Banda larga e governo electrónico são prioridades

09-06-2003
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CIIC discutiu plano de acção para a sociedade da informação

Banda Larga e Governo Electrónico São Prioridades

Por ISABEL GORJÃO SANTOS

Segunda-feira, 02 de Junho de 2003

A massificação do acesso à Internet através de banda larga e o chamado governo electrónico - ou E-governo, que consiste na modernização dos serviços da administração pública e na sua disponibilização através da Web - são dois dos principais objectivos do Plano de Acção para a Sociedade da Informação, que a Comissão Interministerial Inovação e Conhecimento aprovou na passada semana.

O documento, que será agora discutido em Conselho de Ministros, integra o Plano de Acção para o Governo Electrónico, a Iniciativa Nacional para a Banda Larga, a Iniciativa Nacional para os Cidadãos com Necessidades Especiais e o Plano Nacional de Compras Electrónicas. Diogo Vasconcelos, gestor da Unidade Missão Inovação e Conhecimento (UMIC), a entidade governamental responsável pela área da sociedade da informação, adiantou no final da reunião da Comissão Interministerial Inovação e Conhecimento (CIIC) que os pormenores destes documentos serão divulgados logo após a sua aprovação em Conselho de Ministros.

No entanto, Diogo Vasconcelos não deixou de referir os vários objectivo que se pretende alcançar com estes planos de acção. Massificar o acesso à Internet através de banda larga e melhorar a qualidade e a eficiência dos serviços públicos são duas prioridades da UMIC, que pretende, com estes planos de acção, "concretizar não uma abordagem teórica mas sim objectivos específicos e metas concretas". ?

Diogo Vasconcelos escusou-se a falar das iniciativas que poderão nascer da prossecução destes planos de acção devido ao facto de não ter havido ainda a necessária aprovação pelo Conselho de Ministros, mas não deixou de referir que essas iniciativas se enquadrarão na actividade que a UMIC tem vindo a desenvolver.

Quanto a estas, o gestor da UMIC não deixou de referir o programa Campus Virtuais - que consiste na instalação de redes sem fios nas universidades e noutros estabelecimentos de ensino, e na disponibilização de condições vantajosas para a aquisição de computadores portáteis por parte dos estudantes e professores -, ao qual já se candidataram 54 entidades do ensino superior. "Estas 54 candidaturas abrangem cerca de 400 mil estudantes universitários", salientou Diogo Vasconcelos, acrescentando que todas as candidaturas serão analisadas até ao final deste mês.

Um outro projecto que a UMIC pretende levar a cabo é a criação da Biblioteca Digital, um espaço "on-line" onde poderão ser consultadas, por investigadores e estudantes universitários, cerca de 2200 publicações internacionais da área científica.

Também no que se refere às compras electrónicas - sobretudo as efectuadas pela administração pública -, a UMIC criou já um grupo de trabalho com o objectivo de acompanhar os diversos projectos e iniciativas. O portal www.comprasgov.pt será lançado em Junho. Na passada semana, reuniram-se no Taguspark, em Oeiras (nos arredores de Lisboa), os vários responsáveis pelas compras da administração pública - um encontro que, segundo Diogo Vasconcelos, foi o primeiro de vários que irão realizar-se e que deverão definir a estratégia do Governo no que respeita às aquisições de bens e serviços por parte dos organismos da administração pública.

Também no próximo mês, irá ser apresentado o protótipo do Portal do Cidadão, outro projecto da UMIC, o qual pretende reunir num portal a presença na Web da maior parte dos serviços da administração pública. Esse portal deverá começar a funcionar em Dezembro próximo com cerca de 50 serviços - número que deverá depois ser ampliado em 2004 e 2005.

Para além de ter debatido o Plano Operacional para a Sociedade da Informação, a CIIC apresentou também os resultados de um inquérito à utilização das tecnologias da informação e da comunicação (TIC) nas empresas portuguesas. O inquérito foi elaborado pela UMIC e pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e concluiu que 71,8 por cento das empresas com mais de dez trabalhadores dispõem já de uma forma de ligação à Internet.

As microempresas, com menos de dez trabalhadores, não foram abrangidas por este estudo, que teve ainda como conclusão o facto de a percentagem de computadores e de ligações à Internet ir aumentando à medida que cresce a dimensão das empresas.

Das organizações que empregam entre 10 a 49 pessoas, 81,4 por cento estão informatizadas, embora apenas cerca de dois terços destas (67 por cento) possua ligação à Internet. Quando se trata das empresas com mais de 250 trabalhadores, a percentagem das que possuem computadores ascende aos 99,5 por cento, tendo ligações à Web 98,4 por cento.

As actividades financeiras e o sector da hotelaria são os que registam maior taxa de informatização, que abrange a totalidade destas empresas. Na outra extremidade da tabela, estão as indústrias transformadoras, cuja percentagem de alguma utilização de computadores é de 78,6 por cento, estando 64,5 por cento ligadas à Internet. No caso das empresas de transportes, armazenagem e comunicações, 96,6 por cento estão informatizadas e 86,1 por cento ligadas à Net.

Quanto à utilização de comércio electrónico, este estudo revela que apenas 16,5 por cento das empresas já compraram produtos através da Internet. A percentagem das organizações que utilizam a Web para vender os seus produtos ou prestar serviços é de 7,4 por cento. Para chegar a estas conclusões, a UMIC e o INE basearam-se nos dados fornecidos por 2025 empresas dos mais diversos sectores.

