EXPRESSO: Vidas

01-09-2002
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12/1/2002

GENTE

Dúvida — Existencial assola a generalidade dos funcionários do Ministério da Economia. A verdade é que eles hesitam em obedecer ao actual ministro, Braga da Cruz, ou ao seu secretário de Estado, Ribeiro Mendes. A hesitação tem uma razão de ser. Ribeiro Mendes é um dos principais responsáveis pelo capítulo da Economia do programa que Ferro Rodrigues está a redigir e que apresentará ao país na sua qualidade de candidato a sucessor de Guterres. E se vencer as eleições é natural que Ribeiro Mendes seja a sua escolha para a pasta da Economia. Mas esta aproximação entre os dois socialistas — elementos do chamado Grupo o ISEG em que pontificava ainda Augusto Mateus — prova também que as alegadas divergências estratégicas quando Ribeiro Mendes foi secretário de Estado de Ferro Rodrigues, quando este dirigia a pasta da Segurança Social, estão sanadas.

Promessa — Cumprida por Nuno Cardoso. Este havia afirmado em tempos a Orlando Gaspar, o eterno presidente da concelhia socialista do Porto, que seria presidente da Câmara até ao último minuto. Na segunda-feira, a um dia de cessar funções, Nuno Cardoso convocou uma reunião extraordinária de Câmara para aprovar o oitavo orçamento rectificativo municipal. Apenas faltou Gaspar que, apesar de se encontrar presente no edifício, não quis comparecer. O orçamento foi aprovado no que terá sido o penúltimo acto oficial de Cardoso como presidente. Porque o último foi mesmo assistir à tomada de posse de Luís Filipe Menezes, onde manteve alegre cavaqueira com Rui Rio, que lhe sucederia no cargo poucas horas depois.

Erro — Simpático do «Liberátion». Num suplemento sobre o euro — uma iniciativa editorial que agrupou textos de jornais dos 12 países da zona euro, tendo «O Público» representado Portugal — o periódico francês apresenta Balmiro Azevedo (e não Belmiro de Azevedo) como proprietário do homólogo luso, além de informar que o diário dirigido por José Manuel Fernandes tem uma tiragem de 315 mil exemplares — na realidade a média ronda os 70 mil. Seria de facto muito bom sinal para os índices de literacia que um diário português tivesse tanta procura.

Multa — Aplicada a uma cidadã italiana que pagou impostos a mais. Zelosos, os funcionários da Câmara de Turate informaram Maria Mognoni de que devia 32 euros. O motivo? Ter pago 16 euros a mais de contribuição autárquica. Mais tarde, um porta-voz da edilidade explicou que o programa informático só identifica a quantia incorrecta, exceda ou careça a soma.

Última — Gota para Alfred Heineken. Aos 78 anos morreu o empresário holandês que converteu a empresa fundada pelo avô numa das maiores cervejeiras do mundo. Ainda antes de chegar à presidência do grupo, foi Alfred que transformou a imagem da marca — verde e com a estrela vermelha como logótipo. É a sua filha única, Charlene de Carvalho, que lhe vai suceder à frente do grupo.

Atropelamento — Mortal para «Buddy», o cão do ex-presidente dos EUA, Bill Clinton. Segundo a polícia, o canídeo foi apanhado por um automóvel, acidentalmente, quando perseguia, na brincadeira, um indivíduo que abandonava a residência, localizada em Chappaqua, Nova Iorque.

Destemperado — Continua Mike Tyson. O polémico pugilista não passou 2001 sem libertar a sua raiva. Em Havana, na recepção do hotel onde esteve alojado, o ex-campeão do mundo de pesos pesados «deu as boas-noites» a cinco jornalistas, atirando-lhes as decorações da árvore de Natal. Um deles não se livrou de um golpe na cabeça.

Crime — Contra a humanidade, clama o ministro da Cultura turco, Istemihan Talay. Fazendo ouvidos de mercador à UNESCO, o Rei da Arábia Saudita, Fahd, autorizou a construção de um empreendimento imobiliário nos arredores de Meca. Pormenor: para a sua construção, foi feita em pó a fortaleza de Ajyad, construída pelo Império Otomano. O construtor? A família Bin Laden. Não, não é anedota.

Santana Lopes debaixo de fogo Coordenação de César Avó

TIAGO PETINGA/LUSA Três semanas depois de ter vencido as eleições para a presidência da Câmara Municipal de Lisboa, Pedro Santana Lopes já assistiu à derrocada de um prédio na Avenida da República e ao incêndio de outros dois, na Avenida António Augusto Aguiar e na Rua da Misericórdia. Três semanas depois de ter vencido as eleições para a presidência da Câmara Municipal de Lisboa,já assistiu à derrocada de um prédio na Avenida da República e ao incêndio de outros dois, na Avenida António Augusto Aguiar e na Rua da Misericórdia. Este último chegou a aquecer a já desactivada sede de candidatura de Santana, localizada no edifício do lado. O autarca apressou-se a reunir responsáveis do Regimento de Sapadores de Bombeiros, Protecção Civil, Polícia Municipal e elementos da Câmara para analisar a situação. À hora agendada, Santana Lopes chegou com Henrique de Freitas. Precediam-nos quatro carros dos bombeiros e uma ambulância. É que, antes de o encontro começar, mais um incêndio tinha sido detectado, agora na cozinha do BNU, na Avenida de Berna, perto do local marcado para a reunião. Felizmente, seguranças e cozinheiras do BNU conseguiram combater as chamas. Mas quem poderá combater a progressiva degradação do património edificado da capital? É caso para dizer, sr. presidente, que Lisboa não está feliz.

