Cruz Silva disponível para responder no tribunal

10-06-2003
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Cruz Silva Disponível para Responder no Tribunal

Por HELENA PEREIRA

Quinta-feira, 29 de Maio de 2003

O deputado do PSD Cruz Silva já se disponibilizou a responder pessoalmente no Tribunal de Águeda, em vez de ser por escrito, no âmbito de um processo de peculato que envolvia uma empresa de que era dono e a Câmara de Águeda.

O caso Cruz Silva estava a incomodar o PSD que, ao nível da direcção nacional, entendia que o deputado devia depor pessoalmente para acabar com a ideia de que estava a esconder-se no facto de ser deputado para não ir ao tribunal. A direcção do PSD empenhou-se em pressionar o deputado, que ontem enviou uma carta à juiza do Tribunal de Águeda, a que o PÚBLICO teve acesso, dizendo ter "inteira disponibilidade" para "prestar as declarações e esclarecimentos que [a juíza] tenha por necessários, na data, hora e local que tenha por adequado".

Em Março deste ano, e em resposta a um pedido do tribunal de Águeda para que a imunidade parlamentar de Cruz Silva fosse levantada, o Parlamento autorizou o deputado a depor por escrito, como este tinha solicitado. Ontem, o líder parlamentar do PSD, Guilherme Silva, que conversou com Cruz Silva, acusou a comunicação social de "deturpação", disse que era "preciso explicar à opinião pública" que foi levantada a imunidade parlamentar (aliás, isso mesmo lembra também o deputado na carta enviada ao tribunal) e que depor por escrito ou pessoalmente é apenas uma diferença de método e que Cruz Silva é livre de escolher como o faz.

Ao início da tarde, contudo, o deputado dizia em declarações à Lusa que estava "disponível apenas para um depoimento escrito, que foi aquilo que a Assembleia da República determinou". Momentos depois, Guilherme Silva explicava aos jornalistas que o deputado entendia que "não podia sair do âmbito" do depoimento por escrito, mas que deveria mudar de posição. E que, mesmo assim, isso não significava que não estava disponível para colaborar com a justiça, uma vez que os arguidos têm até o direito de não fazer declarações. Ontem, na AR, Cruz Silva recusou-se a falar com os jornalistas sobre o assunto. Mas ao fim da tarde, já o PSD distribuía a carta em que o deputado se disponibiliza para responder presencialmente.

Cruz Silva Disponível para Responder no Tribunal

Por HELENA PEREIRA

Quinta-feira, 29 de Maio de 2003

O deputado do PSD Cruz Silva já se disponibilizou a responder pessoalmente no Tribunal de Águeda, em vez de ser por escrito, no âmbito de um processo de peculato que envolvia uma empresa de que era dono e a Câmara de Águeda.

O caso Cruz Silva estava a incomodar o PSD que, ao nível da direcção nacional, entendia que o deputado devia depor pessoalmente para acabar com a ideia de que estava a esconder-se no facto de ser deputado para não ir ao tribunal. A direcção do PSD empenhou-se em pressionar o deputado, que ontem enviou uma carta à juiza do Tribunal de Águeda, a que o PÚBLICO teve acesso, dizendo ter "inteira disponibilidade" para "prestar as declarações e esclarecimentos que [a juíza] tenha por necessários, na data, hora e local que tenha por adequado".

Em Março deste ano, e em resposta a um pedido do tribunal de Águeda para que a imunidade parlamentar de Cruz Silva fosse levantada, o Parlamento autorizou o deputado a depor por escrito, como este tinha solicitado. Ontem, o líder parlamentar do PSD, Guilherme Silva, que conversou com Cruz Silva, acusou a comunicação social de "deturpação", disse que era "preciso explicar à opinião pública" que foi levantada a imunidade parlamentar (aliás, isso mesmo lembra também o deputado na carta enviada ao tribunal) e que depor por escrito ou pessoalmente é apenas uma diferença de método e que Cruz Silva é livre de escolher como o faz.

Ao início da tarde, contudo, o deputado dizia em declarações à Lusa que estava "disponível apenas para um depoimento escrito, que foi aquilo que a Assembleia da República determinou". Momentos depois, Guilherme Silva explicava aos jornalistas que o deputado entendia que "não podia sair do âmbito" do depoimento por escrito, mas que deveria mudar de posição. E que, mesmo assim, isso não significava que não estava disponível para colaborar com a justiça, uma vez que os arguidos têm até o direito de não fazer declarações. Ontem, na AR, Cruz Silva recusou-se a falar com os jornalistas sobre o assunto. Mas ao fim da tarde, já o PSD distribuía a carta em que o deputado se disponibiliza para responder presencialmente.

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