Pedro Lynce, Ciência e Ensino Superior

02-05-2003
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Pedro Lynce, Ciência e Ensino Superior

Por A. M./A.S.

Sábado, 05 de Abril de 2003

Positivo

Lynce tem a seu favor o argumento de ainda não ter tido tempo para mostrar muita coisa. Lançou um debate público sem precedentes sobre a reforma do ensino superior. Prometeu um estatuto disciplinar dos alunos, na sequência de denúncias de abusos nas praxes, que há 15 anos está previsto. Aprovou a imposição de uma classificação mínima de 9,5 valores a todos os candidatos ao superior - para vigorar em 2005. No negro quadro orçamental nacional, conseguiu manter em crescimento positivo a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, principal financiadora do sistema científico, com uns modestos 1,1 por cento. Lançou ainda o debate sobre o uso de embriões na ciência e a clonagem, apesar de ser questionável a habilidade com que o fez. Os resultados destas conversações ditarão o verdadeiro valor desta discussão.

Negativo

Pedro Lynce ainda não apresentou propostas concretas sobre as mudanças que quer introduzir na autonomia e financiamento das universidades e pouco disse sobre o que pretende da revisão do estatuto da carreira docente. A lei do desenvolvimento e qualidade foi aprovada à pressa, mas continua sem aplicação prática, por falta de regulamentação. Face a tudo o que prometeu, sabe a pouco o que foi feito. Na ciência, extinções, fusões e reenquadramento das regras de organismos de investigação marcaram os primeiros meses de mandato, com a agravante de estas alterações ainda não terem dado frutos. O emagrecimento orçamental espalhou o caos nos laboratórios do Estado. Mas o principal ponto de divergência com a comunidade científica e política é o Ciência Viva: uma redução orçamental para metade estrangulou a acção deste organismo e deixou-o com futuro incerto.

Pedro Lynce, Ciência e Ensino Superior

Por A. M./A.S.

Sábado, 05 de Abril de 2003

Positivo

Lynce tem a seu favor o argumento de ainda não ter tido tempo para mostrar muita coisa. Lançou um debate público sem precedentes sobre a reforma do ensino superior. Prometeu um estatuto disciplinar dos alunos, na sequência de denúncias de abusos nas praxes, que há 15 anos está previsto. Aprovou a imposição de uma classificação mínima de 9,5 valores a todos os candidatos ao superior - para vigorar em 2005. No negro quadro orçamental nacional, conseguiu manter em crescimento positivo a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, principal financiadora do sistema científico, com uns modestos 1,1 por cento. Lançou ainda o debate sobre o uso de embriões na ciência e a clonagem, apesar de ser questionável a habilidade com que o fez. Os resultados destas conversações ditarão o verdadeiro valor desta discussão.

Negativo

Pedro Lynce ainda não apresentou propostas concretas sobre as mudanças que quer introduzir na autonomia e financiamento das universidades e pouco disse sobre o que pretende da revisão do estatuto da carreira docente. A lei do desenvolvimento e qualidade foi aprovada à pressa, mas continua sem aplicação prática, por falta de regulamentação. Face a tudo o que prometeu, sabe a pouco o que foi feito. Na ciência, extinções, fusões e reenquadramento das regras de organismos de investigação marcaram os primeiros meses de mandato, com a agravante de estas alterações ainda não terem dado frutos. O emagrecimento orçamental espalhou o caos nos laboratórios do Estado. Mas o principal ponto de divergência com a comunidade científica e política é o Ciência Viva: uma redução orçamental para metade estrangulou a acção deste organismo e deixou-o com futuro incerto.

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