Seara de betão e cal ANA BAIÃO Fernando Seara, que esta semana tomou posse do cargo de presidente da Câmara de Sintra, teve um final de ano de 2001 em cheio. Não só pela surpreendente vitória sobre a socialista Edite Estrela nas eleições de 16 de Dezembro, mas pela festa de fim de ano que para si próprio reservou: com umas férias no Brasil. Onde foi cruzar-se com o ministro do Ambiente e reconhecido amigo da sua adversária em Sintra, José Sócrates. O encontro imediato deu-se no célebre restaurante do Rio de Janeiro Antiquarius, onde Seara estava acompanhado pela jornalista Judite de Sousa e o também mediático empreiteiro benfiquista Vítor Santos, entre outros comensais. É caso para dizer que, qualquer dia, ainda aparece a notícia de que o Benfica avança de pedra e cal pelos bons ares de Sintra. , que esta semana tomou posse do cargo de presidente da Câmara de Sintra, teve um final de ano de 2001 em cheio. Não só pela surpreendente vitória sobre a socialistanas eleições de 16 de Dezembro, mas pela festa de fim de ano que para si próprio reservou: com umas férias no Brasil. Onde foi cruzar-se com o ministro do Ambiente e reconhecido amigo da sua adversária em Sintra,. O encontro imediato deu-se no célebre restaurante do Rio de Janeiro Antiquarius, onde Seara estava acompanhado pela jornalistae o também mediático empreiteiro benfiquista, entre outros comensais. É caso para dizer que, qualquer dia, ainda aparece a notícia de que o Benfica avança de pedra e cal pelos bons ares de Sintra.

O engenheiro do tenta... RUI DUARTE SILVA O Porto já tinha um engenheiro do penta, Fernando Santos, assim conhecido por ter levado o FCP à conquista do quinto campeonato de futebol consecutivo. Mas há também um engenheiro do tenta, o socialista Orlando Gaspar, que tem levado a vida a tentar ser presidente da Câmara do Porto nem que seja segundo a máxima (ou mínima) de mais vale ser presidente um dia do que vereador toda a vida. A derrota de Fernando Gomes nas autárquicas de 16 de Dezembro frustrou-lhe, uma vez mais, as expectativas: foi-se a tentativa, ficou a tentação. O ódio (político) que nutre pelo ex-presidente Nuno Cardoso ficou à vista de um milhar de boquiabertos convidados na tomada de posse de Rui Rio como novo responsável pelos destinos da cidade: depois de ser empossado como (sétimo) vereador, cumprimentou o actual autarca, o ex-presidente da Assembleia Municipal e ao passar por Nuno Cardoso, que se encontrava sentado ao lado deste, nem tentou disfarçar: virou-lhe ostensivamente as costas. Orlando Gaspar, que era vereador do Ambiente, não se coibiu de criar mau ambiente e de dar uma imagem de um PS rosa muito murcho. GENTE estava a...tenta! O Porto já tinha um engenheiro do penta,, assim conhecido por ter levado o FCP à conquista do quinto campeonato de futebol consecutivo. Mas há também um engenheiro do tenta, o socialista, que tem levado a vida a tentar ser presidente da Câmara do Porto nem que seja segundo a máxima (ou mínima) de mais vale ser presidente um dia do que vereador toda a vida. A derrota denas autárquicas de 16 de Dezembro frustrou-lhe, uma vez mais, as expectativas: foi-se a tentativa, ficou a tentação. O ódio (político) que nutre pelo ex-presidenteficou à vista de um milhar de boquiabertos convidados na tomada de posse decomo novo responsável pelos destinos da cidade: depois de ser empossado como (sétimo) vereador, cumprimentou o actual autarca, o ex-presidente da Assembleia Municipal e ao passar por Nuno Cardoso, que se encontrava sentado ao lado deste, nem tentou disfarçar: virou-lhe ostensivamente as costas. Orlando Gaspar, que era vereador do Ambiente, não se coibiu de criar mau ambiente e de dar uma imagem de um PS rosa muito murcho. GENTE estava a...tenta!