CIIC discutiu plano de acção para a sociedade da informação

Banda Larga e Governo Electrónico São Prioridades

Por ISABEL GORJÃO SANTOS

Segunda-feira, 02 de Junho de 2003

A massificação do acesso à Internet através de banda larga e o chamado governo electrónico - ou E-governo, que consiste na modernização dos serviços da administração pública e na sua disponibilização através da Web - são dois dos principais objectivos do Plano de Acção para a Sociedade da Informação, que a Comissão Interministerial Inovação e Conhecimento aprovou na passada semana.

O documento, que será agora discutido em Conselho de Ministros, integra o Plano de Acção para o Governo Electrónico, a Iniciativa Nacional para a Banda Larga, a Iniciativa Nacional para os Cidadãos com Necessidades Especiais e o Plano Nacional de Compras Electrónicas. Diogo Vasconcelos, gestor da Unidade Missão Inovação e Conhecimento (UMIC), a entidade governamental responsável pela área da sociedade da informação, adiantou no final da reunião da Comissão Interministerial Inovação e Conhecimento (CIIC) que os pormenores destes documentos serão divulgados logo após a sua aprovação em Conselho de Ministros.

No entanto, Diogo Vasconcelos não deixou de referir os vários objectivo que se pretende alcançar com estes planos de acção. Massificar o acesso à Internet através de banda larga e melhorar a qualidade e a eficiência dos serviços públicos são duas prioridades da UMIC, que pretende, com estes planos de acção, "concretizar não uma abordagem teórica mas sim objectivos específicos e metas concretas". ?

Diogo Vasconcelos escusou-se a falar das iniciativas que poderão nascer da prossecução destes planos de acção devido ao facto de não ter havido ainda a necessária aprovação pelo Conselho de Ministros, mas não deixou de referir que essas iniciativas se enquadrarão na actividade que a UMIC tem vindo a desenvolver.

Quanto a estas, o gestor da UMIC não deixou de referir o programa Campus Virtuais - que consiste na instalação de redes sem fios nas universidades e noutros estabelecimentos de ensino, e na disponibilização de condições vantajosas para a aquisição de computadores portáteis por parte dos estudantes e professores -, ao qual já se candidataram 54 entidades do ensino superior. "Estas 54 candidaturas abrangem cerca de 400 mil estudantes universitários", salientou Diogo Vasconcelos, acrescentando que todas as candidaturas serão analisadas até ao final deste mês.

Um outro projecto que a UMIC pretende levar a cabo é a criação da Biblioteca Digital, um espaço "on-line" onde poderão ser consultadas, por investigadores e estudantes universitários, cerca de 2200 publicações internacionais da área científica.

Também no que se refere às compras electrónicas - sobretudo as efectuadas pela administração pública -, a UMIC criou já um grupo de trabalho com o objectivo de acompanhar os diversos projectos e iniciativas. O portal www.comprasgov.pt será lançado em Junho. Na passada semana, reuniram-se no Taguspark, em Oeiras (nos arredores de Lisboa), os vários responsáveis pelas compras da administração pública - um encontro que, segundo Diogo Vasconcelos, foi o primeiro de vários que irão realizar-se e que deverão definir a estratégia do Governo no que respeita às aquisições de bens e serviços por parte dos organismos da administração pública.

Também no próximo mês, irá ser apresentado o protótipo do Portal do Cidadão, outro projecto da UMIC, o qual pretende reunir num portal a presença na Web da maior parte dos serviços da administração pública. Esse portal deverá começar a funcionar em Dezembro próximo com cerca de 50 serviços - número que deverá depois ser ampliado em 2004 e 2005.

Para além de ter debatido o Plano Operacional para a Sociedade da Informação, a CIIC apresentou também os resultados de um inquérito à utilização das tecnologias da informação e da comunicação (TIC) nas empresas portuguesas. O inquérito foi elaborado pela UMIC e pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e concluiu que 71,8 por cento das empresas com mais de dez trabalhadores dispõem já de uma forma de ligação à Internet.

As microempresas, com menos de dez trabalhadores, não foram abrangidas por este estudo, que teve ainda como conclusão o facto de a percentagem de computadores e de ligações à Internet ir aumentando à medida que cresce a dimensão das empresas.

Das organizações que empregam entre 10 a 49 pessoas, 81,4 por cento estão informatizadas, embora apenas cerca de dois terços destas (67 por cento) possua ligação à Internet. Quando se trata das empresas com mais de 250 trabalhadores, a percentagem das que possuem computadores ascende aos 99,5 por cento, tendo ligações à Web 98,4 por cento.

As actividades financeiras e o sector da hotelaria são os que registam maior taxa de informatização, que abrange a totalidade destas empresas. Na outra extremidade da tabela, estão as indústrias transformadoras, cuja percentagem de alguma utilização de computadores é de 78,6 por cento, estando 64,5 por cento ligadas à Internet. No caso das empresas de transportes, armazenagem e comunicações, 96,6 por cento estão informatizadas e 86,1 por cento ligadas à Net.

Quanto à utilização de comércio electrónico, este estudo revela que apenas 16,5 por cento das empresas já compraram produtos através da Internet. A percentagem das organizações que utilizam a Web para vender os seus produtos ou prestar serviços é de 7,4 por cento. Para chegar a estas conclusões, a UMIC e o INE basearam-se nos dados fornecidos por 2025 empresas dos mais diversos sectores.

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