Vasconcellos Cruz prepara substituição da "velha guarda" na PT Comunicações

03-06-2002
marcar artigo

Vasconcellos Cruz Prepara Substituição da "Velha Guarda" na PT Comunicações

Por CLARA TEIXEIRA

Sexta-feira, 24 de Maio de 2002

Novo executivo do grupo PT vem do Brasil e é oriundo da Dun & Bradstreet. Carlos Antunes, líder da PT Comunicações, deverá permanecer na empresa como inspector-geral

Carlos Vasconcellos Cruz, o presidente da Telesp brasileira que regressa ao país para ocupar um lugar na comissão executiva da Portugal Telecom (PT), deverá substituir a administração da PT Comunicações, a empresa que explora o negócio dos telefones fixos e que é presidida por Carlos Antunes.

Na repartição de poderes da nova comissão executiva da "holding", cuja constituição será aprovada no dia 28, Vasconcellos Cruz irá assumir o negócio de rede fixa do grupo PT, sendo por isso previsível que proceda à substituição da equipa liderada por Carlos Antunes, mais conotada com a "velha guarda" dentro do grupo. O futuro responsável dessa área pertence a uma nova geração de quadros, chegada à PT em 2000, num momento em que a empresa estava a concretizar vários negócios na área das telecomunicações e dos "multimedia". Vasconcellos Cruz é oriundo da Dun & Bradstreet, onde acumulou durante anos a presidência ibérica do grupo.

Carlos Antunes foi nomeado presidente da PT Comunicações em Outubro de 2000, depois de ter passado vários meses a acompanhar a transformação do negócio de rede fixa numa empresa autónoma. Sob a sua responsabilidade, a PT Comunicações enfrentou com sucesso a liberalização do mercado português dos telefones fixos, tendo perdido em dois anos uma quota de apenas dez por cento para os novos operadores.

O gestor deverá igualmente deixar o Conselho de Administração (CA) da PT, que depois do dia 28 deverá ser reduzido dos actuais 23 para 17 ou mesmo 15 elementos. Carlos Antunes deverá ficar na empresa com funções de inspector-geral, um cargo de aconselhamento que, segundo a tradição na PT, está reservado aos quadros de topo quando deixam de exercer funções directivas na "holding" ou nas empresas participadas.

A saída de Carlos Antunes do conselho de administração deverá ser acompanhada por outros quadros da PT, designadamente pelo vice-presidente Norberto Fernandes e pelos vogais Mata Costa, Eduardo Martins, Mello Franco e Vítor Dias. Da futura composição do conselho de administração farão parte os representantes dos accionistas privados e os gestores independentes, na sua maioria chegados à casa há muito pouco tempo.

No Brasil, não está ainda confirmado que Carlos Vasconcellos Cruz venha a ser substituído à frente da Telesp Celular. A "joint-venture"com a Telefónica para a área móvel deverá arrancar dentro de poucos meses, pelo que Francisco Padinha, o futuro presidente executivo, poderá acabar por assumir transitoriamente a direcção da Telesp até ao arranque da nova empresa. Ontem, a Agência Lusa avançou o nome do brasileiro Gilson Rondinelli Filho, vice-presidente executivo, para substituir Vasconcellos Cruz, mas um porta-voz da PT disse ao PÚBLICO que "embora essa seja uma das soluções possíveis, nada está definido".

Vasconcellos Cruz Prepara Substituição da "Velha Guarda" na PT Comunicações

Por CLARA TEIXEIRA

Sexta-feira, 24 de Maio de 2002

Novo executivo do grupo PT vem do Brasil e é oriundo da Dun & Bradstreet. Carlos Antunes, líder da PT Comunicações, deverá permanecer na empresa como inspector-geral

Carlos Vasconcellos Cruz, o presidente da Telesp brasileira que regressa ao país para ocupar um lugar na comissão executiva da Portugal Telecom (PT), deverá substituir a administração da PT Comunicações, a empresa que explora o negócio dos telefones fixos e que é presidida por Carlos Antunes.

Na repartição de poderes da nova comissão executiva da "holding", cuja constituição será aprovada no dia 28, Vasconcellos Cruz irá assumir o negócio de rede fixa do grupo PT, sendo por isso previsível que proceda à substituição da equipa liderada por Carlos Antunes, mais conotada com a "velha guarda" dentro do grupo. O futuro responsável dessa área pertence a uma nova geração de quadros, chegada à PT em 2000, num momento em que a empresa estava a concretizar vários negócios na área das telecomunicações e dos "multimedia". Vasconcellos Cruz é oriundo da Dun & Bradstreet, onde acumulou durante anos a presidência ibérica do grupo.

Carlos Antunes foi nomeado presidente da PT Comunicações em Outubro de 2000, depois de ter passado vários meses a acompanhar a transformação do negócio de rede fixa numa empresa autónoma. Sob a sua responsabilidade, a PT Comunicações enfrentou com sucesso a liberalização do mercado português dos telefones fixos, tendo perdido em dois anos uma quota de apenas dez por cento para os novos operadores.

O gestor deverá igualmente deixar o Conselho de Administração (CA) da PT, que depois do dia 28 deverá ser reduzido dos actuais 23 para 17 ou mesmo 15 elementos. Carlos Antunes deverá ficar na empresa com funções de inspector-geral, um cargo de aconselhamento que, segundo a tradição na PT, está reservado aos quadros de topo quando deixam de exercer funções directivas na "holding" ou nas empresas participadas.

A saída de Carlos Antunes do conselho de administração deverá ser acompanhada por outros quadros da PT, designadamente pelo vice-presidente Norberto Fernandes e pelos vogais Mata Costa, Eduardo Martins, Mello Franco e Vítor Dias. Da futura composição do conselho de administração farão parte os representantes dos accionistas privados e os gestores independentes, na sua maioria chegados à casa há muito pouco tempo.

No Brasil, não está ainda confirmado que Carlos Vasconcellos Cruz venha a ser substituído à frente da Telesp Celular. A "joint-venture"com a Telefónica para a área móvel deverá arrancar dentro de poucos meses, pelo que Francisco Padinha, o futuro presidente executivo, poderá acabar por assumir transitoriamente a direcção da Telesp até ao arranque da nova empresa. Ontem, a Agência Lusa avançou o nome do brasileiro Gilson Rondinelli Filho, vice-presidente executivo, para substituir Vasconcellos Cruz, mas um porta-voz da PT disse ao PÚBLICO que "embora essa seja uma das soluções possíveis, nada está definido".

marcar artigo