De costas voltadas para Rio RUI DUARTE SILVA Ainda na qualidade de candidato eleito à Câmara do Porto (e a quatro horas apenas de ser empossado) Rui Rio travou contacto directo com algumas das dificuldades que o aguardam no novo cargo. Preparava-se para assistir à investidura do seu arqui-inimigo Luís Filipe Menezes como autarca de Gaia pelo segundo quadriénio consecutivo, no Salão Nobre dos Paços do Concelho desta cidade. Aproximou-se de Jorge Nuno Pinto da Costa, que ao pressentir o facto virou costas imediatamente, encetando conversa com Laurindo Costa e Salvador Caetano, recorrendo ainda ao seu telemóvel como elemento dissuasor de qualquer contacto com o novo presidente e boavisteiro Rio. Mais atrás estava João Loureiro, que vai a todas desde que Rui Rio venceu as eleições. Entre os dois presidentes - Câmara e FC Porto - parece ser pouca a margem de diálogo, o que não deixa de ser curioso quando um dos «dossiers» que o autarca já prometeu ver com atenção é a nova «cidade» das Antas e, em particular, o seu plano de pormenor. Será caso para pensar que muito Rio vai correr sob as pontes? Ainda na qualidade de candidato eleito à Câmara do Porto (e a quatro horas apenas de ser empossado) Rui Rio travou contacto directo com algumas das dificuldades que o aguardam no novo cargo. Preparava-se para assistir à investidura do seu arqui-inimigo Luís Filipe Menezes como autarca de Gaia pelo segundo quadriénio consecutivo, no Salão Nobre dos Paços do Concelho desta cidade. Aproximou-se de Jorge Nuno Pinto da Costa, que ao pressentir o facto virou costas imediatamente, encetando conversa com Laurindo Costa e Salvador Caetano, recorrendo ainda ao seu telemóvel como elemento dissuasor de qualquer contacto com o novo presidente e boavisteiro Rio. Mais atrás estava João Loureiro, que vai a todas desde que Rui Rio venceu as eleições. Entre os dois presidentes - Câmara e FC Porto - parece ser pouca a margem de diálogo, o que não deixa de ser curioso quando um dos «dossiers» que o autarca já prometeu ver com atenção é a nova «cidade» das Antas e, em particular, o seu plano de pormenor. Será caso para pensar que muito Rio vai correr sob as pontes?

Os riscos de Colaço Há já muitos anos que António Colaço, o assessor de imprensa do grupo parlamentar do PS, anda a olhar a vida com olhos de artista. E hoje, às 17 horas, na Galeria Municipal de Abrantes, inaugura a sua 14.ª exposição individual, «De tanto olhar», uma retrospectiva dos seus 30 anos no mundo das artes plásticas. Segundo o próprio, eis o que mostra: «Os rastos do muito que vi, desejei, mas não pude possuir.» Três décadas de pintura, fotografia e vídeo e da qual, no meio dos «rastos de tantos rostos», faz parte um desenhito de 1973... que mostra «o rosto angustiado de um puto de 18 anos lançado às feras, sendo que tinha acabado de sair do bem-bom - apesar das carências - de um convento franciscano capuchinho». Quem será?... Será que é o próprio? Há já muitos anos que, o assessor de imprensa do grupo parlamentar do PS, anda a olhar a vida com olhos de artista. E hoje, às 17 horas, na Galeria Municipal de Abrantes, inaugura a sua 14.ª exposição individual, «De tanto olhar», uma retrospectiva dos seus 30 anos no mundo das artes plásticas. Segundo o próprio, eis o que mostra:Três décadas de pintura, fotografia e vídeo e da qual, no meio dos, faz parte um desenhito de 1973... que mostra. Quem será?... Será que é o próprio?

Mudam-se os clubes, mudam-se as vontades Quando Mário Jardel jogava pelo Futebol Clube do Porto e vinha a Lisboa defrontar as equipas da cidade, dificilmente conseguia passar pelo porteiro da discoteca Kapital, por ordens superiores. Os proprietários, João e Gonçalo Rocha, sportinguistas dos quatro costados e filhos do antigo presidente leonino, João Rocha, faziam questão de mostrar que a sua preferência clubística interferia nos critérios de selecção da clientela. O avançado do clube das Antas tinha sistematicamente o acesso negado e a alternativa era desembolsar o consumo mínimo de ¤149.64 (30 mil escudos). Para evitar o constrangimento de ter de pagar, em certa ocasião, Supermário terá aproveitado a distracção do porteiro para entrar. Mas, assim que o descobriram, foi posto na rua. Agora, sempre que o Sporting vence, as portas da Kapital abrem-se para Jardel. Não fosse ele o menino bonito de Alvalade e o melhor marcador do campeonato.

Um E. T. no Vaticano Com o início de 2002, o Vaticano começa a revelar sintomas modernistas de mudança. Primeiro, foi a adesão ao euro, que mandou para o cofre do esquecimento as liras de João Paulo II. Agora, é a convicção na existência de vida extraterrestre confessada pelo astrónomo estatal. Depois de mais de duas décadas a estudar o firmamento a partir do observatório da Santa Sé, localizado na residência papal de Verão em Castelgandolfo, George Coyne considera que é uma «loucura» pensar que o homem está sozinho no Universo. Apesar de a ciência ainda não lhe ter fornecido provas concretas de tal crença, garantiu ao jornal italiano «Corriere della Sera» que «todos os dias se acumulam novos dados». Para combater o epíteto de herege que não deverá tardar, como demonstra a história da Igreja Católica, Coyne lá vai criando máximas de ataque: «A ciência não destrói a fé, pelo contrário, estimula-a», riposta. Desde que não inclua seres não previstos pela Bíblia, acrescentamos nós.

