Portugal Diário

02-08-2003
marcar artigo

PSD e CDS recusam audição de Portas

PD 29-07-2003 13:29 Partidos consideram «inoportunas» a realização das audições requeridas PSD e CDS recusaram hoje o requerimento do PS para que o ministro de Estado e da Defesa, Paulo Portas, e o chefe de Estado-maior do Exército (CEME), general Silva Viegas, fossem ouvidos na Assembleia da República. A posição das bancadas social-democrata e popular - contestada pelo PS e pelo PCP - foi assumida em reunião da Comissão Parlamentar de Defesa Nacional. Na reunião, as bancadas do PSD e do CDS alegaram que seria «inoportunas» a realização das audições requeridas pelo PS, sobretudo quando se encontra em curso um processo de substituição na chefia do Estado-maior do Exército. «Por posição maioritária, foi entendido que essas audições seriam desajustadas», frisou à agência Lusa o presidente da Comissão Parlamentar de Defesa, Correia de Jesus. No entanto, Correia de Jesus admitiu que, «num contexto completamente diferente», o ministro Paulo Portas e o novo CEME possam ser ouvidos em sede de comissão, «que tem poderes de fiscalização sobre a actividade do Governo». O coordenador da bancada socialista para questões de Defesa Nacional, Marques Júnior, mostrou-se «surpreendido» com a posição da maioria PSD/CDS, alegando que, ainda na segunda-feira, dirigentes populares como João Rebelo e Pires de Lima «tinham evidenciado alguma abertura» para a realização de audições com Paulo Portas e o general Silva Viegas. «Ao indeferirem as audições, PSD e CDS provaram que querem impedir a Comissão Parlamentar de Defesa de cumprir a sua missão de fiscalizar o Governo», lamentou o deputado socialista. O deputado do PS disse mesmo não conseguir perceber as razões da atitude da maioria PSD/CDS, «porque a situação criada com a demissão do general Silva Viegas é grave e tem implicações na estabilidade das Forças Armadas». «Ao evitarem os esclarecimentos que seriam dados pelo ministro da Defesa e pelo CEME demissionário, PSD e CDS bloquearam o cumprimento das funções constitucionais dos deputados», acusou ainda o deputado do PS, eleito pelo círculo de Viana do Castelo. Marques Júnior afirmou que «é já conhecida a atitude de bloqueio que a maioria governamental tem em relação às comissões de inquérito parlamentar». «Agora, chegou-se ao ponto de a maioria (PSD e CDS) impedirem o próprio esclarecimento da Assembleia da República em relação a determinados problemas, não usando argumentos válidos, mas apenas o peso dos seus votos», acrescentou.

PSD e CDS recusam audição de Portas

PD 29-07-2003 13:29 Partidos consideram «inoportunas» a realização das audições requeridas PSD e CDS recusaram hoje o requerimento do PS para que o ministro de Estado e da Defesa, Paulo Portas, e o chefe de Estado-maior do Exército (CEME), general Silva Viegas, fossem ouvidos na Assembleia da República. A posição das bancadas social-democrata e popular - contestada pelo PS e pelo PCP - foi assumida em reunião da Comissão Parlamentar de Defesa Nacional. Na reunião, as bancadas do PSD e do CDS alegaram que seria «inoportunas» a realização das audições requeridas pelo PS, sobretudo quando se encontra em curso um processo de substituição na chefia do Estado-maior do Exército. «Por posição maioritária, foi entendido que essas audições seriam desajustadas», frisou à agência Lusa o presidente da Comissão Parlamentar de Defesa, Correia de Jesus. No entanto, Correia de Jesus admitiu que, «num contexto completamente diferente», o ministro Paulo Portas e o novo CEME possam ser ouvidos em sede de comissão, «que tem poderes de fiscalização sobre a actividade do Governo». O coordenador da bancada socialista para questões de Defesa Nacional, Marques Júnior, mostrou-se «surpreendido» com a posição da maioria PSD/CDS, alegando que, ainda na segunda-feira, dirigentes populares como João Rebelo e Pires de Lima «tinham evidenciado alguma abertura» para a realização de audições com Paulo Portas e o general Silva Viegas. «Ao indeferirem as audições, PSD e CDS provaram que querem impedir a Comissão Parlamentar de Defesa de cumprir a sua missão de fiscalizar o Governo», lamentou o deputado socialista. O deputado do PS disse mesmo não conseguir perceber as razões da atitude da maioria PSD/CDS, «porque a situação criada com a demissão do general Silva Viegas é grave e tem implicações na estabilidade das Forças Armadas». «Ao evitarem os esclarecimentos que seriam dados pelo ministro da Defesa e pelo CEME demissionário, PSD e CDS bloquearam o cumprimento das funções constitucionais dos deputados», acusou ainda o deputado do PS, eleito pelo círculo de Viana do Castelo. Marques Júnior afirmou que «é já conhecida a atitude de bloqueio que a maioria governamental tem em relação às comissões de inquérito parlamentar». «Agora, chegou-se ao ponto de a maioria (PSD e CDS) impedirem o próprio esclarecimento da Assembleia da República em relação a determinados problemas, não usando argumentos válidos, mas apenas o peso dos seus votos», acrescentou.

marcar artigo