Sindicato "estranha" críticas de David Justino

05-04-2004
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Sindicato "Estranha" Críticas de David Justino

Por MARIA ALBUQUERQUE

Quarta-feira, 31 de Dezembro de 2003

O Sindicato de Professores da Região Centro (SPRC) considera que o ministro da Educação, David Justino, estará a "tentar desviar as atenções" das responsabilidades - "pelo menos políticas" - da tutela nas irregularidades detectadas na colocação de dois professores em Viseu e Aveiro.

Lamentando que Justino atribua a divulgação destes casos a uma "campanha de descredibilização" do novo sistema de colocação de docentes, Mário Nogueira, dirigente do SPRC, admitiu ontem, em conferência de imprensa em Viseu, que esperava um "grande elogio" e não críticas dirigidas ao sindicato.

"Que diabo de reacção! Fica descontente que se saiba a verdade! Não queríamos um louvor em 'Diário da República', mas um elogio por termos tido a coragem de não nos calarmos. A política do Ministério não precisa de ser desacreditada por nós, basta ter David Justino à frente e o secretário de Estado Abílio Morgado ao lado para estar desacreditada por si", acusou, sublinhando que não aceita as críticas do governante.

Mário Nogueira considera que, "provavelmente, com este discurso [o ministro] está a tentar desviar as atenções e a tentar até que não se saiba o que acontece em relação aos outros casos". O SPRC reiterou que não aceita que o Ministério da Educação (ME) seja "juiz em causa própria" nos 11 casos denunciados pela estrutura sindical, considerados legais pela tutela.

"A única entidade competente para chegar a conclusões sérias sobre o processo é a Inspecção-Geral da Educação", esclareceu. Se isso não acontecer, o SPRC irá apresentar todos os indícios de irregularidades à Comissão Parlamentar de Educação.

Apesar de considerar "correctas" a demissão do director regional adjunto de Educação do Centro, as suspensões e os vários processos disciplinares anunciados, Mário Nogueira sublinha que as medidas são "insuficientes".

"Não basta que encontrem umas caras no meio do aparelho intermédio do ME e que venham dizer que estes é que são os culpados, tramem-se estes, saem estes e continuamos como se não fosse nada", alertou, reiterando o pedido de demissão de Abílio Morgado e de todos os responsáveis da DREC.

Sindicato "Estranha" Críticas de David Justino

Por MARIA ALBUQUERQUE

Quarta-feira, 31 de Dezembro de 2003

O Sindicato de Professores da Região Centro (SPRC) considera que o ministro da Educação, David Justino, estará a "tentar desviar as atenções" das responsabilidades - "pelo menos políticas" - da tutela nas irregularidades detectadas na colocação de dois professores em Viseu e Aveiro.

Lamentando que Justino atribua a divulgação destes casos a uma "campanha de descredibilização" do novo sistema de colocação de docentes, Mário Nogueira, dirigente do SPRC, admitiu ontem, em conferência de imprensa em Viseu, que esperava um "grande elogio" e não críticas dirigidas ao sindicato.

"Que diabo de reacção! Fica descontente que se saiba a verdade! Não queríamos um louvor em 'Diário da República', mas um elogio por termos tido a coragem de não nos calarmos. A política do Ministério não precisa de ser desacreditada por nós, basta ter David Justino à frente e o secretário de Estado Abílio Morgado ao lado para estar desacreditada por si", acusou, sublinhando que não aceita as críticas do governante.

Mário Nogueira considera que, "provavelmente, com este discurso [o ministro] está a tentar desviar as atenções e a tentar até que não se saiba o que acontece em relação aos outros casos". O SPRC reiterou que não aceita que o Ministério da Educação (ME) seja "juiz em causa própria" nos 11 casos denunciados pela estrutura sindical, considerados legais pela tutela.

"A única entidade competente para chegar a conclusões sérias sobre o processo é a Inspecção-Geral da Educação", esclareceu. Se isso não acontecer, o SPRC irá apresentar todos os indícios de irregularidades à Comissão Parlamentar de Educação.

Apesar de considerar "correctas" a demissão do director regional adjunto de Educação do Centro, as suspensões e os vários processos disciplinares anunciados, Mário Nogueira sublinha que as medidas são "insuficientes".

"Não basta que encontrem umas caras no meio do aparelho intermédio do ME e que venham dizer que estes é que são os culpados, tramem-se estes, saem estes e continuamos como se não fosse nada", alertou, reiterando o pedido de demissão de Abílio Morgado e de todos os responsáveis da DREC.

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