Uma rainha é uma rainha O jubileu de Isabel II - 50 anos de reinado - celebra-se no princípio de Fevereiro. Uma das iniciativas é uma exposição de fotografias de Sua Majestade tiradas por diversos fotógrafos, desde os convencionais e esperados até ao cantor rock Bryan Adams. Como Isabel II este ano até mandou «text messages» aos britânicos, a Monarquia está modernizada. Tão modernizada (e tão afectada pelos escândalos dos últimos 15 anos) que há quem pense haver o risco de o público se mostrar indiferente à celebração. Talvez por isso - para prevenir eventuais desilusões - o palácio emitiu uma declaração a sugerir que a Rainha não espera nem deseja grandes festejos. Os maldosos vão ao ponto de garantir que as únicas pessoas que hoje em dia se importam com a Rainha são os republicanos. Mas a maioria dos ingleses, tradicionalistas como são, ainda pensam de outra forma, e não devem ser só eles. O jubileu de- 50 anos de reinado - celebra-se no princípio de Fevereiro. Uma das iniciativas é uma exposição de fotografias de Sua Majestade tiradas por diversos fotógrafos, desde os convencionais e esperados até ao cantor rock. Como Isabel II este ano até mandou «text messages» aos britânicos, a Monarquia está modernizada. Tão modernizada (e tão afectada pelos escândalos dos últimos 15 anos) que há quem pense haver o risco de o público se mostrar indiferente à celebração. Talvez por isso - para prevenir eventuais desilusões - o palácio emitiu uma declaração a sugerir que a Rainha não espera nem deseja grandes festejos. Os maldosos vão ao ponto de garantir que as únicas pessoas que hoje em dia se importam com a Rainha são os republicanos. Mas a maioria dos ingleses, tradicionalistas como são, ainda pensam de outra forma, e não devem ser só eles.

Estes mormons estão loucos Enquanto não aparece - ou desaparece de vez, confirmadamente - Osama Bin Laden vai sendo visto um pouco por toda a parte. Faz lembrar o fenómenoElvis: de vez em quando há uma epidemia de gente a vê-lo num determinado local. Agora foi em Salt Lake City, capital do Utah, o estado dos mormons. Segundo o FBI, pelo menos 25 pessoas declararam tê-lo encontrado. Uns viram-no a comer um hamburguer, outros a guiar na auto-estrada - duas actividades que requerem nervos de aço, sem dúvida. O FBI diz que um certo clima de paranóia pode estar relacionado com o facto de Salt Lake City estar prestes a acolher os Jogos Olímpicos de Inverno, e ter à volta montanhas cobertas de neve, parecidas com aquelas onde o homem ultimamente andou fugido. De qualquer modo, se o mistério se prolonga não deve tardar muito a surgirem aproveitamentos artísticos e literários. Basta pensar na figura igualmente desastrosa - embora bem menos maligna - do nossoD. Sebastião. Osama Bin Laden pode mesmo dar todo um novo sentido ao termo «literatura escapista».

O 'spot' da discórdia HO/REUTERS A jornalista da CNN Paula Zahn sentiu-se ultrajada ao ver o seu reputado nome ser utilizado abusivamente para promover a estação de televisão onde trabalha. Um «spot», que por erro foi colocado no ar durante todo o fim-de-semana, perguntava onde é que o telespectador podia encontrar notícias ditas por alguém provocativo, superinteligente e sexy? Segundos mais tarde, Paula Zahn surgia no ecrã a entrevistar alguém, ao mesmo tempo que uma voz respondia «CNN, yeah, CNN». Paula Zahn não achou graça à história. E não é para menos, afinal, tem 45 anos e um currículo respeitável a defender. Trabalhou durante dez anos na CBS News e, em 1999, entrou para a Fox News Channel. No dia 11 de Setembro de 2001, data dos atentados terroristas em Nova Iorque e Washington, iniciou novas funções na CNN a apresentar um dos blocos noticiosos. O «spot», concebido pelo departamento de promoções da estação de televisão, foi imediatamente retirado do ar. Fica a distracção. A jornalista da CNNsentiu-se ultrajada ao ver o seu reputado nome ser utilizado abusivamente para promover a estação de televisão onde trabalha. Um «spot», que por erro foi colocado no ar durante todo o fim-de-semana, perguntava onde é que o telespectador podia encontrar notícias ditas por alguém provocativo, superinteligente e sexy? Segundos mais tarde, Paula Zahn surgia no ecrã a entrevistar alguém, ao mesmo tempo que uma voz respondia. Paula Zahn não achou graça à história. E não é para menos, afinal, tem 45 anos e um currículo respeitável a defender. Trabalhou durante dez anos na CBS News e, em 1999, entrou para a Fox News Channel. No dia 11 de Setembro de 2001, data dos atentados terroristas em Nova Iorque e Washington, iniciou novas funções na CNN a apresentar um dos blocos noticiosos. O «spot», concebido pelo departamento de promoções da estação de televisão, foi imediatamente retirado do ar. Fica a distracção.

