Francamente

27-02-2004
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Como sabem, esta Conferência de Imprensa realiza-se na sequência das eleições para a Secção de Educação de Castelo Branco do Partido Socialista, levadas a cabo no dia 6 de Junho de 2003, que por unanimidade dos votantes elegeu um novo elenco para o Secretariado, por mim dirigido e para a Mesa da Assembleia, pela Dr.ª Maria José Baptista. A Secção de Educação é uma secção de âmbito distrital, que pretende ser activa, dinâmica e mobilizadora para os problemas que a Educação nos coloca hoje e que tão importantes são, para a formação de uma futura geração de portugueses, para as suas famílias e para uma sociedade que se quer democrática, solidária, desenvolvida e com qualidade de vida. Assim, importa à Secção, analisar e debater, as questões que dizem respeito à Educação, estar atenta às medidas tomadas pelo Ministério da Educação e pelo governo, sobre as quais, nós professores, educadores e outros profissionais da educação temos reflectido e com grande frequência, discordado, tendo vindo a revelar o nosso descontentamento, e mesmo por vezes, o nosso veemente protesto. Tal veemente protesto, por exemplo, não podemos deixar de fazer em relação à extinção do Centro de Área Educativa de Castelo Branco. Não se pode estar de acordo com o fim de um serviço educativo que é muito importante para uma cidade e para um distrito do interior, longe da capital e ainda por cima desertificado, na medida em que as cidades do interior crescem com a criação de serviços mais próximos das populações que os utilizam. É do conhecimento geral, que os serviços geram crescimento e desenvolvimento das pequenas e médias cidades. Não é preciso ser um estudioso das ciências sociais para sabê-lo. É um dado adquirido do senso comum. Podem e devem reestruturar-se serviços, porém, todavia, retirar serviços, extinguindo-os ou esvaziando-os de competências essenciais, como no caso do Centro de Área Educativa de Castelo Branco, que no seu conjunto, é uma mais valia, para todo o distrito, para toda a cidade, para uma vasta comunidade educativa, beneficiando alunos, professores, pais, encarregados de educação, funcionários, para só citar alguns exemplos, embora os mais significativos, que o governo mostra qualquer preocupação pelos cidadãos, sobretudo do interior, geograficamente mais penalizados. Não, bem pelo contrário, terminar com serviços, revela um desacordo grande em relação à descentralização, um desrespeito pelas populações mais distantes dos centros de decisão globalizada e pelo crescimento das cidades médias, que obviamente aumentam e se desenvolvem, em grande medida, por causa dos serviços. Castelo Branco deixou de ter a delegação da RTP, viu adiada a construção de duas novas Escolas do Instituto Politécnico, assistiu ao terminus da direcção dos correios, que incluía a Guarda e observará brevemente, o fim do Centro de Área Educativa de Castelo Branco, do CAE, assim como, por todo o país. Ora, acabar com Serviços Educativos que beneficiam as populações distritais e locais, que se encontram mais perto das Escolas, que conhecem a realidade educativa dos vários ciclos de ensino e trabalham afincadamente em prole das alunas e dos alunos do distrito, deixando todas as competências que usufruíam, quer nas mãos das todo-poderosas Direcções Regionais, distantes das populações e dos seus problemas educativos, quase todas sedeadas nas grandes cidades do litoral, quer nas mãos dos Agrupamentos de Escolas, não estando ainda muitos deles constituídos de facto, para receber parte destas competências ou nas mãos das autarquias, pouco familiarizadas ainda com estes problemas educativos. Em vez da deslocalização de serviços para o interior, da importante e necessária descentralização, aproximando a administração das populações, como constava na propaganda pré-eleitoral de Durão Barroso e que imediatamente esqueceu, como primeiro ministro, após as eleições, centralizando no litoral (a sua maior parte) e em grandes cidades, as competências das instituições educativas do país. É triste e penoso dizer mais uma vez, que o governo não só não dá qualquer atenção ao interior e em particular, ao distrito de Castelo Branco, como ainda a retira. Desde logo, saber terminar com serviços que existem, que fazem falta, isso já sabe, seguramente. Como dizia um governante em visita ao nosso distrito, em termos genéricos e desprendidos, que discriminação positiva para o interior não, muito bem estaremos se não houver discriminação negativa. E com esta infeliz frase, está tudo dito, sobre a nossa região. A Secção de Educação de Castelo Branco, do Partido Socialista, considera, uma perda para a comunidade educativa, uma perda para o distrito e uma perda para a Cidade, o desaparecimento do Centro de Área Educativa de Castelo Branco. Muitos outros temas serão objecto de análise por parte da Secção de Educação de Castelo Branco, do Partido Socialista, lamentando desde já, a maneira como o Ministério da Educação se prepara para implementar no próximo ano lectivo de 2003/2004, a alteração dos programas de 10º ano do ensino secundário, que David Justino na oposição tanto soube criticar, sem levar a cabo o resto das mudanças da Revisão Curricular do ensino secundário, mas apenas parte, como se se meia reforma se pudesse efectivamente fazer com resultados positivos ou instaurando e intensificando um clima de desgoverno, de falta de confiança e descredibilização nas escolas, à imagem do que sucede nos outros sectores da sociedade, da economia e da cultura e que revela claramente a falta de confiança que os portugueses têm no seu futuro. Além de terem presentes como objectivo último, critérios economicistas no âmbito da Educação, não havendo investimentos em obras novas, de escolas, por exemplo. A temática a abordar pela Secção de Educação de Castelo Branco, do Partido Socialista, será vasta e empenhada, estaremos atentos à política do governo PSD-PP nesta matéria e gostaríamos de ver inverter esta tendência desmoralizadora face ao futuro da Educação, para bem dos alunos portugueses.

