EXPRESSO online

21-08-2003
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Caso Moderna - Opinião O caso É INEVITÁVEL falar do «caso» nacional, quando se tem de escrever no mesmo dia em que o Parlamento e a Comunicação Social lhe dedicaram a maior das atenções. As ligações do dr. Paulo Portas à Universidade Moderna são um caso político muito sério. E é um erro procurar ignorá-lo, fingindo que se trata de uma invenção dos adversários do líder do PP, do ministro de Estado e da Defesa ou do ex-director de «O Independente». As ligações do dr. Paulo Portas à Universidade Moderna são um caso político muito sério. E é um erro procurar ignorá-lo, fingindo que se trata de uma invenção dos adversários do líder do PP, do ministro de Estado e da Defesa ou do ex-director de «O Independente». É um disparate dizer que tudo não passa de uma campanha da oposição, como pretendem os dirigentes do PP e do PSD, o dr. Paulo Portas e o próprio primeiro-ministro. Que se trata de uma campanha urdida por uma «frente», de esquerda, umas vezes, mais alargada, outras, com o único objectivo de afastar o ministro da Defesa. Uma maquinação de todos contra um. Dos «interesses instalados», que se sentiram prejudicados com «as medidas de transparência em alguns concursos do Ministério da Defesa». Dos políticos, porque querem criar dificuldades ao Governo. Dos «media», porque, publicando os depoimentos de testemunhas e noticiando os factos, aumentam as audiências. Dos comentadores e analistas, porque comentam e analisam os factos e concluem que o «caso» é grave. De personalidades da área política do Governo (como o prof. Marcelo Rebelo de Sousa, o dr. Pedro Santana Lopes, o prof. Freitas do Amaral), por reconhecerem que está criado um «problema político» que tem de ser explicado. Estes, provavelmente, serão acusados de ajuste de contas ou de ânsia de protagonismo! É um disparate dizer que tudo não passa de uma campanha da oposição, como pretendem os dirigentes do PP e do PSD, o dr. Paulo Portas e o próprio primeiro-ministro. Que se trata de uma campanha urdida por uma «frente», de esquerda, umas vezes, mais alargada, outras, com o único objectivo de afastar o ministro da Defesa. Uma maquinação de todos contra um. Dos «interesses instalados», que se sentiram prejudicados com «as medidas de transparência em alguns concursos do Ministério da Defesa». Dos políticos, porque querem criar dificuldades ao Governo. Dos «media», porque, publicando os depoimentos de testemunhas e noticiando os factos, aumentam as audiências. Dos comentadores e analistas, porque comentam e analisam os factos e concluem que o «caso» é grave. De personalidades da área política do Governo (como o prof. Marcelo Rebelo de Sousa, o dr. Pedro Santana Lopes, o prof. Freitas do Amaral), por reconhecerem que está criado um «problema político» que tem de ser explicado. Estes, provavelmente, serão acusados de ajuste de contas ou de ânsia de protagonismo! Em vez de olharem para a gravidade dos factos que, podendo já ser antigos no processo, só agora foram tornados públicos, os apoiantes do Governo desataram a acusar tudo e todos. Ao ponto de o líder parlamentar do PSD tentar desvalorizar o relatório da Polícia Judiciária, alegando que foi feito por um «polícia» e não por um magistrado. Como se os inspectores da Judiciária fossem pessoas desqualificadas e um relatório desta importância fosse elaborado por um polícia de giro. Em vez de olharem para a gravidade dos factos que, podendo já ser antigos no processo, só agora foram tornados públicos, os apoiantes do Governo desataram a acusar tudo e todos. Ao ponto de o líder parlamentar do PSD tentar desvalorizar o relatório da Polícia Judiciária, alegando que foi feito por um «polícia» e não por um magistrado. Como se os inspectores da Judiciária fossem pessoas desqualificadas e um relatório desta importância fosse elaborado