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Dúvida — Existencial assola a generalidade dos funcionários do Ministério da Economia. A verdade é que eles hesitam em obedecer ao actual ministro, Braga da Cruz, ou ao seu secretário de Estado, Ribeiro Mendes. A hesitação tem uma razão de ser. Ribeiro Mendes é um dos principais responsáveis pelo capítulo da Economia do programa que Ferro Rodrigues está a redigir e que apresentará ao país na sua qualidade de candidato a sucessor de Guterres. E se vencer as eleições é natural que Ribeiro Mendes seja a sua escolha para a pasta da Economia. Mas esta aproximação entre os dois socialistas — elementos do chamado Grupo o ISEG em que pontificava ainda Augusto Mateus — prova também que as alegadas divergências estratégicas quando Ribeiro Mendes foi secretário de Estado de Ferro Rodrigues, quando este dirigia a pasta da Segurança Social, estão sanadas.

Promessa — Cumprida por Nuno Cardoso. Este havia afirmado em tempos a Orlando Gaspar, o eterno presidente da concelhia socialista do Porto, que seria presidente da Câmara até ao último minuto. Na segunda-feira, a um dia de cessar funções, Nuno Cardoso convocou uma reunião extraordinária de Câmara para aprovar o oitavo orçamento rectificativo municipal. Apenas faltou Gaspar que, apesar de se encontrar presente no edifício, não quis comparecer. O orçamento foi aprovado no que terá sido o penúltimo acto oficial de Cardoso como presidente. Porque o último foi mesmo assistir à tomada de posse de Luís Filipe Menezes, onde manteve alegre cavaqueira com Rui Rio, que lhe sucederia no cargo poucas horas depois.

Erro — Simpático do «Liberátion». Num suplemento sobre o euro — uma iniciativa editorial que agrupou textos de jornais dos 12 países da zona euro, tendo «O Público» representado Portugal — o periódico francês apresenta Balmiro Azevedo (e não Belmiro de Azevedo) como proprietário do homólogo luso, além de informar que o diário dirigido por José Manuel Fernandes tem uma tiragem de 315 mil exemplares — na realidade a média ronda os 70 mil. Seria de facto muito bom sinal para os índices de literacia que um diário português tivesse tanta procura.

Multa — Aplicada a uma cidadã italiana que pagou impostos a mais. Zelosos, os funcionários da Câmara de Turate informaram Maria Mognoni de que devia 32 euros. O motivo? Ter pago 16 euros a mais de contribuição autárquica. Mais tarde, um porta-voz da edilidade explicou que o programa informático só identifica a quantia incorrecta, exceda ou careça a soma.

Última — Gota para Alfred Heineken. Aos 78 anos morreu o empresário holandês que converteu a empresa fundada pelo avô numa das maiores cervejeiras do mundo. Ainda antes de chegar à presidência do grupo, foi Alfred que transformou a imagem da marca — verde e com a estrela vermelha como logótipo. É a sua filha única, Charlene de Carvalho, que lhe vai suceder à frente do grupo.

Atropelamento — Mortal para «Buddy», o cão do ex-presidente dos EUA, Bill Clinton. Segundo a polícia, o canídeo foi apanhado por um automóvel, acidentalmente, quando perseguia, na brincadeira, um indivíduo que abandonava a residência, localizada em Chappaqua, Nova Iorque.

Destemperado — Continua Mike Tyson. O polémico pugilista não passou 2001 sem libertar a sua raiva. Em Havana, na recepção do hotel onde esteve alojado, o ex-campeão do mundo de pesos pesados «deu as boas-noites» a cinco jornalistas, atirando-lhes as decorações da árvore de Natal. Um deles não se livrou de um golpe na cabeça.

Crime — Contra a humanidade, clama o ministro da Cultura turco, Istemihan Talay. Fazendo ouvidos de mercador à UNESCO, o Rei da Arábia Saudita, Fahd, autorizou a construção de um empreendimento imobiliário nos arredores de Meca. Pormenor: para a sua construção, foi feita em pó a fortaleza de Ajyad, construída pelo Império Otomano. O construtor? A família Bin Laden. Não, não é anedota.

Santana Lopes debaixo de fogo Coordenação de César Avó

TIAGO PETINGA/LUSA Três semanas depois de ter vencido as eleições para a presidência da Câmara Municipal de Lisboa, Pedro Santana Lopes já assistiu à derrocada de um prédio na Avenida da República e ao incêndio de outros dois, na Avenida António Augusto Aguiar e na Rua da Misericórdia. Três semanas depois de ter vencido as eleições para a presidência da Câmara Municipal de Lisboa,já assistiu à derrocada de um prédio na Avenida da República e ao incêndio de outros dois, na Avenida António Augusto Aguiar e na Rua da Misericórdia. Este último chegou a aquecer a já desactivada sede de candidatura de Santana, localizada no edifício do lado. O autarca apressou-se a reunir responsáveis do Regimento de Sapadores de Bombeiros, Protecção Civil, Polícia Municipal e elementos da Câmara para analisar a situação. À hora agendada, Santana Lopes chegou com Henrique de Freitas. Precediam-nos quatro carros dos bombeiros e uma ambulância. É que, antes de o encontro começar, mais um incêndio tinha sido detectado, agora na cozinha do BNU, na Avenida de Berna, perto do local marcado para a reunião. Felizmente, seguranças e cozinheiras do BNU conseguiram combater as chamas. Mas quem poderá combater a progressiva degradação do património edificado da capital? É caso para dizer, sr. presidente, que Lisboa não está feliz.