Como sabem, esta Conferência de Imprensa realiza-se na sequência das eleições para a Secção de Educação de Castelo Branco do Partido Socialista, levadas a cabo no dia 6 de Junho de 2003, que por unanimidade dos votantes elegeu um novo elenco para o Secretariado, por mim dirigido e para a Mesa da Assembleia, pela Dr.ª Maria José Baptista. A Secção de Educação é uma secção de âmbito distrital, que pretende ser activa, dinâmica e mobilizadora para os problemas que a Educação nos coloca hoje e que tão importantes são, para a formação de uma futura geração de portugueses, para as suas famílias e para uma sociedade que se quer democrática, solidária, desenvolvida e com qualidade de vida. Assim, importa à Secção, analisar e debater, as questões que dizem respeito à Educação, estar atenta às medidas tomadas pelo Ministério da Educação e pelo governo, sobre as quais, nós professores, educadores e outros profissionais da educação temos reflectido e com grande frequência, discordado, tendo vindo a revelar o nosso descontentamento, e mesmo por vezes, o nosso veemente protesto. Tal veemente protesto, por exemplo, não podemos deixar de fazer em relação à extinção do Centro de Área Educativa de Castelo Branco. Não se pode estar de acordo com o fim de um serviço educativo que é muito importante para uma cidade e para um distrito do interior, longe da capital e ainda por cima desertificado, na medida em que as cidades do interior crescem com a criação de serviços mais próximos das populações que os utilizam. É do conhecimento geral, que os serviços geram crescimento e desenvolvimento das pequenas e médias cidades. Não é preciso ser um estudioso das ciências sociais para sabê-lo. É um dado adquirido do senso comum. Podem e devem reestruturar-se serviços, porém, todavia, retirar serviços, extinguindo-os ou esvaziando-os de competências essenciais, como no caso do Centro de Área Educativa de Castelo Branco, que no seu conjunto, é uma mais valia, para todo o distrito, para toda a cidade, para uma vasta comunidade educativa, beneficiando alunos, professores, pais, encarregados de educação, funcionários, para só citar alguns exemplos, embora os mais significativos, que o governo mostra qualquer preocupação pelos cidadãos, sobretudo do interior, geograficamente mais penalizados. Não, bem pelo contrário, terminar com serviços, revela um desacordo grande em relação à descentralização, um desrespeito pelas populações mais distantes dos centros de decisão globalizada e pelo crescimento das cidades médias, que obviamente aumentam e se desenvolvem, em grande medida, por causa dos serviços. Castelo Branco deixou de ter a delegação da RTP, viu adiada a construção de duas novas Escolas do Instituto Politécnico, assistiu ao terminus da direcção dos correios, que incluía a Guarda e observará brevemente, o fim do Centro de Área Educativa de Castelo Branco, do CAE, assim como, por todo o país. Ora, acabar com Serviços Educativos que beneficiam as populações distritais e locais, que se encontram mais perto das Escolas, que conhecem a realidade educativa dos vários ciclos de ensino e trabalham afincadamente em prole das alunas e dos alunos do distrito, deixando todas as competências que usufruíam, quer nas mãos das todo-poderosas Direcções Regionais, distantes das populações e dos seus problemas educativos, quase todas sedeadas nas grandes cidades do litoral, quer nas mãos dos Agrupamentos de Escolas, não estando ainda muitos deles constituídos de facto, para receber parte destas competências ou nas mãos das autarquias, pouco familiarizadas ainda com estes problemas educativos. Em vez da deslocalização de serviços para o interior, da importante e necessária descentralização, aproximando a administração das populações, como constava na propaganda pré-eleitoral de Durão Barroso e que imediatamente esqueceu, como primeiro ministro, após as eleições, centralizando no litoral (a sua maior parte) e em grandes cidades, as competências das instituições educativas do país. É triste e penoso dizer mais uma vez, que o governo não só não dá qualquer atenção ao interior e em particular, ao distrito de Castelo Branco, como ainda a retira. Desde logo, saber terminar com serviços que existem, que fazem falta, isso já sabe, seguramente. Como dizia um governante em visita ao nosso distrito, em termos genéricos e desprendidos, que discriminação positiva para o interior não, muito bem estaremos se não houver discriminação negativa. E com esta infeliz frase, está tudo dito, sobre a nossa região. A Secção de Educação de Castelo Branco, do Partido Socialista, considera, uma perda para a comunidade educativa, uma perda para o distrito e uma perda para a Cidade, o desaparecimento do Centro de Área Educativa de Castelo Branco. Muitos outros temas serão objecto de análise por parte da Secção de Educação de Castelo Branco, do Partido Socialista, lamentando desde já, a maneira como o Ministério da Educação se prepara para implementar no próximo ano lectivo de 2003/2004, a alteração dos programas de 10º ano do ensino secundário, que David Justino na oposição tanto soube criticar, sem levar a cabo o resto das mudanças da Revisão Curricular do ensino secundário, mas apenas parte, como se se meia reforma se pudesse efectivamente fazer com resultados positivos ou instaurando e intensificando um clima de desgoverno, de falta de confiança e descredibilização nas escolas, à imagem do que sucede nos outros sectores da sociedade, da economia e da cultura e que revela claramente a falta de confiança que os portugueses têm no seu futuro. Além de terem presentes como objectivo último, critérios economicistas no âmbito da Educação, não havendo investimentos em obras novas, de escolas, por exemplo. A temática a abordar pela Secção de Educação de Castelo Branco, do Partido Socialista, será vasta e empenhada, estaremos atentos à política do governo PSD-PP nesta matéria e gostaríamos de ver inverter esta tendência desmoralizadora face ao futuro da Educação, para bem dos alunos portugueses.

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