da Comissão de Economia, Finanças e Plano, função que acumulou com a vice-presidência da bancada parlamentar.

Em Outubro de 1995, com a eleição de António Guterres para primeiro-ministro, Ferro Rodrigues assume o ministério da Solidariedade e Segurança Social. Enquanto titular da pasta, introduz alterações profundas no sector. Desde que criou o Rendimento Minímo Garantido e aumentou as pensões de reforma, que a notoriedade não mais o largou e as sondagens passaram a apontá-lo, invariavelmente, como um dos ministro mais populares do governo de António Guterres.

Com a saída da ministra Maria João Rodrigues, em 1997, acumulou a pasta do Trabalho e, em Março de 2001, passa a tutelar o ministério do Equipamento Social.

É eleito secretário-geral do PS em Janeiro de 2002.

A par da actividade política, Eduardo Ferro Rodrigues mantém uma carreira académica. É professor auxiliar convidado no ISCTE desde 1973, onde foi responsável pela cadeira de Economia Portuguesa e vice-coordenador da área de Economia. Além de leccionar na licenciatura de Gestão, também deu aulas em mestrados e cursos de pós-graduação. Desde que integrou o Governo, em 1995, que a sua actividade de docente se encontra suspensa.

Um ex-aluno recorda-o assim: “Era simpático. Que me lembre, Ferro Rodrigues foi o único professor em todo o curso a que a minha turma ofereceu um jantar de despedida. Destoava um pouco da maioria. Ia num Opel Kadett branco, sem fato nem gravata e quase sempre com o jornal “A Bola” debaixo do braço. Faltava pouco, e quando isso acontecia arranjava uma aula suplementar”.

O desapego material é uma característica que lhe é apontada pelos que o conhecem há muito tempo. “Nunca teve a ambição de ter bons carros, boas casas. Sempre foi desapegado desse tipo de coisas”, conta Luís Neto.

Efectivamente, a família Ferro Rodrigues vive, desde 1975, numa casa alugada na Travessa do Ferreiro à Lapa, em Lisboa. É noutra casa alugada, em Almoçageme, que se reunem nos fins-de-semana e férias. A praia algarvia de Monte Gordo é outro dos seus destinos preferidos para os tempos de lazer. Quando era mais jovem, Ferro Rodrigues teve um primeiro e breve casamento, com uma colega de faculdade mas, desde 1973 que vive com Maria Filomena Aguilar, licenciada em História, com quem tem dois filhos gémeos, João Luís e Rita. A sua filha Rita é jornalista na SIC Notícias, enquanto o filho João Luís estuda actualmente em Harvard, Boston.

O seu amigo Luís Neto considera-o “algo conservador. É fiel aos seus gostos de sempre, paixões e amizades”. Uma paixão de sempre e que lhe é publicamente conhecida é a paixão pelo Sporting Clube de Portugal.

B I O G R A F I A

Eduardo Ferro Rodrigues

Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues nasceu em Lisboa, a 03 de Novembro de 1949. A mãe era funcionária do antigo Ministério do Ultramar e o pai era quadro superior do Banco de Portugal.

Frequentou até ao 7º ano liceal o Liceu Francês Charles Lepierre.

Terminado o liceu, ingressou no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF, actual ISEG), no curso de Economia e Finanças.

Nos anos de 1968 e 1969 foi autor de dois programas no Rádio Clube Português “Esquema 4” e o “Critério”.

Eduardo Ferro Rodrigues torna-se dirigente estudantil e, no ano lectivo de 1969/1970, é eleito presidente da Associação de Estudantes do ISCEF, o que lhe granjeou popularidade no meio académico, onde era conhecido por “Fefé”.

Termina a licenciatura em 1972 e, nos anos anteriores à revolução de Abril, continua no activismo político, no apoio a lutas operárias e sindicais e na luta anti-colonial. Lutas que lhe valeram uma ficha na PIDE.