Seara de betão e cal ANA BAIÃO Fernando Seara, que esta semana tomou posse do cargo de presidente da Câmara de Sintra, teve um final de ano de 2001 em cheio. Não só pela surpreendente vitória sobre a socialista Edite Estrela nas eleições de 16 de Dezembro, mas pela festa de fim de ano que para si próprio reservou: com umas férias no Brasil. Onde foi cruzar-se com o ministro do Ambiente e reconhecido amigo da sua adversária em Sintra, José Sócrates. O encontro imediato deu-se no célebre restaurante do Rio de Janeiro Antiquarius, onde Seara estava acompanhado pela jornalista Judite de Sousa e o também mediático empreiteiro benfiquista Vítor Santos, entre outros comensais. É caso para dizer que, qualquer dia, ainda aparece a notícia de que o Benfica avança de pedra e cal pelos bons ares de Sintra. , que esta semana tomou posse do cargo de presidente da Câmara de Sintra, teve um final de ano de 2001 em cheio. Não só pela surpreendente vitória sobre a socialistanas eleições de 16 de Dezembro, mas pela festa de fim de ano que para si próprio reservou: com umas férias no Brasil. Onde foi cruzar-se com o ministro do Ambiente e reconhecido amigo da sua adversária em Sintra,. O encontro imediato deu-se no célebre restaurante do Rio de Janeiro Antiquarius, onde Seara estava acompanhado pela jornalistae o também mediático empreiteiro benfiquista, entre outros comensais. É caso para dizer que, qualquer dia, ainda aparece a notícia de que o Benfica avança de pedra e cal pelos bons ares de Sintra.

O engenheiro do tenta... RUI DUARTE SILVA O Porto já tinha um engenheiro do penta, Fernando Santos, assim conhecido por ter levado o FCP à conquista do quinto campeonato de futebol consecutivo. Mas há também um engenheiro do tenta, o socialista Orlando Gaspar, que tem levado a vida a tentar ser presidente da Câmara do Porto nem que seja segundo a máxima (ou mínima) de mais vale ser presidente um dia do que vereador toda a vida. A derrota de Fernando Gomes nas autárquicas de 16 de Dezembro frustrou-lhe, uma vez mais, as expectativas: foi-se a tentativa, ficou a tentação. O ódio (político) que nutre pelo ex-presidente Nuno Cardoso ficou à vista de um milhar de boquiabertos convidados na tomada de posse de Rui Rio como novo responsável pelos destinos da cidade: depois de ser empossado como (sétimo) vereador, cumprimentou o actual autarca, o ex-presidente da Assembleia Municipal e ao passar por Nuno Cardoso, que se encontrava sentado ao lado deste, nem tentou disfarçar: virou-lhe ostensivamente as costas. Orlando Gaspar, que era vereador do Ambiente, não se coibiu de criar mau ambiente e de dar uma imagem de um PS rosa muito murcho. GENTE estava a...tenta! O Porto já tinha um engenheiro do penta,, assim conhecido por ter levado o FCP à conquista do quinto campeonato de futebol consecutivo. Mas há também um engenheiro do tenta, o socialista, que tem levado a vida a tentar ser presidente da Câmara do Porto nem que seja segundo a máxima (ou mínima) de mais vale ser presidente um dia do que vereador toda a vida. A derrota denas autárquicas de 16 de Dezembro frustrou-lhe, uma vez mais, as expectativas: foi-se a tentativa, ficou a tentação. O ódio (político) que nutre pelo ex-presidenteficou à vista de um milhar de boquiabertos convidados na tomada de posse decomo novo responsável pelos destinos da cidade: depois de ser empossado como (sétimo) vereador, cumprimentou o actual autarca, o ex-presidente da Assembleia Municipal e ao passar por Nuno Cardoso, que se encontrava sentado ao lado deste, nem tentou disfarçar: virou-lhe ostensivamente as costas. Orlando Gaspar, que era vereador do Ambiente, não se coibiu de criar mau ambiente e de dar uma imagem de um PS rosa muito murcho. GENTE estava a...tenta!

