Partido Socialista

03-03-2004
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Ferro condena «paralisia absoluta» na agricultura

O secretário-geral acusou o Governo de «paralisia absoluta» no sector da Agricultura e de não cumprir a «enorme campanha demagógica» divulgada «antes das eleições» legislativas. Eduardo Ferro Rodrigues, acompanhado do antigo ministro da Agricultura Capoulas Santos, falava em 29/03/2003, durante uma visita à Ovibeja, certame agro-pecuário que se realiza em Beja. À chegada de Ferro Rodrigues ao recinto da Ovibeja estavam presentes vários autarcas e dirigentes do PS a nível regional, bem como o presidente da Câmara Municipal de Beja, Carreira Marques, que estivera ausente na chegada de Carlos Carvalhas, esta semana. «Antes das eleições houve uma enorme campanha demagógica, com o PSD a prometer tudo a todos os agricultores. O que se assiste agora é a uma paralisia absoluta em matéria agrícola», sublinhou Ferro Rodrigues. O secretário geral lembrou o caso dos nitrofuranos detectados em explorações de aves e as negociações europeias no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC) e o Alqueva, situações que ilustram a incapacidade governativa na agricultura. «Existe um problema muito grave no sector avícola, que põe em causa 50 mil postos de trabalho, e o Governo tem sido incapaz de tomar as medidas que permitam que se volte a ganhar confiança nessa área», afirmou. Ferro aludiu ainda à existência de «confusões sobre o destino a dar ao Alqueva», com sublinhando a existência de «contradições entre ministros» sobre a matéria. O líder denunciou também a «incapacidade negocial» do governo de Durão Barroso na questão das cotas leiteiras. Relativamente a projectos estruturantes do Alentejo, como o Alqueva, o Porto de Sines e o aeroporto civil de Beja, Ferro disse foi duro. «Os projectos estruturante desenvolvidos no Alentejo pelo PS estão hoje um pouco a patinar», disse em resposta a perguntas dos jornalistas. Voltando à questão do Alqueva, o secretário-geral disse ser estranha a posição do Ministro do Ambiente sobre a matéria. «É muito estranho que o ministro das Cidades, Isaltino Morais, diga que o essencial do Alqueva não é o desígnio agrícola, mas sim um projecto turístico ou energético», declarou Ferro. Lembrando que «dois terços do investimento têm um objectivo agrícola», visando a criação de cerca de 110 mil hectares de novos regadios na região, Ferro desafiou o ministro Sevinate Pinto, a assumir uma posição. «Não se vê qual é a sua reacção», acrescentou. Relativamente ao Porto de Sines e ao aeroporto de Beja, Ferro Rodrigues assegurou que, «num quadro em que há tão pouca vontade de dar prioridade aos investimentos públicos», tais projectos «poderão sofrer sérias perturbações e atrasos que, mais tarde, poderão ser irremediáveis».

Ferro condena «paralisia absoluta» na agricultura

O secretário-geral acusou o Governo de «paralisia absoluta» no sector da Agricultura e de não cumprir a «enorme campanha demagógica» divulgada «antes das eleições» legislativas. Eduardo Ferro Rodrigues, acompanhado do antigo ministro da Agricultura Capoulas Santos, falava em 29/03/2003, durante uma visita à Ovibeja, certame agro-pecuário que se realiza em Beja. À chegada de Ferro Rodrigues ao recinto da Ovibeja estavam presentes vários autarcas e dirigentes do PS a nível regional, bem como o presidente da Câmara Municipal de Beja, Carreira Marques, que estivera ausente na chegada de Carlos Carvalhas, esta semana. «Antes das eleições houve uma enorme campanha demagógica, com o PSD a prometer tudo a todos os agricultores. O que se assiste agora é a uma paralisia absoluta em matéria agrícola», sublinhou Ferro Rodrigues. O secretário geral lembrou o caso dos nitrofuranos detectados em explorações de aves e as negociações europeias no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC) e o Alqueva, situações que ilustram a incapacidade governativa na agricultura. «Existe um problema muito grave no sector avícola, que põe em causa 50 mil postos de trabalho, e o Governo tem sido incapaz de tomar as medidas que permitam que se volte a ganhar confiança nessa área», afirmou. Ferro aludiu ainda à existência de «confusões sobre o destino a dar ao Alqueva», com sublinhando a existência de «contradições entre ministros» sobre a matéria. O líder denunciou também a «incapacidade negocial» do governo de Durão Barroso na questão das cotas leiteiras. Relativamente a projectos estruturantes do Alentejo, como o Alqueva, o Porto de Sines e o aeroporto civil de Beja, Ferro disse foi duro. «Os projectos estruturante desenvolvidos no Alentejo pelo PS estão hoje um pouco a patinar», disse em resposta a perguntas dos jornalistas. Voltando à questão do Alqueva, o secretário-geral disse ser estranha a posição do Ministro do Ambiente sobre a matéria. «É muito estranho que o ministro das Cidades, Isaltino Morais, diga que o essencial do Alqueva não é o desígnio agrícola, mas sim um projecto turístico ou energético», declarou Ferro. Lembrando que «dois terços do investimento têm um objectivo agrícola», visando a criação de cerca de 110 mil hectares de novos regadios na região, Ferro desafiou o ministro Sevinate Pinto, a assumir uma posição. «Não se vê qual é a sua reacção», acrescentou. Relativamente ao Porto de Sines e ao aeroporto de Beja, Ferro Rodrigues assegurou que, «num quadro em que há tão pouca vontade de dar prioridade aos investimentos públicos», tais projectos «poderão sofrer sérias perturbações e atrasos que, mais tarde, poderão ser irremediáveis».

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