Durante os anos que esteve em “Económicas”, Ferro Rodrigues juntara-se a um grupo de intelectuais e sindicalistas de extrema-esquerda, que mais tarde deu origem ao Movimento de Esquerda Socialista (MES). Entre os membros fundadores, além dele próprio, estavam Jorge Sampaio, João Cravinho, Augusto Mateus, Nuno Brederode dos Santos e Eduardo Graça.

Quando eclodiu o 25 de Abril, o MES já existia e procurava situar-se como uma terceira via entre o Partido Socialista e o Partido Comunista.

Em 1981, por proposta do próprio Ferro Rodrigues, foi decidida a extinção do MES.

Em Abril de 1986, pela mão de Mário Soares, acaba por integrar o partido.

Ferro Rodrigues é membro do Secretariado Nacional do PS desde 1988, e em 86/87 fez parte do “governo-sombra” constituído por Vítor Constâncio, como porta-voz para área social.

Mais tarde, foi responsável pelas questões macro-económicas, já com Jorge Sampaio na direcção do partido.

Entre 1992 e 1994, fez parte da Comissão Política e foi deputado à Assembleia da República nas IV, V e VI legislaturas. No último período como deputado, foi eleito pelo Grupo Parlamentar do PS como Coordenador da Comissão de Economia, Finanças e Plano, função que acumulou com a vice-presidência da bancada parlamentar.

Em Outubro de 1995, com a eleição de António Guterres para primeiro-ministro, Ferro Rodrigues assume o ministério da Solidariedade e Segurança Social. Enquanto titular da pasta, introduz alterações profundas no sector. Desde que criou o Rendimento Minímo Garantido e aumentou as pensões de reforma, que a notoriedade não mais o largou e as sondagens passaram a apontá-lo, invariavelmente, como um dos ministro mais populares do governo de António Guterres.

Com a saída da ministra Maria João Rodrigues, em 1997, acumulou a pasta do Trabalho e, em Março de 2001, passa a tutelar o ministério do Equipamento Social.

É eleito secretário-geral do PS em Janeiro de 2002.

A par da actividade política, Eduardo Ferro Rodrigues mantém uma carreira académica. É professor auxiliar convidado no ISCTE desde 1973, onde foi responsável pela cadeira de Economia Portuguesa e vice-coordenador da área de Economia. Além de leccionar na licenciatura de Gestão, também deu aulas em mestrados e cursos de pós-graduação. Desde que integrou o Governo, em 1995, que a sua actividade de docente se encontra suspensa.

Um ex-aluno recorda-o assim: “Era simpático. Que me lembre, Ferro Rodrigues foi o único professor em todo o curso a que a minha turma ofereceu um jantar de despedida. Destoava um pouco da maioria. Ia num Opel Kadett branco, sem fato nem gravata e quase sempre com o jornal “A Bola” debaixo do braço. Faltava pouco, e quando isso acontecia arranjava uma aula suplementar”.

O desapego material é uma característica que lhe é apontada pelos que o conhecem há muito tempo. “Nunca teve a ambição de ter bons carros, boas casas. Sempre foi desapegado desse tipo de coisas”, conta Luís Neto.

Efectivamente, a família Ferro Rodrigues vive, desde 1975, numa casa alugada na Travessa do Ferreiro à Lapa, em Lisboa. É noutra casa alugada, em Almoçageme, que se reunem nos fins-de-semana e férias. A praia algarvia de Monte Gordo é outro dos seus destinos preferidos para os tempos de lazer. Quando era mais jovem, Ferro Rodrigues teve um primeiro e breve casamento, com uma colega de faculdade mas, desde 1973 que vive com Maria Filomena Aguilar, licenciada em História, com quem tem dois filhos gémeos, João Luís e Rita. A sua filha Rita é jornalista na SIC Notícias, enquanto o filho João Luís estuda actualmente em Harvard, Boston.

O seu amigo Luís Neto considera-o “algo conservador. É fiel aos seus gostos de sempre, paixões e amizades”. Uma paixão de sempre e que lhe é publicamente conhecida é a paixão pelo Sporting Clube de Portugal.

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