De costas voltadas para Rio RUI DUARTE SILVA Ainda na qualidade de candidato eleito à Câmara do Porto (e a quatro horas apenas de ser empossado) Rui Rio travou contacto directo com algumas das dificuldades que o aguardam no novo cargo. Preparava-se para assistir à investidura do seu arqui-inimigo Luís Filipe Menezes como autarca de Gaia pelo segundo quadriénio consecutivo, no Salão Nobre dos Paços do Concelho desta cidade. Aproximou-se de Jorge Nuno Pinto da Costa, que ao pressentir o facto virou costas imediatamente, encetando conversa com Laurindo Costa e Salvador Caetano, recorrendo ainda ao seu telemóvel como elemento dissuasor de qualquer contacto com o novo presidente e boavisteiro Rio. Mais atrás estava João Loureiro, que vai a todas desde que Rui Rio venceu as eleições. Entre os dois presidentes - Câmara e FC Porto - parece ser pouca a margem de diálogo, o que não deixa de ser curioso quando um dos «dossiers» que o autarca já prometeu ver com atenção é a nova «cidade» das Antas e, em particular, o seu plano de pormenor. Será caso para pensar que muito Rio vai correr sob as pontes? Ainda na qualidade de candidato eleito à Câmara do Porto (e a quatro horas apenas de ser empossado) Rui Rio travou contacto directo com algumas das dificuldades que o aguardam no novo cargo. Preparava-se para assistir à investidura do seu arqui-inimigo Luís Filipe Menezes como autarca de Gaia pelo segundo quadriénio consecutivo, no Salão Nobre dos Paços do Concelho desta cidade. Aproximou-se de Jorge Nuno Pinto da Costa, que ao pressentir o facto virou costas imediatamente, encetando conversa com Laurindo Costa e Salvador Caetano, recorrendo ainda ao seu telemóvel como elemento dissuasor de qualquer contacto com o novo presidente e boavisteiro Rio. Mais atrás estava João Loureiro, que vai a todas desde que Rui Rio venceu as eleições. Entre os dois presidentes - Câmara e FC Porto - parece ser pouca a margem de diálogo, o que não deixa de ser curioso quando um dos «dossiers» que o autarca já prometeu ver com atenção é a nova «cidade» das Antas e, em particular, o seu plano de pormenor. Será caso para pensar que muito Rio vai correr sob as pontes?

Os riscos de Colaço Há já muitos anos que António Colaço, o assessor de imprensa do grupo parlamentar do PS, anda a olhar a vida com olhos de artista. E hoje, às 17 horas, na Galeria Municipal de Abrantes, inaugura a sua 14.ª exposição individual, «De tanto olhar», uma retrospectiva dos seus 30 anos no mundo das artes plásticas. Segundo o próprio, eis o que mostra: «Os rastos do muito que vi, desejei, mas não pude possuir.» Três décadas de pintura, fotografia e vídeo e da qual, no meio dos «rastos de tantos rostos», faz parte um desenhito de 1973... que mostra «o rosto angustiado de um puto de 18 anos lançado às feras, sendo que tinha acabado de sair do bem-bom - apesar das carências - de um convento franciscano capuchinho». Quem será?... Será que é o próprio? Há já muitos anos que, o assessor de imprensa do grupo parlamentar do PS, anda a olhar a vida com olhos de artista. E hoje, às 17 horas, na Galeria Municipal de Abrantes, inaugura a sua 14.ª exposição individual, «De tanto olhar», uma retrospectiva dos seus 30 anos no mundo das artes plásticas. Segundo o próprio, eis o que mostra:Três décadas de pintura, fotografia e vídeo e da qual, no meio dos, faz parte um desenhito de 1973... que mostra. Quem será?... Será que é o próprio?

Mudam-se os clubes, mudam-se as vontades Quando Mário Jardel jogava pelo Futebol Clube do Porto e vinha a Lisboa defrontar as equipas da cidade, dificilmente conseguia passar pelo porteiro da discoteca Kapital, por ordens superiores. Os proprietários, João e Gonçalo Rocha, sportinguistas dos quatro costados e filhos do antigo presidente leonino, João Rocha, faziam questão de mostrar que a sua preferência clubística interferia nos critérios de selecção da clientela. O avançado do clube das Antas tinha sistematicamente o acesso negado e a alternativa era desembolsar o consumo mínimo de ¤149.64 (30 mil escudos). Para evitar o constrangimento de ter de pagar, em certa ocasião, Supermário terá aproveitado a distracção do porteiro para entrar. Mas, assim que o descobriram, foi posto na rua. Agora, sempre que o Sporting vence, as portas da Kapital abrem-se para Jardel. Não fosse ele o menino bonito de Alvalade e o melhor marcador do campeonato.

Um E. T. no Vaticano Com o início de 2002, o Vaticano começa a revelar sintomas modernistas de mudança. Primeiro, foi a adesão ao euro, que mandou para o cofre do esquecimento as liras de João Paulo II. Agora, é a convicção na existência de vida extraterrestre confessada pelo astrónomo estatal. Depois de mais de duas décadas a estudar o firmamento a partir do observatório da Santa Sé, localizado na residência papal de Verão em Castelgandolfo, George Coyne considera que é uma «loucura» pensar que o homem está sozinho no Universo. Apesar de a ciência ainda não lhe ter fornecido provas concretas de tal crença, garantiu ao jornal italiano «Corriere della Sera» que «todos os dias se acumulam novos dados». Para combater o epíteto de herege que não deverá tardar, como demonstra a história da Igreja Católica, Coyne lá vai criando máximas de ataque: «A ciência não destrói a fé, pelo contrário, estimula-a», riposta. Desde que não inclua seres não previstos pela Bíblia, acrescentamos nós.