por um polícia de giro. O relatório incomoda porque conclui que «quer a AMOSTRA quer a BOAS FESTAS mais não representavam que extensões financeiras da DINENSINO, concebidas pelo JBG para, utilizando terceiros, dar origem a saídas financeiras da cooperativa e justificar pagamentos para a sua, do JBG, esfera privada, isto é, entre a DINENSINO e a sua própria pessoa o JBG limita-se a colocar a AMOSTRA e a BOAS FESTAS, visando criar aparências de uma circulação legítima do dinheiro». O relatório incomoda porque conclui que «quer a AMOSTRA quer a BOAS FESTAS mais não representavam que extensões financeiras da DINENSINO, concebidas pelo JBG para, utilizando terceiros, dar origem a saídas financeiras da cooperativa e justificar pagamentos para a sua, do JBG, esfera privada, isto é, entre a DINENSINO e a sua própria pessoa o JBG limita-se a colocar a AMOSTRA e a BOAS FESTAS, visando criar aparências de uma circulação legítima do dinheiro». Acontece que ambas as sociedades são constituídas por sócios de favor, a pedido do dr. Paulo Portas, que assume em exclusivo a gerência e que só abandona meses depois de ser eleito presidente do PP. Ainda segundo o relatório, «o JBG invocava falsamente a exigência de honorários, que o dr. Paulo Portas pagava sem discutir». Acontece que ambas as sociedades são constituídas por sócios de favor, a pedido do dr. Paulo Portas, que assume em exclusivo a gerência e que só abandona meses depois de ser eleito presidente do PP. Ainda segundo o relatório, «o JBG invocava falsamente a exigência de honorários, que o dr. Paulo Portas pagava sem discutir». Basta ler estas afirmações para se perceber que lançam dúvidas e suspeitas que afectam a credibilidade e o prestígio de quem desempenha as importantes funções de ministro de Estado e da Defesa e tem de tomar decisões que envolvem milhões e milhões de euros. Basta ler estas afirmações para se perceber que lançam dúvidas e suspeitas que afectam a credibilidade e o prestígio de quem desempenha as importantes funções de ministro de Estado e da Defesa e tem de tomar decisões que envolvem milhões e milhões de euros. É por isso que o ministro tem de se explicar no Parlamento. Não está em causa a responsabilidade jurídica, criminal ou fiscal do dr. Paulo Portas. Isso é com as autoridades judiciárias. O que está em causa é a responsabilidade política. E o dr. Paulo Portas sabe como ninguém que, em política, não bastar ser sério, também é preciso parecer. E, citando, o líder parlamentar do PS, «pode haver ilícitos, até penais, que não desqualificam para o exercício de cargos governativos, mas há comportamentos que, ainda que não sejam ilícitos, afectam a credibilidade para o exercício de cargos políticos». É por isso que o ministro tem de se explicar no Parlamento. Não está em causa a responsabilidade jurídica, criminal ou fiscal do dr. Paulo Portas. Isso é com as autoridades judiciárias. O que está em causa é a responsabilidade política. E o dr. Paulo Portas sabe como ninguém que, em política, não bastar ser sério, também é preciso parecer. E, citando, o líder parlamentar do PS, «pode haver ilícitos, até penais, que não desqualificam para o exercício de cargos governativos, mas há comportamentos que, ainda que não sejam ilícitos, afectam a credibilidade para o exercício de cargos políticos». O dr. Paulo Portas é uma pessoa inteligente, um excelente comunicador, já deu provas de coragem política e grande capacidade de resistência. De um político com estas qualidades esperava-se que não tivesse deixado chegar o «caso» a este ponto. O dr. Paulo Portas é uma pessoa inteligente, um excelente comunicador, já deu provas de coragem política e grande capacidade de resistência. De um político com estas qualidades esperava-se que não tivesse deixado chegar o «caso» a este ponto. E-mail: edite-estrela@clix.pt E-mail: edite-estrela@clix.pt enviar imprimir comentar

