EXPRESSO: País

17-07-2002
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PSD e PP chumbam proposta de Arcanjo

O PROJECTO de Lei de Bases da Saúde, ontem apresentado pela ministra Manuela Arcanjo, poderá não passar na Assembleia da República, inviabilizando assim aquele que foi considerado pelo Governo como um dos primeiros passos da reforma estrutural do Serviço Nacional de Saúde. Isto porque os partidos da oposição já manifestaram a sua discordância genérica em relação ao teor do documento de Arcanjo.

Segundo a «ministra-sombra» da Saúde do PSD, Clara Carneiro, esta iniciativa é apenas «uma manobra de diversão». «A Lei de Bases demorará a regulamentar, pelo menos, dois anos. Entretanto, o sistema degrada-se, sem que se intervenha, de facto, para resolver os problemas», disse ao EXPRESSO. Clara Carneiro acrescentou que «com as leis que existem, é possível já fazer tudo», até o que está proposto na nova Lei de Bases.

Já o líder da bancada popular, Basílio Horta, disse ao EXPRESSO que o CDS/PP vai apresentar em breve uma proposta de Lei de Bases cujas linhas de força se distinguem «substancialmente daquilo que o Governo socialista tem defendido». Afirmando não conhecer ainda o documento de Arcanjo, Basílio Horta disse ser pouco provável que o PP vote favoravelmente o projecto. «Não acredito que os socialistas tenham mudado tanto, ao ponto de as suas propostas agora se compaginarem com as nossas», declarou, lembrando, a propósito, que os diplomas apresentados pelos populares no Parlamento têm sido sistematicamente «chumbados» pelo PS.

O projecto do Governo tem sido alvo das mais variadas críticas. Os médicos são os principais visados no documento e reagiram de imediato. Germano de Sousa, o bastonário, considerou que a iniciativa introduz «alterações positivas» mas, para Mário Jorge, do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, o projecto incluiu «elementos característicos de um verdadeiro neoliberalismo selvagem».

PSD e PP chumbam proposta de Arcanjo

O PROJECTO de Lei de Bases da Saúde, ontem apresentado pela ministra Manuela Arcanjo, poderá não passar na Assembleia da República, inviabilizando assim aquele que foi considerado pelo Governo como um dos primeiros passos da reforma estrutural do Serviço Nacional de Saúde. Isto porque os partidos da oposição já manifestaram a sua discordância genérica em relação ao teor do documento de Arcanjo.

Segundo a «ministra-sombra» da Saúde do PSD, Clara Carneiro, esta iniciativa é apenas «uma manobra de diversão». «A Lei de Bases demorará a regulamentar, pelo menos, dois anos. Entretanto, o sistema degrada-se, sem que se intervenha, de facto, para resolver os problemas», disse ao EXPRESSO. Clara Carneiro acrescentou que «com as leis que existem, é possível já fazer tudo», até o que está proposto na nova Lei de Bases.

Já o líder da bancada popular, Basílio Horta, disse ao EXPRESSO que o CDS/PP vai apresentar em breve uma proposta de Lei de Bases cujas linhas de força se distinguem «substancialmente daquilo que o Governo socialista tem defendido». Afirmando não conhecer ainda o documento de Arcanjo, Basílio Horta disse ser pouco provável que o PP vote favoravelmente o projecto. «Não acredito que os socialistas tenham mudado tanto, ao ponto de as suas propostas agora se compaginarem com as nossas», declarou, lembrando, a propósito, que os diplomas apresentados pelos populares no Parlamento têm sido sistematicamente «chumbados» pelo PS.

O projecto do Governo tem sido alvo das mais variadas críticas. Os médicos são os principais visados no documento e reagiram de imediato. Germano de Sousa, o bastonário, considerou que a iniciativa introduz «alterações positivas» mas, para Mário Jorge, do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, o projecto incluiu «elementos característicos de um verdadeiro neoliberalismo selvagem».

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