Uma rainha é uma rainha O jubileu de Isabel II - 50 anos de reinado - celebra-se no princípio de Fevereiro. Uma das iniciativas é uma exposição de fotografias de Sua Majestade tiradas por diversos fotógrafos, desde os convencionais e esperados até ao cantor rock Bryan Adams. Como Isabel II este ano até mandou «text messages» aos britânicos, a Monarquia está modernizada. Tão modernizada (e tão afectada pelos escândalos dos últimos 15 anos) que há quem pense haver o risco de o público se mostrar indiferente à celebração. Talvez por isso - para prevenir eventuais desilusões - o palácio emitiu uma declaração a sugerir que a Rainha não espera nem deseja grandes festejos. Os maldosos vão ao ponto de garantir que as únicas pessoas que hoje em dia se importam com a Rainha são os republicanos. Mas a maioria dos ingleses, tradicionalistas como são, ainda pensam de outra forma, e não devem ser só eles. O jubileu de- 50 anos de reinado - celebra-se no princípio de Fevereiro. Uma das iniciativas é uma exposição de fotografias de Sua Majestade tiradas por diversos fotógrafos, desde os convencionais e esperados até ao cantor rock. Como Isabel II este ano até mandou «text messages» aos britânicos, a Monarquia está modernizada. Tão modernizada (e tão afectada pelos escândalos dos últimos 15 anos) que há quem pense haver o risco de o público se mostrar indiferente à celebração. Talvez por isso - para prevenir eventuais desilusões - o palácio emitiu uma declaração a sugerir que a Rainha não espera nem deseja grandes festejos. Os maldosos vão ao ponto de garantir que as únicas pessoas que hoje em dia se importam com a Rainha são os republicanos. Mas a maioria dos ingleses, tradicionalistas como são, ainda pensam de outra forma, e não devem ser só eles.

Estes mormons estão loucos Enquanto não aparece - ou desaparece de vez, confirmadamente - Osama Bin Laden vai sendo visto um pouco por toda a parte. Faz lembrar o fenómenoElvis: de vez em quando há uma epidemia de gente a vê-lo num determinado local. Agora foi em Salt Lake City, capital do Utah, o estado dos mormons. Segundo o FBI, pelo menos 25 pessoas declararam tê-lo encontrado. Uns viram-no a comer um hamburguer, outros a guiar na auto-estrada - duas actividades que requerem nervos de aço, sem dúvida. O FBI diz que um certo clima de paranóia pode estar relacionado com o facto de Salt Lake City estar prestes a acolher os Jogos Olímpicos de Inverno, e ter à volta montanhas cobertas de neve, parecidas com aquelas onde o homem ultimamente andou fugido. De qualquer modo, se o mistério se prolonga não deve tardar muito a surgirem aproveitamentos artísticos e literários. Basta pensar na figura igualmente desastrosa - embora bem menos maligna - do nossoD. Sebastião. Osama Bin Laden pode mesmo dar todo um novo sentido ao termo «literatura escapista».

O 'spot' da discórdia HO/REUTERS A jornalista da CNN Paula Zahn sentiu-se ultrajada ao ver o seu reputado nome ser utilizado abusivamente para promover a estação de televisão onde trabalha. Um «spot», que por erro foi colocado no ar durante todo o fim-de-semana, perguntava onde é que o telespectador podia encontrar notícias ditas por alguém provocativo, superinteligente e sexy? Segundos mais tarde, Paula Zahn surgia no ecrã a entrevistar alguém, ao mesmo tempo que uma voz respondia «CNN, yeah, CNN». Paula Zahn não achou graça à história. E não é para menos, afinal, tem 45 anos e um currículo respeitável a defender. Trabalhou durante dez anos na CBS News e, em 1999, entrou para a Fox News Channel. No dia 11 de Setembro de 2001, data dos atentados terroristas em Nova Iorque e Washington, iniciou novas funções na CNN a apresentar um dos blocos noticiosos. O «spot», concebido pelo departamento de promoções da estação de televisão, foi imediatamente retirado do ar. Fica a distracção. A jornalista da CNNsentiu-se ultrajada ao ver o seu reputado nome ser utilizado abusivamente para promover a estação de televisão onde trabalha. Um «spot», que por erro foi colocado no ar durante todo o fim-de-semana, perguntava onde é que o telespectador podia encontrar notícias ditas por alguém provocativo, superinteligente e sexy? Segundos mais tarde, Paula Zahn surgia no ecrã a entrevistar alguém, ao mesmo tempo que uma voz respondia. Paula Zahn não achou graça à história. E não é para menos, afinal, tem 45 anos e um currículo respeitável a defender. Trabalhou durante dez anos na CBS News e, em 1999, entrou para a Fox News Channel. No dia 11 de Setembro de 2001, data dos atentados terroristas em Nova Iorque e Washington, iniciou novas funções na CNN a apresentar um dos blocos noticiosos. O «spot», concebido pelo departamento de promoções da estação de televisão, foi imediatamente retirado do ar. Fica a distracção.

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