Caso Moderna - Opinião O caso É INEVITÁVEL falar do «caso» nacional, quando se tem de escrever no mesmo dia em que o Parlamento e a Comunicação Social lhe dedicaram a maior das atenções. As ligações do dr. Paulo Portas à Universidade Moderna são um caso político muito sério. E é um erro procurar ignorá-lo, fingindo que se trata de uma invenção dos adversários do líder do PP, do ministro de Estado e da Defesa ou do ex-director de «O Independente». As ligações do dr. Paulo Portas à Universidade Moderna são um caso político muito sério. E é um erro procurar ignorá-lo, fingindo que se trata de uma invenção dos adversários do líder do PP, do ministro de Estado e da Defesa ou do ex-director de «O Independente». É um disparate dizer que tudo não passa de uma campanha da oposição, como pretendem os dirigentes do PP e do PSD, o dr. Paulo Portas e o próprio primeiro-ministro. Que se trata de uma campanha urdida por uma «frente», de esquerda, umas vezes, mais alargada, outras, com o único objectivo de afastar o ministro da Defesa. Uma maquinação de todos contra um. Dos «interesses instalados», que se sentiram prejudicados com «as medidas de transparência em alguns concursos do Ministério da Defesa». Dos políticos, porque querem criar dificuldades ao Governo. Dos «media», porque, publicando os depoimentos de testemunhas e noticiando os factos, aumentam as audiências. Dos comentadores e analistas, porque comentam e analisam os factos e concluem que o «caso» é grave. De personalidades da área política do Governo (como o prof. Marcelo Rebelo de Sousa, o dr. Pedro Santana Lopes, o prof. Freitas do Amaral), por reconhecerem que está criado um «problema político» que tem de ser explicado. Estes, provavelmente, serão acusados de ajuste de contas ou de ânsia de protagonismo! É um disparate dizer que tudo não passa de uma campanha da oposição, como pretendem os dirigentes do PP e do PSD, o dr. Paulo Portas e o próprio primeiro-ministro. Que se trata de uma campanha urdida por uma «frente», de esquerda, umas vezes, mais alargada, outras, com o único objectivo de afastar o ministro da Defesa. Uma maquinação de todos contra um. Dos «interesses instalados», que se sentiram prejudicados com «as medidas de transparência em alguns concursos do Ministério da Defesa». Dos políticos, porque querem criar dificuldades ao Governo. Dos «media», porque, publicando os depoimentos de testemunhas e noticiando os factos, aumentam as audiências. Dos comentadores e analistas, porque comentam e analisam os factos e concluem que o «caso» é grave. De personalidades da área política do Governo (como o prof. Marcelo Rebelo de Sousa, o dr. Pedro Santana Lopes, o prof. Freitas do Amaral), por reconhecerem que está criado um «problema político» que tem de ser explicado. Estes, provavelmente, serão acusados de ajuste de contas ou de ânsia de protagonismo! Em vez de olharem para a gravidade dos factos que, podendo já ser antigos no processo, só agora foram tornados públicos, os apoiantes do Governo desataram a acusar tudo e todos. Ao ponto de o líder parlamentar do PSD tentar desvalorizar o relatório da Polícia Judiciária, alegando que foi feito por um «polícia» e não por um magistrado. Como se os inspectores da Judiciária fossem pessoas desqualificadas e um relatório desta importância fosse elaborado por um polícia de giro. Em vez de olharem para a gravidade dos factos que, podendo já ser antigos no processo, só agora foram tornados públicos, os apoiantes do Governo desataram a acusar tudo e todos. Ao ponto de o líder parlamentar do PSD tentar desvalorizar o relatório da Polícia Judiciária, alegando que foi feito por um «polícia» e não por um magistrado. Como se os inspectores da Judiciária fossem pessoas desqualificadas e um relatório desta importância fosse elaborado por um polícia de giro. O relatório incomoda porque conclui que «quer a AMOSTRA quer a BOAS FESTAS mais não representavam que extensões financeiras da DINENSINO, concebidas pelo JBG para, utilizando terceiros, dar origem a saídas financeiras da cooperativa e justificar pagamentos para a sua, do JBG, esfera privada, isto é, entre a DINENSINO e a sua própria pessoa o JBG limita-se a colocar a AMOSTRA e a BOAS FESTAS, visando criar aparências de uma circulação legítima do dinheiro». O relatório incomoda porque conclui que «quer a AMOSTRA quer a BOAS FESTAS mais não representavam que extensões financeiras da DINENSINO, concebidas pelo JBG para, utilizando terceiros, dar origem a saídas financeiras da cooperativa e justificar pagamentos para a sua, do JBG, esfera privada, isto é, entre a DINENSINO e a sua própria pessoa o JBG limita-se a colocar a AMOSTRA e a BOAS FESTAS, visando criar aparências de uma circulação legítima do dinheiro». Acontece que ambas as sociedades são constituídas por sócios de favor, a pedido do dr. Paulo Portas, que assume em exclusivo a gerência e que só abandona meses depois de ser eleito presidente do PP. Ainda segundo o relatório, «o JBG invocava falsamente a exigência de honorários, que o dr. Paulo Portas pagava sem discutir». Acontece que ambas as sociedades são constituídas por sócios de favor, a pedido do dr. Paulo Portas, que assume em exclusivo a gerência e que só abandona meses depois de ser eleito presidente do PP. Ainda segundo o relatório, «o JBG invocava falsamente a exigência de honorários, que o dr. Paulo Portas pagava sem discutir». Basta ler estas afirmações para se perceber que lançam dúvidas e suspeitas que afectam a credibilidade e o prestígio de quem desempenha as importantes funções de ministro de Estado e da Defesa e tem de tomar decisões que envolvem milhões e milhões de euros. Basta ler estas afirmações para se perceber que lançam dúvidas e suspeitas que afectam a credibilidade e o prestígio de quem desempenha as importantes funções de ministro de Estado e da Defesa e tem de tomar decisões que envolvem milhões e milhões de euros. É por isso que o ministro tem de se explicar no Parlamento. Não está em causa a responsabilidade jurídica, criminal ou fiscal do dr. Paulo Portas. Isso é com as autoridades judiciárias. O que está em causa é a responsabilidade política. E o dr. Paulo Portas sabe como ninguém que, em política, não bastar ser sério, também é preciso parecer. E, citando, o líder parlamentar do PS, «pode haver ilícitos, até penais, que não desqualificam para o exercício de cargos governativos, mas há comportamentos que, ainda que não sejam ilícitos, afectam a credibilidade para o exercício de cargos políticos». É por isso que o ministro tem de se explicar no Parlamento. Não está em causa a responsabilidade jurídica, criminal ou fiscal do dr. Paulo Portas. Isso é com as autoridades judiciárias. O que está em causa é a responsabilidade política. E o dr. Paulo Portas sabe como ninguém que, em política, não bastar ser sério, também é preciso parecer. E, citando, o líder parlamentar do PS, «pode haver ilícitos, até penais, que não desqualificam para o exercício de cargos governativos, mas há comportamentos que, ainda que não sejam ilícitos, afectam a credibilidade para o exercício de cargos políticos». O dr. Paulo Portas é uma pessoa inteligente, um excelente comunicador, já deu provas de coragem política e grande capacidade de resistência. De um político com estas qualidades esperava-se que não tivesse deixado chegar o «caso» a este ponto. O dr. Paulo Portas é uma pessoa inteligente, um excelente comunicador, já deu provas de coragem política e grande capacidade de resistência. De um político com estas qualidades esperava-se que não tivesse deixado chegar o «caso» a este ponto. E-mail: edite-estrela@clix.pt E-mail: edite-estrela@clix.pt enviar imprimir comentar

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